Aprendizagem Phygital: o melhor de dois mundos

Você já ouviu falar em “Aprendizagem Phygital”? É um nome um tanto “diferente” para uma ideia inteligente nascida com os avanços tecnológicos das últimas décadas. O termo “Phygital”, do inglês, surge da junção entre “physical” (“físico”, “material”) e “digital”. Sua proposta é somar recursos físicos e digitais de forma inteligente para que a aprendizagem seja a mais rica possível.
Um exemplo: quando você aciona um aplicativo de GPS para encontrar um endereço e, ao fim do trajeto, contribui enviando a programa uma foto do local de chegada – um museu ou loja, por exemplo –, isto já seria uma experiência phygital! Você, afinal, fez uso de um recurso digital para se guiar no mundo físico e, no fim, colaborou para aprimorar a experiência digital.
Ou seja: essas experiências estão muito mais perto do que imaginamos! E o mesmo vale para outras vivências possíveis graças à internet e aos smartphones, como imersões a partir da “fotografia” de QR Codes, reconhecimento digital de imagens e músicas e muito mais!

Um fenômeno da nossa época
O termo “phygital”, aliás, não aparece apenas na educação – ele é um fenômeno integral da nossa época e está cada vez mais presente em todas as áreas da vida, do marketing à saúde, do entretenimento ao meio ambiente.
Áreas como a da publicidade, por exemplo, vêm investindo muito em campanhas do tipo phygital, que envolvem experiências imersivas. A ideia, ao fim e ao cabo, é oferecer uma experiência ampla e envolvente pautada na hiperconectividade.

Muitos pontos de contato
E é exatamente esse o significado de hiperconectividade: muitas conexões entre os universos físico e digital! As experiências de hiperconexão do mundo phygital são construídas por meio de tecnologias como QR Codes, Internet das Coisas e Realidade Aumentada (RA), entre outras.
Na educação, é claro, a convergência entre esses espaços produz um novo campo de ação repleto de possibilidades.

Criando um ambiente phygital em Educação
Para o ensino phygital tenha sucesso, é importante que os educadores pensem nas aulas em termos de convergência e diálogo. Em como aproximar os recursos tecnológicos das aulas físicas, presenciais, valorizando cada momento no que ele tem de melhor.
Ao utilizar um aplicativo de reconhecimento de plantas em uma aula no jardim da escola, por exemplo, o professor pode começar apresentando o espaço com uma experiência sensorial que envolva o ver, o cheirar, o ouvir e o tocar, para, então, acionar digitalmente as informações sobre as espécies ali presentes. E, depois, voltar ao presencial para destacar a importância daquelas árvores ou plantas.

Benefícios do Phygital para a Educação
A tecnologia digital também pode desempenhar um papel importante na criação de atividades para estudantes com problemas de aprendizagem. Isso porque ela amplia as possibilidades de personalização do ensino, tornando o processo de aprendizagem mais acessível. A aprendizagem individualizada, vale observar, também potencializa habilidades e competências, contribuindo para o desenvolvimento integral do estudante.

Recursos imersivos e realidade aumentada
Quando falamos em “recursos imersivos”, estamos nos referindo a tecnologias que “mergulham” os sentidos e a atenção do usuário em um universo ou em elementos digitalmente construídos. Esse universo ou esses recursos podem ampliar ou simular uma realidade, sendo “lidos” pelo cérebro como se fossem reais.
E isso acontece pelo uso de sensores e câmeras – instalados em capacetes ou luvas, por exemplo – que funcionam como interfaces para os sentidos. Esses gadgets, por sua vez, conectam os sentidos e o cérebro a ambientes digitais ultrarrealistas fornecidos por aplicativos, jogos, sites ou plataformas.
E é nesse campo que entra a Realidade Aumentada (RA), recurso tecnológico que promove a integração de elementos ou informações virtuais, digitais, no mundo físico a partir de câmeras e sensores de movimento.
Com ela, o professor consegue demonstrar cenários e representações digitais no espaço físico e objetos 3D. Pode, ainda, “levar” os estudantes para conhecer um ponto turístico, reviver um momento histórico ou visitar um museu. Ou, então, propor simulações incríveis. Cria-se, então, um espaço de aprendizagem significativo, já que a tecnologia melhora as experiências visuais e as deixam mais contextualizadas.

Transformação Digital e Educação 4.0
O advento da Transformação Digital trouxe muitas mudanças para o setor de educação. Hoje em dia, cada vez mais as aulas precisam ser modificadas e equipadas com materiais didáticos e recursos digitais. Dentre eles estão plataformas escolares com atividades integradas, mídias de streaming, softwares em nuvem, quadros interativos e projetores.
Foi pensando nesse tipo de contexto de educação, nesse tipo de ambiente que privilegia uma educação tecnologicamente convergente, que a Editora Opet desenvolveu a plataforma educacional Opet INspira. Ela oferece uma série de recursos, de objetos de aprendizagem a elementos de conexão para as aulas e a comunicação, de simuladores a acervos de áudio e vídeo.
São ferramentas que também permitem a elaboração de aulas inclusivas, uma vez que permitem ao professor trabalhar com diferentes estratégias de ensino para crianças e adolescentes com deficiência ou transtornos de aprendizagem.

Editora Opet e o Educador 4.0
Além de todos os instrumentos disponíveis para o desenvolvimento de aulas na plataforma, há também recursos para ajudar os professores no uso desses materiais. São diversos tutoriais em formato de vídeo e PDF para orientá-los na utilização desses recursos disponíveis e da plataforma.
A Opet INspira é completa e está em constante atualização para garantir todas as condições para uma educação humana, cidadã, transformadora, inovadora e protagonista. Uma educação que aproxima a partir de uma tecnologia que humaniza!

Em busca de um ensino personalizado: recursos e formas de ensinar e aprender

Ensino personalizado… em sala de aula? Quando falamos em ensino personalizado, é comum que ele seja visto como algo inviável para a sala de aula. Faz sentido: afinal, como personalizar o ensino em um contexto em que várias pessoas estão aprendendo e interagindo juntas?
É importante ter em mente que, para que essa personalização aconteça – e ela é interessante, uma vez que se aproxima ainda mais do estudante –, é preciso adotar um mix de técnicas, métodos, práticas e ferramentas para transmitir o conhecimento.

Muitas pessoas, muitos aprendizados
Sabemos que cada estudante aprende de uma forma. Alguns possuem um estilo de aprendizagem mais visual, por exemplo. São pessoas que aprendem com maior facilidade quando usam mapas mentais e esquemas gráficos.


Por outro lado, há quem sintetize o conteúdo com maior facilidade quando ele é transmitido oralmente – são estudantes que usam mais a audição no processo. Aulas ao vivo ou por meio de vídeos e podcasts são excelentes para esse perfil.


Em ambos os casos, “colocar a mão na massa” é uma das formas mais efetivas de consolidar o conhecimento. Independentemente de o indivíduo aprender por meio de elementos visuais, da leitura ou da audição, estudos mostram que praticar e mesmo ensinar o que se acabou de aprender são bons métodos para aprender melhor qualquer coisa.
Praticar o que foi ensinado na teoria é tão importante que, nos últimos anos, temos visto as metodologias ativas cada vez mais presentes no ambiente escolar.


Estamos falando de métodos de ensino como o da sala de aula invertida, do STEAM e da aprendizagem baseada em projetos ou problemas, entre outros.
Mas, por mais que a eficácia da aprendizagem ativa seja unanimidade quando o assunto é retenção do conteúdo, ainda assim é necessário algum nível de personalização do ensino na hora de adotar e aplicar tais métodos.

Metodologias ativas e ensino personalizado
A sala de aula invertida, por exemplo, é uma prática que inverte a ordem pedagógica mais tradicional, em que o professor usa a sala de aula para a parte teórica e a etapa prática é desenvolvida pelo aluno em casa. Essa é uma excelente metodologia tanto para aqueles que aprendem melhor lendo e pesquisando quanto para aqueles que aprendem por meio de projetos.
Ao inverter a ordem da sala de aula, o professor propõe que a parte teórica seja aprendida em casa, para que, ao chegar na escola, o tempo das aulas seja utilizados para praticar e para a percepção dos trajetos de cada um para a resolução dos problemas.

A teoria também pode ser ativa: use isso a favor dos estudantes que aprendem melhor lendo e escrevendo
Nesse contexto, a própria teoria pode se tornar um processo ativo, se devidamente orientado pelo educador. Para aprender os conceitos fundamentais de um dado componente, o discente pode ser estimulado a pesquisá-los ativamente, em vez de receber o material pronto.


Imagine, por exemplo, pedir aos estudantes que pesquisem e produzam uma reportagem sobre os povos indígenas do Brasil na atualidade, por exemplo. Essas produções – em forma de texto, podcast ou videocast – serão compartilhadas e debatidas pelo grupo. Quais foram as fontes utilizadas?

Que perguntas foram feitas? Que pontos ficaram menos esclarecidos e por quê?
Para além das clássicas listas de exercícios utilizadas como parte da fixação do tema, o uso de perguntas também é a base de outras práticas. Uma técnica muito interessante nasce no próprio jornalismo: é a chamada “técnica das cinco perguntas”: “O quê? Quando? Onde? Como? Por quê? Quem?”.


Ao responder essas perguntas, os estudantes conseguem estabelecer rapidamente um recorte temático que facilita muito o aprendizado e que, com certeza, será importante em relação a aprendizados futuros.

Na etapa de “mão na massa”, não faltam práticas para personalizar as aulas
Veja as possibilidades para personalização do ensino por meio de metodologias ativas!


Debates: uma forma de aprender e adquirir habilidades
Na etapa de colocar a mão na massa, além dos projetos, o professor pode propor debates de ideias. Essa é uma excelente ideia para estimular o aprendizado ativo e trabalhar habilidades como raciocínio lógico, capacidade de improvisar, argumentar e ouvir, além da comunicação não violenta.


Ensino por competências: aprendizagem a partir dos pontos fortes do estudante
Por falar em habilidades, temos ainda o ensino por competências, uma metodologia de desenvolvimento e gestão vinda do ambiente corporativo que visa aprimorar as melhores habilidades de cada indivíduo.
Trata-se de um método muito ligado ao desenvolvimento do estudante para além da sala de aula. Afinal, a escola também prepara para a vida após a educação básica.


STEM: projetos, tecnologias e exatas a favor da personalização
Outro método de ensino que pode ajudar os jovens a aprender melhor, especialmente aqueles que possuem maior afinidade com as áreas de Tecnologias e Exatas, é o método STEM. A prática une os conhecimentos relacionados a Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (que formam a sigla STEM em inglês) como base para o desenvolvimento de projetos.
É importante ressaltar, no entanto, que a aprendizagem baseada em projetos não precisa estar sempre ligada ao STEM. Aqui entra, mais uma vez, a importância da personalização no ensino.


Se os estudantes possuem mais afinidade com outros elementos tecnológicos, como o audiovisual, é uma boa ideia acrescentar o uso dessas ferramentas ao desenvolvimento desses trabalhos.

Interdisciplinaridade e integração de metodologias: o ponto-chave da personalização das aulas
Outra forma de personalizar as aulas tem a ver com a maneira de apresentar os temas das disciplinas. Como podemos ver, é natural que cada estudante tenha mais afinidade com determinado assunto.
No entanto, sabemos que, no mundo real, os saberes não são aplicados de forma separada. Um conjunto de conhecimentos se integra a outros e a outros conjuntos. Logo, os projetos e atividades estruturadas a partir de um conceito de interdisciplinaridade são algo fundamental.


E é justamente na interdisciplinaridade de saberes e na integração de todos esses métodos de ensino – e de vários outros que não mencionamos aqui – que reside a base da entrega de um conteúdo personalizado.

A diversidade de métodos e temas torna a personalização do ensino algo inerente ao dia a dia na escola
Perceba que é o intercâmbio entre os vários métodos que garante essa personalização de que estamos falando.


É comum pensarmos que, para fazer isso, é necessário criar um plano de ensino para cada estudante da sala – e sabemos que isso é inviável.
Porém, ao adotar diversas práticas para transmitir um mesmo assunto, automaticamente cada estudante vai aproveitar melhor uma dessas etapas, de acordo com o seu modo de aprender.


Pense que, no exemplo da sala de aula invertida citado acima, os discentes que aprendem melhor lendo, escrevendo e fazendo exercícios vão se beneficiar da etapa feita em casa. Ao chegar na escola, já estarão, portanto, mais preparados para colocar a mão na massa.


Por outro lado, aqueles que não têm um bom desempenho de aprendizagem quando o conteúdo é transmitido por meio da leitura ou mesmo elementos visuais podem ter uma clareza maior do que foi estudado quando o professor inicia um debate sobre o assunto.


Nesse caso, a troca de ideias entre os colegas pode ser o que faltava para o conhecimento se consolidar para esse indivíduo.


Personalizar o ensino, então, mais do que criar um plano individual, é o ato de criar um único plano que contemple diversos métodos e práticas em diferentes momentos para que todos da turma possam ter etapas da jornada de aprendizado que vão ao encontro de sua própria maneira de absorver o conhecimento.

Descubra as soluções da Opet INspira para a personalização do ensino
A plataforma educacional digital Opet INspira, da Editora Opet, oferece um arsenal de ferramentas para que os educadores desenvolvam um plano de ensino rico e personalizado. A seguir, estão alguns dos recursos para os educadores usarem nesse sentido.

• Acervo de conteúdos para aulas presenciais, remotas e híbridas.
• Objetos educacionais digitais que possibilitam a apresentação do conteúdo em diversos formatos, como vídeos, áudios, apresentações, quizzes, banco de imagens e histórias infantis.
• Ferramentas de acessibilidade para garantir um ensino ainda mais personalizado, dentre elas teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto e contraste.

Para que o professor consiga disponibilizar as aulas em diferentes formatos, a plataforma oferece ferramentas como:
• sequências didáticas;
• trilhas de aprendizagem;
• roteiros de estudos.

A Opet INspira é uma plataforma completa em recursos e tecnologias educacionais que está em constante atualização para garantir ao docente tudo o que ele precisa para a aplicação de um ensino personalizado e inclusivo em todas as etapas da educação básica.


Na plataforma, você encontra essas e várias outras ferramentas que serão suas grandes aliadas nesse processo. Então, que tal começar a usá-la no dia a dia escolar?

As múltiplas inteligências e a educação

A mente humana é extraordinária! Essa condição pode ser percebida em um simples fato: pessoas diferentes possuem capacidades diferentes, talentos e habilidades “natas”. Há, por exemplo, quem seja um “talento natural” para a música, para o desenho, para a escrita ou para inventar coisas; há quem se saia fantasticamente bem contando histórias, interpretando, praticando esportes, dançando, planejando, vendendo…


Há muito tempo, essas diferenças chamam a atenção dos cientistas – psicólogos, pedagogos e neurocientistas –, que buscam desvendar os mecanismos e construções que fazem com que surjam essas habilidades. Um desses cientistas é Howard Gardner, psicólogo que formulou a teoria das Múltiplas Inteligências.


Gardner observou que a inteligência humana, em sua complexidade, não pode ser mensurada segundo um único critério ou medida, como acontece em um teste de QI ou outras aplicações que dão atenção apenas à inteligência linguística e lógico-matemática.


Isso porque existem, segundo ele, múltiplas inteligências. As pessoas podem, naturalmente, ter uma estrutura neural desenvolvida para uma dessas inteligências – como Mozart, que compôs sua primeira peça ainda criança -, mas também podem ser estimuladas a desenvolver outras inteligências.


E quais são elas? São oito: linguística, lógico-matemática, espacial, corporal-cinestésica, musical, interpessoal, intrapessoal e naturalista.
Outro fato interessante e importante é: apesar de existirem inteligências “naturais” – ou seja, aquelas em que as pessoas manifestam uma facilidade que se destaca –, também existe a possibilidade de se desenvolver as outras inteligências, o que contribui para a integralidade do ser. Valorizar e fortalecer o que já se tem e, ao mesmo tempo, desenvolver outros potenciais! E o que a escola tem a ver com esse desenvolvimento? Tudo! Entenda como cada inteligência se manifesta e afeta a vida dos estudantes!

 

Inteligência linguístico-verbal
Pessoas com inteligência linguístico-verbal são muito articuladas com palavras, tanto na escrita quanto na fala. Normalmente, são estudantes que escrevem boas histórias, possuem o hábito da leitura e memorizam informações com facilidade.


É importante frisar que, além da linguagem escrita e oral, esse tipo de inteligência também está relacionado à escrita gestual e corporal, entre outras.


Dentre as principais características dos indivíduos com a inteligência linguístico-verbal estão a capacidade de transmitir ideias, fazer discursos persuasivos, ensinar, convencer, negociar e motivar.
Possíveis escolhas de carreira
● Escritor/jornalista
● Advogado
● Professor
● Cineasta
● Vendedor
● Líder

 

Inteligência lógico-matemática
A inteligência lógico-matemática tem a ver com a capacidade de raciocinar, reconhecer padrões e analisar problemas logicamente. Como dominam números e atividades lógicas com facilidades, os estudantes com essa inteligência naturalmente desenvolvida conseguem realizar tarefas complexas como solucionar problemas matemáticos das áreas de informática, química ou física. Eles possuem facilidade para identificar projeções geométricas, conduzir experimentos científicos e resolver cálculos complexos.
Possíveis escolhas de carreira
● Cientista
● Matemático
● Programador de computadores
● Engenheiro
● Contador
● Economista
● Estatístico
● Analista

 

Inteligência visual-espacial
A inteligência visual-espacial tem a ver com uma percepção visual e espacial acima da média. Quando o estudante manifesta inteligência visual-espacial, seu senso de localização é apurado. Outra característica de pessoas com inteligência visual-espacial é a sua capacidade de interpretar e criar imagens visuais, bem como sua imaginação pictórica (facilidade para se expressar usando desenhos, pinturas e esculturas).
Algumas das habilidades desses indivíduos estão relacionadas a mapas, tabelas, gráficos, vídeos e fotos. Também são bons em montar quebra-cabeças e reconhecem padrões facilmente.
Possíveis escolhas de carreira
● Arquiteto
● Artista
● Engenheiro
● Estrategista

 

Inteligência corporal-cinestésica
A inteligência corporal-cinestésica é a capacidade de o indivíduo usar o próprio corpo para resolver problemas.
Quem possui esse tipo de inteligência se destaca quando o assunto é movimento corporal, equilíbrio, coordenação, controle físico e desenvolvimento de produtos manuais.
As principais características de uma pessoa com inteligência corporal-cinestésica é seu gosto e sua facilidade com dança, esportes, tarefas manuais e a preferência por aprender fazendo, em vez de vendo ou ouvindo.
Possíveis escolhas de carreira
● Dançarino
● Construtor
● Escultor
● Ator
● Artista circense
● Atleta
● Cirurgião
● Mecânico
● Mergulhador
● Bombeiro
● Motorista

 

Inteligência musical
Já as pessoas com a inteligência musical conseguem pensar em padrões, ritmos e sons. É um tipo de inteligência totalmente voltada para a capacidade de reconhecer notas musicais vindas de qualquer instrumento.
Dentre suas características, como já era de se esperar, está uma forte apreciação pela música. Além disso, tendem a ser bons compositores.
Por fim, quase sempre desenvolvem desde cedo o hábito de cantar e tocar instrumentos musicais.
Possíveis escolhas de carreira
● Músico
● Compositor
● Cantor
● Professor de música

 

Inteligência interpessoal
Aqueles que têm uma forte inteligência interpessoal são bons em entender e interagir com outras pessoas. Esses indivíduos são hábeis em avaliar as emoções, motivações, desejos e intenções daqueles ao seu redor.
A inteligência interpessoal é o desenvolvimento de empatia, ou seja, reconhecer e entender os sentimentos, desejos, as motivações e intenções de outras pessoas.


Percebemos essa inteligência em pessoas com sociabilidade, cooperação, capacidade de fazer amigos e comunicabilidade.
Pessoas assim tendem a trabalhar como terapeutas, professores, psicólogos, médicos, profissionais de RH, políticos, líderes religiosos, conselheiros, vendedores, gerentes, advogados, pedagogos e líderes, pois sabem ler nas entrelinhas o que os outros pensam e como se sentem no dia a dia.
Possíveis escolhas de carreira
● Psicólogo
● Filósofo
● Conselheiro
● Vendedor
● Político

 

Inteligência intrapessoal
A inteligência intrapessoal está relacionada com a compreensão do indivíduo a respeito dos seus próprios estados emocionais, sentimentos e motivações. Com forte tendência à autorreflexão e à análise, eles conseguem avaliar seus pontos fortes e fracos. Dificilmente têm problemas com autoestima e praticam a autoaceitação. Em resumo, são pessoas voltadas ao autoconhecimento.


Essas características as ajudam a entender suas limitações e focar em potencialidades. Por isso, além de ter bons relacionamentos, elas costumam lidar bem com quase todos os tipos de trabalho.
Possíveis escolhas de carreira
● Filósofo
● Escritor
● Teórico
● Cientista
● Psicólogo

Inteligência naturalista
Pessoas com inteligência naturalista possuem grande sintonia com a natureza.


Na escola, esses estudantes estão mais interessados em explorar o ambiente e aprender sobre outras espécies, por exemplo.
Dentre as principais características está o interesse em assuntos como botânica, biologia e zoologia. Além disso, categorizam e catalogam informações facilmente.


Por fim, o indivíduo com inteligência naturalista é, normalmente, aquele que gosta de camping, jardinagem, caminhadas ao ar livre e afins.Possíveis escolhas de carreira
● Biólogo
● Jardineiro/Paisagista
● Agricultor
● Veterinário
● Geólogo
● Engenheiro climático
● Meteorologista

 

Muitas habilidades
É importante lembrar que uma pessoa com grande tendência para uma área específica, como a inteligência musical, pode ainda desenvolver uma série de habilidades além dessa.


Por exemplo, um indivíduo pode ser forte em inteligência verbal, musical e naturalista. Porém, ele provavelmente vai se destacar um pouco mais na parte verbal.

 

E como a escola pode fortalecer essas inteligências?
Atividades para estimular a inteligência linguístico-verbal:
● contação de histórias;
● produção de textos;
● transformação de um gênero textual para outro, como adaptação de um conto de fadas para um roteiro de teatro.
Atividades para estimular a inteligência lógico-matemática:
● jogos de raciocínio e estratégia envolvendo enigmas;
● dama ou xadrez;
● dominó;
● sudoku;
● trabalhos com gráficos.

Atividades para estimular a inteligência espacial:
● brinquedos de desmontar e montar ou encaixar peças, como lego, origami e tétris;
● atividades relacionadas a desenho, como cópia a olho nu;
● uso de massinhas ou argila para esculpir e criar esculturas;
● trabalhos com mapas.

 

Atividades para estimular a inteligência musical:
● construção de brinquedos musicais usando madeira, panelas, copos, lápis e demais objetos que produzam ritmos e melodias;
● imitação de sons, como dos bichos.

 

Atividades para estimular a inteligência corporal-cinestésica:
● mímicas;
● esportes em geral;
● trabalho manual com cerâmica;
● grupo de dança;
● teatro.

 

Atividades para estimular a inteligência interpessoal:
● atividades em grupo;
● jogos como futebol.

 

Atividades para estimular a inteligência intrapessoal:
● explicar sobre as emoções;
● ajudar o estudante a entender os próprios sentimentos e a perceber suas reações;
● usar livros com personagens que possuem realidades semelhantes às da criança;
● desenhar expressões;
● criar um diário para escrever os próprios sentimentos.

 

Atividades para estimular a inteligência naturalista:
• caminhadas por florestas ou montanhas;
• realização de acampamentos;
• visitas a zoológicos, aquários, parques etc.

 

A Editora Opet e as múltiplas inteligências
Em seus objetos de aprendizado, os materiais didáticos e ferramentas educacionais, a Editora Opet auxilia os professores a desenvolver as múltiplas inteligências de seus alunos. A começar pelos materiais didáticos de apoio aos docentes, que os auxiliam no planejamento e desenvolvimento de aulas dinâmicas, com recursos para criar trilhas de aprendizagem, roteiros de estudos e sequências didáticas.
E a plataforma educacional Opet INspira disponibiliza milhares de objetos – de vídeos a histórias infantis, de simuladores a jogos educacionais, entre outros recursos – que estimulam e instigam todas as inteligências. Conheça!

Educação: a importância da acessibilidade digital

Acessar a internet, clicar em aplicativos, ler e-books, assistir a vídeos e ouvir podcasts são ações corriqueiras em nossa época. A oferta de produtos é imensa, para todos os gostos. Em meio a esse “oceano digital”, porém, uma questão muitas vezes passa despercebida – uma questão, aliás, das mais importantes: e a acessibilidade desses produtos?

Segundo dados divulgados pelo IBGE em 2021, o Brasil possui algo como 8,4% de sua população com algum tipo de deficiência – são cerca de 17 milhões de pessoas, um número maior que o de habitantes da cidade de São Paulo, a mais populosa do país. São cidadãos que, é claro, têm o direito de acessar os bens do universo digital. Surge, então, uma outra questão: como fica a acessibilidade desses bens? E, no caso da escola, como proceder para oferecer ferramentas e objetos de aprendizagem digitais a alunos com deficiência?

O primeiro passo, por certo, é tomar consciência da questão. O segundo é encontrar caminhos para oferecer acessibilidade e cidadania plena aos estudantes deficientes.

A Editora Opet, como veremos à frente, possui uma das plataformas educacionais digitais mais acessíveis do país, a Opet INspira. Ela oferece recursos importantes que espelham, inclusive, a proposta Opet de educação humana e cidadã. É possível, contudo, ir além, tanto para aproveitar os recursos de acessibilidade da plataforma da melhor maneira quanto para avançar em termos de conhecimento e de cidadania. Vamos falar mais a respeito?

Acessibilidade digital
Antes de abordar o tema dos materiais acessíveis, é preciso entender do que trata a acessibilidade digital. Em termos diretos, acessibilidade digital é garantir acesso aos meios, produtos e serviços digitais disponíveis para as pessoas que não têm deficiência. Um acesso que abrange a internet, os elementos de hardware, os aplicativos e outras ferramentas digitais.
Estamos falando de obstáculos que podem ir de uma dificuldade mais simples – mas, ainda assim, uma dificuldade – até a total impossibilidade de acessar sites, conteúdos e aplicativos.
Para que isso não ocorra, é necessário aplicar um conjunto de recursos digitais capazes de tornar produtos digitais acessíveis, independentemente das deficiências ou limitações que o indivíduo possua.
Para que esse acesso seja garantido, faz-se necessário algum nível de adaptação desse local ou o uso de recursos, por parte do indivíduo com deficiência, que acessibilizem o acesso.

Nos ambientes físicos, a acessibilidade ocorre por meio de rampas, elevadores, banheiros adaptados e portas mais largas, cujas medidas são estabelecidas por normas da ABNT. Tudo isso é inserido nos espaços a fim de facilitar o acesso de pessoas com diferentes deficiências.
Da mesma forma que o espaço físico, o ambiente digital também precisa de recursos que viabilizem o acesso de pessoas com deficiência ou transtornos nos espaços online.
É aqui que entram os recursos de tecnologia assistiva.

Tecnologia assistiva: o que é
“Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social” (ATA VII – Comitê de Ajudas Técnicas – CAT, que reúne representantes do governo e da sociedade civil em prol da inclusão).


Tipos de recursos de tecnologia assistiva
As tecnologias assistivas podem ser usadas em diversos casos para ajudar na execução de vários tipos de tarefas. Em se tratando de materiais digitalmente acessíveis, elas servem para garantir o acesso em diversos formatos de mídias em um mesmo material.
Perceba que falamos “acessar o conteúdo”. Acessar o conteúdo do texto é diferente de lê-lo; acessar o conteúdo de um vídeo não é a mesma coisa que assisti-lo.
Isso porque, ao estruturar os materiais digitais de forma acessível, o consumo deles pode acontecer de diversas maneiras.
Graças a recursos de tecnologia assistiva, um único material, desde que desenvolvido a partir das diretrizes adequadas, é adaptável a qualquer pessoa.
Basta a pessoa escolher o recurso digital de acessibilidade indicado para a sua limitação que ela consegue consumir o material.
Veja alguns dos principais tipos de tecnologias assistivas e suas funções.
Alto contraste entre tela e texto
Facilita a navegação de pessoas com baixa visão.

Softwares de diminuição de contraste
Já crianças e adolescentes com autismo costumam apresentar muita sensibilidade a estímulos visuais e auditivos. É preciso reduzir o ruído e a claridade do ambiente e dos computadores. Trocar a cor do plano de fundo do computador para tons pastéis também ajuda na diminuição dos estímulos.

Textos ampliados
Softwares conhecidos como ampliadores de imagens ou lupas eletrônicas que ampliam textos e imagens para pessoas com baixa visão.

Softwares de tradução
Transformam conteúdo falado ou digitado em língua de sinais em tempo real.

Leitores de tela
Softwares que transformam textos escritos na tela em fala. Por meio deles, a pessoa cega consegue digitar textos, ouvir livros, navegar na Internet e afins.
Pessoas com limitações motoras também se beneficiam dessa ferramenta, já que navegam na web a partir do movimento da boca, dos olhos ou por meio de comandos de voz.

Comunicação alternativa
Ocorre por meio de vocalizadores, pranchas e cartões de comunicação. É utilizada por pessoas sem fala/escrita funcionais e com defasagem entre a necessidade comunicativa e fala/escrita. Para garantir a acessibilidade digital, é preciso estruturar os materiais de modo que essas ferramentas funcionem neles adequadamente.

Audiobooks, fontes não serifadas e elementos visuais
Fontes não serifadas facilitam a decodificação, e elementos visuais nos textos são recursos indicados para estudantes com dislexia.
Esse transtorno prejudica as habilidades de leitura e escrita, por exemplo, a capacidade de sequenciar as letras na hora de formar as palavras e de associar palavras e sons.
Mas elas possuem boas habilidades orais, dentre outras. Então, esses recursos facilitam o ensino.


Como aplicar as tecnologias assistivas no ensino e desenvolver materiais acessíveis
A necessidade de desenvolver materiais digitais acessíveis é importante em todas as esferas do digital, mas é ainda mais crítica no contexto educacional.
Afinal, é papel dos educadores garantir que todas as crianças possam aprender e tenham a oportunidade de atingir seu pleno potencial acadêmico.
Para isso, as instituições de ensino devem entregar aos estudantes um grau de inclusão digital que vá ao encontro de suas necessidades.
Uma das formas de garantir que crianças e adolescentes com deficiências tenham de fato oportunidades de desenvolvimento é justamente o desenvolvimento desses materiais digitalmente acessíveis.
Veja como!


Planejamento de documentos acessíveis
Um documento é considerado acessível quando os recursos de tecnologia assistiva citados acima conseguem “ler” suas informações e transformá-las em áudios, imagens ou legendas.
Como estruturar materiais digitalmente acessíveis:
Vídeos acessíveis precisam ter recursos para pessoas com deficiência auditiva e visual
Isso porque crianças e adolescentes com deficiência auditiva não entenderão – em parte ou totalmente – o áudio de vídeos sem legendas. As transcrições também ajudam os jovens com dificuldades visuais a reter melhor o conteúdo.


Veja as ferramentas de tecnologia assistiva que podem ser usadas.
● Legendas: transcrevem (ou traduzem) a caixa de diálogo.
● Legendas ocultas: descrevem indicações de áudio – música ou efeitos sonoros – que ocorrem fora da tela.
● Descrição do vídeo: narra os principais elementos visuais do vídeo.

Inclua descrições das imagens
Ao fazer isso, estudantes com limitações visuais podem usar programas de leitura de tela para ler o material digital.
Trata-se de uma tecnologia capaz de converter texto em discurso sintetizado. Dessa forma, o usuário escuta em vez de visualizar.
Mas isso só funciona se o educador adicionar texto alternativo descrevendo-as.
Basta inserir uma descrição sucinta, clara e imparcial das imagens, fotos, gráficos, organogramas, ilustrações por meio da ferramenta ALT.


Estruture o texto em ordem lógica
Para facilitar a leitura de documentos pelos leitores de tela, ferramentas utilizadas por pessoas que não visualizam a tela, faça o seguinte:
● coloque os títulos em uma ordem lógica, utilizando as ferramentas de formação;
● insira poucos parágrafos – pequenos – a cada título;
● utilize listas ordenadas;
● use marcadores;
● insira cabeçalhos, pois os leitores de tela usam as informações deles para identificar linhas e colunas.

Estruture os textos de maneira lógica e acessível visualmente
A estrutura e a disposição das informações do texto impactam a compreensão de pessoas com deficiência visual, que dependem de leitores de tela, ou com deficiência intelectual.
Por isso, existem algumas práticas de formatação que podem facilitar esse processo. Além disso, a estrutura adequada também garante que os leitores de telas informem o conteúdo das tabelas corretamente.
Então, é importante evitar os seguintes formatos:
● linhas e colunas em branco;
● tabelas aninhadas;
● células mescladas e divididas.

Tamanho e estilo da fonte
Fontes serifadas dificultam a leitura de pessoas com diferentes tipos de comprometimento visual e dislexia.
Em programas como o Word existe, inclusive, a possibilidade de se baixar uma fonte criada exclusivamente para estudantes com dislexia, a Open-Dyslexic. A fonte é aberta, e o download é gratuito.
Então, lembre-se: é melhor optar por fontes maiores, não serifadas e, se possível, manter um espaço maior entre frases e parágrafos.

Use contrastes para melhorar a visibilidade
Escolher as cores mais contrastantes nas páginas de textos, imagens, ícones e fundos é essencial para garantir que todos com algum nível de comprometimento da visão, como pessoas com daltonismo, consigam perceber todo o material.
Crianças com TDAH também são beneficiadas com uma estrutura dessa forma.

Use as ferramentas certas
Há uma série de ferramentas digitais para criar conteúdo acessível, desde ferramentas online gratuitas, como Skype e Google Classroom, até plataformas de objetos educacionais, como a Opet INspira da Editora Opet.
A solução educacional da Editora conta com recursos de tecnologia assistiva que ajudam no desenvolvimento de materiais digitais acessíveis.
Na plataforma educacional Opet INspira, o educador encontra, por exemplo, um Menu de Acessibilidade que permite a seleção de várias funções personalizadas, como:
● teclas de navegação;
● leitor de página;
● tamanho do texto e do cursor;
● espaçamento de texto;
● controle de contraste;
● etc.
Com os recursos da plataforma, o professor cria trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos totalmente adaptados às necessidades de estudantes com deficiências ou transtornos diversos.
Para acessar a plataforma, é preciso que a escola seja conveniada, sendo necessário ter usuário (login) e senha individual. Ou seja, se você ainda não é parceiro e quer conhecer, entre em contato conosco!

Podcasts na educação: por que são tão interessantes?

Você já parou para pensar por que os podcasts são tão interessantes? Podemos arriscar algumas possibilidades de resposta. Para começar, eles somam o passado e o presente de uma forma bem atraente.

Como assim? Explicamos:

1) Os áudios, que são a base dos podcasts, têm sua origem no rádio, uma tecnologia avançada, mas relativamente antiga (as primeiras rádios surgiram há cerca de cem anos) e que é muito querida pelas pessoas. É difícil encontrar, enfim, quem não goste de ouvir um bom programa de rádio!

2) Soma-se a isso a popularização das tecnologias digitais, que tornaram o consumo dos áudios muito mais fácil! Agora, imagine poder escutar seu programa favorito de rádio em qualquer lugar, no momento que desejar, acessando a partir de seu smartphone. Pensou? Pois bem: essa é a lógica dos podcasts!

3) Os podcasts, porém, têm algo diferente: muitas vezes, eles são produzidos com foco em determinados temas ou assuntos de interesse, como História, novelas, Física, cinema, mistérios ou livros. Isso torna a escuta ainda mais interessante, até mesmo porque os produtores destes conteúdos são especialistas nos assuntos.

(*) – Ah, vale observar que muitos podcasts nascem das chamadas “mídias tradicionais”, como as próprias rádios, tevês ou portais de notícias; um número ainda maior, porém, é produzido por pessoas sem vínculo com o jornalismo, mas que conhecem os assuntos e querem se comunicar.

Pois bem: essa soma de fatores tornou os podcasts populares, especialmente nos últimos dez anos, quando eles “passaram a frequentar” diferentes plataformas digitais e, assim, ampliaram as possibilidades de acesso pelo público.

Aliás, pesquisas (como a realizada pela Associação Brasileira de Podcasters – ABPod) apontam o Brasil como um dos grandes mercados globais de podcasts. Produzimos e ouvimos muito! Há, evidentemente, podcasts de baixa qualidade, mas há muitos que são fantásticos e merecem ser ouvidos.

Uma boa seleção e curadoria de podcasts é um bom caminho, por exemplo, para que os professores ampliem seu rol de possibilidades de trabalho e engajamento dos estudantes. Eles trazem informação e podem ser analisados e debatidos em sala de aula ou, então, em estratégias pedagógicas como a de sala de aula invertida.

 

Criando e usando podcasts na educação!

As tecnologias digitais recentes facilitaram muito a produção audiovisual pelas pessoas. Hoje em dia, não é preciso ter uma emissora de rádio ou um estúdio de tevê para criar e lançar conteúdos. Isso, é claro, significa liberdade – mas implica grande responsabilidade também.

A ideia de produzir podcasts e videocasts pode e deve ser levada para o contexto da educação. Há, nela, diferentes possibilidades: de aprender, debater e construir junto aos estudantes. Muitas vezes, eles dominam as novas tecnologias com muito mais agilidade e estão “por dentro” das últimas novidades tecnológicas – e isso ajuda muito em um contexto de construção coletiva do conhecimento! O próprio processo de produção de um objeto de mídia como esse, que pede organização, planejamento, fontes, divisão de tarefas e prazo, é um ganho em termos educacionais.

As vantagens, enfim, são para quem produz e para quem ouve ou assiste. Então, que tal levar os podcasts para a sala de aula?

 

Podcasts como recurso de ensino

Apesar de os podcasts serem quase sempre associados à mídia de áudio, podemos classificá-los em três formatos:

Primeiro, temos o formato tradicional, o modelo que foi o primeiro a popularizar essa mídia. É o podcast de áudio.

Em seguida, temos o podcast de vídeo, que se refere aos formatos gravados a partir da combinação de ferramentas digitais de áudio e vídeo, podendo ser disponibilizados nos dois formatos de plataformas.

Por fim, temos os podcasts mistos, que articulam arquivos de áudio e vídeo para oferecer mais conteúdos. Normalmente, nesses casos, ocorre uma combinação de mídias, como fonte de áudio, arquivos de imagem, animações e sequências de vídeo.

 

Variedade de recursos resulta em diversidade de conteúdo e objetivos

Considerando a amplitude de recursos digitais envolvidos nos podcasts, esse formato de mídia oferece um “mundo de oportunidades” para o trabalho em sala de aula.

Isso é ainda mais evidente quando pensamos no contexto atual: de uma sociedade em movimento, que passa por constantes transformações, em função, principalmente, das tecnologias digitais, que estão em constante atualização.

 

Demandas que podem ser supridas a partir dos podcasts

Dentre as soluções oferecidas pelos podcasts, estão:

  • A necessidade de aplicar aulas com conteúdos que ajudem os estudantes a desenvolverem e a ampliar o uso de habilidades tecnológicas;
  • A importância de ensinar habilidades socioemocionais e a capacidade de aprender a aprender. Isso porque lidar com tantas transformações, mesmo tendo nascido em um cenário tão dinâmico, gera pressões e a necessidade de aprender a lidar com elas de forma saudável;
  • O foco em habilidades de socialização, empatia e autoconhecimento. É preciso saber se relacionar, já que os ambientes estão cada vez mais diversos. É preciso, também, saber diferenciar fato de opinião, verdade de Fake News, e caminhar com ética pelo universo digital;
  • A valorização do conceito de inteligências múltiplas devido ao surgimento de um cenário em que a resolução de problemas exige soluções cada vez mais complexas.

 

Cultivando habilidades

A criação de podcasts permite desenvolver habilidades como:

  • Competências escritas, já que é preciso elaborar o roteiro do programa, desenvolver habilidades de argumentação, capacidade de defender as próprias ideias;
  • Habilidades orais como entonação da voz, dicção e desenvoltura nas conversas e debates;
  • Competências digitais: aprendem a usar softwares de edição de vídeo, de áudio e de design, entre outros.

 

O valor do conteúdo

Até agora, falamos essencialmente sobre os conhecimentos e as demandas gerados pelas interações com as novas tecnologias digitais. Para além deles, porém, há um outro elemento central quando o assunto é educação: estamos falando dos temas que serão trabalhados. Os temas educacionais e culturais podem ser produzidos e disponibilizados em diferentes formatos de mídias.

Os caminhos, evidentemente, são muitos, e se relacionam com o nível de ensino contemplado, com o planejamento de cada professor e com os materiais didáticos utilizados. No caso dos parceiros da Editora Opet, os docentes encontram, no sistema de ensino, os recursos necessários ao trabalho. A partir dos livros, dos objetos de estudo e das ferramentas digitais, é possível ir mais longe no planejamento dos podcasts!

 

Podcasts e inclusão

Usando recursos como podcasts e videocasts, os professores também podem fortalecer a inclusão. Isso porque esses recursos podem ser modulados para atender estudantes com diferentes deficiências. Pensando no alcance da Internet, o primeiro elemento de inclusão que surge é a possibilidade de o educador criar e disponibilizar uma variedade de conhecimentos para os estudantes.

 

Personalização do conteúdo

Como a variedade de recursos digitais utilizados na execução do material é gigantesca, o professor consegue aplicar recursos visuais ou de áudio para diversos fins. Eles podem ser utilizados, por exemplo, para:

  • Tornar a apresentação mais cativante;
  • Criar estruturas visuais que facilitem o entendimento do tema;
  • Com o uso de estratégias de cores, formas e legendas, ampliar o acesso por estudantes com diferentes tipos de deficiências.

Lembrando que, do ponto de vista técnico, a execução e a distribuição dos podcasts nas plataformas, sejam públicas ou da própria instituição educacional, são relativamente simples. Uma delas, por exemplo, é a plataforma Anchor, associada ao Spotyfy e que permite a publicação gratuita de conteúdos. Outra, é claro, é o Youtube.

 

Atividades envolvidas na execução dos programas atendem a BNCC

Tanto as diretrizes da competência 4 quanto da competência 5 da BNCC são contempladas nesse ecossistema formado em torno do uso dos podcasts como recurso educacional.  Veja o que cada uma indica!

Competência 4:

Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo“.

Competência 5:

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva“.

Descubra as soluções da Opet INspira

A plataforma educacional Opet INspira da Editora Opet oferece um arsenal de ferramentas para estudantes e professores. São recursos que podem colaborar com a estruturação de podcasts e videocasts. Vamos conhecer alguns deles?

  • Acervo de conteúdos para desenvolver aulas, inclusive na modalidade híbrida;
  • Objetos educacionais digitais como: vídeos, áudios, apresentações, quizzes, banco de imagens e histórias infantis;
  • Ferramentas de acessibilidade como: teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto e contraste.

 

Para que o professor consiga disponibilizar seus conteúdos em diferentes formatos de mídias aos estudantes, a plataforma oferece ferramentas como:

  • Sequências didáticas;
  • Trilhas de aprendizagem;
  • Roteiros de estudos.

 

OpetCast: o canal de podcasts da Editora Opet!

A Editora Opet possui um canal de podcasts na plataforma Soundcloud. Lá, você vai encontrar dezenas de episódios com foco em educação, realizados por especialistas no assunto. Os temas abrangem vários aspectos desse universo, do trabalho editorial ao marketing escolar, da cultura digital às novas formas de educar. Confira agora CLICANDO AQUI!

 

“O mundo pós-escola”: como preparar os estudantes para os desafios que chegam após o Ensino médio?

Ensino Médio chegando ao fim e muitas portas se abrindo… são muitas as possibilidades, os desejos pessoais e as condições colocadas pelo mercado de trabalho. Para onde seguir? Continuar estudando, trabalhar, trabalhar e estudar? Seguir para que área?

Essas, evidentemente, são dúvidas muito comum entre os jovens. A escolha da carreira nunca foi uma decisão simples, muito mais agora, em tempos tão fluidos, de tantas oportunidades e necessidades de conhecimento.

A escola, é claro, desempenha um papel importante em todo esse processo: ela deve dialogar, perceber habilidades e inclinações, abrir horizontes e, principalmente, apoiar os jovens em suas escolhas. Um processo que não começa na etapa final do ensino, mas que deve acompanhar o estudante ao longo de todo o Ensino Fundamental.

Transformação Digital e o futuro do trabalho dos estudantes atuais

A chamada “Transformação Digital”, acelerada em função da pandemia, modificou completamente o mundo e, especialmente, o mercado de trabalho. Nesse cenário, surgem novas funções, cargos antigos são repaginados e outros acabam desaparecendo. Por isso, é importante trabalhar o assunto em sala de aula e mostrar aos estudantes que, além dos conhecimentos técnicos, eles precisam desenvolver habilidades socioemocionais.

Também é necessário mostrar a eles as mudanças do mercado de trabalho frente à transformação digital que vivemos, assim como a importância de se manter atualizado em um mundo que muda o tempo todo.

O futuro do trabalho: pesquisas e tendências que precisam ser consideradas

Para se ter uma ideia, estudos mostram que até 2030 diversas profissões vão deixar de existir, enquanto muitas outras vão surgir. Basicamente, os estudantes de hoje terão cargos e funções que ainda nem existem… já pensou?

Outra mudança, que percebemos especialmente com a chamada geração dos “millennials”, é a do exercício de várias profissões ao longo da vida. Um quadro que é ainda mais forte em um país como o Brasil, em que as pessoas, muitas vezes, são levadas a empreender por conta de fatores econômicos.

A chegada dos estudantes atuais ao mercado de trabalho

Independentemente do cargo que venham a ocupar, quando os estudantes chegam ao mercado de trabalho, precisam lidar não apenas com funções surgindo e desaparecendo. Eles precisam lidar, ainda, com as consequências desse mundo em constante mudança.

Tais consequências manifestam-se em alterações contínuas no ciclo de vida de processos, na necessidade de aprender a utilizar novas ferramentas rapidamente, na agilidade para se adaptar a novas tecnologias, bem como na implantação de automações.

A capacidade de “aprender a aprender”, assim como as habilidades socioemocionais, constroem o profissional do futuro. Então, independentemente da função que venham a desempenhar, os profissionais devem estar sempre prontos a adquirir novos conhecimentos.

Também é fundamental adquirir habilidades socioemocionais, tanto para lidar com um mundo ágil quanto para executar suas funções, já que os trabalhos repetitivos e burocráticos tendem a ser automatizados.

Habilidades e conhecimentos técnicos: na medida certa

O futuro do trabalho é muito mais sobre a capacidade de resolver problemas, tomar decisões, relacionar-se e ter capacidade de foco, planejamento e execução, do que dominar habilidades técnicas.

Afinal, quando o assunto é habilidade técnica e uso de ferramentas, sempre haverá novidades. Então, aqui, a ideia é ter capacidade de aprender rápido e acompanhar as mudanças. No entanto, não estamos falando que as habilidades técnicas também não serão fundamentais.

Novas metodologias de ensino a favor das novas dinâmicas de trabalho

Apesar de as ferramentas digitais mudarem com frequência, existem bases para o funcionamento dessas tecnologias que precisam ser aprendidas. Tanto que algumas das novas metodologias de ensino, como STEM, propõem justamente trazer elementos de Engenharia, Matemática e afins para as aulas.

Linguagem de programação, disciplinas de TI e uso de plataformas, recursos e ferramentas digitais, são fundamentais para preparar os estudantes ao mercado de trabalho.

Ainda mais quando falamos do Ensino Médio, momento que eles já estão com um pezinho nesse mundo de carreiras e profissões. Então, o sistema educacional precisará se adaptar para preparar os indivíduos ao mercado de trabalho em constante mudança.

E isso envolve não focar apenas em tecnologias, já que elas passam por mudanças e melhorias continuamente.

Mesmo assim, é importante busca adotar, na escola, um ambiente tecnológico e de inovação. Sem deixar de lado o ensino de conhecimentos mais tangíveis, ou seja, aqueles que não mudam, já que estão relacionados à natureza humana e, portanto, ao nosso comportamento.

 A importância de trabalhar habilidades socioemocionais com os estudantes do Ensino Médio

Isso ajudará a lidar com as mudanças, já que os estudantes, a partir de habilidades socioemocionais, estarão mais preparados para esse cenário.

E claro, estarão mais preparados para lidar com as pessoas. Afinal, quem sabe lidar com suas próprias questões, sabe lidar muito melhor com o próximo.

Isso é muito bom para todos os envolvidos, ainda mais considerando que os locais de trabalho possuem uma dinâmica cada vez mais diversa, composta por pessoas com culturas, ideias, opiniões e visões de mundo distintas.

Podemos dizer, assim, que para lidar com as pessoas no ambiente de trabalho, com as mudanças constantes no mundo e todas as demais estruturas de mercado, são necessárias muitas habilidades socioemocionais e competências diversas.

E, claro, é preciso mostrar aos estudantes a importância de, diante de tantas mudanças, obter treinamento e desenvolver novas habilidades ao longo de suas vidas profissionais.

Por isso, é fundamental que os educadores abordem esse tema em sala de aula. Seja por meio de conversas, preparação para os vestibulares ou de aplicações de atividades que trabalhem as habilidades socioemocionais mencionadas na BNCC.

Inteligência emocional e BNCC

E por falar em inteligência emocional, não é à toa que a BNCC traz uma série de práticas para a Educação Básica que ajudem os estudantes a desenvolver cinco habilidades socioemocionais. Sendo elas:

  • autoconsciência;
  • autogerenciamento;
  • tomada de decisão responsável;
  • consciência social;
  • habilidades de relacionamento.

Além disso, também é importante adotar um plano de carreira para que eles entendam aonde querem chegar e o que fazem para isso.

 O futuro do trabalho e a Editora Opet

A Opet INspira, plataforma educacional de recursos digitais desenvolvida pela Editora Opet, disponibiliza uma variedade de ferramentas e recursos para preparar os estudantes para o mundo atual.

Além das aulas das disciplinas tradicionais, que podem ser ensinadas a partir de diversas metodologias, como STEM, Sala de aula invertida ou Projetos, há vários recursos para ajudar a inserir os discentes nas tecnologias digitais usadas no mercado de trabalho.

Recursos audiovisuais, possibilitando a criação de vídeos, blogs, apresentações em diversos formatos, uso de áudios entre outros, podem ser usados para aplicar a parte teórica das disciplinas.

Tudo isso pode ser elaborado na plataforma por meio de sequências didáticas, trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos. E, conforme informado acima, o mercado de trabalho está cada vez mais inclusivo e, na plataforma Opet INspira, não é diferente.

Nossas ferramentas também permitem a elaboração de aulas acessíveis utilizando o Menu de Acessibilidade que dá acesso a funções personalizadas, como teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto, contraste, entre outros.

Então, com a plataforma, os educadores conseguem planejar e aplicar aulas que vão ao encontro de tudo o que é necessário para preparar os estudantes do Ensino Médio para o que vem depois da Educação Básica.

METODOLOGIAS & TECNOLOGIA PROTAGONISMO!

No dia a dia, é preciso ter a habilidade de aprender e de reaprender, em especial no campo das novas tecnologias. Afinal, são muitas as mudanças que surgem em nossas telas e em nossas vidas…  o tempo todo! Isso, é claro, também vale para o contexto escolar, que, nos últimos anos, mergulhou fundo no universo digital e em métodos de ensino instigantes, desafiadores e que favorecem o protagonismo do estudante.

Nesse cenário, as aulas, muitas vezes, são híbridas, e métodos como STEAM e MAKER estão muito mais presentes, assim como o ensino baseado em projetos. Um mundo que interage com formas mais tradicionais de ensinar e aprender.

Conheça, a seguir, alguns métodos recentes de ensino neste guia rápido que preparamos especialmente:

Sala de aula invertida

Em vez de aprender em sala de aula, o estudante faz isso em casa, por meio de pesquisas temáticas indicadas pelo professor, e chega na aula já conhecendo os conceitos essenciais da disciplina. Lá, seus conhecimentos e o de seus colegas são contextualizados pelo docente, que traz os olhares, os conhecimentos, e propõem novos ângulos e perspectivas.

A ideia é que, a partir desse processo, sejam aplicadas atividades práticas para que ele aprenda fazendo. Por meio de debates e projetos, o estudante consegue utilizar a teoria aprendida em casa para fazer as atividades.

 Mas, afinal, como a sala de aula invertida pode preparar o jovem para as demandas da vida atual?

O fato de ele se deparar com a necessidade de aprender por meio de buscas e pesquisas já é um bom começo em termos de protagonismo, algo que é essencial à educação.

Pense que, na velocidade com que as coisas mudam, será cada vez mais essencial que o indivíduo tenha a capacidade de fazer boas perguntas e ir ele mesmo em busca do próprio conhecimento.

Sem contar que a pesquisa, por mais que esteja envolvida em um processo teórico, torna a aprendizagem ativa. Então, o estudante internaliza o conhecimento de forma mais eficaz. Em resumo, quando o estudante se depara com a necessidade de aprender algo novo, nos moldes da sala de aula invertida, ele trabalha os seguintes elementos:

  • Habilidades de pesquisa.
  • Capacidade de fazer boas perguntas.
  • Raciocínio lógico.
  • Discernimento (em relação à qualidade e veracidade do material encontrado).
  • Gestão de tempo.

 Práticas pedagógicas e a aplicação dos modelos educacionais

As atividades em sala de aula, aquelas baseadas no que o estudante aprendeu em casa – mas, sempre com a orientação dos professores –, podem ser aplicadas por meio de práticas como:

  • Aprendizagem baseada em problemas.
  • Aprendizagem baseada em projetos.
  • Gamificação.
  • Robótica.

Agora, descubra um pouco mais sobre como essas metodologias e práticas pedagógicas ativas!

Aprendizagem baseada em problemas ou em projetos: ao utilizar a estratégia do ensino por meio de problemas, o educador propõe um problema do mundo real, considerando, obviamente, o nível da turma e o conteúdo estudado para que os discentes possam analisar e encontrar a solução.

Aprendizagem baseada em projetos: o projeto pode ou não ser uma continuação do ensino por problemas. Aqui, o docente propõe também um problema desafiador, que estimule a imaginação e, a partir disso, os estudantes desenvolvem um projeto que solucione tal questão.

Em ambos os casos, o educador pode propor que os problemas ou projetos sejam solucionados a partir de práticas como:

  • Robótica.
  • Gamificação (uso dos conceitos dos jogos em atividades no ambiente físico, como etapas, pontuações, prêmios, avatares e desafios).
  • STEM (projetos que unam conceitos de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática para solucionar problemas).
  • Representações tridimensionais.
  • Atividades audiovisuais, como podcasts; vídeos ou publicações em sites e blogs.

Um modelo híbrido de ensino, a distância ou de sala de aula invertida, aplicado em conjunto com metodologias como problemas e projetos, conduz o estudante naturalmente pelo caminho do desenvolvimento de habilidades como:

  • Debater ideias.
  • Fazer previsões.
  • Coletar e analisar dados.
  • Tirar conclusões.
  • Comunicar ideias e descobertas.
  • Desenvolver projetos.

É por isso que tais mudanças são tão importantes: elas preparam, capacitam e habilitam o estudante para a vida após a escola. Mas, antes de pensarmos em habilitar os discentes, precisamos falar sobre habilitar os docentes.

Veja tudo o que o docente precisa ser capaz de fazer e, que, devido ao aceleramento de muitas mudanças, vários deles têm encontrado dificuldades.

O professor cada vez mais preparado para um novo cenário educacional

O ensino remoto, inicialmente adotado como medida emergencial, no início da pandemia, mas posteriormente adotado como medida efetiva em muitas escolas, demanda que o professor tenha habilidades e conhecimentos como:

  • Aplicar tecnologias assistivas em favor do ensino e da inclusão.
  • Criar trilhas e roteiros de aprendizagem para guiar os estudos dos estudantes no ambiente online.
  • Desenvolver projetos como uso de ferramentas digitais interativas, como áudios, imagens, jogos, elementos de robótica, quizzes e outros.
  • Desenvolver aulas e criar metodologias próprias para as aulas híbridas e a distância.

Em seu trabalho, a Editora Opet oferece aos parceiros muitas dessas possibilidades de ação pedagógica, observando sua relação com os materiais didáticos, o trabalho e os saberes dos docentes e dos estudantes. E a plataforma educacional Opet INspira, da Editora Opet, oferece recursos para o trabalho dos professores no novo cenário tecnológico da educação.

São milhares de objetos educacionais, ferramentas para o desenvolvimento de aulas online, jogos, quizzes, questões, simuladores, vídeos, áudios, documentos legais sobre a educação e muito mais. Tudo conectado aos materiais didáticos e à proposta pedagógica da Editora Opet, com a curadoria de especialistas. Conheça!

Dislexia ou dificuldade de leitura? Diferenças e semelhanças entre os transtornos de leitura

Não é incomum que transtornos de leitura sejam confundidos com dislexia. Ambas as manifestações costumam ser utilizadas para os mesmos sintomas. No entanto, existem diferenças bem acentuadas que precisam ser compreendidas para solucionar o problema. Compreender as diferenças entre os diagnósticos é parte fundamental de intervenções eficazes na prática escolar.

Então, vamos entender mais a fundo as diferenças entre dislexia e outras manifestações de dificuldade de leitura?

O que é um transtorno de leitura?

Em primeiro lugar, não é preciso temer a palavra “transtorno” – em termos técnicos, ela designa uma gama muito grande de condições que afetam humor, raciocínio e comportamento. “Transtorno de leitura” é um termo “guarda-chuva” que engloba uma gama de distúrbios – inclusive, a dislexia – que afetam a capacidade de leitura de um indivíduo. Dentro desse espectro, é preciso ser específico e assertivo em relação à identificação, uma vez que ela guiará todo o tratamento e as práticas de leitura desenvolvidas na alfabetização da criança.

De acordo com a American Speech-Language-Hearing Association, além da dislexia, no espectro de distúrbios de leitura, estão inclusos também os seguintes transtornos:

  • deficiência de leitura;
  • transtorno de leitura;
  • transtorno específico de leitura;
  • déficit específico de compreensão de leitura.

Definição de distúrbio de leitura

De acordo com a Encyclopedia of Mental Disorders, um distúrbio de leitura “envolve uma deficiência significativa na precisão, velocidade ou compreensão da tecnologia leitura, na medida em que a deficiência interfere no desempenho acadêmico ou nas atividades da vida diária”.

Um indivíduo com transtorno de leitura terá algum grau de prejuízo nas suas habilidades de processamento fonológico, compreensão de leitura e/ou fluência de leitura, sendo que eles podem aparecer juntos ou separadamente. Além disso, nem sempre a origem da dificuldade específica de leitura reside em si mesma.

É comum, por exemplo, como veremos mais à frente na dislexia, que os prejuízos se manifestem não pelo estudante ter uma dificuldade específica em tal área, mas podem decorrer de outra dificuldade.

 Tipos de dificuldades de leitura

Processamento fonológico

Pessoas com prejuízos nessa parte da leitura vão apresentar dificuldades em:

  • detectar e criar palavras que rimam;
  • realizar divisões silábicas;
  • identificar os sons individuais no início ou no final das palavras;
  • isolar, substituir ou excluir esses sons individuais dentro da palavra.

As habilidades que chamamos de processamento fonológico são conhecidas como os “blocos de construção” do sucesso na leitura. São áreas afetadas na dislexia.

Compreensão de leitura: já um indivíduo com dificuldade na compreensão da leitura vai se deparar com prejuízos quanto à compreensão do conteúdo escrito.

Fluência de leitura: a dificuldade no âmbito da fluência da leitura implica problemas com a precisão e a velocidade do indivíduo enquanto lê.

 Como esses tipos de dificuldades de leitura podem se manifestar?

Dificuldade em qualquer uma dessas três habilidades pode ser classificada como um transtorno de leitura e se manifestar em conjunto ou isoladamente.

Um estudante pode, por exemplo, ser fluente na leitura, sem, porém, compreender o significado do texto, algo que seria para a fase escolar em que se encontra. Ou seja, ele lê, mas não “decifra” o significado.

 O que é dislexia?

A dislexia está dentro do que chamamos anteriormente de distúrbio de leitura. Então, toda dislexia será um distúrbio/transtorno de leitura, mas nem todo transtorno de leitura será dislexia.

De acordo com o Decoding Dyslexia Healthcare Screening, “a dislexia é uma deficiência de aprendizagem específica que é de origem neurológica. Caracteriza-se por dificuldades com o reconhecimento preciso e/ou fluente de palavras e por habilidades de ortografia e decodificação deficientes.”

A dislexia está associada, principalmente, àquele distúrbio do processamento fonológico e da fluência de leitura – precisão e velocidade.

A maioria dos indivíduos com dislexia possui grande dificuldade para identificar os sons de uma determinada letra ou segmentar um grupo de letras, bem como associar tais sons com o código escrito – no caso, a palavra.

Em função disso, o estudante que possui dislexia acaba tendo a fluência da leitura comprometida. Mas a dificuldade em decodificar e identificar sons também costuma afetar a compreensão da leitura.

E aqui é muito importante ficarmos atentos à origem das dificuldades de leitura. Perceba que as habilidades relacionadas à fluência e, principalmente, à compreensão, não são dificuldades primárias, mas questões que decorrem naturalmente da dificuldade neurológica desse indivíduo em decodificar palavras, identificar sons e/ou associar os sons às palavras de forma adequada.

É importante notar essas nuances entre os tipos de dificuldades de leitura e escrita, pois a intervenção em um estudante que tem dificuldade na fluência de leitura não é a mesma que deve ser feita naquele indivíduo que tem prejuízos nessa mesma fluência, mas que é uma questão originada na decodificação e não na fluência em si.

Então, os educadores não podem deixar de compreender a sutil diferença entre a dificuldade de ler palavras e parágrafos fluentemente, soletrar palavras e usar palavras por escrito que ocorre por conta apenas de um problema de fluência e compreensão e a dificuldade decorrente de uma questão neurológica.

Veja, se um estudante tem a fluência – precisão e velocidade – abaixo da média esperada, mas tem boa compreensão do conteúdo escrito, é possível que seu caso esteja associado à dislexia, se esse indivíduo apresentar ainda muitos prejuízos em:

  • rimar;
  • pronunciar palavras com várias sílabas;
  • conectar sons a letras;
  • reconhecer palavras que começam com o mesmo som;
  • bater palmas no ritmo de uma batida;
  • aprender a escrever;
  • identificar sons diferentes em palavras;
  • ter dificuldade em aprender os sons das letras;
  • inserir letras extras, excluir letras ou usar a ordem das letras ao soletrar.

Perceba: as dificuldades de leitura na dislexia sempre estão associadas a uma série de questões neurológicas de decodificar palavras e identificar sons.

Em resumo, quando usamos o termo dificuldades de leitura, transtorno de leitura ou distúrbios de leitura, estamos usando um termo genérico para uma educação com deficiência de aprendizagem específica que pode afetar:

  • áreas de processamento fonológico;
  • compreensão de leitura;
  • fluência de leitura.

A dislexia é um termo especializado para um tipo específico de deficiência de quem tem uma leitura caracterizada por dificuldades com processamento fonológico e fluência de leitura e dessas podem surgir outras dificuldades. Mas a origem do transtorno deve ser identificada com precisão para que as práticas pedagógicas sejam escolhidas com precisão.

A importância de um diagnóstico correto

As práticas pedagógicas devem ser aplicadas adequadamente em qualquer caso de dificuldade de leitura. Ocorre que, no caso da dislexia, essas intervenções precisam ser mais profundas.

Devido à sua origem neurológica, existem diversos softwares de leitura, práticas de alfabetização e, até mesmo, métodos de ensino e avaliação focados nesse modo de funcionamento cerebral.

 Dislexia pede intervenções mais estruturais no processo de alfabetização 

Sim, o estudante com dislexia possui uma estrutura cerebral que “funciona” diferentemente da estrutura cerebral dos estudantes que não sofrem com o transtorno. Inclusive, vale aqui explorar outras habilidades desses indivíduos. É sabido, por exemplo, que crianças com dislexia possuem excelentes habilidades de comunicação.

Tanto que muitos professores acabam substituindo a avaliação tradicional escrita pela avaliação oral.

Viu como identificar a origem da dificuldade de leitura é importante?

Se a dislexia não fosse diagnosticada nesse exemplo mencionado, o estudante poderia facilmente ser reprovado em razão de o professor pensar que o aprendizado não foi bem-sucedido. O que não é verdade nesse caso. O indivíduo aprendeu, sim, mas tem dificuldade em colocar em palavras.

Recursos tecnológicos em que o estudante lê enquanto ouve também são boas soluções nesse caso. O que talvez não seria necessário quando estamos falando especificamente de uma dificuldade de compreensão de leitura.

 Intervenções em outros distúrbios de leitura podem ter cunho unicamente pedagógico

No caso de outros transtornos de leitura, o educador pode optar por conversar com a criança sobre o livro antes de ela iniciar a leitura de fato. Adotar livros com imagens – a fim de melhorar a contextualização – e debater os temas abordados na história logo após a conclusão da leitura já podem ser suficientes aqui.

Por fim, vale ressaltar que também é crucial que sejam analisadas as práticas de alfabetização executadas. Alterar elementos envolvidos nos métodos de ensino, utilizar recursos tecnológicos e metodologias ativas também podem contribuir muito em todos os casos de distúrbios de leitura, sejam eles dislexia ou outro transtorno.

É essencial ao educador e à família respeitar o ritmo de cada indivíduo: isso é a base para qualquer prática pedagógica e metodologia de ensino.

Por fim, é importante ter em mente que algumas crianças só precisam de mais tempo e prática do que outras para desenvolver plenamente suas habilidades de leitura. Entender o ritmo dos estudantes, quando a dificuldade de leitura não está associada à dislexia, também é necessário para ajudá-los.

Então, quando você, educador, identificar que o distúrbio de leitura não tem origem neurológica, considere também que nem todas as crianças se desenvolvem no mesmo ritmo.

A importância das histórias na Educação Infantil

“Era uma vez…” é um início de frase conhecido por todos nós. Ele marca a abertura de histórias infantis, muitas delas extremamente antigas. Em diferentes culturas, em todo o mundo, aliás, há frases semelhantes e histórias semelhantes. Que servem para divertir, entreter e, principalmente, para ensinar e fazer refletir. Essas histórias, aliás, normalmente são moldadas para crianças, mas trazem lições que valem para toda a vida. Elas são, enfim, um incrível recurso que as civilizações criaram para a educação. E devem, é claro, estar presentes nas escolas.

Uma história para a vida
De modo geral, contos e histórias infantis introduzem o sentido da existência, os objetivos pré-estabelecidos pelos humanos, ensinam valores e indicam comportamentos. Muitos focam em questões como a da justiça e da injustiça, da maldade e da bondade, da importância do esforço, da paciência e se buscar sempre a sabedoria. Pense, por exemplo, na fábula do “Coelho e a Tartaruga”, atribuída ao escritor e contador de histórias Esopo, que viveu há 2.500 anos na Grécia. Uma história tão antiga e, ao mesmo tempo, tão cheia de significados em relação às virtudes e valores da perseverança, humildade e do esforço!
Podemos considerar, enfim, essas histórias um meio especialmente eficiente de inserir e retratar o mundo real por meio de fenômenos fantásticos que, por estarem mais próximos do universo infantil, induzem a criança a refletir e se desenvolver a partir disso.
Elas, porém, devem ser trabalhadas com sensibilidade pelos professores. Na medida em que “conversam” com o tempo presente – tão cheio de questões importantes –, merecem um olhar especial de quem trabalha com algo tão precioso como é a educação infantil.

Benefícios dos contos de fadas
Quanto aos benefícios dos contos, o próprio Albert Einstein disse uma vez: “Se você quer que seus filhos sejam inteligentes, leia contos de fadas para eles. Se você quer que eles sejam mais inteligentes, leia mais contos de fadas”. Então, seguindo o conselho de um dos maiores gênios da humanidade – podemos imaginar quantas histórias ele ouviu quando criança! -, selecionamos alguns benefícios que os contos de fadas e outros contos trazem para as crianças.

Alfabetização Cultural, Expansão cognitiva e Inteligência Emocional: Conheça os benefícios dos contos para o desenvolvimento das crianças
Além da criatividade e da imaginação, temos ainda outros benefícios voltados para o desenvolvimento cognitivo e a aquisição de bagagem cultural. Veja!

Desenvolvimento da alfabetização inicial
Um dos papéis mais importantes da contação de histórias para o desenvolvimento das crianças é sua contribuição para a alfabetização na Educação Infantil.
● Prepara para a alfabetização: mesmo antes da fase de alfabetização, as histórias atuam como um bloco de construção essencial para a alfabetização. Como observa Jean Piaget, um dos mais importantes pensadores da educação no século passado, o aprendizado ocorre em estruturas. Nesse contexto, os contos servem como base para a alfabetização.
● Ajuda a expressar ideias: além disso, é sempre bom conversar com as crianças sobre o que foi lido e sobre como a história se relaciona com o mundo real. Essa é uma etapa que colabora com a capacidade da criança em expressar ideias. Muitos contos possuem diferentes níveis de aprofundamento e reflexão – é importante, então, respeitar a etapa do desenvolvimento da criança.
● Amplia o vocabulário: ainda falando sobre alfabetização, os contos infantis são excelentes para ampliar o vocabulário antes e durante a fase de alfabetização. Afinal, nessa idade, as crianças ainda não tiveram tanto contato com diferentes grupos sociais.

Então, educadores e responsáveis podem usar a contação de histórias para diversos fins na alfabetização.

Cultura, diversidade, história e contos infantis
Ler contos não é apenas uma base para o desenvolvimento da alfabetização, mas também ajuda a trabalhar vários elementos e comportamentos transculturais.
Cultura: os contos de fadas, por exemplo, são ambientados em diferentes épocas e lugares do mundo. Dessa forma, a criança é exposta naturalmente à diversidade de culturas, pessoas e ideias.
● Cultura brasileira: não podemos esquecer que, no Brasil, temos lendas do nosso próprio folclore, influenciado pelas narrativas indígenas, africanas e europeias – um verdadeiro tesouro!
Com os contos, enfim, é possível trazer elementos culturais, inclusive da nossa própria cultura, e demonstrar várias manifestações e aspectos da diversidade presente no nosso país. Nós temos um tesouro, que deve ser mostrado às crianças!

Influência dramática trazida pelos contos
Outro benefício dos contos infantis, especialmente os contos de fadas, é a oportunidade que o professor tem de trazer para esses momentos a dramatização.
Assim como as histórias, as peças de teatro, fantoches e marionetes são ferramentas lúdicas que precisam fazer parte do universo infantil. E os contos permitem a introdução desses elementos de forma mais natural e intuitiva.

Habilidades positivas de resolução de problemas e resiliência com contos de fadas
Todos os contos possuem uma narrativa em que o herói se depara com inúmeras diversidades até alcançar a liberdade, a justiça ou qualquer outro benefício que esteja buscando. Isso mostra às crianças que é necessário se adaptar às situações, encontrando nelas as ferramentas que precisam para o “próximo passo”.
Esse cenário descrito acima acaba sendo um conector entre a história fantástica e a realidade. Com isso, grandes ensinamentos são tirados da história.
Dentre os principais ensinamentos que os estudantes podem tirar da história estão:
● Como ter uma visão positiva em meio a situações adversas e de ansiedades;
● Como lidar com os problemas da vida;
● Aquisição do pensamento crítico e raciocínio lógico.

Processamento Emocional
Uma das vantagens dos contos de fadas são as representações de sentimentos bons e ruins por meio dos personagens que representam e exteriorizam a partir de símbolos e arquétipos.
Dessa forma, a criança compreende e entende os sentimentos profundos de forma mais lúdica, o que facilita o processamento da informação e a compreensão de como lidar com emoções difíceis.
Com os contos de fada, as crianças podem projetar livremente seus próprios sentimentos ruins nos personagens malignos, ao passo que também se relacionam com os bondosos personagens principais – que, muitas vezes, também são crianças corajosas que triunfam sobre o mal.

Lições que as crianças podem aprender com os contos de fadas
Entre terras distantes e lugares mágicos repletos de bravos heróis e heroínas, bruxas malvadas, dragões, criaturas míticas, amigos e tapetes voadores, os educadores também podem tirar lições importantes e passá-las para as crianças. Confira!
● Aprenda a ser gentil com Cinderela, que não deixou de ser bondosa por causa da família adotiva má.
● Tente algo novo, como a Pequena Sereia, que se aventurou fora de sua zona de conforto.
● Seja paciente e planeje com antecedência para não ter problemas como os irmãos preguiçosos.
● Nunca tenha medo de pedir ajuda: todos os personagens tiveram grandes amigos para apoiá-los, como Cinderela, que teve apoio da madrinha e dos amigos animais (Pocahontas, de Meeko; Ariel, do Linguado; Ana, do Olaf; Pinóquio, do Grilo Falante; e Peter Pan, da Sininho.
● Tudo o que fazemos tem uma consequência, e os Três Porquinhos e o Pinóquio são ótimas referências para ensinar tal lição.
● Diferente, sim. E daí? Muitos personagens das histórias são “diferentões”, ou seja, fogem às convenções com que estamos acostumados. Isso não significa, porém, que eles sejam maus ou que representem uma ameaça – muito pelo contrário! Esse perceber e valorizar o “diferente” também faz das histórias infantis um bom caminho para trabalhar a diversidade, a empatia, o respeito, a interculturalidade e a inclusão.

Dicas da Editora Opet: contos que não podem faltar na vida das crianças
A seguir, listamos alguns contos de fadas, fábulas, mitos e lendas do folclore brasileiro que não podem deixar de fazer parte da formação dos estudantes. Confira!

Fábulas de Esopo
● A tartaruga e a lebre
● A gansa do ovo de ouro
● O lobo e o Cordeiro
● A Cigarra e a Formiga
● O Galo e a Raposa
Contos de fadas de Hans Christian Andersen
● O Patinho Feio
● A Pequena Sereia
● A Roupa Nova do Imperador
● A Rainha da Neve
● Polegarzinha
● A Princesa e a Ervilha

Contos de Fadas dos Irmão Grimm
● Branca de Neve
● Chapeuzinho Vermelho
● Cinderela
● Bela Adormecida
● Rapunzel

Outros mitos, folclores e contos que as crianças precisam conhecer!
Existem muitas coleções de literatura infantil. Além dos contos e das fábulas, temos, no nosso país, muitos mitos e lendas que fazem parte do folclore brasileiro.
Conheça alguns que não podem faltar na contação de histórias:
● Saci Pererê
● Curupira – guardião das florestas
● Sereia Iara – a guardiã das águas
● Lobisomem
● Mula sem Cabeça
● Cuca
● Boto-cor-de-rosa.
Temos ainda vários contos populares, os gibis de Maurício de Souza, retratando vários dos personagens do nosso folclore, e os livros de Monteiro Lobato, que inserem as crianças no mundo mágico do Sítio do Pica-pau Amarelo.

Materiais da Editora Opet para o desenvolvimento infantil por meio dos contos
Além dessas dicas, temos ainda vários vídeos sobre Arte Educação que podem complementar o trabalho com os contos infantis. No nosso canal de Youtube, criamos uma playlist com 24 vídeos sobre o tema que vão ajudar os educadores nesse processo.
Temos também, em nossa plataforma Opet INspira, diversos livros e áudios de histórias infantis, bem como uma série de materiais da Editora Opet para crianças da Educação Infantil e Fundamental I e II.
Tudo para garantir que as crianças não percam nada do que os contos de fadas, fábulas e lendas têm a oferecer para o seu desenvolvimento! 

“Ô, abre alas, que eu quero passar!”: o carnaval chega à sala de aula!

Pandeiro, cuíca, ritmo, fantasia, alegria… o carnaval é uma das festas mais ricas e complexas da cultura brasileira. E não apenas pelas cores, pela dispersão geográfica, irreverência ou criatividade: na verdade, o carnaval tem uma história muito antiga, mais antiga que a própria fundação do Brasil. Além disso, ele reúne e harmoniza elementos dos três grupos humanos formadores da nossa sociedade: indígenas, africanos e europeus.
Em outras palavras: uma festa tão importante é, também, um “prato cheio” para a educação! Assumindo o espírito carnavalesco, é possível compartilhar muitos conhecimentos com os alunos. Da Educação Infantil ao Ensino Médio, todos vão se divertir… e aprender!

“Confete, pedacinho colorido de saudade…”: memórias de carnaval

Um bom início de trabalho sobre o carnaval pode envolver as memórias das pessoas. Assim, pergunte aos alunos sobre como eles e suas famílias vivenciam a festa. E não há problema se, por acaso, alguns eles não tiverem essas memórias por questões relacionadas à religião, por exemplo, ou apenas por não gostar da festa. Essa é uma boa oportunidade, inclusive, de trabalhar a diversidade, assim como o respeito e o acolhimento às diferentes opiniões.
Em relação às memórias carnavalescas, elas podem se estender à família, aos pais ou avós, por exemplo. Vale lembrar ainda que, em várias regiões do país, as festas carnavalescas estão fortemente relacionadas à cultura local – caso, por exemplo, dos maracatus e do frevo em Pernambuco -, o que dá ainda mais cor às discussões.

Como tudo começou

As origens do carnaval ser situam em um passado muito remoto. A festa, incorporada pela cristandade europeia há muitos séculos, na Idade Média, tem elementos ainda mais antigos. Há quem afirme, por exemplo, que uma festa semelhante, caracterizada pela inversão de valores (com o rei se vestindo de servo e o servo de rei, por exemplo), teria surgido na Babilônia há milhares de anos.

Dito isso, podemos passar ao “resgate histórico” do carnaval:

1. Apresente uma linha do tempo sobre a História do carnaval. Mostre aos discentes como a festa chegou ao Brasil em meados do século XVII, sob influência das festas da Europa. Aqui, dependendo do nível de ensino, você pode até detalhar as origens psicossociais da festa, mostrando, por exemplo, as ideias de inversão e catarse (a este respeito, vale a pena conhecer a teoria da carnavalização de Mikhail Bakhtin).
2. Mostre imagens e vídeos de personagens famosos do nosso carnaval, como o rei momo, pierrô e colombina, que têm origem europeia. As influências, aqui, são muitas, do teatro italiano à corte francesa de Luís XIV, passando pelos bailes de máscaras de Veneza… é muita coisa interessante!
3. Também é importante contar que, no século XVII, foram criados os primeiros blocos de carnaval, mas que eles só se popularizaram no século XX.
4. Mostre ainda a origem das fantasias, que, assim como a decoração dos carros, ocorria de forma espontânea. Essa “improvisação” deu origem aos famosos carros alegóricos que temos atualmente.
5. Leve áudios de marchinhas para apresentar o gênero e mostrar que esse estilo musical contribuiu grandemente para a aceitação popular. Leve materiais para apresentar a primeira escola de samba, criada em 1928 no Rio de Janeiro – era a “Deixa Falar”, que, mais tarde, virou “Estácio de Sá”.
6. E, por fim, não deixe de mencionar como se deu o surgimento e as primeiras competições das escolas de samba em São Paulo e no Rio de Janeiro. E que, em outras regiões do país, se mantiveram os tradicionais carnavais de rua, com blocos e agremiações.

Os carnavais pelo Brasil

É possível que muitos alunos observem que, em sua região, em sua cidade, não existe carnaval. Isso não invalida a ideia de apresentar a festa em toda a sua grandeza, até mesmo porque em nosso país – e no mundo – há muitos carnavais. Dos bailes de salão aos trios elétricos, dos concursos de fantasias aos maracatus, são muitas as possibilidades! Vamos examinar por região do Brasil:
● Carnaval na região Sul: No Sul, principalmente em Florianópolis e em outras cidades litorâneas, há uma grande mistura de elementos, como desfiles de escolas de samba, clubes, blocos de rua e festas com DJs.
● Carnaval na região Sudeste: Desfiles das escolas de samba nos sambódromos Anhembi e Marquês de Sapucaí que são transmitidas na TV. Também há blocos de rua e festas particulares em clubes. Tudo com muita música, samba e marchinhas de carnaval.
● Carnaval na região Centro-Oeste: É em Goiás que ocorre uma das principais festas do Centro-Oeste. Há marchinhas, shows de várias bandas e desfiles de escolas de samba.
● Carnaval na região Nordeste: Temos variadas formas de comemorar o carnaval no Nordeste. Na Bahia tem os trio-elétricos e mais de 150 blocos organizados. O famoso carnaval de rua atrai cerca de 2 milhões de pessoas.
Muito além dos bonecos, o carnaval de Olinda, assim como o de Recife, se destaca pelas manifestações de dança e música. Em ambos, temos o Frevo e o Maracatu (uma mistura das culturas africana, portuguesa e indígena). Além é claro, dos blocos de rua.
● Carnaval na região Norte: Outro ponto interessante de levar para a sala de aula é o fato das festas no Norte estarem ligadas ao folclore. Em Manaus na mesma época acontece a Festa do Boi (Boi-Bumbá) e o aniversário da cidade.
São três dias de festa onde o público dança coreografias únicas ao som das tradicionais músicas de influência indígena e veste os tururis (abadás).

Como apresentar o carnaval e seus elementos?

Depois de apresentar a História do carnaval e suas diferentes manifestações no Brasil, é hora de aplicar atividades que coloquem os estudantes em um contato maior com o assunto.
Como essa festa tão marcante da cultura brasileira é formada por blocos, desfiles de escolas de samba, fantasias, músicas, marchinhas, danças, fantasias, personagens como a colombina e muito mais, é fácil perceber que este grupo de elementos não se encaixam em uma única disciplina, certo?
Inclusive, já mencionamos anteriormente que é possível trabalhar aspectos históricos, artísticos e da linguagem utilizando o carnaval como pano de fundo.
Mas, mais importante do que trabalhar em cada uma dessas disciplinas, deve-se trabalhar de forma interdisciplinar. Desse modo, ele não será estudado a partir de uma único componente curricular, mas de vários e em diálogo.
Então, ao explicar o tema e aplicar as atividades, tenha em mente trabalhar o carnaval de maneira a explorar diferentes temas, sempre em contexto.
Pensando nisso, algumas das formas de ensinar e aplicar atividades são:

Ideias para apresentar o tema carnaval

● Apresentação de imagens e vídeos.
● Sugestões de artigos, livros, sites, vídeos e músicas.
● Pergunte aos estudantes o que eles sabem sobre a festa a partir de um bate-papo.
● Leve áudios e letras de músicas, samba-enredo e marchinhas de carnaval para que além de ouvir e conhecer, os estudantes também possam analisar a letra e seus significados. Aqui é possível trabalhar linguagem, musicalidade e História.

Atividades para trabalhar o carnaval em sala de aula

● Solicitar a montagem de uma linha do tempo da História do carnaval e sua evolução.
● Propor a apresentação e grupos sobre o carnaval em cada região a partir de fotos e vídeos da festa.
● Propor atividades que envolvam dança, assim, além de aplicar danças e coreografias típicas do carnaval, também é possível trabalhar a coordenação motora e a linguagem corporal.
● Aplicar atividades que envolvam a construção de máscaras e fantasias, de modo a trabalhar também a coordenação motora e a criatividade. Uma boa ideia é criar e imprimir máscaras de carnaval para serem coloridas pelos discentes. Utilize também recortes, tecidos, glitter, purpurina, lantejoulas e afins.
● Peça às crianças que criem murais e painéis decorativos sobre o carnaval.
● Tire um dia para montar uma oficina de desenho e pintura.
● Crie exposições que mostram os trabalhos criados.
● Abordar a musicalidade por meio de sambas, batuques e demais aspectos musicais do carnaval.
● Estimular estudos da Língua Portuguesa por meio de sambas-enredos famosos do carnaval carioca; apresentação do gênero marchinhas – por exemplo, “Ó abre alas”; Maracatu e Afoxé (manifestação cultural da Bahia que une música e religião).
● Proponha desfiles em algum espaço escolar mais amplo.
● Promova uma comemoração e peça aos estudantes que decorem a escola.

Seja por meio de histórias, vídeos, músicas, apresentações, desfiles improvisados, oficinas de pintura, o mais importante é que os estudantes conheçam a riqueza cultural brasileira.
Ao trazer ritmos e grupos específicos de cada região, por exemplo, é possível trabalhar aspectos como diversidade e religião. Ainda sobre o carnaval brasileiro de norte a sul, é fundamental trazer a festa do Norte como pauta. A festa do Boi e a maneira como ela ocorre, juntamente com o carnaval, é uma das expressões mais ricas que temos no Brasil. Ainda mais por ter tanta influência indígena.
Ritmos, marchinhas e instrumentos, além de remeter à disciplina de Arte e História, são excelentes para trabalhar aspectos linguísticos e, mais uma vez, regionais. E as oficinas, além de tornar a aula mais dinâmica, também estimula criatividade, socialização e coordenação motora, assim como as danças e coreografias.
Então, como você vai apresentar a História, os símbolos, os ritmos, os personagens e a diversidade cultura contida nisso nas suas aulas? Opções não faltam, mas o mais importante, trabalhe de forma interdisciplinar!