O Brasil celebra hoje, 08 de julho, o Dia Nacional da Ciência. O dia marca a criação, em 1948, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Uma data que poderia e deveria ser mais lembrada: afinal, o Brasil foi e é berço de cientistas importantes, como Bartolomeu Gusmão (1685-1724), Oswaldo Cruz (1872-1917), Alberto Santos Dumont (1873-1932), Bertha Lutz (1894-1976), César Lattes (1924-2005), Nise da Silveira (1905-1999) e Miguel Nicolelis (1961) – para ficar em alguns.
Segundo os dados mais recentes, o Brasil ocupa a 13ª posição no ranking de produção científica, que é contabilizada pela publicação de artigos. Uma posição importante, mas que poderia ser muito melhor tomando-se em conta o tamanho do país, a relevância internacional do Brasil e o tamanho de sua comunidade acadêmica.
Em outras palavras: é preciso estimular e investir ainda mais em ciência. Um esforço que deve partir, por um lado, do governo – em programas de fomento à pesquisa, à inovação e à fixação e atração de cientistas – e também da própria sociedade.
E, é claro, da escola, que também deve perceber, nas pessoas de seus gestores e em seus docentes, as possibilidades e as oportunidades de instigar, estimular e envolver os estudantes a partir da Educação Infantil. Isso, certo, se estende aos materiais didáticos e recursos educacionais digitais, que devem instigar os estudantes e estimular o protagonismo e a aprendizagem.
🔬 Possibilidades de avanço
São muitas as possibilidades de avanço e de protagonismo, a começar pelas ciências conectadas à emergência climática e à transição energética, nas quais o Brasil pode ocupar um lugar de grande destaque. A biodiversidade presente nos cinco biomas brasileiros é outro elemento de grande interesse científico, assim como a agropecuária, que exige uma produção cada vez mais sustentável. O setor industrial pede, ainda, desenvolvimento científico em áreas como as da Química, da Matemática, dos Materiais e da Inteligência Artificial (IA), para ficar em alguns setores que se destacam no cenário atual.
⚗️ Como as escolas podem estimular a formação de cientistas
Existem vários caminhos que as escolas podem utilizar para estimular o interesse pela ciência e a formação de futuros cientistas:
- Oferecer materiais didáticos e recursos educacionais digitais que estimulem o interesse pela ciência.
- Pela inclusão, nas formações pedagógicas e nos planos de aulas, de temas de ciência associados aos conteúdos programáticos e ao cotidiano.
- Pelo estímulo ao desenvolvimento, nas escolas, de clubes, exposições, palestras e semanas voltadas à ciência e à tecnologia. Nesses eventos, professores e estudantes trabalham juntos, com protagonismo dos estudantes.
- Pela participação em olimpíadas educacionais, que o Ensino Fundamental, o Ensino Médio e até o trabalho dos professores. O Brasil oferece aos seus estudantes algumas das maiores olimpíadas científicas do mundo. Entre elas, podemos citar (vale a pena acessar os links) a Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA-2024), a Olimpíada Brasileira de Física, o Programa Nacional Olimpíadas de Química, a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), a Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), a Olimpíada Brasileira de Informática (OBI), a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA-Fiocruz), a Olimpíada Brasileira de Satélites MCTI e a Olimpíada Brasileira de Neurociências (OBN). Olimpíadas educacionais, vale frisar, podem funcionar como um elemento de coesão dentro da escola, e também podem oferecer bons resultados institucionais e de comunicação.
- O Brasil também possui alguns museus de ciência e tecnologia bem interessantes, especialmente nas capitais. Essa concentração pode dificultar o acesso de visitantes de cidades situadas mais afastadas. Mesmo assim, vale a pena listar alguns deles e, de repente, planejar a viagem! Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém do Pará; Museu do Homem Americano (Serra da Capivara), São Raimundo Nonato – PI; Espaço Ciência, Recife; Museu do Amanhã, Rio de Janeiro; e o Parque da Ciência Newton Freire Maia, Curitiba.
🧠 08 de julho: Dia Nacional da Ciência – para que a ciência esteja na ordem do dia… todos os dias!