Redes municipais de SC, PR e SP realizam etapa de provas do Programa InDica

Tempo de avaliar: InDica oferece um serviço estratégico para as redes pública e privada de ensino.

Estudantes em sala de aula, formulários de avaliação, canetas a postos e mentes prontas para responder as questões… podem começar!

Nos últimos dias, mais três redes municipais de ensino participaram da etapa de avaliação dos estudantes do Programa InDica. As ações mobilizaram alunos, professores, gestores e escolas de Chapecó (SC), Santa Mariana (PR) e Santa Cruz do Rio Pardo (SP).

Em Santa Mariana, a avaliação aconteceu com os estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental (Anos Iniciais). Em Santa Cruz do Rio Pardo, com os alunos de todo o Ensino Fundamental. E, em Chapecó, com a participação de todos os estudantes do Ensino Fundamental (1º ao 9º ano).

Caderno da avaliação do InDica: materiais são elaborados com cuidado para gerar dados precisos sobre a aprendizagem.

Nessas avaliações, como explica a coordenadora do Programa InDica na Editora Opet, Silneia Chiquetto, foram avaliados os conhecimentos relacionados aos componentes curriculares de Matemática e Língua Portuguesa.

O momento avaliativo é tão marcante que, muitas vezes, os participantes não imaginam todo o planejamento envolvido no processo. Para que todo o processo aconteça, há muito diálogo entre a equipe da Editora Opet e os gestores da Rede Municipal de Educação. Cada estratégia e ação é planejada para que os dados geradores do diagnóstico seja o mais fidedigno possível.

 “É um trabalho prévio que envolve datas, organização, preparação das provas, verificação do cadastro de cada estudante, impressão e envio dos formulários. E tudo devidamente organizado com os gestores, para que o processo seja transparente e funcione perfeitamente”, conta Silneia.

As ações também envolvem os professores aplicadores, que têm todas as instruções sobre os documentos que estão recebendo e sobre aqueles que devem devolver à Editora (gabaritos, atas e listas de presença) para a próxima etapa do programa.

Claudio Takayasu é supervisor regional do InDica e acompanha o passo-a-passo das avaliações. “É importante salientar que o Programa InDica tem como objetivo avaliar diagnosticamente a aprendizagem dos estudantes, o que permite que os professores readéquem seus planejamentos a partir das devolutivas construídas a partir da leitura dos dados”, explica.

“E eles vão fazer isso a partir das informações geradas e do plano de intervenção disponíveis dentro da plataforma digital do Programa.”

Claudio enumera as etapas da transformação dos dados da avaliação em um plano de avanço da educação. “Assim que recebermos os cartões-resposta, as atas de aplicação e as listas de presença, começa a análise dos dados. Ela envolve a conferência manual e a leitura dos cartões por meio de scanner, a conferência das possíveis inconsistências, a análise dos dados, a geração dos relatórios e gráficos, a análise pedagógica das informações e a validação do processo”, conta.

“São muitas etapas para um só resultado: gerar um diagnóstico das redes municipais e as escolas privadas avancem em relação aos resultados de aprendizagem.”

O supervisor destaca, no caso dos três municípios que participaram da etapa avaliativa, o engajamento da comunidade escolar. Estudantes, professores, gestores e famílias perceberam a importância da avaliação.

“As pessoas estavam ali, de fato, trabalhando pela melhoria da educação. E, com todos os cuidados, conseguiram criar a atmosfera especial que é necessária a um processo tão importante.”

Marcelo Frank dal Piva é gerente do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino de Chapecó. Junto com a diretora pedagógica e de gestão educacional, professora Marcia Wurzius, ele vem participando ativamente de todo o processo avaliativo desenvolvido junto com a Editora. Para ele, a aplicação das avaliações do InDica foi oportuna e necessária para o futuro da educação. “Foi um momento de identificar questões e, sendo necessário, reencaminhar os processos de ensino-aprendizagem em nossas escolas.”

O gerente também destacou o engajamento e a união das equipes do município e da Editora Opet. “Mesmo os pequenos imprevistos, que sempre ocorrem em avaliações dessa envergadura – no nosso caso, um universo de treze mil estudantes –, foram sanados de imediato, sem qualquer impacto sobre o processo. A comunidade escolar percebeu claramente o compromisso com a educação”, finaliza.

Estudantes da rede municipal de ensino de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), durante a etapa avaliativa.

Priscila Vandrea Camargo Duarte é supervisora de Ensino da secretaria municipal de Educação de Santa Cruz do Rio Pardo e acompanha de perto o trabalho do InDica. Ela destaca o valor da avaliação como instrumento para aprimorar a educação pública e fortalecer a aprendizagem nas escolas da rede municipal.

Priscila observa o valor desse processo em um momento como o que estamos vivendo. “É importante ressaltar que, após a retomada do ensino presencial, a avaliação escrita realizada pelo InDica traz indicativos sobre o nível de aprendizagem dos estudantes. O que é essencial para posteriores intervenções, formações pedagógicas para gestores e professores.”

A gestora se disse satisfeita com o andamento do momento avaliativo e já olha para as próximas etapas. “Após a coleta de dados, nosso objetivo é receber informações para posteriores intervenções, bem como para o fortalecimento na aprendizagem dos estudantes. Essas informações também nos auxiliarão em relação às mudanças de paradigma necessárias ao desenvolvimento dos estudantes e à estruturação de um plano de ação relativo às habilidades não atingidas, bem como aos ajustes e correções de rumo.”

“O mundo pós-escola”: como preparar os estudantes para os desafios que chegam após o Ensino médio?

Ensino Médio chegando ao fim e muitas portas se abrindo… são muitas as possibilidades, os desejos pessoais e as condições colocadas pelo mercado de trabalho. Para onde seguir? Continuar estudando, trabalhar, trabalhar e estudar? Seguir para que área?

Essas, evidentemente, são dúvidas muito comum entre os jovens. A escolha da carreira nunca foi uma decisão simples, muito mais agora, em tempos tão fluidos, de tantas oportunidades e necessidades de conhecimento.

A escola, é claro, desempenha um papel importante em todo esse processo: ela deve dialogar, perceber habilidades e inclinações, abrir horizontes e, principalmente, apoiar os jovens em suas escolhas. Um processo que não começa na etapa final do ensino, mas que deve acompanhar o estudante ao longo de todo o Ensino Fundamental.

Transformação Digital e o futuro do trabalho dos estudantes atuais

A chamada “Transformação Digital”, acelerada em função da pandemia, modificou completamente o mundo e, especialmente, o mercado de trabalho. Nesse cenário, surgem novas funções, cargos antigos são repaginados e outros acabam desaparecendo. Por isso, é importante trabalhar o assunto em sala de aula e mostrar aos estudantes que, além dos conhecimentos técnicos, eles precisam desenvolver habilidades socioemocionais.

Também é necessário mostrar a eles as mudanças do mercado de trabalho frente à transformação digital que vivemos, assim como a importância de se manter atualizado em um mundo que muda o tempo todo.

O futuro do trabalho: pesquisas e tendências que precisam ser consideradas

Para se ter uma ideia, estudos mostram que até 2030 diversas profissões vão deixar de existir, enquanto muitas outras vão surgir. Basicamente, os estudantes de hoje terão cargos e funções que ainda nem existem… já pensou?

Outra mudança, que percebemos especialmente com a chamada geração dos “millennials”, é a do exercício de várias profissões ao longo da vida. Um quadro que é ainda mais forte em um país como o Brasil, em que as pessoas, muitas vezes, são levadas a empreender por conta de fatores econômicos.

A chegada dos estudantes atuais ao mercado de trabalho

Independentemente do cargo que venham a ocupar, quando os estudantes chegam ao mercado de trabalho, precisam lidar não apenas com funções surgindo e desaparecendo. Eles precisam lidar, ainda, com as consequências desse mundo em constante mudança.

Tais consequências manifestam-se em alterações contínuas no ciclo de vida de processos, na necessidade de aprender a utilizar novas ferramentas rapidamente, na agilidade para se adaptar a novas tecnologias, bem como na implantação de automações.

A capacidade de “aprender a aprender”, assim como as habilidades socioemocionais, constroem o profissional do futuro. Então, independentemente da função que venham a desempenhar, os profissionais devem estar sempre prontos a adquirir novos conhecimentos.

Também é fundamental adquirir habilidades socioemocionais, tanto para lidar com um mundo ágil quanto para executar suas funções, já que os trabalhos repetitivos e burocráticos tendem a ser automatizados.

Habilidades e conhecimentos técnicos: na medida certa

O futuro do trabalho é muito mais sobre a capacidade de resolver problemas, tomar decisões, relacionar-se e ter capacidade de foco, planejamento e execução, do que dominar habilidades técnicas.

Afinal, quando o assunto é habilidade técnica e uso de ferramentas, sempre haverá novidades. Então, aqui, a ideia é ter capacidade de aprender rápido e acompanhar as mudanças. No entanto, não estamos falando que as habilidades técnicas também não serão fundamentais.

Novas metodologias de ensino a favor das novas dinâmicas de trabalho

Apesar de as ferramentas digitais mudarem com frequência, existem bases para o funcionamento dessas tecnologias que precisam ser aprendidas. Tanto que algumas das novas metodologias de ensino, como STEM, propõem justamente trazer elementos de Engenharia, Matemática e afins para as aulas.

Linguagem de programação, disciplinas de TI e uso de plataformas, recursos e ferramentas digitais, são fundamentais para preparar os estudantes ao mercado de trabalho.

Ainda mais quando falamos do Ensino Médio, momento que eles já estão com um pezinho nesse mundo de carreiras e profissões. Então, o sistema educacional precisará se adaptar para preparar os indivíduos ao mercado de trabalho em constante mudança.

E isso envolve não focar apenas em tecnologias, já que elas passam por mudanças e melhorias continuamente.

Mesmo assim, é importante busca adotar, na escola, um ambiente tecnológico e de inovação. Sem deixar de lado o ensino de conhecimentos mais tangíveis, ou seja, aqueles que não mudam, já que estão relacionados à natureza humana e, portanto, ao nosso comportamento.

 A importância de trabalhar habilidades socioemocionais com os estudantes do Ensino Médio

Isso ajudará a lidar com as mudanças, já que os estudantes, a partir de habilidades socioemocionais, estarão mais preparados para esse cenário.

E claro, estarão mais preparados para lidar com as pessoas. Afinal, quem sabe lidar com suas próprias questões, sabe lidar muito melhor com o próximo.

Isso é muito bom para todos os envolvidos, ainda mais considerando que os locais de trabalho possuem uma dinâmica cada vez mais diversa, composta por pessoas com culturas, ideias, opiniões e visões de mundo distintas.

Podemos dizer, assim, que para lidar com as pessoas no ambiente de trabalho, com as mudanças constantes no mundo e todas as demais estruturas de mercado, são necessárias muitas habilidades socioemocionais e competências diversas.

E, claro, é preciso mostrar aos estudantes a importância de, diante de tantas mudanças, obter treinamento e desenvolver novas habilidades ao longo de suas vidas profissionais.

Por isso, é fundamental que os educadores abordem esse tema em sala de aula. Seja por meio de conversas, preparação para os vestibulares ou de aplicações de atividades que trabalhem as habilidades socioemocionais mencionadas na BNCC.

Inteligência emocional e BNCC

E por falar em inteligência emocional, não é à toa que a BNCC traz uma série de práticas para a Educação Básica que ajudem os estudantes a desenvolver cinco habilidades socioemocionais. Sendo elas:

  • autoconsciência;
  • autogerenciamento;
  • tomada de decisão responsável;
  • consciência social;
  • habilidades de relacionamento.

Além disso, também é importante adotar um plano de carreira para que eles entendam aonde querem chegar e o que fazem para isso.

 O futuro do trabalho e a Editora Opet

A Opet INspira, plataforma educacional de recursos digitais desenvolvida pela Editora Opet, disponibiliza uma variedade de ferramentas e recursos para preparar os estudantes para o mundo atual.

Além das aulas das disciplinas tradicionais, que podem ser ensinadas a partir de diversas metodologias, como STEM, Sala de aula invertida ou Projetos, há vários recursos para ajudar a inserir os discentes nas tecnologias digitais usadas no mercado de trabalho.

Recursos audiovisuais, possibilitando a criação de vídeos, blogs, apresentações em diversos formatos, uso de áudios entre outros, podem ser usados para aplicar a parte teórica das disciplinas.

Tudo isso pode ser elaborado na plataforma por meio de sequências didáticas, trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos. E, conforme informado acima, o mercado de trabalho está cada vez mais inclusivo e, na plataforma Opet INspira, não é diferente.

Nossas ferramentas também permitem a elaboração de aulas acessíveis utilizando o Menu de Acessibilidade que dá acesso a funções personalizadas, como teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto, contraste, entre outros.

Então, com a plataforma, os educadores conseguem planejar e aplicar aulas que vão ao encontro de tudo o que é necessário para preparar os estudantes do Ensino Médio para o que vem depois da Educação Básica.

“Tips For Teachers”: vídeos preciosos para professores de Inglês dos anos iniciais do Ensino Fundamental

Gabrielle Caroccia, editora e host da série “Tips for Teachers”.

Em inglês, a palavra tip significa “dica”, ou seja, aquela informação ou conhecimento pontual e especial que funciona incrivelmente bem para solucionar problemas do dia a dia.

Pois é justamente esse o espírito que inspira a série de vídeos “Tips For Teachers” (“Dicas para Professores”), publicada pela Editora Opet na plataforma educacional Opet INspira e voltada a professores do componente curricular Língua Inglesa. E são muitas as dicas, ou melhor, as tips: até agora, já foram produzidas dezenas de vídeos – e um mais interessante que o outro!

A head do “Tips For Teachers” é a editora Gabrielle Caroccia, colaboradora da equipe editorial da Editora Opet. Ela aproveitou sua experiência com Língua Inglesa – Gabrielle foi responsável, por exemplo, pela coordenação do projeto que criou a Coleção English Party For Teens – e, em parceria com sua equipe, deu início ao projeto. Os vídeos são originais e têm a edição de Roger Wodzynski e Giovane Sartori, os experts em mídias audiovisuais da Editora Opet.

Gabrielle durante uma das gravações.

A série ‘Tips For Teachers’ é formada especificamente por vídeos”, explica Gabrielle. “Ela nasceu para dar subsídios dinâmicos e lúdicos, a fim de enriquecer as aulas dos professores de Língua Inglesa dos anos iniciais do Ensino Fundamental”.

Essa fase, vale observar, é estratégica em termos de aprendizado de uma segunda língua, pois prepara as crianças para os anos finais do Ensino Fundamental, quando o ensino do componente Língua Inglesa passa a ser obrigatório por lei.

Conhecer e compartilhar – Para dar dicas, porém, é preciso ter um bom conhecimento de inglês, do próprio universo de ensino da língua e, é claro, das coleções da Editora. “O processo é longo e complexo. Para começar, mapeamos todos os temas e conteúdos dos livros didáticos de nossas coleções”, conta Gabrielle. A partir daí, começa a produção dos vídeos, que segue uma sequência cuidadosa.

“A cada leva de gravações, seleciono alguns dos temas já mapeados, sempre de acordo com a necessidade, e começo a desenvolver os roteiros. Depois, esses roteiros passam por validação pedagógica, revisão de texto, gravação, edição de vídeo e som, até chegar à fase das validações finais. Ao todo, cinco profissionais estão envolvidos no processo”, explica.

E é justamente todo esse cuidado e toda essa dedicação que fazem os vídeos serem tão interessantes, pois eles transmitem o conteúdo educacional de maneira clara e amigável, algo que só é possível com muito conhecimento – e muito trabalho!

Gabrielle conta que a produção, por si só, funciona como um grande estímulo para se aprofundar mais e mais no conhecimento sobre o idioma. “O aprendizado é contínuo, pois, mesmo sendo da área de Língua Inglesa, é necessário mergulhar em pesquisas para criar os melhores conteúdos possíveis para todos os vídeos em produção. Isso traz alegria e conhecimento para meu repertório de mundo!”, ensina. Ela, aliás, já foi a protagonista de mais de 60 vídeos da série.

CreativityCom a série “Tips For Teachers”, o que se quer é incentivar e inspirar a criatividade dos professores. Tanto em relação às próprias dicas, que podem e devem ser incorporadas ao ferramental de ensino, quanto em termos de criação.

“Fazer, por exemplo, com que os próprios professores desenvolvam seus vídeos em plataformas como o Youtube, TikTok, Instagram ou outras mídias que alcancem os jovens. Isso ajuda muito no processo de ensino e aprendizagem”, avalia Gabrielle.

E como chegar lá? “Minha dica para os professores é soltar a criatividade e unir ludicidade e aprendizado. Assim, os alunos vão se sentir muito mais à vontade para entrar em contato com esse novo idioma e ir além da sala de aula!”.

Lembrando que a série “Tips For Teachers” é apenas uma parte do projeto da Editora Opet para o ensino da Língua Inglesa com apoio dos meios digitais. Outras produções virão, assim como mais conteúdos em outras séries de vídeos, como “The Grammar Series”, “Useful Expressions For Life” e “The Vocabulary Series”.

Quer uma dica? Se você é parceiro da Editora, acesse a plataforma educacional Opet INspira agora!

A importância das histórias na Educação Infantil

“Era uma vez…” é um início de frase conhecido por todos nós. Ele marca a abertura de histórias infantis, muitas delas extremamente antigas. Em diferentes culturas, em todo o mundo, aliás, há frases semelhantes e histórias semelhantes. Que servem para divertir, entreter e, principalmente, para ensinar e fazer refletir. Essas histórias, aliás, normalmente são moldadas para crianças, mas trazem lições que valem para toda a vida. Elas são, enfim, um incrível recurso que as civilizações criaram para a educação. E devem, é claro, estar presentes nas escolas.

Uma história para a vida
De modo geral, contos e histórias infantis introduzem o sentido da existência, os objetivos pré-estabelecidos pelos humanos, ensinam valores e indicam comportamentos. Muitos focam em questões como a da justiça e da injustiça, da maldade e da bondade, da importância do esforço, da paciência e se buscar sempre a sabedoria. Pense, por exemplo, na fábula do “Coelho e a Tartaruga”, atribuída ao escritor e contador de histórias Esopo, que viveu há 2.500 anos na Grécia. Uma história tão antiga e, ao mesmo tempo, tão cheia de significados em relação às virtudes e valores da perseverança, humildade e do esforço!
Podemos considerar, enfim, essas histórias um meio especialmente eficiente de inserir e retratar o mundo real por meio de fenômenos fantásticos que, por estarem mais próximos do universo infantil, induzem a criança a refletir e se desenvolver a partir disso.
Elas, porém, devem ser trabalhadas com sensibilidade pelos professores. Na medida em que “conversam” com o tempo presente – tão cheio de questões importantes –, merecem um olhar especial de quem trabalha com algo tão precioso como é a educação infantil.

Benefícios dos contos de fadas
Quanto aos benefícios dos contos, o próprio Albert Einstein disse uma vez: “Se você quer que seus filhos sejam inteligentes, leia contos de fadas para eles. Se você quer que eles sejam mais inteligentes, leia mais contos de fadas”. Então, seguindo o conselho de um dos maiores gênios da humanidade – podemos imaginar quantas histórias ele ouviu quando criança! -, selecionamos alguns benefícios que os contos de fadas e outros contos trazem para as crianças.

Alfabetização Cultural, Expansão cognitiva e Inteligência Emocional: Conheça os benefícios dos contos para o desenvolvimento das crianças
Além da criatividade e da imaginação, temos ainda outros benefícios voltados para o desenvolvimento cognitivo e a aquisição de bagagem cultural. Veja!

Desenvolvimento da alfabetização inicial
Um dos papéis mais importantes da contação de histórias para o desenvolvimento das crianças é sua contribuição para a alfabetização na Educação Infantil.
● Prepara para a alfabetização: mesmo antes da fase de alfabetização, as histórias atuam como um bloco de construção essencial para a alfabetização. Como observa Jean Piaget, um dos mais importantes pensadores da educação no século passado, o aprendizado ocorre em estruturas. Nesse contexto, os contos servem como base para a alfabetização.
● Ajuda a expressar ideias: além disso, é sempre bom conversar com as crianças sobre o que foi lido e sobre como a história se relaciona com o mundo real. Essa é uma etapa que colabora com a capacidade da criança em expressar ideias. Muitos contos possuem diferentes níveis de aprofundamento e reflexão – é importante, então, respeitar a etapa do desenvolvimento da criança.
● Amplia o vocabulário: ainda falando sobre alfabetização, os contos infantis são excelentes para ampliar o vocabulário antes e durante a fase de alfabetização. Afinal, nessa idade, as crianças ainda não tiveram tanto contato com diferentes grupos sociais.

Então, educadores e responsáveis podem usar a contação de histórias para diversos fins na alfabetização.

Cultura, diversidade, história e contos infantis
Ler contos não é apenas uma base para o desenvolvimento da alfabetização, mas também ajuda a trabalhar vários elementos e comportamentos transculturais.
Cultura: os contos de fadas, por exemplo, são ambientados em diferentes épocas e lugares do mundo. Dessa forma, a criança é exposta naturalmente à diversidade de culturas, pessoas e ideias.
● Cultura brasileira: não podemos esquecer que, no Brasil, temos lendas do nosso próprio folclore, influenciado pelas narrativas indígenas, africanas e europeias – um verdadeiro tesouro!
Com os contos, enfim, é possível trazer elementos culturais, inclusive da nossa própria cultura, e demonstrar várias manifestações e aspectos da diversidade presente no nosso país. Nós temos um tesouro, que deve ser mostrado às crianças!

Influência dramática trazida pelos contos
Outro benefício dos contos infantis, especialmente os contos de fadas, é a oportunidade que o professor tem de trazer para esses momentos a dramatização.
Assim como as histórias, as peças de teatro, fantoches e marionetes são ferramentas lúdicas que precisam fazer parte do universo infantil. E os contos permitem a introdução desses elementos de forma mais natural e intuitiva.

Habilidades positivas de resolução de problemas e resiliência com contos de fadas
Todos os contos possuem uma narrativa em que o herói se depara com inúmeras diversidades até alcançar a liberdade, a justiça ou qualquer outro benefício que esteja buscando. Isso mostra às crianças que é necessário se adaptar às situações, encontrando nelas as ferramentas que precisam para o “próximo passo”.
Esse cenário descrito acima acaba sendo um conector entre a história fantástica e a realidade. Com isso, grandes ensinamentos são tirados da história.
Dentre os principais ensinamentos que os estudantes podem tirar da história estão:
● Como ter uma visão positiva em meio a situações adversas e de ansiedades;
● Como lidar com os problemas da vida;
● Aquisição do pensamento crítico e raciocínio lógico.

Processamento Emocional
Uma das vantagens dos contos de fadas são as representações de sentimentos bons e ruins por meio dos personagens que representam e exteriorizam a partir de símbolos e arquétipos.
Dessa forma, a criança compreende e entende os sentimentos profundos de forma mais lúdica, o que facilita o processamento da informação e a compreensão de como lidar com emoções difíceis.
Com os contos de fada, as crianças podem projetar livremente seus próprios sentimentos ruins nos personagens malignos, ao passo que também se relacionam com os bondosos personagens principais – que, muitas vezes, também são crianças corajosas que triunfam sobre o mal.

Lições que as crianças podem aprender com os contos de fadas
Entre terras distantes e lugares mágicos repletos de bravos heróis e heroínas, bruxas malvadas, dragões, criaturas míticas, amigos e tapetes voadores, os educadores também podem tirar lições importantes e passá-las para as crianças. Confira!
● Aprenda a ser gentil com Cinderela, que não deixou de ser bondosa por causa da família adotiva má.
● Tente algo novo, como a Pequena Sereia, que se aventurou fora de sua zona de conforto.
● Seja paciente e planeje com antecedência para não ter problemas como os irmãos preguiçosos.
● Nunca tenha medo de pedir ajuda: todos os personagens tiveram grandes amigos para apoiá-los, como Cinderela, que teve apoio da madrinha e dos amigos animais (Pocahontas, de Meeko; Ariel, do Linguado; Ana, do Olaf; Pinóquio, do Grilo Falante; e Peter Pan, da Sininho.
● Tudo o que fazemos tem uma consequência, e os Três Porquinhos e o Pinóquio são ótimas referências para ensinar tal lição.
● Diferente, sim. E daí? Muitos personagens das histórias são “diferentões”, ou seja, fogem às convenções com que estamos acostumados. Isso não significa, porém, que eles sejam maus ou que representem uma ameaça – muito pelo contrário! Esse perceber e valorizar o “diferente” também faz das histórias infantis um bom caminho para trabalhar a diversidade, a empatia, o respeito, a interculturalidade e a inclusão.

Dicas da Editora Opet: contos que não podem faltar na vida das crianças
A seguir, listamos alguns contos de fadas, fábulas, mitos e lendas do folclore brasileiro que não podem deixar de fazer parte da formação dos estudantes. Confira!

Fábulas de Esopo
● A tartaruga e a lebre
● A gansa do ovo de ouro
● O lobo e o Cordeiro
● A Cigarra e a Formiga
● O Galo e a Raposa
Contos de fadas de Hans Christian Andersen
● O Patinho Feio
● A Pequena Sereia
● A Roupa Nova do Imperador
● A Rainha da Neve
● Polegarzinha
● A Princesa e a Ervilha

Contos de Fadas dos Irmão Grimm
● Branca de Neve
● Chapeuzinho Vermelho
● Cinderela
● Bela Adormecida
● Rapunzel

Outros mitos, folclores e contos que as crianças precisam conhecer!
Existem muitas coleções de literatura infantil. Além dos contos e das fábulas, temos, no nosso país, muitos mitos e lendas que fazem parte do folclore brasileiro.
Conheça alguns que não podem faltar na contação de histórias:
● Saci Pererê
● Curupira – guardião das florestas
● Sereia Iara – a guardiã das águas
● Lobisomem
● Mula sem Cabeça
● Cuca
● Boto-cor-de-rosa.
Temos ainda vários contos populares, os gibis de Maurício de Souza, retratando vários dos personagens do nosso folclore, e os livros de Monteiro Lobato, que inserem as crianças no mundo mágico do Sítio do Pica-pau Amarelo.

Materiais da Editora Opet para o desenvolvimento infantil por meio dos contos
Além dessas dicas, temos ainda vários vídeos sobre Arte Educação que podem complementar o trabalho com os contos infantis. No nosso canal de Youtube, criamos uma playlist com 24 vídeos sobre o tema que vão ajudar os educadores nesse processo.
Temos também, em nossa plataforma Opet INspira, diversos livros e áudios de histórias infantis, bem como uma série de materiais da Editora Opet para crianças da Educação Infantil e Fundamental I e II.
Tudo para garantir que as crianças não percam nada do que os contos de fadas, fábulas e lendas têm a oferecer para o seu desenvolvimento! 

“Ô, abre alas, que eu quero passar!”: o carnaval chega à sala de aula!

Pandeiro, cuíca, ritmo, fantasia, alegria… o carnaval é uma das festas mais ricas e complexas da cultura brasileira. E não apenas pelas cores, pela dispersão geográfica, irreverência ou criatividade: na verdade, o carnaval tem uma história muito antiga, mais antiga que a própria fundação do Brasil. Além disso, ele reúne e harmoniza elementos dos três grupos humanos formadores da nossa sociedade: indígenas, africanos e europeus.
Em outras palavras: uma festa tão importante é, também, um “prato cheio” para a educação! Assumindo o espírito carnavalesco, é possível compartilhar muitos conhecimentos com os alunos. Da Educação Infantil ao Ensino Médio, todos vão se divertir… e aprender!

“Confete, pedacinho colorido de saudade…”: memórias de carnaval

Um bom início de trabalho sobre o carnaval pode envolver as memórias das pessoas. Assim, pergunte aos alunos sobre como eles e suas famílias vivenciam a festa. E não há problema se, por acaso, alguns eles não tiverem essas memórias por questões relacionadas à religião, por exemplo, ou apenas por não gostar da festa. Essa é uma boa oportunidade, inclusive, de trabalhar a diversidade, assim como o respeito e o acolhimento às diferentes opiniões.
Em relação às memórias carnavalescas, elas podem se estender à família, aos pais ou avós, por exemplo. Vale lembrar ainda que, em várias regiões do país, as festas carnavalescas estão fortemente relacionadas à cultura local – caso, por exemplo, dos maracatus e do frevo em Pernambuco -, o que dá ainda mais cor às discussões.

Como tudo começou

As origens do carnaval ser situam em um passado muito remoto. A festa, incorporada pela cristandade europeia há muitos séculos, na Idade Média, tem elementos ainda mais antigos. Há quem afirme, por exemplo, que uma festa semelhante, caracterizada pela inversão de valores (com o rei se vestindo de servo e o servo de rei, por exemplo), teria surgido na Babilônia há milhares de anos.

Dito isso, podemos passar ao “resgate histórico” do carnaval:

1. Apresente uma linha do tempo sobre a História do carnaval. Mostre aos discentes como a festa chegou ao Brasil em meados do século XVII, sob influência das festas da Europa. Aqui, dependendo do nível de ensino, você pode até detalhar as origens psicossociais da festa, mostrando, por exemplo, as ideias de inversão e catarse (a este respeito, vale a pena conhecer a teoria da carnavalização de Mikhail Bakhtin).
2. Mostre imagens e vídeos de personagens famosos do nosso carnaval, como o rei momo, pierrô e colombina, que têm origem europeia. As influências, aqui, são muitas, do teatro italiano à corte francesa de Luís XIV, passando pelos bailes de máscaras de Veneza… é muita coisa interessante!
3. Também é importante contar que, no século XVII, foram criados os primeiros blocos de carnaval, mas que eles só se popularizaram no século XX.
4. Mostre ainda a origem das fantasias, que, assim como a decoração dos carros, ocorria de forma espontânea. Essa “improvisação” deu origem aos famosos carros alegóricos que temos atualmente.
5. Leve áudios de marchinhas para apresentar o gênero e mostrar que esse estilo musical contribuiu grandemente para a aceitação popular. Leve materiais para apresentar a primeira escola de samba, criada em 1928 no Rio de Janeiro – era a “Deixa Falar”, que, mais tarde, virou “Estácio de Sá”.
6. E, por fim, não deixe de mencionar como se deu o surgimento e as primeiras competições das escolas de samba em São Paulo e no Rio de Janeiro. E que, em outras regiões do país, se mantiveram os tradicionais carnavais de rua, com blocos e agremiações.

Os carnavais pelo Brasil

É possível que muitos alunos observem que, em sua região, em sua cidade, não existe carnaval. Isso não invalida a ideia de apresentar a festa em toda a sua grandeza, até mesmo porque em nosso país – e no mundo – há muitos carnavais. Dos bailes de salão aos trios elétricos, dos concursos de fantasias aos maracatus, são muitas as possibilidades! Vamos examinar por região do Brasil:
● Carnaval na região Sul: No Sul, principalmente em Florianópolis e em outras cidades litorâneas, há uma grande mistura de elementos, como desfiles de escolas de samba, clubes, blocos de rua e festas com DJs.
● Carnaval na região Sudeste: Desfiles das escolas de samba nos sambódromos Anhembi e Marquês de Sapucaí que são transmitidas na TV. Também há blocos de rua e festas particulares em clubes. Tudo com muita música, samba e marchinhas de carnaval.
● Carnaval na região Centro-Oeste: É em Goiás que ocorre uma das principais festas do Centro-Oeste. Há marchinhas, shows de várias bandas e desfiles de escolas de samba.
● Carnaval na região Nordeste: Temos variadas formas de comemorar o carnaval no Nordeste. Na Bahia tem os trio-elétricos e mais de 150 blocos organizados. O famoso carnaval de rua atrai cerca de 2 milhões de pessoas.
Muito além dos bonecos, o carnaval de Olinda, assim como o de Recife, se destaca pelas manifestações de dança e música. Em ambos, temos o Frevo e o Maracatu (uma mistura das culturas africana, portuguesa e indígena). Além é claro, dos blocos de rua.
● Carnaval na região Norte: Outro ponto interessante de levar para a sala de aula é o fato das festas no Norte estarem ligadas ao folclore. Em Manaus na mesma época acontece a Festa do Boi (Boi-Bumbá) e o aniversário da cidade.
São três dias de festa onde o público dança coreografias únicas ao som das tradicionais músicas de influência indígena e veste os tururis (abadás).

Como apresentar o carnaval e seus elementos?

Depois de apresentar a História do carnaval e suas diferentes manifestações no Brasil, é hora de aplicar atividades que coloquem os estudantes em um contato maior com o assunto.
Como essa festa tão marcante da cultura brasileira é formada por blocos, desfiles de escolas de samba, fantasias, músicas, marchinhas, danças, fantasias, personagens como a colombina e muito mais, é fácil perceber que este grupo de elementos não se encaixam em uma única disciplina, certo?
Inclusive, já mencionamos anteriormente que é possível trabalhar aspectos históricos, artísticos e da linguagem utilizando o carnaval como pano de fundo.
Mas, mais importante do que trabalhar em cada uma dessas disciplinas, deve-se trabalhar de forma interdisciplinar. Desse modo, ele não será estudado a partir de uma único componente curricular, mas de vários e em diálogo.
Então, ao explicar o tema e aplicar as atividades, tenha em mente trabalhar o carnaval de maneira a explorar diferentes temas, sempre em contexto.
Pensando nisso, algumas das formas de ensinar e aplicar atividades são:

Ideias para apresentar o tema carnaval

● Apresentação de imagens e vídeos.
● Sugestões de artigos, livros, sites, vídeos e músicas.
● Pergunte aos estudantes o que eles sabem sobre a festa a partir de um bate-papo.
● Leve áudios e letras de músicas, samba-enredo e marchinhas de carnaval para que além de ouvir e conhecer, os estudantes também possam analisar a letra e seus significados. Aqui é possível trabalhar linguagem, musicalidade e História.

Atividades para trabalhar o carnaval em sala de aula

● Solicitar a montagem de uma linha do tempo da História do carnaval e sua evolução.
● Propor a apresentação e grupos sobre o carnaval em cada região a partir de fotos e vídeos da festa.
● Propor atividades que envolvam dança, assim, além de aplicar danças e coreografias típicas do carnaval, também é possível trabalhar a coordenação motora e a linguagem corporal.
● Aplicar atividades que envolvam a construção de máscaras e fantasias, de modo a trabalhar também a coordenação motora e a criatividade. Uma boa ideia é criar e imprimir máscaras de carnaval para serem coloridas pelos discentes. Utilize também recortes, tecidos, glitter, purpurina, lantejoulas e afins.
● Peça às crianças que criem murais e painéis decorativos sobre o carnaval.
● Tire um dia para montar uma oficina de desenho e pintura.
● Crie exposições que mostram os trabalhos criados.
● Abordar a musicalidade por meio de sambas, batuques e demais aspectos musicais do carnaval.
● Estimular estudos da Língua Portuguesa por meio de sambas-enredos famosos do carnaval carioca; apresentação do gênero marchinhas – por exemplo, “Ó abre alas”; Maracatu e Afoxé (manifestação cultural da Bahia que une música e religião).
● Proponha desfiles em algum espaço escolar mais amplo.
● Promova uma comemoração e peça aos estudantes que decorem a escola.

Seja por meio de histórias, vídeos, músicas, apresentações, desfiles improvisados, oficinas de pintura, o mais importante é que os estudantes conheçam a riqueza cultural brasileira.
Ao trazer ritmos e grupos específicos de cada região, por exemplo, é possível trabalhar aspectos como diversidade e religião. Ainda sobre o carnaval brasileiro de norte a sul, é fundamental trazer a festa do Norte como pauta. A festa do Boi e a maneira como ela ocorre, juntamente com o carnaval, é uma das expressões mais ricas que temos no Brasil. Ainda mais por ter tanta influência indígena.
Ritmos, marchinhas e instrumentos, além de remeter à disciplina de Arte e História, são excelentes para trabalhar aspectos linguísticos e, mais uma vez, regionais. E as oficinas, além de tornar a aula mais dinâmica, também estimula criatividade, socialização e coordenação motora, assim como as danças e coreografias.
Então, como você vai apresentar a História, os símbolos, os ritmos, os personagens e a diversidade cultura contida nisso nas suas aulas? Opções não faltam, mas o mais importante, trabalhe de forma interdisciplinar!

Bullying na escola: sinais, consequências e intervenção

“Bullying” é uma palavra que assusta só de a gente ouvir. E assusta porque está ligada a sofrimento e preocupação. Sofrimento de quem é alvo, sofrimento de quem provoca, preocupação dos familiares e dos professores em resolver o problema e proteger as pessoas afetadas.
A solução passa, é claro, pelos cuidados em relação à situação concreta, ao caso de bullying que já está acontecendo. E passa, também, pela implementação de estratégias preventivas. Que fortaleçam a empatia, a diversidade, o acolhimento e a convivência pacífica. Um movimento que deve nascer na família e na escola, tendo como meta a sociedade e a vida de cada um!

Um problema grave e desafiador

Muitas vezes, casos de bullying terminam com a mudança escolar do estudante que sofre as agressões, ou seja, com uma ruptura em relação ao ambiente em que ocorre a opressão. Isso, claro, após várias medidas ineficazes, como a suspensão do agressor. Funciona? Para a situação imediata, sim. Mas, infelizmente, não resolve o problema.
Esse cenário nos traz uma conclusão pouco animadora: muitas escolas ainda não estão preparadas para lidar com situações de bullying no ambiente educacional, que acaba se firmando como algo “corriqueiro” ou mesmo como parte de uma “cultura” – um erro muito sério.
Além dos perigos imediatos do bullying na escola, temos muitas consequências que permanecem. Traumas sofridos por estudantes vítimas de bullying costumam culminar em baixo rendimento escolar, baixa autoestima, sofrimento psicológico e até em morte. Por isso, é fundamental, que responsáveis e educadores fiquem atentos aos sinais que as crianças e os adolescentes dão, pois os efeitos psicológicos do bullying na escola são muito fortes.

Conhecendo o problema

É fundamental conhecer o oponente ou o desafio que se vai enfrentar para, assim, superá-lo. Isso, é claro, ocorre com o bullying. O termo tem origem na língua inglesa e deriva da palavra “bully”, que significa “valentão”. É usado para identificar a prática de atos violentos de ordem física ou emocional, intencionais e repetidos, contra uma pessoa.
As práticas que caracterizam o bullying podem partir de uma criança ou adolescente, mas, normalmente, partem de duplas ou até de grupos. Ou seja, além dos atos, o fato de ser praticado por mais de um indivíduo faz com que a vítima se sinta ainda mais fragilizada diante das intimidações, humilhações e maus-tratos.
Ele se manifesta em ambientes presenciais, como a escola, e também no cenário digital – em ambos os casos, de modo insidioso e cruel.
Via de regra, as vítimas de bullying possuem um perfil específico. Quem mais sofre bullying são aqueles estudantes considerados “frágeis”. Essa ideia de fragilidade se sustenta na possibilidade de comparação e de diferenciação. Há vários marcadores – os mais comuns são:
● Renda;
● Orientação sexual;
● Religião;
● Origem geográfica ou étnica;
● Aparência;
● Timidez e baixa autoestima;
● Transtornos como os do espectro TDAH;
● Destaques positivos, como em relação a notas ou comportamento.

Tipos de bullying quanto à materialidade

Quando falamos em “materialidade”, estamos nos referindo à forma como o bullying acontece, como ele se manifesta. Alguns tipos de bullying, como veremos, deixam sinais físicos na própria vítima; outros, não – o dano, porém, é semelhante:
1. Físico: aproximadamente 3% dos jovens sofrem bullying físico, tipo que envolve atos violentos direcionados ao corpo, como chutes, rasteiras e outras agressões.
2. Verbal: o mais comum, no entanto, é o bullying verbal, que, como informa a Revista Saúde, é relatado por 13% dos estudantes.
3. Escrito: as ofensas e ameaças, nesse caso, acontecem por meio de mensagens escritas e desenhos em papéis ou riscados em paredes, carteiras etc., normalmente anônimos.
4. De dano material: cerca de 5% dos estudantes informaram sofrer um tipo de bullying que se manifesta por danos, subtração ou destruição de seus materiais, brinquedos, roupas ou outros objetos de uso.
5. Cyberbullying: na era digital, o bullying migrou para as redes sociais e para as caixas de e-mail. Como os jovens estão muito imersos nesse universo – e como ele alcança um número extraordinário de pessoas –, seu potencial lesivo é especialmente alto.

Tipos de bullying quanto à interação psicológica

Os tipos de bullying também variam segundo a forma como a vítima é atacada:
1. Moral: difamar alguém – xingando, ofendendo, rebaixando moralmente, atribuindo falsamente erros ou desvios ou destacando maldosamente características físicas e de comportamento – constitui o que chamamos de bullying moral;
2. Social: o bullying social é aquele em que as pessoas agredidas são ostensivamente excluídas, ignoradas ou “sabotadas” por seus pares.
3. Psicológico: temos, também o bullying psicológico, que, como informa o Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva, é aquele que “não envolve confronto físico, uma vez que a vítima constantemente sofre intimidações ou chantagens, além de ser frequentemente alvo de calúnias e boatos, bem como de perseguições no que diz respeito à orientação sexual, religião ou peso. É um grande fomentador do desenvolvimento de transtornos psicológicos, pois toca em pontos muito específicos, criando gatilhos”.

Impactos do bullying no longo prazo

O bullying muitas vezes tem consequências sérias sobre a vida de quem é vítima. E isso ocorre porque a infância é uma fase em que a criança está em pleno desenvolvimento cognitivo. Os acontecimentos desse período são a base das estruturas psíquicas que se seguirão para a adolescência e a vida adulta.
Logo, ao sofrer bullying, essa estrutura, que ainda está em formação, é afetada. E, não sendo ela formada da maneira adequada, pode, no futuro, gerar sentimentos como:
● Baixa capacidade de enfrentar situações desafiadoras;
● Resposta passiva a qualquer ataque;
● Dificuldade em confiar nas pessoas;
● Alimentação de uma visão negativa de si mesmo;
● Percepção de que a agressividade responsiva – geradora de bullying – é um caminho aceitável de interação.

Identificando sinais de bullying

Crianças que sofrem bullying podem apresentar várias mudanças de comportamento, bem como a recusa em ir para a escola. Além disso, os sinais mais comuns em crianças que sofrem bullying são:
● Dor de estômago;
● Dor de cabeça;
● Falta de apetite;
● Gagueira;
● Hiperatividade;
● Náuseas;
● Tensão muscular.

Sinais psicológicos de que um estudante pode estar sofrendo bullying na escola:
● Baixa concentração;
● Desinteresse repentino;
● Redução de desempenho em diversas atividades;
● Agressividade;
● Desobediência;
● Dificuldades nas relações interpessoais;
● Hipersensibilidade;
● Impaciência;
● Insegurança;
● Introversão súbita;
● Medo ou choro excessivo;
● Pesadelos e terror noturno;
● Baixa autoestima;
● Tristeza que pode evoluir para depressão;
● Níveis elevados de ansiedade, o que é compreensível, já que a escola passa a ser um meio hostil;
● Sintomas psicossomáticos, queixas físicas sem causa orgânica, mas associadas à ansiedade e ao estresse.

Como combater o bullying de forma efetiva?

A promoção das competências socioemocionais, como auto­estima, empatia e tolerância à frustração, é um importante aliado, já que podem ajudar tanto no combate quanto na prevenção do bullying escolar.
Nesse contexto, escola e família devem trabalhar juntas. Entenda!
Segundo a Car­ti­lha Bullying, do Conselho Nacional de Justiça, a escola é corresponsável nos casos de violência. Por isso, cabe a ela acionar os familiares, bem como o Conselho Tutelar e os órgãos de defesa da criança e do adolescente, se for o caso.
Os educadores precisam estar preparados para ir além dessas medidas. Isso passa por implementar planos de contingência com participação de todos: funcionários, alunos e comunidade escolar. O que envolve:

● Capacitar funcionários e orientar pais;
● Explicar aos alunos;
● Estar presente no recreio;
● Discutir soluções e ouvir a vítima;
● Acionar autoridades.

O papel da família

Primeiro de tudo, para a criança contar à família o que acontece com ela, é preciso que ela se sinta segura para fazer isso. Então, criar um ambiente de acolhimento no lar é fundamental para que os responsáveis tenham uma relação transparente com os pequenos.
Dito isso, alguns cuidados devem ser tomados quando a criança contar o ocorrido:
● Não incentivar a mesma reação; a ideia é quebrar o ciclo de violência e evitar novas atitudes agressivas.
● Mostrar equilíbrio em ouvir e falar sobre o assunto.
● Tomar cuidado para não minimizar ou supervalorizar os fatos.
● Não pressionar a criança ou fazer perguntas muito diretas. Deixe-a falar livremente e, posteriormente, leve as informações para os educadores – assim, eles poderão tomar as medidas cabíveis.
● Evitar colocar a criança na posição de coitada/frágil demais, isso pode prejudicar sua autoestima no espaço escolar. Em vez disso, mostre a ela como criar mecanismos para superar a situação e evitar novos casos como esses.
● Mostrar à criança que o bullying é algo errado e preocupante, mas que tem solução.

Materiais de apoio para ensinar sobre o bullying na escola: uma parceria com a Opet INspira

O bullying na escola causa sérios prejuízos a quem sofre a violência. Indica, ainda, questões que precisam ser resolvidas em algum aspecto da vida do agressor. E isso porque quem agride também está mergulhado em uma situação séria de desequilíbrio e sofrimento – praticar bullying não é normal, muito pelo contrário!
Deve-se investigar, então: quais são os motivadores de quem pratica o bullying? O que esse jovem quer demonstrar? O que ele deve aprender em relação à convivência e ao acolhimento? Como acolhê-lo, enfim, para que ele “baixe as armas” em relação a pessoas que ele considera mais fracas e merecedoras de seus ataques?
O fato é que o bullying deve combatido previamente, a partir da construção de uma cultura de paz e convivência. Por meio da inserção de atividades que visem a conscientização e a empatia entre os estudantes, bem como a observação contínua dos professores. E, por fim, é importante ter em mente a melhor maneira de combater o bullying é prevenir que ele aconteça.
As atividades e demais práticas propostas aqui podem ser implantadas em um cenário em que se deseja combater e eliminar uma situação de bullying já existente. Mas, aplicá-las antes de surgir um caso desse na escola é a melhor garantia de um ambiente seguro aos estudantes.
A Editora Opet, responsável pela Opet INspira, plataforma de objetos educacionais, possui uma série de livros no catálogo Sefe que fornecem uma grande contribuição aos educadores nessa missão de construir uma escola segura, empática e livre de violência.
Para usar nossos materiais, é preciso que a escola tenha um login de acesso. Dessa forma, além dos materiais, é possível encontrar ainda diversos materiais e ferramentas digitais para o desenvolvimento de várias das atividades lúdicas indicadas aqui.
Temos uma série de ferramentas inclusivas, graças ao nosso menu com funcionalidades de acessibilidade e que facilitam o desenvolvimento de projetos e outros tipos de trabalho em grupo. Isso é algo muito importante para criar uma cultura escolar pautada no respeito e na diversidade de pessoas e pensamentos, bem como no desenvolvimento de habilidades sociais.
Juntos, vamos combater o bullying na escola!

Pernambuco e Bahia: é tempo de implantações!

Momento de implantação no Colégio Avançar, em Paulista (PE).

A proposta Opet de uma educação humana, cidadã, transformadora, protagonista e acolhedora está chegando com ainda mais força às escolas privadas do Nordeste, mais exatamente em Pernambuco e na Bahia. Nos últimos dias, nada menos do que 11 escolas dos dois Estados participaram da implantação dos materiais didáticos, conteúdos e ferramentas digitais do selo Opet Soluções Educacionais. Ou seja, seus professores e estudantes iniciam o ano letivo com um novo sistema de ensino e, principalmente, com uma metodologia educacional inovadora.

“Implantar o sistema de ensino agora, nesta etapa inicial do ano, é uma vantagem para o desenvolvimento do trabalho nas escolas”, observa a professora Adriana Fialho, supervisora regional responsável pelo atendimento, junto com a equipe de assessores da Editora, das novas parceiras da área privada. Ela destaca o entusiasmo dos professores com os materiais didáticos e as ferramentas digitais, e também com a proposta pedagógica de fortalecimento dos laços entre família e escola. “Em todos os atendimentos, percebemos professores muito interessados, receptivos e atentos a tudo, dos livros às possibilidades oferecidas pela tecnologia.”

Como parceiras da Editora Opet, as escolas – professores, estudantes, gestores e familiares – têm acesso à Plataforma Educacional Opet Inspira, uma das mais modernas do país. A plataforma reúne tanto objetos de aprendizado – de filmes a jogos, de simuladores a planos de aula e bancos de questões – quanto as ferramentas Google Workspace for Education, que permitem a realização de aulas online e no contexto de ensino híbrido.

Criação de laços – A professora Lílian Pimentel da Silva (foto à esq.) é diretora do Colégio Professora Maria do Socorro, em Goiana, Pernambuco. Lá, conta ela, a implantação foi um momento de encantamento, algo situado muito além de uma simples “entrega de livros”.

“Em 24 anos de escola, eu não havia presenciado uma criação de laços como a que vi entre a equipe pedagógica e os formadores. Todos ficaram muito à vontade e houve uma troca de conhecimentos. O momento superou todas as expectativas da minha equipe”, avalia.

Adriana Fialho explica que todas as implantações tiveram como objetos os livros “Encantos da Infância”, para a Educação Infantil, e “Coleção Cidadania”, com foco Ensino Fundamental Anos Iniciais, Anos Finais e no Ensino Médio. “Nós percebemos uma afinidade muito grande em relação à proposta da Editora, de uma educação humana, cidadã e que aproxima.”

O professor Glaylson Rodrigues, supervisor regional, participou das implantações com a equipe de assessores. “Nós fomos muito bem acolhidos por todas as escolas. Os professores vieram para os encontros com grande expectativa, que, acredito, conseguimos suprir. E isso porque a proposta da Editora, de oferecer uma educação que aproxima e acolhe, vem totalmente ao encontro do momento atual vivido pelas escolas com o retorno às aulas presenciais”, observa.

Segundo Glaylson, elementos como a proposta de “desemparedamento” da sala de aula, o uso efetivo de metodologias ativas, a formação humana e integral, assim como o acesso a recursos digitais a partir da perspectiva da Cultura Digital, agradaram muito aos participantes. “Eles encontraram tudo isso na Editora, já durante as implantações.”

Vibração – Lílian Pimentel da Silva, a diretora do Colégio Professora Maria do Socorro, quer que o ano letivo de 2022 transcorra na mesma “vibração” da implantação. “A ideia é que essa equipe que formou meus professores esteja sempre presente, tirando dúvidas e trocando informações.” A gerente pedagógica da Editora, Cliciane Élen Augusto, garante que esse é o caminho. “Nossa relação com as escolas parceiras é, ao longo de todo o ano, das implantações à entrega dos portfolios de ações, sempre muito próxima. Nós pensamos na educação como uma construção conjunta, em que estamos sempre dialogando, solucionando e aprendendo. Assim, contem conosco!”.

Confira as fotos de algumas das implantações em Pernambuco e na Bahia:

Na escola Canteiro do Pequeno Príncipe, em Salvador (BA).
Na escola Geração Planeta Criança, Recife (PE).
No CEMP – Centro Educacional Mônica Patricia, em Lauro de Freitas (BA).
Na Escola Planeta Infantil, em Recife (PE).
No Colégio Avançar, em Recife (PE).
Na escola Nosso Ninho, em Recife (PE).

O que revela a “Nuvem de palavras” criada pelos familiares dos estudantes parceiros Opet?

Amor, empatia, aprendizado, respeito, conhecimento, interação, compreensão, participação, atenção: estas foram as palavras mais citadas pelas famílias dos estudantes das escolas parceiras públicas e privadas da Editora Opet nas avaliações dos Encontros com Familiares (EFAM) realizados ao longo de 2021. Elas aparecem na “nuvem de palavras” gerada digitalmente a partir das avaliações, que você confere em primeira mão na imagem acima. Para a Editora Opet, essas palavras mostram o quanto vale a pena investir na aproximação entre família e escola. O quanto vale a pena, enfim, estar ao lado de pessoas que pensam dessa forma. Saiba por que nesta reportagem especial:

Um dos maiores “segredos” do sucesso do trabalho educacional da Editora Opet reside na aproximação em relação às famílias dos estudantes. Essa busca pelo contato, esse acolhimento, fazem parte da nossa filosofia de trabalho, dos nossos princípios como educadores. E fazem parte porque acreditamos que a educação mais completa, a educação plena, é possível quando escola e família trabalham juntas. E não é só uma crença: estudos internacionais mostram que essa parceria é fundamental para o sucesso da educação. Nossa experiência de muitos anos também confirma isso.

Essa aproximação passa por todo um trabalho que envolve a formação de professores e gestores para o trabalho com as famílias, por Coleções Paradidáticas e, especialmente, pelos Encontros com Familiares, os chamados “EFAM”, que a Editora Opet promove nas redes municipais e nas escolas privadas parceiras. Esses encontros, que ao longo do ano passado foram realizados virtualmente com participação massiva das famílias – alguns deles reuniram 8 mil pessoas! –, conectam mães, pais, avós, tias, tios e outras pessoas responsáveis pelos estudantes para debater temas de interesse. São momentos de troca, diálogo e reflexão acerca do papel na família em relação à educação, valores, deveres e direitos nas relações familiares.

EFAM em formato virtual realizado com famílias em Maringá (PR) em 2021.

Após cada encontro, os participantes são convidados a avaliar o momento, indicando, em um formulário digital, uma palavra-chave que sintetize o sentimento gerado ou, então, o tema ou aspecto do EFAM que consideram o mais importante. “A participação nessa avaliação não é obrigatória, mas, ainda assim, foi muito grande em 2021. E nos trouxe uma devolutiva que é essencial para o nosso trabalho”, observa Cliciane Élen Augusto (foto), gerente pedagógica da Editora.

Cliciane Élen Augusto, gerente pedagógica da Editora Opet.

As palavras que aparecem com maior destaque na “nuvem” são as mais citadas nas avaliações. Em 2021, o termo mais citado foi “Amor”, seguido de perto por “Empatia”, “Aprendizado”, “Respeito”, “Interação” e “Responsabilidade”. Ao todo, mais de quarenta termos foram assinalados pelos familiares.

Palavras-força – “As palavras que mais apareceram são muito fortes e significativas, tanto nas relações humanas quanto na educação”, observa Cliciane. “E elas estão no centro do nosso trabalho, das nossas coleções. Ou seja, vêm confirmar o direcionamento que é dado pela Editora para a relação família-escola”, avalia Cliciane. “A nuvem de palavras, enfim, diz muito sobre o momento das famílias e das escolas, e nos auxilia no planejamento das nossas ações.”

Calendário – A Editora retomará os EFAM em fevereiro, após o início do semestre e a acolhida dos estudantes e das famílias pelas escolas. “Temos certeza de que as famílias vão se engajar. Elas sabem que, quando estão presentes, quando participam da parceria, a educação se fortalece”, diz Cliciane. “Assim, desde já, sejam bem-vindas!”.  

Como despertar o Protagonismo?

Admirável mundo novo: recursos e práticas que instigam e geram protagonismo

“Eureka!”: essa palavra, que significa “Descobri!”, foi exclamada há 23 séculos pelo matemático grego Arquimedes de Siracusa. Desde então, ela simboliza a alegria da descoberta e, principalmente, o protagonismo de quem quer aprender. E é justamente sobre esse protagonismo, esse envolvimento verdadeiro do estudante no processo de ensino-aprendizagem, que vamos tratar.
Como, afinal, antigos e novos recursos, especialmente os digitais, podem tornar os estudantes os protagonistas do conhecimento? Qual o papel do professor nesse processo? Vamos saber mais focando algumas possibilidades.

 

Sala de aula invertida

A sala de aula invertida não é, exatamente, um recurso educacional recente. Ele, porém, ganhou força e muitas possibilidades com a chegada da internet. A ideia é interessante: a partir de premissas e instruções transmitidas pelo professor, levar o estudante a desvendar e a se aprofundar na pesquisa de temas em casa, e a mostrar na escola suas descobertas, dúvidas e caminhos de pesquisa.
Temos, aqui, um investimento direto no protagonismo do estudante. Ele, é claro, não irá a campo, para a pesquisa, sem orientações prévias dadas pelo professor (O que se deseja? Como fazer?). No entanto, terá a oportunidade de desenvolver os próprios caminhos de pesquisa; aprenderá a perguntar e a se perguntar sobre os assuntos; ganhará conhecimentos ampliados sobre um determinado tema. E poderá até expô-los digitalmente, em um blog ou uma página de rede social. Exemplos? Investigar e explicar o ciclo da água, o surgimento das cidades modernas, a escravidão no Brasil etc.
Em síntese – quando o estudante se depara com a necessidade de aprender algo novo, nos moldes da sala de aula invertida ele trabalha com os seguintes elementos:
● Habilidades de pesquisa.
● Capacidade de fazer boas perguntas.
● Raciocínio lógico.
● Discernimento (em relação à qualidade e à veracidade do material encontrado).
● Gestão de tempo e da atenção.

Nesse processo, cabe ao professor orientar, receber e auxiliar o estudante na “entrega” de suas descobertas e conclusões. Nas orientações, por exemplo, ele pode e deve trabalhar com temas da educação midiática, como a checagem de informações e a escolha de fontes confiáveis. E também pode estimulá-lo a apresentar esses conhecimentos a partir de suas próprias habilidades digitais, em recursos que vão do TikTok aos podcasts. Vamos ampliar essa discussão a seguir.

 

Novas práticas e a ampliação das possibilidades de ensino-aprendizagem

Como vimos, a sala de aula invertida é interessante, especialmente, por seu “chamado ao protagonismo”. Ao colocar o estudante no papel de investigador, o professor estimula o desenvolvimento de habilidades de grande importância para a própria humanidade.
Além da sala de aula invertida, porém, há outros recursos – digitais ou não – que podem fazer com que as aulas brilhem e o aprendizado seja prazeroso e significativo! Vamos conhecê-los de forma sintética:
● Aprendizagem baseada em problemas: ao utilizar a estratégia do ensino por meio de problemas, o educador propõe um problema do mundo real, considerando o nível de conhecimento da turma e o conteúdo estudando, para que os discentes possam analisar e encontrar uma solução. Por exemplo: a partir de informações prévias, os estudantes podem propor soluções para a conservação dos recursos hídricos de uma cidade ou região.
● Aprendizagem baseada em projetos: o projeto pode ou não ser uma continuação do ensino por problemas. Nele, o docente propõe também um problema desafiador, que estimule a imaginação e, a partir disso, os estudantes desenvolvem um projeto que solucione tal questão.
Em ambos os casos, é possível trazer outras táticas instigantes de envolvimento e participação dos estudantes. Entre elas, estão:
● Robótica.
● Gamificação (uso dos conceitos dos jogos em atividades no ambiente físico, como etapas, pontuações, prêmios, avatares e desafios).
● STEM (projetos que unam conceitos de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática para solucionar problemas).
● Representações tridimensionais.
● Fotografia.
● Atividades audiovisuais como podcasts; vídeos ou publicações em sites e blogs.
Um modelo híbrido de ensino, a distância ou de sala de aula invertida aplicado em conjunto com metodologias como problemas e projetos, conduz o estudante para o desenvolvimento de habilidades como:
● Debater ideias.
● Fazer previsões.
● Planejar.
● Experimentar.
● Coletar e analisar dados.
● Tirar conclusões.
● Comunicar ideias e descobertas.
● Desenvolver projetos.

 

Protagonismo e as novas tecnologias

Nas últimas décadas, as tecnologias digitais entraram na vida das pessoas. Se, antes, elas estavam restritas aos laboratórios e às instalações militares, hoje estão nas nossas mãos. E são extremamente poderosas: um único smartphone de 2022, por exemplo, possui mais tecnologia que os computadores usados pela NASA para colocar os primeiros seres humanos na Lua, há pouco mais de cinquenta anos!
A aceleração tecnológica, é claro, também chegou à educação. Algo que, no caso da Educação Básica, ganhou tração e visibilidade nos últimos dois anos e meio, com a pandemia da Covid-19. Boa parte dos professores, que utilizava as tecnologias digitais de forma comum – para trocar mensagens, acessar redes sociais e se informar –, mergulhou em usos até então inéditos, no planejamento e desenvolvimento de aulas. Foi um avanço civilizatório, que acabou incorporado ao dia-a-dia da educação.
A Editora Opet viveu ativamente esse processo, aprendendo e se antecipando em muitas situações: desenvolveu a plataforma educacional Opet INspira, um recurso poderoso, amigável e integrado às coleções e às suas propostas didático-pedagógicas, e firmou uma parceria estratégica com a Google Workspace for Education para o pleno desenvolvimento das aulas online.
Esse sistema de aulas remotas – que inclui, também, as formações pedagógicas feitas com professores das redes pública e privada de todo o país, assim como os encontros com familiares (os chamados EFAM’s) e gestores – contempla milhares de pessoas. Além disso, investiga permanentemente novas formas de educar, buscando somar estas inovações a um olhar humano, protagonista e inclusivo.
Na plataforma, há opções de materiais para atividades online, a distância e híbridas. Entre os recursos estão materiais didáticos digitalizados e objetos educacionais como vídeos, áudios, apresentações, quizzes, banco de imagens, jogos, simuladores e histórias infantis. Essas ferramentas também permitem a elaboração de aulas inclusivas – afinal, as tecnologias digitais ampliam as possibilidades nesse sentido também.

Brincar é ir além!

Você já parou para pensar para que servem os brinquedos e as brincadeiras? Eles, é claro, servem para divertir, entreter e aproximar pessoas. Mas, para além disso, possuem uma função extraordinária, relacionada ao desenvolvimento cognitivo e ao aprendizado. Brincar, enfim, não é só brincadeira – é muito mais! Vamos saber?

Brincadeiras, movimento e Psicomotricidade: que tal começar por aqui?

A psicomotricidade é de suma importância para o desenvolvimento infantil, pois está relacionada aos movimentos, aos aspectos cognitivos e à conexão com o mundo interior e exterior da criança. Entenda alguns dos benefícios das brincadeiras que envolvem a Psicomotricidade:

  • Equilíbrio: ajuda a criança a aprender manter o corpo firme e estável enquanto caminha, dança, corre ou faz qualquer outro tipo de atividade.
  • Consciência corporal: as crianças passam a dominar o seu corpo e a entendê-lo dentro do espaço, adquirindo, também, noção espacial.
  • Consciência espacial: as crianças aprendem a ir de um ponto a outro sem se perder, construindo memórias e fazendo relações. Brincadeiras como a de esconde-esconde são um bom exemplo.
  • Coordenação parcial e global: com as atividades que trabalham a psicomotricidade, a criança aprende a fazer movimentos diversos, sejam eles lentos ou em velocidade.

Por isso, é tão importante propor brincadeiras que envolvam a movimentação corporal. E tem mais: além de as brincadeiras corporais ajudar nas emoções, elas também contribuem para o desenvolvimento de habilidades cognitivas fundamentais. Assim, sugerimos algumas brincadeiras: 

Esconde-esconde: brincadeira estimula consciência corporal e espacial

Além de trabalhar o movimento e, portanto, a psicomotricidade, essa brincadeira ajuda as crianças a estimularem sentidos como visão e audição. Quanto à psicomotricidade, há um ganho quanto ao desenvolvimento do equilíbrio, da velocidade e, é claro, da noção do espaço. Sem contar que a brincadeira ajuda na percepção do mundo.

Coordenação motora? Amarelinha!

Coordenação motora talvez seja o grande ganho proporcionado pela Amarelinha. Ela também promove a consciência corporal e o equilíbrio, intimamente ligados à coordenação motora. Além disso, brincadeiras como essa auxiliam no desenvolvimento da musculatura, do sistema cardiorrespiratório e de ossos saudáveis.

Pular corda: coordenação, equilíbrio, ritmo e socialização em uma única brincadeira

Outra brincadeira que contribui bastante para a coordenação motora corporal é pular corda. Veja só quantas são as possibilidades de brincar!

  • Reloginho;
  • Cabo de guerra;
  • Laçar o bezerro;
  • Equilíbrio;
  • Pular num pé só;
  • Pular no ritmo de cantigas.
  • Sair e entrar no ritmo das batidas da corda.

Ao pular corda, a criança pula, salta, canta e, dependendo da atividade, segue o ritmo de coreografias e trabalha a habilidade de antecipação. E tudo ao mesmo tempo! Uma atividade poderosa, que tem reflexos positivos sobre o sistema cardiorrespiratório.

Mais jogos e brincadeiras que trabalham a psicomotricidade e outras habilidades associadas

  • Twister;
  • Pebolim;
  • Patins;
  • Pingue-pongue;

Vale lembrar que a psicomotricidade também envolve aspectos associados ao desenvolvimento da comunicação e da linguagem. Comunicação corporal, motricidade fina e outros… tudo ali, no brincar!

Brincadeiras para trabalhar comunicação, criatividade, fantasia e imaginação

É fundamental trabalhar o imaginário e despertar a curiosidade das crianças. As brincadeiras, principalmente as que envolvem imaginação e fantasia, como o faz-de-conta e as encenações, trabalham dimensões psíquicas, emocionais e físicas.

Elas ajudam as crianças a se perceberem no mundo, entender papéis e aprender sobre interações, socialização, comunicação e expressão de pensamentos e ideias. Sem contar que são cruciais para a saúde mental das crianças. Descubra algumas das atividades que trabalham a imaginação e a partir dela vários outros pontos! 

Pintura é uma das atividades mais ricas para a cognição e as emoções

A pintura é uma atividade superdivertida, que tem o poder de estimular habilidades inerentes ao ser criança. Com ela, é possível trabalhar a comunicação e a criatividade. Ainda mais se a pintura juntar a criançada toda! E, sim, vai sobrar muita tinta pra todo lado, mas nada que algumas folhas de jornal no chão ou um lugar adequado (como um jardim, por exemplo) não resolvam! É uma atividade que também estimula a sensibilidade e aumenta a capacidade de concentração e expressão das crianças.

Momento da leitura: o poder da contação de histórias

Na etapa de alfabetização, é muito comum utilizar a contação de histórias como recurso pedagógico. Mas, contar histórias vai além da aquisição da linguagem. Nesse processo, estão envolvidos a imaginação, a fantasia e a capacidade de interpretar. Um recurso fantástico! Vale a pena, por exemplo, caprichar na leitura por meio de:

  • Imitações;
  • Criar vozes para os personagens
  • Utilizar recursos como instrumentos musicais, ursinhos de pelúcia, fantoches e outros.

E, por falar em fantoches, nada mais poderoso para trabalhar a fantasia, bem como a capacidade de socializar e comunicar, do que as encenações. Teatros tradicionais ou de fantoches podem e devem acompanhar as histórias.

Teatros de fantoches, encenações e mímica

As crianças adoram imitar seus super-heróis favoritos, não é mesmo? Muitas vezes, até possuem roupas e fantasias desses personagens. Então, que tal tornar a atividade ainda mais elaborada?

Uma das atividades para as férias pode ser a proposta de brincar de fantasias, de imitar ou encenar. Isso pode partir da contação de histórias, com a encenação de um conto de fadas, de uma história de filme ou até mesmo de histórias inventadas pelos adultos e crianças participantes. Dentre os benefícios das encenações, estão o estímulo à invenção de personagens e ao desenvolvimento e aprimoramento da capacidade de comunicação.

Opções para criatividade, comunicação e socialização

Jogos de tabuleiro e outros tipos também ajudam muito na imaginação. Veja algumas opções!

  • Jogo Imitatrix;
  • Torre inteligente;
  • Stop;
  • Brincando de Engenheiro;
  • Quem sou Eu.

Brincadeiras e o raciocínio lógico

O raciocínio lógico é necessário em todas as áreas do conhecimento. Ele diz respeito ao pensamento para resolver um problema ou chegar a alguma conclusão.

As brincadeiras e, principalmente, os jogos online ou físicos contribuem para o desenvolvimento do raciocínio lógico, pois, para chegar ao seu fim, as crianças precisam elaborar estratégias, definir soluções e superar desafios.

Sem contar que esse tipo de atividade coloca o indivíduo em várias situações que necessitam resolução de conflitos, colaboração, tomada de decisão e reflexão. Também podemos citar a habilidade de persistência, algo que pode ser adquirido com os jogos e é extremamente importante para qualquer momento da vida.

Para as estimular o raciocínio lógico por meio das brincadeiras, sugerimos opções como:

  • Lego;
  • Mímica;
  • Banco imobiliário;
  • Xadrez;
  • Damas;
  • Quebra-cabeça.
  • Cara a Cara;
  • Jogo da Memória;
  • Dominó;
  • Lince;
  • Cilada;
  • Alquimia;

Jogos de estratégia como os citados acima, ou aqueles que envolvem conhecimentos científicos, como Alquimia, são algumas das melhores opções para ajudar a criança a desenvolver o raciocínio lógico.

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Por fim, vale destacar os jogos online. Para solucioná-los, a criança utiliza estratégias, lógica e conhecimentos escolares. Sem contar que muitos deles envolvem criatividade e a fantasia. E há várias opções inclusivas.

Na plataforma educacional Opet INspira, por exemplo, as crianças têm acesso a vários jogos educacionais exclusivos, desafiadores e divertidos. A plataforma também traz livros de histórias infantis, atividades, vídeos e áudios. Um recurso fantástico para esse universo incrível do brincar!