Outubro Rosa: Autocuidado e Inteligência

Nesta terça-feira, 1º de outubro, inicia-se mais uma edição do Outubro Rosa, campanha de conscientização sobre a prevenção e o tratamento do câncer de mama. Um período repleto de ações (de palestras a corridas e à iluminação especial de monumentos públicos) e de muitas informações sobre essa doença e sobre a saúde geral das mulheres.

📍 Por que o Outubro Rosa é tão importante?

O principal impacto do Outubro Rosa está na disseminação do conhecimento, que tem o poder de salvar vidas. A informação afasta o medo e o preconceito, promovendo o autocuidado e incentivando a prevenção e o tratamento. Esse movimento vai além de um único mês, inspirando hábitos saudáveis e engajamento na luta contra o câncer durante todo o ano.

📍 O que é o câncer?

O termo “câncer” abrange mais de 100 tipos de doenças causadas pelo crescimento desordenado de células. Esse processo pode gerar tumores, que são massas celulares anormais. Esses tumores podem invadir tecidos vizinhos e até mesmo se espalhar para outras partes do corpo, um fenômeno chamado metástase.

📍 Neoplasias: Qual a diferença entre benignas e malignas?

As neoplasias podem ser benignas ou malignas. Neoplasias benignas crescem lentamente e não invadem outros tecidos. As malignas, por outro lado, são agressivas, invadindo tecidos e se espalhando pelo corpo através dos vasos sanguíneos ou linfáticos.

📍 Quais são as causas do câncer?

A reprodução desordenada de células pode ser desencadeada por fatores genéticos, ambientais ou hábitos de vida. Estima-se que entre 80% e 90% dos casos de câncer estejam relacionados a causas externas, como poluição e comportamento, que alteram o DNA das células.

📍 O câncer de mama

O câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres no mundo, com cerca de 2,3 milhões de novos casos anuais. No Brasil, são aproximadamente 70 mil diagnósticos por ano, representando quase um quarto de todos os cânceres femininos. Além disso, é o tipo de câncer que mais causa mortes entre mulheres no país, com uma taxa de mortalidade de 17,5 por cem mil pessoas, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS) de 2022.

📍 Fatores de risco e prevenção

Os fatores de risco para o câncer de mama incluem questões genéticas, ambientais e hábitos de vida. Algumas medidas preventivas incluem:

  • Alimentação saudável: Aumentar o consumo de vegetais, frutas e alimentos orgânicos, e reduzir a ingestão de alimentos ultraprocessados, carne vermelha e álcool.
  • Evitar o cigarro: O tabagismo é um fator de risco significativo para vários tipos de câncer.
  • Prática de exercícios físicos: A atividade física regular é essencial para a saúde geral e pode ajudar na prevenção do câncer.
  • Gerenciamento do estresse: Práticas como meditação, caminhadas e hobbies ajudam a reduzir o estresse.
  • Autoexame das mamas: O INCA recomenda que as mulheres observem suas mamas regularmente, valorizando a descoberta casual de alterações suspeitas.

📍 A origem do Outubro Rosa

O Outubro Rosa surgiu nos Estados Unidos na década de 1990, através da Fundação Susan G. Komen for the Cure. A primeira “Corrida pela Cura”, realizada em Nova Iorque, distribuiu laços rosa para os participantes, como símbolo da conscientização sobre o câncer de mama. Em 1997, o movimento ganhou força com ações nas cidades de Yuba e Lodi, na Califórnia, e se espalhou pelo mundo.

📍 O Outubro Rosa no Brasil

No Brasil, o movimento chegou em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado em rosa. Desde então, outros monumentos pelo país também se tornaram parte da campanha, que conta com o apoio de entidades públicas e privadas.

📍 Informação de qualidade

Indicamos algumas fontes confiáveis de informação sobre o câncer de mama, sua prevenção e tratamento. Confira!

Emergência Climática na escola: sugestões de abordagem

Professores podem aproveitar o Dia da Árvore e o início da Primavera para debater a emergência climática com seus estudantes.

Neste final de semana, no dia 21, o Brasil comemora o Dia da Árvore. E, na segunda-feira, 22, o Hemisfério Sul ingressa oficialmente na Primavera, período ligado ao florescimento e à reprodução de muitas espécies. Que tal aproveitar esses dois momentos para trabalhar em sala de aula com um dos temas mais importantes da nossa época?

Estamos falando da emergência climática, que chegou com tudo aos meios de comunicação e, principalmente, à vida das pessoas. O mundo está vivendo uma grande transformação – e a resposta a este desafio pode começar na Educação Básica.

🍃 O que é a Emergência Climática?

O termo “Emergência Climática” é adotado por instituições como a ONU em seu Programa de Meio Ambiente para descrever as mudanças climáticas recentes ou o “novo regime climático”, termo proposto pelo filósofo Bruno Latour

Essas mudanças, que se processam desde o início da Era Industrial, vêm causando transformações graduais e impactantes das condições climáticas de longa duração, cujos impactos têm se intensificado nas últimas décadas. 

São mudanças que vêm acompanhadas por um aumento significativo da temperatura média global e de ocorrências climáticas extremas – e mais frequentes – como secas, enchentes, incêndios e furacões (como o que vemos na na imagem abaixo, feita pela NASA).

🍂 O que está acontecendo?

Estudos realizados por centros de pesquisa de todo o mundo e avalizadas por instituições como a ONU mostram que a emergência climática está conectada à queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás natural) e à liberação de dióxido de Carbono (CO2) na atmosfera – um processo que se acelerou muito em nossa época. Apenas para se ter uma ideia, em 2023 a média global de consumo de petróleo chegou a 36 bilhões de barris por ano, com a liberação de toneladas de CO2 na atmosfera. 

Outros gases decorrentes das atividades econômicas humanas (como o Metano – CH4, Óxido nitroso – N2O, Ozônio – O3) e os Clorofluorcarbonos CFCs), emitidos em grandes quantidades, também contribuem seriamente para o efeito estufa. 

A mudança que estamos vivendo está conectada, ainda, à devastação dos biomas. Isso porque, por meio da fotossíntese, as florestas “sequestram” o Carbono da atmosfera incorporando-o às próprias estruturas orgânicas (troncos, folhas, raízes e frutos) e às de muitos seres vivos que delas se alimentam. O desmatamento desses biomas dificulta esse processo de sequestro de carbono, e causa o efeito reverso contribuindo para o aumento das emissões de CO2 na atmosfera. A presença massiva do dióxido de Carbono na atmosfera intensifica o “efeito estufa”, que retém o calor na atmosfera e, consequentemente, vem impondo um aumento da temperatura ao planeta e efeitos climáticos extremos (chuvas, secas, frio e calor intensos). E é, claro, aumentando a poluição atmosférica das cidades – como vemos na foto.

🌊 As respostas à emergência climática

A emergência climática, porém, não é apenas o fenômeno em si, mas as respostas das sociedades a ele. Já não se trata, inclusive, de como agir para evitar que ela apareça, mas de trabalhar para que seus efeitos não sejam ainda mais severos.

A ONU, por exemplo, trabalha com a meta de aumento máximo da temperatura global em 1,5 grau Celsius até 2030. Segundo os cientistas, essa temperatura marca um ponto de inflexão para a sobrevivência de muitas formas de vida, dos corais (como os da imagem abaixo) aos insetos polinizadores de plantas. Ou seja, aumenta o número de eventos climáticos extremos, provoca mudanças irreversíveis na dinâmica dos ecossistemas e, consequentemente, na sobrevivências das espécies.

🍎 Na sala de aula

Uma reflexão sobre as mudanças ambientais em sala de aula pode abordar diferentes temas, conectando-se, sempre, aos currículos e às habilidades e competências previstas na Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, para segmento, ano ou série. Ela pode e deve colocar em diálogo diferentes componentes curriculares, da Química à História, da Biologia à Sociologia.

O tema pode ser trabalhado em toda a Educação Básica – e possui um peso relevante para os estudantes do Ensino Médio, que podem encontrá-lo em avaliações como o Enem. Não basta, porém, apenas conhecer. É preciso criar condições, a partir da reflexão, para que os estudantes construam consciência e ajam para reduzir os impactos da emergência climática.

É possível, por exemplo, envolvê-los em uma discussão sobre o ciclo do Carbono a partir do petróleo; sobre a importância das florestas no sequestro do Carbono; sobre a importância dos corais para a vida marinha e dos oceanos para o sequestro do Carbono; sobre as alternativas que surgem, a partir da ciência e das empresas, para a chamada “transição energética” (que é um tema fantástico, que também pode ser desdobrado); e quais os obstáculos para que o mundo deixe de ser “viciado em petróleo”.

Uma abordagem especialmente interessante – endossada pela própria ONU – é a de se perguntar às pessoas, no caso, aos estudantes, o que eles estão fazendo (e o que podem fazer) para ajudar a reduzir os impactos da emergência climática. As respostas podem ser apresentadas de diferentes maneiras, em seminários, discussões, palestras, redações, podcasts, vídeos, apresentações artísticas e até em visitas.

🧠 Algumas perguntas para o debate

1. A comunicação sobre as mudanças climáticas é suficiente para transformar as sociedades? O que eu sei a respeito e como comunico isto?

2. As pessoas estão se mobilizando e questionando suficientemente seus governos – da prefeitura à presidência da República, passando pelos legisladores – por medidas de redução do impacto climático?

3. Como os meios de transporte impactam o aumento das emissões? Eu posso modificar meus próprios deslocamentos pensando em reduzir esse impacto?

4. Minha escola, minha casa, usa fontes de energia renováveis? Como posso trabalhar para aumentar a eficiência energética?

5. Qual o impacto dos alimentos sobre a emergência climática? Como reduzir esse impacto trabalhando com os hábitos de consumo?

6. Comprar localmente reduz o impacto ambiental das próprias compras e da logística de transporte?

7. Como a minha comunidade gerencia a economia e o desperdício de alimentos?

8. Como funciona a minha relação com produtos recicláveis e descartáveis?

9. Como eu e minha comunidade trabalhamos com o plantio de árvores? Qual a importância dele?

10. O que é OSG – sigla para Environmental, Social, and corporate Governance? Qual seu papel diante da emergência climática?

💡 Algumas fontes de consulta:

Nesses links, você encontra referências de alta qualidade para ampliar as discussões sobre a emergência climática com seus estudantes:

“Emergência Climática”, publicação do Instituto Alana.

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Fundação Oswaldo Cruz, entrevista com o sanitarista Eduardo Hage.

Jornal da USP, “Estratégias para enfrentar os riscos decorrentes da emergência climática no Brasil”

. Mudanças Climáticas, série de matérias especiais produzida pela agência de notícias oficial da República Federal da Alemanha.

Mudanças Climáticas, série de matérias especiais produzida pela BBC, agência de notícias oficial do Reino Unido.

“Guia sobre Educação em Situação de Emergências Climáticas”, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Campeões! Confira os vencedores do 14º Prêmio Ação Destaque

Os campeões do 14º Prêmio Ação Destaque. Projetos se destacaram pela qualidade e pela intencionalidade.

Acabou a espera! A Editora Opet divulgou na manhã desta quinta-feira, 12, o resultado final do 14º Prêmio Ação Destaque, um dos mais importantes do país no segmento de sistemas de ensino. A divulgação dos vencedores aconteceu no segundo dia do XII Seminário Nacional de Gestores, realizado em Curitiba e com transmissão integral pelo Canal da Editora no Youtube.

Em 2024, o Ação Destaque teve centenas de projetos inscritos de professores e gestores municipais parceiros de todo o país, que concorreram em nove categorias. Desses trabalhos, 28 foram selecionados e concorreram na etapa final, que apontou os primeiros, segundos e terceiros lugares de cada categoria (por empate na pontuação, uma das categorias, a 3, teve dois terceiros lugares). Todos os finalistas receberam certificados, troféus e prêmios em dinheiro.

Os trabalhos finalistas vêm de 19 municípios parceiros da Editora Opet em SP, MG, CE, MT, RO, SC e PR.

“Gostaríamos de parabenizar todos os finalistas, que nos brindaram com projetos de grande intencionalidade e impacto na aprendizagem e na vida dos estudantes e suas comunidades”, avalia a gerente pedagógica da Editora Opet e organizadora do Ação Destaque, Cliciane Élen Augusto. “Esses projetos conversam de perto com a proposta da Editora Opet – de uma educação humana, cidadã, intencionada, transformadora e que estimula o protagonismo.”

Os vencedores – Confira em primeira mão os vencedores do 14º Prêmio Ação Destaque:

Categoria 01 – Educação Infantil – Coleção Primeira Infância +0, Coleção Entrelinhas para você! (Infantil 1, 2, 3) ou Coleção Feito Criança (Infantil 1, 2, 3):

1º lugar – Nicole Malaquias Stolarczki, Ivaiporã (PR), “Exploradores do saber: uma viagem encantada pela Aprendizagem”.

2º lugar – Amanda Batista de Moura, Santana de Parnaíba (SP), “Pelos Caminhos da África”.

3º lugar – Maysa Aimê Grams Bach, Nova Santa Rosa (PR), “Contextos Investigativos e o Brincar Heurístico na Exploração dos 5 Sentidos”.

Professoras Nicole, Amanda e Maysa, vencedoras da Categoria 01.

Categoria 02 – Educação Infantil – Coleção Entrelinhas para você! (4 e 5) ou Coleção Feito Criança (4 e 5):

1º lugar – Thaís Cristina Schwaab, Chapecó (SC), “Mulheres que inspiram: marcas que vão além da história”.

2º lugar – Marcia Leão Navarro, Santana de Parnaíba (SP), “Pequenos Autores: da Escuta aos Processos Investigativos”.

3º lugar – Paula Machado Rodrigues, Santa Cruz do Rio Pardo (SP), “Festa dos 100 livros”.

Professoras Thaís, Márcia e Paula, vencedoras da Categoria 02

Categoria 03 – Ensino Fundamental Anos Iniciais 1º ao 3º ano – Coleção Caminhos e Vivências, Coleção Meu Ambiente ou Programa Indica:

1º lugar – Carolina Rochelli Policarpo Ventura, Paranaguá (PR), “Mar, Câmera e Ação. Proteger a baía de Paranaguá está em nossas mãos”.

2º lugar – Renata D. Rodrigues Bastos, Varginha (MG), “O que ouço e vejo, saúde e vida”.

3º lugar – Salette Stocco, Chapecó (SC), “Leitura por estações – espaços que incentivam a leitura”.

3º lugar – Teresa Monalisa de Souza Gomes, Fortaleza (CE), “Brinquedos e brincadeiras: o encontro do ontem e do hoje para o amanhã”.

Professoras Carolina, Renata, Salette e Teresa, vencedoras da Categoria 03.

✅ Categoria 04 – Ensino Fundamental Anos Iniciais 4º e 5º ano – Coleção Caminhos e Vivências, Coleção Meu Ambiente ou Programa Indica:

1º lugar – Beatriz Molina Pizapio Rizzo, Cerejeiras (RO), “Crise hídrica em Cerejeiras: estudantes em ação!”.

2º lugar – Rogéria Santos Fraga Rosa, Jundiaí do Sul (PR), “Preservar para Fluir”.

3º lugar – Sandra Cristina de Oliveira, Arapongas (PR), “Zero Dengue! Conscientização e prevenção é a solução”.

Professoras Beatriz, Rogéria e Sandra, vencedoras da Categoria 04.

✅ Categoria 05 – Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio – Coleção Ser e Viver Cidadania, Coleção Cidadania, Coleção Meu Ambiente ou Programa Indica:

1º lugar – Daiane Priscila Polizello Genari, Ibirá (SP), “Reduzir para Ganhar: matemática, tecnologias e sustentabilidade”.

2º lugar – Adriane Ranieri Valente, Santana de Parnaíba (SP), “A aplicação da Matemática no Exercício da Cidadania”.

3º lugar – Wanderson Ferreira de Oliveira, Campinápolis (MT), “TecnoMitos: mitos ancestrais Xavante, desenvolvidos com a Inteligência Artificial”.

Professores Daiane, Adriane e Wanderson, vencedoras da Categoria 05.

Categoria 06 – Ações com Familiares – Coleção Família Presente e/ou Coleção Família e Escola e/ou Encontro com Familiares:

1º lugar – Francielle Farinhuk dos Santos, Inácio Martins (PR), “Admirável mundo Família/Opet”.

2º lugar – Gisele de Paula Ribeiro, Passa Quatro (MG), “Laços que transformam: a conexão entre famíla, escola e a educação socioemocional”.

3º lugar – Camilla Gonzaga de Sena de Paula, Campo Novo do Parecis (MT), “(RE)Construindo Laços de Afeto: um espaço para famílias”.

Professoras Francielle, Gisele e Camilla, vencedoras da Categoria 06.

Categoria 07 – Especialistas: Arte, Educação Física e Língua Inglesa – Coleções Joy, Caminhos e Vivências, Ser e Viver Cidadania ou English Party:

1º lugar – Vinícius Bonamigo Capeletti, Chapecó (SC), “No ritmo da respiração”.

2º lugar – Maitê Santos da Silva, Colombo (PR), “Tramas de afeto: Educando para a paz”.

3º lugar – Marina da Costa Azevedo, Campinápolis (MT), “I Mostra Cultura Xavante da Emafa”.

✅ Categoria 08 – Gestores – Diretores escolares, Coordenadores Pedagógicos ou Supervisores Pedagógicos:                                                                                 

1º lugar – Josimeire Nascimento de Oliveira, Santana de Parnaíba (SP), “ESCOLA DE PAZ – Desenvolvendo a comunicação não violenta e Valorizando as emoções’”.

2º lugar – Angélica Freitas de Carvalho, Cotia (SP), “Uma escola feliz e inspiradora: da transformação dos espaços ao protagonismo das crianças em uma cultura de liderança e paz”.

3º lugar – Emila Lemos Póvoa, São Lourenço (MG), “Quintal Brincante: Transformando Espaços, Criando Memórias e Plantando Sementes”

Professoras Josimeire, Angélica e Emila, vencedoras da Categoria 08.

Categoria 09 – Secretaria Municipal de Educação – Diretores de Ensino, Coordenadores de Ensino, Gerentes de ensino, Supervisores, Coordenadores de formação, Articuladores, Assessores Pedagógicos ou Secretários Municipais de Educação.

1º lugar – Solange Inácio Ribeiro Conde, Varginha (MG), “IA para personalizar: o uso do Google Gemini na promoção da diferenciação pedagógica”.

2º lugar – Regina Fátima Lunelli, Chapecó (SC), “Grupo de Estudos Territoriar: os espaços que a Educação Infantil habita”.

3º lugar – Edicleia Kulkamp, Ivaiporã (PR), “Estudo e Planejamento da Teoria à Prática: A Arte de Aprender e Ensinar”.

Professoras Solange, Regina e Edicleia, vencedoras da Categoria 09.

O próximo Ação Destaque – Cliciane lembra que a nova edição do Prêmio Ação Destaque começa a ser planejada logo após a divulgação dos resultados de 2024. “Queremos inspirar os professores e gestores para que transformem as suas ações em projetos para o Ação Destaque. Há muitas ideias e práticas preciosas, que merecem ser compartilhadas. Assim, deixamos o convite: participem do Prêmio Ação Destaque em 2025!”, conclui.

Vencedores do 14º Prêmio Ação Destaque: inspiração para educadores de todo o país.

Para comemorar o Dia da Infância

O mundo comemora hoje o Dia da Infância. A data foi instituída pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) como momento de reflexão sobre a infância e seus cuidados, que abrangem proteção integral, acolhimento e afeto, saúde e nutrição, relações familiares, dignidade, direito à educação e ao lazer, entre outros aspectos definidos na Declaração Universal dos Direitos das Crianças, de 1959.

Ainda há desafios a serem superados. Mas, há conquistas também! Neste artigo, vamos focar duas delas, diretamente relacionadas à educação: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Política Nacional Integrada para a Primeira Infância. A primeira, consolidada e com resultados excepcionais. A segunda, recém-chegada e que promete grandes transformações. Vamos lá!

O sucesso do ECA

É difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar do ECA – o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº 8.069). Um documento que moldou a forma como a sociedade brasileira trata suas crianças e adolescentes. Neste ano, em 13 de julho, o ECA festejou 34 anos. Junto com a Constituição Federal de 1988 (especialmente, o Capítulo VII), ela construiu um poderoso arcabouço que norteia o Estado brasileiro em relação às políticas públicas para a infância e a adolescência e regula os comportamentos sociais em relação a este público.

Para começar, o ECA foi responsável pelas atuais definições oficiais de criança (“toda a pessoa até 12 anos incompletos”) e adolescente (“pessoas entre 12 e 18 anos”), que são fundamentais para as políticas de Estado. Um grupo atendido que, hoje, chega a 48 milhões de pessoas – 23% do total de brasileiros (Censo, 2022).

Ao definir crianças e adolescentes dentro de um arcabouço legal, o ECA também os converteu em verdadeiros sujeitos de direito, retirando-os de um contexto de inferioridade, passividade e tutela. Na educação, eles passaram a ser sujeitos da comunidade escolar, com direito à escuta, ao diálogo e a um protagonismo verdadeiro.

E mais: o Estatuto colocou como dever da família, comunidade, sociedade e poder público assegurar o direito à educação – em um universo que engloba a cultura, o lazer e o esporte – reservando todo um Capítulo ao tema (IV, Artigos 53 a 59). Em relação à educação, o ECA garante às crianças:

. O direito à educação, para o desenvolvimento pleno e a cidadania;

. A gratuidade e universalidade da educação;

. A oferta de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

. A igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;

. O respeito dos educadores;

. O acesso à escola pública gratuita perto de casa;

. No caso dos familiares, a lei garante o direito a ter ciência do processo pedagógico e a participar da definição das propostas educacionais.

Como observamos no início do texto, ainda há desafios em relação à garantia desses direitos – em especial, em termos de qualidade -, mas o ECA tem sido essencial para a proposição, universalização, fiscalização e cobrança desses direitos – e para novos avanços. Se há alguém propondo, se há alguém cobrando, o ECA está no meio! Ele, aliás, também se liga à segunda conquista de que vamos tratar.

Outros resultados importantes que trazem a marca do ECA podem ser vistos na redução da mortalidade infantil – que era de 66,1 por mil nascidos vivos em 1990 e, hoje, é de 12,6 por mil nascidos vivos (2023 – Datasus) –, no aumento do número de matrículas na Educação Infantil – que era de cerca de 40% em 2001 e, hoje, é de 91,5% do total de crianças (Inep, Censo Escolar 2023) – e no aumento da cobertura da vacina tríplice viral, que era menor que 50% há 34 anos e que, hoje, chega a 93% do público-alvo (Programa Nacional de Imunizações – PNI, 2024).

A Política Nacional Integrada para a Primeira Infância

Recém-chegada, ela ainda é pouco conhecida por muitos brasileiros, mas promete ser extremamente importante para os cuidados e o desenvolvimento integral das crianças de 0 a 6 anos completos. No 27 de junho, a presidência da República publicou o Decreto Nº 12.083/2024, que estabeleceu a Política Nacional Integrada para a Primeira Infância – PNPI. O documento é resultado de discussões do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), da presidência da República, que reúne gestores e entidades da sociedade civil como o Movimento Todos Pela Educação. E marca o passo inicial de organização dos órgãos públicos e da sociedade para construir um compromisso e uma política integrada de cuidados com as crianças de até 6 anos. A PNPI foi estruturada em três eixos:

. Informação: com o Sistema de Informação Integrado da Primeira Infância, que consolidará e integrará dados dos setores e serviços;

. Serviços setoriais: fortalecidos e integrados para fortalecer e integrar as políticas de Saúde, Assistência Social e Educação, Proteção e Justiça, Direitos Humanos e Cultura.

. Comunicação: com as famílias, para apoiar a jornada de atenção à Primeira Infância, o cuidado integral e a promoção do desenvolvimento infantil, a partir da Caderneta da Criança.

No âmbito específico da educação, a PNPI deve ajudar a promover os conceitos de desenvolvimento infantil e os 6 direitos de aprendizagem estabelecidos trazidos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC): conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Ela reforça ainda a intencionalidade pedagógica, aproveitando até os momentos de cuidado – como a hora da alimentação e da limpeza – para trabalhar experiências que apoiam o desenvolvimento dos pequenos.

O PNPI promete aumentar a qualidade do atendimento à infância em todas as áreas. Promete, também, ampliar e melhorar o atendimento das crianças mais vulneráveis. Dados do PNUD mostram que apenas uma em cada quatro famílias, dentre as 25% mais pobres da população brasileira, tem acesso a creche – e isto precisa mudar!

Para comemorar

Juntas, essas duas leis – ou melhor, uma lei (o ECA) e uma política legal ampla (a PNPI) – nos permitem comemorar o Dia da Infância. No que sinalizam de positivo, nas conquistas já obtidas, e, também, como instrumentos de avanço, de proteção aos mais carentes e de equidade, a começar pela educação. Feliz Dia da Infância!

Mais de 80% de evolução: números do Ideb confirmam o compromisso dos parceiros da Editora Opet com a qualidade na Educação

Municípios tiveram crescimento na principal avaliação da Educação Básica

A divulgação dos dados do Ideb 2023, no início desta semana, confirmou a qualidade do trabalho das redes municipais parceiras da Editora Opet: em mais de 80% das redes de ensino atendidas houve aumento do Ideb. E não apenas aumento, mas um crescimento que fez com que essas redes municipais atingissem e até ultrapassassem a meta nacional de 6,0 para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental e de 5,5 para os Anos Finais do Ensino Fundamental.

“Esses resultados espelham a qualidade do trabalho da Editora Opet, que envolve as coleções e os recursos educacionais digitais, as formações pedagógicas, as visitas técnicas, as avaliações diagnósticas e as ações de aproximação família-escola”, observa a presidente do Grupo Educacional Opet, Adriana Karam.

“Mas, principalmente, eles traduzem algo que é muito importante para nós: uma parceria verdadeira, pela aprendizagem, pela educação. E isso também é uma forma de afirmar e fortalecer a cidadania.”

Foco na aprendizagem

“Nosso foco está em fortalecer a aprendizagem sempre”, explica o diretor da Editora Opet, Adriano de Souza. “E fazemos isso de diferentes maneiras. A começar pela formação continuada dos professores. E também nos materiais didáticos atualizados e no trabalho de aproximação entre as famílias e a escola – que, aliás, dá nome ao nosso selo para a educação pública.”

Adriano destaca o papel da avaliação diagnóstica da aprendizagem nos bons resultados dos municípios parceiros. O Programa inDICA de Gestão da Educação, sistema avaliativo da Editora Opet, é adotado por boa parte das redes municipais, e vem sendo decisivo para a construção de planos de intervenção e de recomposição da aprendizagem.

“Estamos sempre atentos aos resultados aluno a aluno, turma a turma. E, com a avaliação diagnóstica do inDICA, podemos ajudar os gestores a traçar estratégias de ação que produzam uma evolução consistente da aprendizagem – de todos os alunos”, observa. 

A qualidade do Ideb

A gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto, destaca a importância do Ideb como balizador da evolução da aprendizagem. “Quinze anos após sua primeira edição, a relevância do Ideb permanece inquestionável. Principalmente porque ele oferece uma métrica padronizada que permite acompanhar o desempenho educacional ao longo do tempo.”

Ainda assim, Cliciane observa a necessidade de evoluir no cenário da avaliação. “Desafios como a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as mudanças nas políticas educacionais exigem que o Ideb também evolua. Há uma crescente necessidade de complementá-lo com outras formas de avaliação que considerem aspectos qualitativos da educação e fatores socioemocionais, oferecendo uma visão mais holística do processo educativo.”

Sobre os bons resultados dos parceiros no Ideb, Cliciane avalia que eles podem ser atribuídos a um conjunto de fatores que se inter-relacionam. “Um sistema de ensino bem estruturado proporciona um currículo coerente e alinhado às diretrizes nacionais, enquanto os materiais didáticos de qualidade oferecem os recursos necessários para que os professores possam aplicar esse currículo de maneira eficaz”, observa.

“As formações, por sua vez, garantem que os educadores estejam constantemente atualizados e preparados para enfrentar os desafios do dia a dia escolar, utilizando metodologias ativas e práticas pedagógicas inovadoras. Esse conjunto de ações contribui significativamente para os resultados positivos observados.”

A gerente comercial da Editora Opet para a área pública, Elen Goulart, destaca a qualidade dos investimentos em educação pelos municípios. “Queremos parabenizar os gestores, os secretários de Educação e os prefeitos pelo olhar cuidadoso para a escola. Que adota critérios técnicos e fiscaliza de perto os resultados. Isso faz toda a diferença, como mostra o Ideb.”

PROGRAMA INDICA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO: CONHECIMENTO QUE GERA CONHECIMENTO

Recuperar, reforçar ou recompor a aprendizagem: diferenças e caminhos

Você já ouviu as palavras “recuperação” e “reforço”. E, como educador, mais recentemente vem ouvindo a palavra “recomposição” para a aprendizagem. As palavras são parecidas, a começar pelo prefixo “re”, que significa “fazer de novo”

Re-cuperar, re-forçar e re-compor trazem a ideia de trilhar o mesmo caminho de novo para atingir um objetivo não alcançado. As semelhanças, porém, param por aí. 

Recuperação 

Quando falamos recuperação – do latim “recuperare”, “agarrar de novo” –, estamos nos referindo à retomada, pelo estudante, de uma habilidade ou conteúdo no qual ele não alcançou o resultado desejável no processo de ensino-aprendizagem. Seu caráter é mais pontual, ou seja, não pede um olhar sistêmico para a aprendizagem.

Reforço

Reforço traz a ideia de “colocar força novamente” em alguma coisa. O objetivo do reforço, na educação, é aprofundar um conteúdo ou habilidade em que o estudante está tendo dificuldades de compreensão. Também é uma ação mais pontual.

Recomposição

A palavra recomposição traz seu significado em sua própria etimologia. Compor (do latim “componere”) significa “formar”, “constituir” ou “moldar”. Assim, a ideia de recomposição não se liga a um elemento ou a um instante, mas ao todo e à estrutura da aprendizagem. A recomposição pode abranger os esforços de recuperação e de reforço, que também são relevantes, mas vai além. 

Seu objetivo é retomar o processo de ensino-aprendizagem partindo de sua base. Um processo que foi duramente afetado pela pandemia da Covid-19 – cujas consequências são sentidas ainda hoje no contexto educacional -, mas que, no caso brasileiro, também está ligado a outras deficiências, crônicas, históricas e estruturais.

Assim, ao pensar em “recompor a aprendizagem”, o gestor ou professor não estará focado em apenas um conteúdo ou em uma série de conteúdos, mas no todo e nas relações entre os temas e conteúdos que conformam a aprendizagem. 

E mais: no processo de aprendizagem visto a partir de um espectro mais amplo. Que envolve [e, aqui, nos apoiamos no material desenvolvido pela Fundação Leman e pelo Instituto Natura para gestores escolares] a busca ativa pelos estudantes, o acolhimento e o ambiente escolar, a flexibilização curricular (que permita selecionar objetivos ou marcos de aprendizagem essenciais previstos no calendário – como as habilidades prioritárias da BNCC), a reorganização das atividades pedagógicas, o acompanhamento das aprendizagens e a avaliação diagnóstica.  

O papel da avaliação diagnóstica

Com o Programa inDICA de Gestão do Conhecimento, a Editora Opet oferece um sistema completo de avaliação diagnóstica da aprendizagem. Avaliação que é essencial para a mensuração precisa do estado da aprendizagem – escola a escola, turma a turma, estudante a estudante. Avaliação que, é claro, foca diretamente os estudantes, mas que também envolve os professores, os gestores e as famílias.

Uma boa avaliação diagnóstica é essencial para a construção do plano de intervenção pedagógica, que, por sua vez, é o caminho para a recomposição da aprendizagem. O Plano de Intervenção Pedagógica é uma proposta de ensino para intervir no ensino e aprendizagem dos alunos com dificuldades – eventualmente, todos eles, em maior ou menor grau –, desenvolvendo uma maior aprendizagem na alfabetização e no letramento de maneira significativa.

Em síntese

Para a educação, recuperação, reforço e recomposição são elementos distintos. Enquanto os dois primeiros são mais pontuais, o terceiro é sistêmico, referindo-se à estrutura e ao processo de aprendizagem. 

A recomposição da aprendizagem envolve um olhar mais focado e um espectro mais amplo de ação, e tem na avaliação diagnóstica – a coleta de informações mais precisas sobre o estado da aprendizagem – um componente essencial, que se conecta ao plano de intervenção que possibilitará recompor a aprendizagem.

PROGRAMA INDICA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO: CONHECIMENTO QUE GERA CONHECIMENTO

Formações pedagógicas de início de semestre: ensino intencionado, aprendizagem forte

Participantes do VI Seminário de Alfabetização e Letramento, Santana de Parnaíba (SP).

Segunda quinzena de julho: em todo o país, escolas e redes municipais fazem os preparativos finais para a retomada das atividades no 2º semestre. Um momento essencial de reflexão, diálogo e conhecimento. Um momento especial para as formações pedagógicas realizadas em parceria com a Editora Opet!

Apenas na semana passada, os formadores da Editora estiveram em nada menos do que 14 municípios, em Mato Grosso, São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Entre eles, Chapecó (SC), Arapongas (PR), Cotia (SP) e Santana de Parnaíba (SP), cujas redes municipais reúnem milhares de educadores.

O trabalho envolveu toda a equipe da gerência pedagógica da Editora Opet, que se preparou para oferecer reflexões e conhecimentos sobre os melhores usos – intencionados e inteligentes – das coleções os recursos educacionais digitais Sefe.

Prontos para a ação: o time da Editora em Chapecó.

Professores inovadores e criativos

Em Chapecó (SC), a formação – com a supervisão regional, pela Editora, de Fernanda Gonçalves – aconteceu nos dias 18 e 19 de julho e reuniu cerca de 1.400 professores da Educação Infantil 4 e 5, dos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental (1º ao 9º ano), do Ensino Religioso e da Educação Especial.

O tema norteador foi “Formando professores inovadores e criativos: dos contextos investigativos e inclusivos ao ato de avaliar”. Além disso, 800 professores da Educação Infantil participaram da palestra “A criatividade na infância e a potência do brincar”, ministrada pela mestre em Educação Alua Wojciechowski.

Um momento essencial

“A formação pedagógica é essencial para qualificar o trabalho dos docentes e gestores, ampliando e atualizando seus conhecimentos. Isso é crucial para garantir a aprendizagem e proporcionar uma educação de excelência”, avalia a professora Marcia Wurzius, diretora de Educação do município.

“Neste momento de retomada das aulas, as formações permitem reflexões sobre práticas pedagógicas e ajudam a repensar estratégias para o segundo semestre, aplicando o que foi aprendido durante os encontros formativos.”

Marcia destaca o valor da formação na percepção dos gestores e vice-gestores a respeito de seu próprio papel. “Eles reconheceram seu papel de facilitadores na criação de um ambiente propício para a construção de saberes e experiências”. Ela destaca, também, o engajamento dos professores, com interação em dinâmicas e diálogos que fortaleceram questões socioemocionais e a importância da gestão escolar. “A parceria com a Opet trouxe formações de qualidade e resultados positivos, motivando a aplicação prática dos conteúdos abordados tanto de forma individual quanto coletiva nas salas de aula.”

Formação das professoras do 4º ano do Ensino Fundamental (Anos Iniciais).
Professores do Ensino Especial reunidos na formação com a Editora Opet.

Formação exclusiva para professores

Em Arapongas (PR), a formação, também supervisionada por Fernanda Gonçalves, aconteceu nos dias 22 e 23 e também teve como tema norteador “Formando professores inovadores e criativos: dos contextos investigativos e inclusivos ao ato de avaliar”. Foi um momento exclusivo para professores, com a participação de 980 docentes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental – Anos Iniciais (1º ao 5º ano).

Professoras de Arapongas: formação é momento especial para a construção do segundo semestre.

A secretária municipal de Educação de Arapongas, Elisângela Gonçalves Bobato Cortez, destaca a importância das formações pedagógicas realizadas em parceria com a Editora Opet no início de cada semestre desde 2021. Segundo ela, esses momentos fortalecem o trabalho educacional e valorizam os profissionais.

“As formações contribuem de forma significativa no conhecimento, troca de saberes e crescimento profissional dos professores, com reflexos positivos em suas práticas pedagógicas”, observa. Segundo Elisângela, momentos como esse possibilitam aprimorar e diversificar as metodologias de ensino, o que, por sua vez, permite alcançar os educandos em um tempo de profundas transformações.

“É de extrema importância a participação de todos os profissionais da área educacional, que, além da atualização do conhecimento técnico, tecnológico e pedagógico, vivenciam a oportunidade de desenvolver suas habilidades e potencialidades, por meio de reflexões e trocas de experiências.”

A secretária observa o cuidado e o carinho de sua equipe na preparação da formação e na recepção dos formadores da Editora e dos professores. Uma dedicação que teve como resultado a participação massiva dos docentes, o engajamento e a obtenção de bons resultados, com vistas ao sucesso da educação no segundo semestre. “Nossa parceria vem colhendo frutos de sucesso pois estamos unidos no mesmo objetivo: a qualidade na educação!”.

Cotia e Santana de Parnaíba

No Estado de São Paulo, muitas vezes os números são grandiosos. Muitas pessoas, muita ação! E foi justamente isso que se viu nas formações pedagógicas de início de semestre em Cotia e Santana de Parnaíba. Parceiros históricos da Editora, eles reuniram – números somados – cerca de 6.400 profissionais de educação. Ambas as formações envolveram um time de formadores pedagógicos e tiveram a supervisão regional, pela Editora, de Fernando Corrêa.

Cotia

Cotia: As formações também são um momento de interação, de troca de conhecimentos, entre os educadores.

Em Cotia, a formação aconteceu no período de 23 a 26 e envolveu 4.400 educadores, entre professores, gestores e auxiliares. Cada grupo de profissionais participou de momentos distintos, com temáticas específicas de sua área de atuação.

Os professores dos Anos Iniciais – 1º, 3º, 4º e 5º ano, por exemplo, trabalharam com “Sequências didáticas como possibilidade de ampliação do trabalho com o Material Didático”. E os do 2º Ano com o tema “Educação que aproxima com contextos, conexões e interações para superar desafios”.

Os gestores de Cotia participaram de discussões sobre o tema “Processos de aprendizagem: entre saberes, intencionalidades e experiências”. A rede municipal também vivenciou um momento formativo online: nos dias 23 e 24, no canal da Editora no Youtube, a formadora Gabriela Menezes falou sobre as temáticas “Educação Respeitosa” (dia 01) e “Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva” (dia 02).

“A Semana Pedagógica é muito significativa, pois esse momento formativo no início e retomada do semestre traz novas ideias, sendo motivador para os educadores, além de proporcionar integração de todos”, observa Leandro Marques Yoshizumi, assessor técnico educacional da Secretaria Municipal de Educação de Cotia. “Os formadores da Opet sempre atendem nossas expectativas, e recebemos muitos elogios. A possibilidade de articulação com o supervisor Fernando favorece muito o resultado positivo do evento.”

Santana de Parnaíba

Em Santana de Parnaíba, a formação aconteceu nos dias 22 e 23, e teve a participação de 2 mil professores. O trabalho foi realizado de forma dirigida, com temáticas distintas para grupos distintos de educadores. Os profissionais da Educação Infantil, por exemplo, trabalharam com o tema “Experiências de aprendizagens – planejando com intencionalidade”, e os professores dos Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (nível de ensino que também é oferecido pela rede municipal) examinaram temas de seus respectivos componentes curriculares (Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Geografia, Ciências, Química, Física e Biologia).

“Prezamos muito por esses momentos de estudo na retomada do semestre”, conta o diretor de Ensino de Santana de Parnaíba, Cleber Aparecido Martinelli Hernandes. “Eles permitem que nossos educadores compartilhem e aprimorem ideias. E isso faz com que tenhamos um semestre mais engajado por parte de todos, e que isto possa se refletir positivamente em sala de aula, com os nossos estudantes.”

Ensino intencionado, aprendizagem forte

“A retomada das aulas no 2º semestre é sempre um momento de expectativa. É uma oportunidade para olhar para a frente e fazer ajustes que fortaleçam a aprendizagem até o final do ano”, avalia a gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto. “Nós, da Editora, desempenhamos um papel importante nesse processo, dialogando e construindo juntos um ensino intencionado e uma aprendizagem significativa. Fazemos isso por meio das formações, ampliação do uso dos recursos oferecidos pelo Sefe e estímulo à criatividade.”

A formação continuada, reforça Cliciane, é essencial para manter os educadores atualizados com as melhores práticas pedagógicas e inovações. Esse aprimoramento profissional constante é fundamental para proporcionar um ambiente de aprendizado dinâmico e adaptado às necessidades individuais dos estudantes. “Além disso, a colaboração entre educadores e a Editora Opet possibilita a troca de experiências e a construção conjunta de um ensino que visa o desenvolvimento integral dos alunos. Ao oferecer recursos e estimular a criatividade, a Editora contribui para a construção de uma educação de qualidade.”

As Olimpíadas… de antes das Olimpíadas!

Ruínas do Philippeion, no santuário de Olímpia. Os antigos jogos olímpicos aconteciam aqui.

“Citius, Altius, Fortius”: você conhece estas três palavras? Elas vêm do latim e significam, literalmente, “mais rápido, mais alto, mais forte” – e são o lema das olimpíadas da era moderna!

Mas, por que “olimpíadas”? E por que “da era moderna”? Nesse artigo, vamos descobrir as “olimpíadas por trás das olimpíadas”, isto é, os jogos que inspiraram as modernas olimpíadas.

Antes de começar, é importante observar que jogos, brincadeiras e disputas que envolvem corpo e mente estão presentes em todas as civilizações, e não apenas na grega. Eles são parte do que nós, humanos, somos! Das Américas à África, da Ásia à Oceania, as pessoas jogam e competem seguindo regras há muito tempo – e isto tem muita relação com a aprendizagem.

🤼 Jogos de hoje, jogos de ontem

Pierre de Frédy, barão de Coubertin.

A ideia de jogos esportivos modernos nasceu com o francês Pierre de Frédy (1863-1937), barão de Coubertin, e se inspirou nos antigos jogos olímpicos gregos, disputados no santuário de Olímpia em honra a Zeus. Além dos jogos de Olímpia, havia outros santuários que também promoviam jogos associados à devoção, como os de Delfos e Corinto.

Os primeiros jogos olímpicos antigos teriam sido disputados no ano de 776 a.C. e envolviam representantes – homens jovens e homens mais velhos – de cidades-Estado gregas. No início, eles se resumiam a uma corrida, mas, com o tempo, passaram a envolver cinco grupos de modalidades: corridas, lutas, pentatlo (corrida, disco, salto em distância, dardo e luta), provas atléticas e provas hípicas. Muitas das provas, aliás, inspiraram os esportes olímpicos modernos – a começar pelos de arremesso.

Discóbolo, lançador de disco. Roma, séc. II.

Como se pode perceber, os antigos esportes olímpicos estavam diretamente relacionados às habilidades marciais. E, também à conduta esperada dos guerreiros, começando pela deferência às divindades.

⚔️ E é verdade que, durante os jogos, as guerras paravam?

Sim. Pelo menos, entre as cidades-Estado gregas, cujas populações veneravam o mesmo panteão de deuses. E os jogos seguiam um cronograma – eram disputados de tempos em tempos, com programações que se estendiam por dias e incluíam sacrifícios e rituais religiosos.

Kotiros, a coroa de ramos de oliveira dada aos campeões dos jogos olímpicos.

🏆 We are the champions, my friends…”

Ao contrário do que acontece nas olimpíadas modernas, nos jogos gregos não havia uma relação entre o evento, os atletas e a publicidade (até porque não existia publicidade!) com essa associação massiva entre nomes, marcas e dinheiro que conhecemos. Mesmo assim, há muitas semelhanças!

Em um primeiro momento, os atletas vencedores recebiam uma fita, que era amarrada à sua cabeça; depois, eram coroados com o kotiros – uma coroa de ramos de oliveira (que representava a imortalidade alcançada pela vitória) colhidos da árvore plantada no templo de Olímpia. Em outros jogos gregos, como os de Delfos e Corinto, as coroas eram de louro e (veja só) de aipo!

Ao regressar a suas cidades, esses campeões – como acontece hoje em dia – tornavam-se celebridades. Havia leis que permitiam que eles construíssem estátuas como reconhecimento pela vitória em Olímpia. E os políticos – coisa que também conhecemos – aprovavam leis concedendo prêmios em dinheiro, isenções fiscais e até cargos públicos honorários. Tinha até “musiquinha” para homenageá-los! Na verdade, eram poemas – chamados epinícios -, muitas vezes encomendados a autores famosos como Píndaro (522–443 a.C.). Enfim: todo mundo queria estar perto dos campeões!

Teodósio I, o “matador” dos jogos olímpicos clássicos.

🕯️ Por que pararam?

Como os antigos jogos gregos – olímpicos, ístmicos (Corinto) ou píticos (Delfos) – estavam ligados à religião, eles entraram em declínio quando o Cristianismo ganhou força nos territórios da Grécia, que, então, eram parte do Império Romano. Em 393 d.C., o imperador Teodósio I – que, treze anos antes, havia declarado o Cristianismo a religião oficial de Roma, proibindo as antigas religiões – extinguiu os jogos.

💡 Eles voltaram!

Com o surgimento dos Estados Modernos na Europa, no século XV, muitos governantes – e também artistas e pensadores (estamos falando do Renascimento) – voltaram seus olhos ao passado em busca de origens, modelos e identidade. E encontraram Roma, Grécia e suas concepções de mundo.

Esse bem pode ter sido o “regresso” dos jogos olímpicos, que acabou determinado de fato pelo barão de Coubertain, que em 1896 promoveu a primeira olimpíada (de verão) da Era Moderna. E ela foi realizada onde? Em Atenas, na Grécia!

🏊 Para saber mais

Destacamos alguns endereços interessantes para quem quer saber mais sobre as olimpíadas e sua História:

Portal oficial da Olimpíadas de Paris 2024

Areté – Centro de Estudos Helênicos

Deutsche Welle (DW) – 1896: Primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna

BBC – The history of the Olympic Games (em inglês)

As modernas olimpíadas começam na Grécia!

Do espaço sideral ao quarto de dormir: como a Corrida Espacial transformou nossas vidas!

“Um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade…” – neste dia, há exatos 56 anos (em 20 de julho de 1968), os seres humanos pisavam pela primeira vez em um outro corpo celeste. Foi quando a nave Apollo 11 chegou à Lua e encantou boa parte da humanidade. O contexto era o da Guerra Fria, em que estadunidenses e russos disputavam a hegemonia dos corações e das mentes. E, na corrida ao satélite, os americanos chegaram na frente.

Quase seis décadas depois – depois de um bom tempo de “desinteresse” por colocar gente lá -, países e até empresas voltam a olhar para o nosso satélite natural. Para tanto, estão desenvolvendo novas tecnologias – e, é claro, estão utilizando várias das tecnologias que nasceram justamente graças à Corrida Espacial.

Nesta pequena reportagem, vamos listar cinco dessas tecnologias transformadoras. Do espaço para a sua casa, para o seu trabalho, para a sua escola! Sem esquecer de que, na raiz de cada uma dessas soluções, está o conhecimento – ele pode até nascer da inspiração e da genialidade, mas depende necessariamente da EDUCAÇÃO.

🚀 As “Tecnologias do Espaço”… que estão aí com você!

🛰️ Sistema de navegação por satélite – Aplicativos de localização como o Waze e o Google Maps, que você utiliza para encontrar lugares ou os melhores caminhos de um ponto a outro, estão diretamente relacionados à tecnologia de satélites surgida durante a Corrida Espacial. Eles só são possíveis graças à existência de redes de satélites que “triangulam” dados referenciais em relação a uma fonte receptora (que usa tecnologia de rádio) e, assim, podem determinar sua localização. Atualmente, existem dois sistemas de navegação por satélite disponíveis, o GPS (dos Estados Unidos) e o GLONASS (da Rússia); além deles, outros dois estão sendo implementados: o Galileo (da União Europeia) e o Compass/BeiDou (da China). Saiba mais no site da NASA (em inglês).

💤 Espuma viscoelástica – Saca o famoso “Travesseiro da NASA”, aquele que é vendido em portais e programas de tevê? Pois saiba que, com a devida licença poética, ele “é da NASA” mesmo! Explicando: na verdade, o material de que são feitos esses travesseiros – e também colchões, assentos de motos, cadeiras de escritório, estofados – foi, realmente, desenvolvido por cientistas ligados à NASA nos anos de 1960. Buscava-se, então, um material capaz de dissipar energia. Ele seria utilizado nos assentos das espaçonaves para suportar grandes cargas (como o empuxo e os trancos do lançamento de um foguete, por exemplo) e proteger os corpos dos astronautas. Esse material tinha como base o poliuretano e, além de absorver quantidades fenomenais de energia, ainda se moldava ao corpo dos astronautas, ajudando a dissipar a carga toda. Hoje, o dito cujo está bem perto da cabeça de muita gente, nos “travesseiros da NASA”!

👶 Comida enriquecida para bebês – Não, os astronautas não comiam “papinha para bebês”, daquelas de vidrinho que encontramos nos supermercados. Mas, comiam algo parecido! Explicamos: na verdade, boa parte dos alimentos enriquecidos para bebês possui incorporação de ácidos graxos (macromoléculas lipídicas encontradas em alimentos de origem animal e vegetal), substâncias extremamente importantes à vida por seu papel energético e de suporte orgânico. Esses ácidos foram adicionados por cientistas nos alimentos levados às missões espaciais. Na medida em que os astronautas não podiam cultivar, caçar ou cozinhar no espaço – no futuro, quem sabe, isto será possível –, eles deveriam ter acesso a alimentos altamente nutritivos em dimensões reduzidas (por conta do espaço limitadíssimo das naves e estações espaciais). Das naves, esses alimentos enriquecidos chegaram às gôndolas dos supermercados!

🥦 Hidroponia avançada – Hidroponia, você sabe, é o cultivo de espécies vegetais exclusivamente em água. Para que esse cultivo funcione, a água deve possuir todos os nutrientes para o desenvolvimento da planta. Um método que, como podemos comprovar nos supermercados, dá muito certo!  E que também tem a mão dos cientistas espaciais, que se encarregaram de levá-lo a um novo patamar. Por quê? Pensando, é claro, na possibilidade de cultivo em ambientes reduzidos (como estações espaciais ou bases em outros corpos celestes) ou em solos incapazes de dar suporte às plantas. Hoje, a hidroponia não é mais apenas uma opção alimentar “bacana”; além de suas possibilidades espaciais, ela também se mostra interessante para a alimentação humana na própria Terra e em projetos de recuperação ambiental.

🕹️ Joystick – Aí, sim! Quem se amarra em jogos eletrônicos sabe a importância do joystick, ferramenta de comando e direcionamento que se baseia na composição dos eixos x e y para a movimentação de objetos e elementos digitais. A invenção do joystick é anterior à corrida espacial – ele foi criado na década de 1920, no contexto da aviação –, mas acabou sendo aprimorado por conta da necessidade de condução de artefatos espaciais. Nesse processo, teve uma “mãozinha” dos cientistas da eletrônica e da informática, e é um elemento central nas missões espaciais. E, certamente, nas mãos de milhões de jogadores em todo o mundo. Em tempo: em 2020, o joystick da missão Apollo 12 foi vendido por US$ 36 mil em um leilão.

Neste artigo, vimos uma pequena amostra da contribuição dos avanços em tecnologia espacial para o nosso cotidiano. Uma contribuição gigantesca, que vai da engenharia de materiais aos métodos de gestão de grandes projetos, dos avanços em biomedicina às pesquisas em combustíveis. Sensacional!

🚀✐ Do espaço sideral à sala de aula

Na Educação Básica, a Corrida Espacial – e tudo o que vem com ela, de seu contexto histórico à Física associada à trajetória dos foguetes – é tema de diferentes unidades de conhecimento e objetivos de aprendizagem enunciados pela Base Nacional Comum Curricular. É um tema presente – a analisado em profundidade nos nossos materiais didáticos e recursos educacionais digitais!

A Corrida Espacial – e suas relações como a Geopolítica, a História do século XX e os avanços tecnológicos – é um tema relevante do Ensino Médio. Ele é discutido em detalhes na Coleção Diálogos e Interações, do Novo Ensino Médio Ígnea.