A acessibilidade é um grande tema da educação. Que tem a ver, em primeiro lugar, com cidadania: garantir a todas as pessoas o direito de acessar o conhecimento, aprender e crescer. Para isso, gestores e educadores vêm desenvolvendo formas de garantir equidade no processo de ensino-aprendizagem e, assim, superar ou minorar os efeitos das deficiências que afetam os estudantes.
A Editora Opet está atenta a essa questão. Há muitos anos, desenvolve um trabalho cuidadoso de acessibilidade em seus materiais impressos. E, mais recentemente, com a plataforma educacional Opet INspira, passou a oferecer um dos conjuntos de ferramentas educacionais digitais mais acessíveis do país – com um índice de acessibilidade de 91%, segundo o padrão internacional WCAG 2.0.
Professores perto – Isso garante aos estudantes com deficiência acesso ao ensino digital. Mas, e quando a questão envolve os professores? Na medida em que eles também participam de implantações, formações pedagógicas e acompanhamento online com a equipe da Editora – e, é claro, do trabalho com suas próprias turmas –, é necessário garantir o mesmo acesso aos recursos e ao conhecimento. E é exatamente isso que a Editora Opet faz.
“Estamos trabalhando para garantir a equidade no atendimento a todos os professores parceiros”, explica Cliciane Élen Augusto, gerente pedagógica da Editora. “É um processo que envolve o aprendizado em relação às deficiências e às ferramentas que permitem superá-las, o diálogo com os professores e com seus gestores. É desafiador e enriquecedor”, observa.
Um dos desafios foi colocado pelo próprio ensino remoto, que modificou a forma de ministrar aulas e colocou interfaces – as telas de computadores de smartphones – entre as pessoas. No caso das pessoas portadoras de deficiência, essas interfaces podem representar um problema. “Felizmente, as ferramentas do Google Workspace for Education estão se adaptando rapidamente às demandas surgidas a partir dos usuários portadores de deficiência. Já temos vários recursos e eles vão avançar mais”, conta Cliciane. Entre esses recursos estão ferramentas de ampliação e a digitação por voz. Além disso, em breve, o Meet receberá uma atualização importante que já existe em inglês, a da legenda automática, que será oferecida em português e espanhol. No caso dos recursos da plataforma educacional Opet INspira, como já observamos, eles estão entre os mais acessíveis do Brasil.
Aproximação – A oferta de recursos digitais acessíveis, porém, é apenas uma parte da questão. Como aproximar-se mais dos professores que têm deficiências? Como acolhê-los de forma mais efetiva, garantindo a mesma vivência pedagógica nos encontros formativos? Para responder essas e outras questões, na última semana a gerência pedagógica da Editora iniciou um processo formativo de sua própria equipe. A pessoa chamada a falar foi Eliana Cunha Lima, professora da Educação Especial e parceira Opet há muitos anos. No primeiro encontro, ela abordou as deficiências associadas à visão (cegueira e baixa visão) e à audição (surdez e baixa audição).
“Esse encontro foi muito importe porque já nos trouxe perspectivas e caminhos. Nós, como professores, precisamos criar estratégias pedagógicas de aproximação desses professores, para que eles tenham exatamente o mesmo atendimento, o mesmo acesso ao conhecimento, de seus colegas”, observa Cliciane.
Segundo ela, a primeira grande lição é a da empatia com o público-alvo. “O professor e o formador devem se colocar no lugar do outro o tempo todo. Esse é um exercício contínuo que nos ajuda a encontrar estratégias, agir e superar as dificuldades a partir de uma construção coletiva, conjunta.”
Cliciane observa que sua equipe faz uma busca ativa dos professores com deficiência, para que, durante as formações, eles possam receber o mesmo tratamento dos demais docentes. Para isso, os gestores são contatados. “Essa aproximação é extremamente importante. As pessoas não devem se constranger. Nós estamos aqui para trabalhar juntos”, finaliza.