“Ho, ho, ho!” – Educação Financeira e as festas de fim de ano!

Árvore de Natal montada, aquela vontade de reunir todo mundo… para muitos brasileiros, esta é a hora de sair a campo em busca dos melhores preços nos presentes e nos ingredientes para a ceia. Então: que tal envolver os jovens nesse processo? Eles podem aprender dicas e conceitos importantes de economia enquanto ajudam a escolher os melhores preços… e sem perder a magia do Natal! Isso tem nome: educação financeira!

Vamos dar algumas dicas:

1. Planejar é muito mais sábio do que comprar por impulso. Assim, converse antes sobre os presentes tão desejados… e vamos pesquisar!

2. Natal é tempo de encantamento… o que não significa jogar dinheiro fora! Envolva os jovens nas pesquisas de preços. Peça a ajuda deles para pesquisas de internet em sites confiáveis de compras. Esse é um bom momento, também, para aprender sobre golpes na internet envolvendo ofertas “mirabolantes” e outros truques. A SERASA produziu um material muito interessante a respeito – Confira!

3. Eles vão auxiliar você nas compras gerais (até mesmo nas dos presentes que vão ganhar!) e, provavelmente, também vão comprar seus próprios presentes para amigos e família; estas compras feitas com “dinheiro próprio” são especialmente interessantes para torná-los conscientes do valor de pesquisar preços.

4. Presentes são ótimos, dívidas nem tanto… sensibilize-os para a importância da sustentabilidade financeira das compras feitas neste momento. Elas comprometem o orçamento do ano que vem?  

5. Peça ajuda deles, também, para o planejamento da ceia de Natal. Quanta gente vem, o que comprar, onde comprar e em que quantidades para a festa não acabar em desperdício! Em todo o país, nesta época do ano os Procons lançam pesquisas com o comparativo dos preços nos mercados locais.

6. Uma compra online é uma oportunidade de saber “para onde vai o dinheiro”: conhecer as ofertas, pesquisar preços e condições de pagamento, verificar o peso do frete no valor total da compra etc. De repente, uma compra que parece mais barata fica mais cara por causa do frete – eis aí uma boa lição, que pode ser aprendida sem perder dinheiro!

7. Estamos vivendo em uma época de emergência climática. Examinar a sustentabilidade dos produtos que se quer comprar – sejam eles um presente ou um ingrediente para a festa – demonstra inteligência e consciência. Um exemplo é o da preferência por embalagens retornáveis, que são mais econômicas no médio prazo e muito menos impactantes em termos ambientais.

8. Mostre aos jovens a importância da educação financeira em termos práticos. O dinheiro economizado em compras feitas de forma inteligente pode ser aplicado em outras coisas: uma doação para uma instituição filantrópica, uma viagem breve, uma atividade extra, um investimento…

9. É sempre legal reforçar o valor do dinheiro, que não “vem fácil”. E a importância de uma boa gestão financeira, que pode permitir até a compra de presentes mais caros… mas, sempre, com inteligência!

10. Por fim, mas não menos importante: nunca é demais frisar aos mais jovens que, na origem, as festas de fim de ano não são festas de consumo, mas festas de encontro, de congraçamento. Os presentes, é claro, são muito legais, mas não devem ser o mais importante. Importantes, mesmo, são as pessoas!

Declaração Universal dos Direitos Humanos: os 76 anos de um documento fundamental

No próximo dia 10 de dezembro, o mundo comemora os 76 anos da promulgação, pela Organização das Nações Unidas (ONU), da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Um documento que, em especial nos dias que estamos vivendo – em meio a guerras, aumento da intolerância e a uma emergência climática com graves efeitos sociais – merece ser resgatado, conhecido, destacado, respeitado e colocado em prática.

No início, uma luta por direitos

A partir da segunda metade do século XVIII e pelo século XIX, com as chamadas “Revoluções Liberais” impulsionadas pelo Iluminismo – cujas expressões de maior impacto são as revoluções francesa e americana –, cresceu o anseio de grupos da população por uma “isonomia dentro do humano”, ou seja, pelo desejo de igualdade de direitos entre as pessoas.

“A Liberdade guia o povo”, pintura de  Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830 na França. A personagem central porta a bandeira tricolor da Revolução Francesa – que evoca os valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Ao mesmo tempo em que esse movimento se processava (neste contexto, vieram muitas independências, em especial nas Américas), porém, o mundo experimentava o aprofundamento de um modelo colonial pautado na exploração extensiva de recursos naturais de e pessoas e a aceleração das revoluções industrial e científico-tecnológica. Que implicaram grandes avanços e, também, enormes desigualdades; acumulações extraordinárias de recursos e miséria extrema, além do crescimento das capacidades militares – e da sanha expansionista – de muitos países. Ou seja: se havia uma “igualdade de direitos”, ela não se estendia a todas as pessoas. As consequências disso, como mostrou a própria História, foi terrível.

Uma era de conflitos

A partir da segunda metade do século XIX, esse “cadinho” gerou consequências ainda mais profundas, que acabaram por desaguar nas revoluções russa (1917) e chinesa (1949), no surgimento de regimes totalitários (nazismo, fascismo, franquismo, estalinismo, maoísmo) e, especialmente, nas duas grandes guerras mundiais (1914-1918 – 1939-1945). Juntos, esses dois conflitos assassinaram mais de 100 milhões de pessoas, entre militares e civis (mortos em bombardeios ou operações de extermínio motivadas pelas ideias de raça, religião, gênero e nacionalidade).

Fim do Terceiro Reich: conquista de Berlim pelas tropas soviéticas. Foto de Yevgeny Khaldei.

Nasce a Declaração

Ao final da Segunda Guerra Mundial, com a reorganização geopolítica global – que estabeleceu dois blocos ideológicos e acelerou a descolonização e a independência de países na África e na Ásia -, estabeleceu-se um consenso no sentido de proteger as pessoas. E é justamente aí que nasce a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Ela foi elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as regiões do mundo e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris em 10 de dezembro de 1948, por meio da Resolução 217 A (III) da Assembleia Geral.  

Vale observar que todos os 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) assinaram a Declaração. O Brasil, que em 1948 havia acabado de sair de uma ditadura (de Getúlio Vargas), foi um dos 48 países que votaram a favor da aprovação da DUDH e um dos primeiros a ratificá-la.

A Declaração – que, pela primeira vez, estabeleceu a proteção universal dos direitos humanos – surgiu com a proposta de ser uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações. E, efetivamente, influenciou as constituições nacionais e muitas legislações construídas depois de 1948 – entre elas, a Constituição Federal brasileira de 1988.

Crianças com a recém-promulgada Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948. Foto: Arquivo ONU.

E o que ela afirma?

Antes de relacionar seus pontos principais, é importante observar que a Declaração não é uma “lei global” adotada obrigatoriamente por todos os países. Ela é uma resolução – seu conteúdo funciona como uma recomendação e um ideal a ser seguido, mas não é juridicamente vinculante (ou seja, não gera consequências jurídicas). Ela, porém, possui uma força institucional e moral inegável, e influenciou o pensamento jurídico global ao longo das últimas décadas em relação ao tema dos direitos humanos.

Chegamos, então, ao conteúdo da Declaração. Ela possui 30 artigos que estabelecem direitos em quatro esferas: civis e políticos; econômicos; sociais e culturais; e relativos à liberdade e à segurança. AO FINAL DESTE ARTIGO, VOCÊ PODE CONFERIR O TEXTO COMPLETO DA DECLARAÇÃO. Para baixá-lo, acesse no portal da ONU.

A DUDH não é um “documento solitário”

Não mesmo! Junto com outros documentos, ela forma um conjunto de normas que buscam salvaguardar direitos e proteger pessoas. Em conjunto com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e seus dois Protocolos Opcionais (sobre procedimento de queixa e sobre pena de morte) e com o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e seu Protocolo Opcional, formam a chamada Carta Internacional dos Direitos Humanos.

Além disso, uma série de tratados internacionais de direitos humanos e outros instrumentos adotados desde 1945 expandiram o corpo do direito internacional dos direitos humanos. Eles incluem a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio (1948), a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1965), a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (1979), a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989) e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006), entre outras.

Em síntese

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) nasceu com a missão de promover e de proteger os direitos naturais de todas as pessoas. À cultura, ao trabalho, à religião, à educação, às escolhas sexuais e políticas – pela igualdade de direitos e contra a discriminação. Por um mundo mais pacífico, enfim. Na medida em que muitas populações humanas ainda são afligidas por um claro desrespeito a esses direitos, podemos afirmar que a importância da DUDH segue sendo muito grande. É preciso fazer valer o que está lá!

O texto da Declaração

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948.

Preâmbulo

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,

Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que mulheres e homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum,

Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para que o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,

Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,

Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos fundamentais do ser humano, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do homem e da mulher e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,

Considerando que os Países-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do ser humano e a observância desses direitos e liberdades,

Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,

Agora portanto a Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, esforce-se, por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Países-Membros quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Artigo 1

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

Artigo 2

1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.

Artigo 3

Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo 4

Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.

Artigo 5

Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

Artigo 6

Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.

Artigo 7

Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8

Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

Artigo 9

Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10

Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

Artigo 11

1.Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.

2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte de que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

Artigo 12

Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

Artigo 13

1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado.

2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a esse regressar.

Artigo 14

1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.

2. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 15

1. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade.

2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.

Artigo 16

1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.

2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.

3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.

Artigo 17

1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.

2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

Artigo 18

Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular.

Artigo 19

Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

Artigo 20

1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica.

2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo 21

1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.

2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.

3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; essa vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.

Artigo 22

Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.

Artigo 23

1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.

2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.

3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.

4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.

Artigo 24

Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.

Artigo 25

1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde, bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.

2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

Artigo 26

1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.

2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.

3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.

Artigo 27

1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios.

2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor.

Artigo 28

Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.

Artigo 29

1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.

2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.

3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 30

Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.

Novembro Azul: pela saúde do Homem!

Há anos, novembro ganhou a fama de ser o mês em que se fala da saúde do homem e, mais especificamente, da prevenção e tratamento do câncer de próstata. Uma fama justificada e bem-vinda, que veio com o “Novembro Azul”, campanha nascida em Melbourne, Austrália, em 2003.

A cada ano, o Novembro Azul ganha mais adesões. A causa é das mais nobres e seus efeitos valem para todo o ano. Pela saúde e contra um preconceito que, muitas vezes, é auto-imposto pelos próprios homens. Nesta reportagem especial, vamos falar sobre o Novembro Azul e os cuidados da saúde do homem. Leia e compartilhe!

🩵 No início, era o bigode

O Novembro Azul nasceu da iniciativa de dois australianos, Travis Garone e Luke Slattery, de Melbourne, ao perceberem o quanto, para muitos homens, a própria saúde era um tabu. O câncer de próstata e seu principal exame preventivo, o famoso “exame de toque”, então, estavam no topo dos temas “banidos” da mente masculina!

Inspirados pelo Outubro Rosa, eles resolveram agir. E, no dia 17 de novembro de 2003 – no Dia Mundial da Prevenção ao Câncer de Próstata, iniciaram os primeiros movimentos do que viria a ser o Novembro Azul.

Tudo, na verdade, começou como um desafio, coisa típica do universo masculino. Eles se propuseram a cultivar os próprios bigodes e a convencer outros homens, um grupo de 30 amigos seus, a cultivá-los também – e não é que eles toparam participar? Na época, vale observar, os bigodes andavam um tanto fora de moda.

A proposta passava, ainda, pela oferta, da parte de cada um dos participantes, de uma pequena quantia em dinheiro para uma iniciativa pró-sociedade. Mas, qual iniciativa seria? Apoiar e promover a saúde masculina! Foi quando a campanha ganhou seu primeiro símbolo, o bigode (é claro!) e seu primeiro nome: “Movember” (de “moustache” + “november”), que hoje dá nome a uma fundação internacional que coordena ações de prevenção.

Garone, Slattery e os amigos foram se envolvendo mais e mais com a saúde masculina, apoiando iniciativas, grupos da sociedade civil e instituições de saúde. Com o tempo, a campanha chegou a outras cidades da Austrália e, logo depois, ganhou o mundo! O resto… é Novembro Azul!

🚹 Os homens morrem mais do que as mulheres?

As estatísticas não mentem: em todo o mundo, as mulheres vivem mais do que os homens. Em termos médios globais, essa diferença é de cerca de 7 anos; no Brasil, segundo o IBGE, a expectativa de vida média das mulheres é de 79 anos e, a dos homens, de 72 anos. Mas, por que isso acontece?

Segundo os cientistas, haveria razões biológicas, cerebrais e culturais para isso. Em tese – estamos falando de hipóteses bem construídas –, os homens tenderiam a se arriscar mais e a ingressar em profissões de maior risco; por questões hormonais, tenderiam a morrer mais por doenças cardiovasculares; sofreriam mais com dificuldades de inserção social; seriam mais afetados pelo suicídio; e, por fim, mas não menos importante, seriam menos propensos a fazer exames médicos regularmente e a buscar auxílio em caso de problemas – a famosa “teimosia” masculina!

Em nossa época tão agitada, muitas dessas desvantagens também começam a aparecer com força entre as mulheres – ou seja, já não há tantas diferenças entre os gêneros. Mesmo assim, as estatísticas mostram que os homens se cuidam menos e vivem menos – e este é um dado relevante.

🧫 Que doença é essa?

Imagine uma doença que mata, em média, 44 homens por dia no Brasil (16 mil por ano), número que vem se mantendo constante nos últimos anos. Que é silenciosa, cercada de receios e de questões culturais, e potencialmente letal. Mas que, quando detectada a tempo – isto é, nos exames preventivos – tem 90% de chance de cura.

Essa doença é o câncer de próstata, que, segundo estimativas internacionais (do World Cancer Research Fund International e da American Cancer Society), deve registrar 1,5 milhão de casos no mundo e cerca de 100 mil no Brasil.

Mas, se a chance de cura é tão grande quando a detecção é precoce, onde está o “nó” da questão? O problema é cultural.

. Em primeiro lugar, por ser um “câncer”, nome que apavora muitas pessoas.

. Em segundo lugar, por afetar uma região do corpo masculino – a próstata – que se conecta ao sistema reprodutor, o que tem um peso simbólico e psicológico importante para muitos homens.

. E, em terceiro lugar, porque um dos principais meios de detecção de anomalias na próstata é o chamado “exame de toque”, visto com restrições por muitos homens.

Todos esses fatores, evidentemente, devem ser examinados e tratados com respeito, até para que se possa desconstruir os preconceitos um a um.

🩲 Vamos falar da próstata

A próstata é uma glândula do sistema genital masculino, localizada na frente do reto e embaixo da bexiga urinária. Ela envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. A próstata tem como função produzir o fluído que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, tornando-o mais líquido.

O tamanho da próstata varia com a idade. Em homens mais jovens, tem aproximadamente o tamanho de uma noz, mas pode ser muito maior em homens mais velhos.

🩺 O câncer de próstata

O câncer de próstata, que é detectado a partir de exames médicos, se caracteriza pelo surgimento de um tumor na própria glândula. Ele é o segundo mais frequente entre os homens, ficando atrás, apenas, do câncer de pele.

Esse tipo de câncer, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, porém, pode crescer rapidamente, espalhar-se para outros órgãos e causar a morte – e é justamente por isto que ele merece atenção!

🔎 Quando falamos em câncer…

…estamos falando de um termo genérico que engloba mais de cem tipos de doenças associadas ao crescimento desordenado – e, muitas vezes, acelerado – de células. Nesse processo reprodutivo, essas células podem formar tumores (massas celulares anômalas, ou seja, que não seguem as regras normais) que, por sua vez, podem invadir tecidos adjacentes ou mesmo outros órgãos do corpo.

Quando os tumores têm uma taxa de crescimento persistente e que ultrapassa a taxa de crescimento dos tecidos normais, eles são chamados de “neoplasias”.

🛡️ Neoplasias: benignas e malignas

As neoplasias benignas tendem a se desenvolver como massas teciduais de crescimento lento e expansivo; elas normalmente comprimem os tecidos adjacentes, sem infiltrá-los. São “fechadas”, isto é, circunscritas e com limites bem definidos.

Já as neoplasias malignas se caracterizam pelo crescimento rápido e invasivo; elas também por se disseminar para outras regiões do corpo por meio de vasos sanguíneos ou linfáticos, surgindo como novas lesões em outras partes do corpo – um processo conhecido como metástase.

🧊 Esse tipo de neoplasia é chamado de câncer

Os diferentes tipos de câncer correspondem aos tipos de células que podem ser afetados pela doença – carcinomas, por exemplo, estão associados aos tecidos epiteliais, como a pele e as mucosas; se surgem em tecidos conjuntivos (como ossos, músculos e cartilagens), são chamados sarcomas.

⚕️Quais as causas do câncer?

Os mecanismos que “disparam” a reprodução desordenada de células no organismo de mulheres e homens são estudados há décadas por cientistas em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Hoje, sabe-se que há uma série de fatores envolvidos, como os genéticos, os ambientais e os associados aos hábitos. Esses fatores podem interagir, determinando o aparecimento da doença. Os cientistas perceberam, porém, que entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas – mudanças ambientais, poluição, hábitos e comportamentos. Esses fatores modificam a estrutura genética (DNA) das células, “redesenhando” seu metabolismo.

🥶 Fatores de Risco

O câncer de próstata pode atingir qualquer homem. No entanto, há alguns fatores de risco que devem ser conhecidos. O primeiro  é a idade: o risco de se ter a doença aumenta com o passar do tempo. Em nosso país, de cada dez casos, nove são registrados em homens com mais de 55 anos. Um segundo fator de risco é a presença de casos de câncer de próstata na família: homens cujo pai, avô ou irmãos desenvolveram a doença antes dos 60 anos fazem parte do grupo de risco. Um terceiro fator de risco é o sobrepeso ou a obesidade – o peso corporal extra aumenta o risco de aparecimento do câncer e, também, de outras doenças graves, como as cardiovasculares.

💉Formas de Prevenção

A primeira forma de prevenção é o autocuidado, que começa com um olhar mais cuidadoso e até mais carinhoso dos homens para a própria saúde. É preciso se cuidar! Fazer exercícios físicos regularmente e manter uma alimentação saudável, não fumar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, buscar formas de cultivar a saúde mental e buscar apoio médico sempre que necessário são medidas mais do que adequadas.

E, é claro, fazer exames médicos preventivos regularmente, em especial a partir dos 50 anos. No caso da próstata, esses exames incluem o chamado “PSA”, que é um exame obtido pela coleta de sangue (para verificação de uma proteína, o Antígeno Prostático Específico), e o “exame de toque” ou “exame de toque retal”, que é feito pelo médico urologista.

O exame de toque – que “apavora” muitos homens – é feito para perceber o tamanho, a forma e a textura da próstata. Para isso, o médico introduz um dedo protegido por uma luva lubrificada no reto do paciente. É um exame muito rápido (dura alguns segundos, na verdade) e permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.

O principal, aqui, nem é o exame, mas a importância de se superar o preconceito em relação a ele. Em primeiro lugar, porque o “toque” não desafia a sexualidade do homem – isso é algo que está na sua cabeça!; em segundo lugar, porque ele pode ser decisivo para a detecção de uma doença que, se for descoberta tardiamente, muitas vezes é letal. Enfim: não vale a pena arriscar a vida por uma bobagem como essa!

Lembrando que nem sempre alterações do tamanho da próstata, que são comuns com o aumento da idade, significam câncer. Há, por exemplo, muitos casos de hiperplasia benigna da próstata, que afeta mais da metade dos homens com mais de 50 anos; e há, também, muitos casos de prostatite, inflamação na próstata geralmente causada por bactérias.

Para que o câncer seja detectado ou não, após os exames é necessário fazer uma biopsia, que é a retirada de células da próstata para análise pelo especialista.

🔵 Sinais e sintomas

Em sua fase inicial, o câncer de próstata possui alguns sintomas que devem ser observados. Os mais comuns são dificuldade de urinar, demora em começar e terminar de urinar, sangue na urina, diminuição do jato de urina e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Esses sintomas não são uma confirmação da doença, mas, se aparecerem, devem acender o “alerta médico” imediatamente. Sem protelação!

🩹 O câncer de próstata tem cura?

Sim. Nos casos de detecção precoce, ou seja, quando a doença está em estágio inicial, as possibilidades de cura são de mais de 90%.

📘 Onde encontrar mais informações?

Indicamos alguns sites com informações de qualidade sobre o câncer de próstata e a campanha do Novembro Azul. Assim, vai lá!

Fundação Movember – Portal oficial, internacional, da Fundação Movember, que deu início ao Novembro Azul.

Instituto Lado a Lado pela Vida – Portal do Instituto Lado a Lado pela Vida, que lançou a campanha do Novembro Azul no Brasil em 2011.

Instituto Nacional do Câncer (INCA) – Site oficial da principal instituição brasileira de pesquisas do câncer.

Instituto Vencer o Câncer – Portal informativo mantido pelos médicos Antonio Buzaid, Fernando Maluf e Drauzio Varella.

Halloween: uma oportunidade intercultural!

A cada ano, as celebrações de Halloween são mais comuns no Brasil. Com fantasias, histórias, brincadeiras, doces, travessuras… e possibilidades de conhecimento!

O Halloween é uma festa intercultural – ou seja, ela nasce da articulação de conhecimentos de diferentes culturas. No passado e nos dias de hoje!

Com o passar do tempo, especialmente nas últimas décadas, muitos países passaram a celebrá-la, o que faz com que, em cada lugar, o Halloween seja um pouco diferente. Do México ao Japão, da China ao Brasil, com muitas coisas em comum – e com coisas muito diferentes, próprias, também! Essa, aliás, é a grande “sacada” da festa, que pode ser trabalhada no contexto educacional.

🎃 Os componentes do Halloween

No Brasil, como aconteceu com outros países, nós conhecemos o Halloween a partir da cultura dos Estados Unidos. Pelo cinema, séries, quadrinhos, animações e redes sociais.

Os principais componentes da festa, porém, são bem mais antigos. Eles chegaram à América do Norte com os imigrantes irlandeses, que no século 19 trouxeram elementos da tradição celta (o Samhain, festival que marcava o fim do verão) e do cristianismo medieval (a vigília que antecedia o Dia de Todos os Santos).

A eles foram se somando outros conhecimentos, como a das lanternas de abóbora e as piñatas (indígenas), e, também, as histórias de fantasmas da tradição alemã.

👻 Possibilidades em Educação

O Halloween é aberto a muitas possibilidades na educação, em temas que vão da Arte à Língua Inglesa, da História ao Folclore. É possível trabalhar, por exemplo, com investigações, rodas de leitura, contação de histórias, debates, desfiles, peças, construção de fantasias, podcasts, etc.

A intenção é conhecer as origens de uma rica tradição, analisando seus componentes e verificando o caráter intercultural da festa. Vale observar que o Halloween permite a incorporação de elementos do nosso próprio folclore, que tornam a festa ainda mais colorida e cheia de significado. Por falar nisso, no Brasil, o 31 de outubro também marca o Dia do Saci, que pode ser comemorado junto (com direito a Cuca, Curupira, Iara e muito mais!).

O Halloween também permite exercitar a sociabilidade dos estudantes, assim como sua capacidade de planejamento e organização para a realização de um evento.

🪅 No mais, é festejar! E que o seu Halloween seja muito animado!

Programa inDICA: avaliação e avanços na Educação!

O Programa inDICA de Gestão da Educação, da Editora Opet, oferece aos municípios e às redes privadas de ensino um dos mais completos sistemas de avaliação diagnóstica da aprendizagem do Brasil, com metodologia, recursos e profissionais de alta qualidade. O programa permite construir uma parceria de avaliação que produz informações precisas e detalhadas sobre a aprendizagem. São dados estratégicos que, por sua vez, vão alimentar os planejamentos e os planos de intervenção – e transformar a educação!

✔️ CONSOLIDAR E AVANÇAR NA EDUCAÇÃO

O inDICA nasceu da experiência de mais de 30 anos da Editora Opet nas áreas pública e privada. Nasceu, também, do desejo de oferecer às escolas e redes de ensino ferramentas e metodologias capazes de fortalecer, consolidar e de impulsionar a aprendizagem. O diagnóstico, com metodologias e ferramentas avançadas (em provas escritas e digitais), é feito nos componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática, e tem como foco os estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. O programa oferece avaliação diagnóstica, formação pedagógica para professores e gestores, e também apoio à recomposição da aprendizagem.

CONHEÇA EM DETALHES OS DIFERENCIAIS DO PROGRAMA INDICA

✔️ O EXEMPLO DE CURITIBANOS (SC)

Curitibanos, município situado na região central de Santa Catarina, é um bom exemplo do trabalho do inDICA na área pública. Parceira desde 2023, nos dias 08 e 09 de outubro a rede municipal de ensino realizou a quarta etapa avaliativa com 4 mil estudantes do 1º ao 9º ano Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Finais). A avaliação envolveu a realização de provas em formatos impresso e digital, e, também, a leitura dos cartões-resposta com o aplicativo do programa.

“Curitibanos é um excelente exemplo do trabalho do inDICA”, avalia Silneia Chiquetto, coordenadora do programa na Editora Opet, que esteve em Curitibanos acompanhando a avaliação. “No município, nos últimos dois anos, estamos desenvolvendo um trabalho que mostra, ponto a ponto, a importância da avaliação diagnóstica para o fortalecimento e para a recomposição da aprendizagem.

RECUPERAR, REFORÇAR OU RECOMPOR A APRENDIZAGEM: DIFERENÇAS E CAMINHOS

✔️ EVOLUÇÃO DA APRENDIZAGEM

Para Andressa Boscari de Farias (foto), secretária municipal de Educação de Curitibanos, a chegada do inDICA transformou a educação. “Podemos afirmar que, nos últimos anos, nossa rede municipal vem numa crescente em relação aos índices de aprendizagem.”

Ela conta que a questão da aprendizagem ganhou ainda mais importância no pós-pandemia, quando ficaram evidentes os efeitos negativos do período de distanciamento e aulas remotas. “Nós pensamos em várias estratégias e possibilidades. E foi então que, a partir de um estudo técnico, o inDICA tornou-se parceiro da rede municipal de ensino.”

Segundo a secretária, o programa trouxe um diferencial para as escolas. “O inDICA trouxe essa mudança na qualidade do ensino de todos os nossos estudantes. As avaliações nos permitem pensar e traçar estratégias para recuperar a aprendizagem, o que é fundamental em termos de uma evolução sustentada da educação.”

✔️ UMA PERCEPÇÃO AMPLA E DETALHADA

A professora Larissa Mantovani é gestora do Núcleo Municipal Getúlio Vargas, de Curitibanos, que oferece Educação Infantil e Ensino Fundamental. “Com as avaliações, os materiais e as devolutivas do Programa inDICA, conseguimos perceber o nível de desenvolvimento dos nossos estudantes e, também, o que é preciso retomar nas habilidades e competências. O que deve ser aprofundado e, também, o nível de aprendizado de cada estudante”, observa.

✔️ SUCESSO NA EDUCAÇÃO

Na avaliação do prefeito de Curitibanos, Kleberson Luciano Lima (na foto, com a diretora de Ensino de Curitibanos, Patrícia Maciel Bastos, a coordenadora do inDICA, Silneia Chiquetto, e a secretária Andressa Boscari de Farias) , o inDICA trouxe elementos para a construção do sucesso da educação municipal. “Além de prefeito, também sou professor da rede municipal de ensino e conheço de perto as questões da educação. Sobre o Programa inDICA, posso afirmar que ele vem dando muito certo. Por meio dos indicadores, por meio das informações colhidas nas avaliações, nós podemos nos planejar para o futuro”, observa. E complementa: “com os dados do inDICA, temos todas as condições de fazer esse planejamento e melhorar naquelas situações específicas que são detectadas pela avaliação.”

Outubro Rosa: Autocuidado e Inteligência

Nesta terça-feira, 1º de outubro, inicia-se mais uma edição do Outubro Rosa, campanha de conscientização sobre a prevenção e o tratamento do câncer de mama. Um período repleto de ações (de palestras a corridas e à iluminação especial de monumentos públicos) e de muitas informações sobre essa doença e sobre a saúde geral das mulheres.

📍 Por que o Outubro Rosa é tão importante?

O principal impacto do Outubro Rosa está na disseminação do conhecimento, que tem o poder de salvar vidas. A informação afasta o medo e o preconceito, promovendo o autocuidado e incentivando a prevenção e o tratamento. Esse movimento vai além de um único mês, inspirando hábitos saudáveis e engajamento na luta contra o câncer durante todo o ano.

📍 O que é o câncer?

O termo “câncer” abrange mais de 100 tipos de doenças causadas pelo crescimento desordenado de células. Esse processo pode gerar tumores, que são massas celulares anormais. Esses tumores podem invadir tecidos vizinhos e até mesmo se espalhar para outras partes do corpo, um fenômeno chamado metástase.

📍 Neoplasias: Qual a diferença entre benignas e malignas?

As neoplasias podem ser benignas ou malignas. Neoplasias benignas crescem lentamente e não invadem outros tecidos. As malignas, por outro lado, são agressivas, invadindo tecidos e se espalhando pelo corpo através dos vasos sanguíneos ou linfáticos.

📍 Quais são as causas do câncer?

A reprodução desordenada de células pode ser desencadeada por fatores genéticos, ambientais ou hábitos de vida. Estima-se que entre 80% e 90% dos casos de câncer estejam relacionados a causas externas, como poluição e comportamento, que alteram o DNA das células.

📍 O câncer de mama

O câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres no mundo, com cerca de 2,3 milhões de novos casos anuais. No Brasil, são aproximadamente 70 mil diagnósticos por ano, representando quase um quarto de todos os cânceres femininos. Além disso, é o tipo de câncer que mais causa mortes entre mulheres no país, com uma taxa de mortalidade de 17,5 por cem mil pessoas, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS) de 2022.

📍 Fatores de risco e prevenção

Os fatores de risco para o câncer de mama incluem questões genéticas, ambientais e hábitos de vida. Algumas medidas preventivas incluem:

  • Alimentação saudável: Aumentar o consumo de vegetais, frutas e alimentos orgânicos, e reduzir a ingestão de alimentos ultraprocessados, carne vermelha e álcool.
  • Evitar o cigarro: O tabagismo é um fator de risco significativo para vários tipos de câncer.
  • Prática de exercícios físicos: A atividade física regular é essencial para a saúde geral e pode ajudar na prevenção do câncer.
  • Gerenciamento do estresse: Práticas como meditação, caminhadas e hobbies ajudam a reduzir o estresse.
  • Autoexame das mamas: O INCA recomenda que as mulheres observem suas mamas regularmente, valorizando a descoberta casual de alterações suspeitas.

📍 A origem do Outubro Rosa

O Outubro Rosa surgiu nos Estados Unidos na década de 1990, através da Fundação Susan G. Komen for the Cure. A primeira “Corrida pela Cura”, realizada em Nova Iorque, distribuiu laços rosa para os participantes, como símbolo da conscientização sobre o câncer de mama. Em 1997, o movimento ganhou força com ações nas cidades de Yuba e Lodi, na Califórnia, e se espalhou pelo mundo.

📍 O Outubro Rosa no Brasil

No Brasil, o movimento chegou em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado em rosa. Desde então, outros monumentos pelo país também se tornaram parte da campanha, que conta com o apoio de entidades públicas e privadas.

📍 Informação de qualidade

Indicamos algumas fontes confiáveis de informação sobre o câncer de mama, sua prevenção e tratamento. Confira!

Emergência Climática na escola: sugestões de abordagem

Professores podem aproveitar o Dia da Árvore e o início da Primavera para debater a emergência climática com seus estudantes.

Neste final de semana, no dia 21, o Brasil comemora o Dia da Árvore. E, na segunda-feira, 22, o Hemisfério Sul ingressa oficialmente na Primavera, período ligado ao florescimento e à reprodução de muitas espécies. Que tal aproveitar esses dois momentos para trabalhar em sala de aula com um dos temas mais importantes da nossa época?

Estamos falando da emergência climática, que chegou com tudo aos meios de comunicação e, principalmente, à vida das pessoas. O mundo está vivendo uma grande transformação – e a resposta a este desafio pode começar na Educação Básica.

🍃 O que é a Emergência Climática?

O termo “Emergência Climática” é adotado por instituições como a ONU em seu Programa de Meio Ambiente para descrever as mudanças climáticas recentes ou o “novo regime climático”, termo proposto pelo filósofo Bruno Latour

Essas mudanças, que se processam desde o início da Era Industrial, vêm causando transformações graduais e impactantes das condições climáticas de longa duração, cujos impactos têm se intensificado nas últimas décadas. 

São mudanças que vêm acompanhadas por um aumento significativo da temperatura média global e de ocorrências climáticas extremas – e mais frequentes – como secas, enchentes, incêndios e furacões (como o que vemos na na imagem abaixo, feita pela NASA).

🍂 O que está acontecendo?

Estudos realizados por centros de pesquisa de todo o mundo e avalizadas por instituições como a ONU mostram que a emergência climática está conectada à queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás natural) e à liberação de dióxido de Carbono (CO2) na atmosfera – um processo que se acelerou muito em nossa época. Apenas para se ter uma ideia, em 2023 a média global de consumo de petróleo chegou a 36 bilhões de barris por ano, com a liberação de toneladas de CO2 na atmosfera. 

Outros gases decorrentes das atividades econômicas humanas (como o Metano – CH4, Óxido nitroso – N2O, Ozônio – O3) e os Clorofluorcarbonos CFCs), emitidos em grandes quantidades, também contribuem seriamente para o efeito estufa. 

A mudança que estamos vivendo está conectada, ainda, à devastação dos biomas. Isso porque, por meio da fotossíntese, as florestas “sequestram” o Carbono da atmosfera incorporando-o às próprias estruturas orgânicas (troncos, folhas, raízes e frutos) e às de muitos seres vivos que delas se alimentam. O desmatamento desses biomas dificulta esse processo de sequestro de carbono, e causa o efeito reverso contribuindo para o aumento das emissões de CO2 na atmosfera. A presença massiva do dióxido de Carbono na atmosfera intensifica o “efeito estufa”, que retém o calor na atmosfera e, consequentemente, vem impondo um aumento da temperatura ao planeta e efeitos climáticos extremos (chuvas, secas, frio e calor intensos). E é, claro, aumentando a poluição atmosférica das cidades – como vemos na foto.

🌊 As respostas à emergência climática

A emergência climática, porém, não é apenas o fenômeno em si, mas as respostas das sociedades a ele. Já não se trata, inclusive, de como agir para evitar que ela apareça, mas de trabalhar para que seus efeitos não sejam ainda mais severos.

A ONU, por exemplo, trabalha com a meta de aumento máximo da temperatura global em 1,5 grau Celsius até 2030. Segundo os cientistas, essa temperatura marca um ponto de inflexão para a sobrevivência de muitas formas de vida, dos corais (como os da imagem abaixo) aos insetos polinizadores de plantas. Ou seja, aumenta o número de eventos climáticos extremos, provoca mudanças irreversíveis na dinâmica dos ecossistemas e, consequentemente, na sobrevivências das espécies.

🍎 Na sala de aula

Uma reflexão sobre as mudanças ambientais em sala de aula pode abordar diferentes temas, conectando-se, sempre, aos currículos e às habilidades e competências previstas na Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, para segmento, ano ou série. Ela pode e deve colocar em diálogo diferentes componentes curriculares, da Química à História, da Biologia à Sociologia.

O tema pode ser trabalhado em toda a Educação Básica – e possui um peso relevante para os estudantes do Ensino Médio, que podem encontrá-lo em avaliações como o Enem. Não basta, porém, apenas conhecer. É preciso criar condições, a partir da reflexão, para que os estudantes construam consciência e ajam para reduzir os impactos da emergência climática.

É possível, por exemplo, envolvê-los em uma discussão sobre o ciclo do Carbono a partir do petróleo; sobre a importância das florestas no sequestro do Carbono; sobre a importância dos corais para a vida marinha e dos oceanos para o sequestro do Carbono; sobre as alternativas que surgem, a partir da ciência e das empresas, para a chamada “transição energética” (que é um tema fantástico, que também pode ser desdobrado); e quais os obstáculos para que o mundo deixe de ser “viciado em petróleo”.

Uma abordagem especialmente interessante – endossada pela própria ONU – é a de se perguntar às pessoas, no caso, aos estudantes, o que eles estão fazendo (e o que podem fazer) para ajudar a reduzir os impactos da emergência climática. As respostas podem ser apresentadas de diferentes maneiras, em seminários, discussões, palestras, redações, podcasts, vídeos, apresentações artísticas e até em visitas.

🧠 Algumas perguntas para o debate

1. A comunicação sobre as mudanças climáticas é suficiente para transformar as sociedades? O que eu sei a respeito e como comunico isto?

2. As pessoas estão se mobilizando e questionando suficientemente seus governos – da prefeitura à presidência da República, passando pelos legisladores – por medidas de redução do impacto climático?

3. Como os meios de transporte impactam o aumento das emissões? Eu posso modificar meus próprios deslocamentos pensando em reduzir esse impacto?

4. Minha escola, minha casa, usa fontes de energia renováveis? Como posso trabalhar para aumentar a eficiência energética?

5. Qual o impacto dos alimentos sobre a emergência climática? Como reduzir esse impacto trabalhando com os hábitos de consumo?

6. Comprar localmente reduz o impacto ambiental das próprias compras e da logística de transporte?

7. Como a minha comunidade gerencia a economia e o desperdício de alimentos?

8. Como funciona a minha relação com produtos recicláveis e descartáveis?

9. Como eu e minha comunidade trabalhamos com o plantio de árvores? Qual a importância dele?

10. O que é OSG – sigla para Environmental, Social, and corporate Governance? Qual seu papel diante da emergência climática?

💡 Algumas fontes de consulta:

Nesses links, você encontra referências de alta qualidade para ampliar as discussões sobre a emergência climática com seus estudantes:

“Emergência Climática”, publicação do Instituto Alana.

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Fundação Oswaldo Cruz, entrevista com o sanitarista Eduardo Hage.

Jornal da USP, “Estratégias para enfrentar os riscos decorrentes da emergência climática no Brasil”

. Mudanças Climáticas, série de matérias especiais produzida pela agência de notícias oficial da República Federal da Alemanha.

Mudanças Climáticas, série de matérias especiais produzida pela BBC, agência de notícias oficial do Reino Unido.

“Guia sobre Educação em Situação de Emergências Climáticas”, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Campeões! Confira os vencedores do 14º Prêmio Ação Destaque

Os campeões do 14º Prêmio Ação Destaque. Projetos se destacaram pela qualidade e pela intencionalidade.

Acabou a espera! A Editora Opet divulgou na manhã desta quinta-feira, 12, o resultado final do 14º Prêmio Ação Destaque, um dos mais importantes do país no segmento de sistemas de ensino. A divulgação dos vencedores aconteceu no segundo dia do XII Seminário Nacional de Gestores, realizado em Curitiba e com transmissão integral pelo Canal da Editora no Youtube.

Em 2024, o Ação Destaque teve centenas de projetos inscritos de professores e gestores municipais parceiros de todo o país, que concorreram em nove categorias. Desses trabalhos, 28 foram selecionados e concorreram na etapa final, que apontou os primeiros, segundos e terceiros lugares de cada categoria (por empate na pontuação, uma das categorias, a 3, teve dois terceiros lugares). Todos os finalistas receberam certificados, troféus e prêmios em dinheiro.

Os trabalhos finalistas vêm de 19 municípios parceiros da Editora Opet em SP, MG, CE, MT, RO, SC e PR.

“Gostaríamos de parabenizar todos os finalistas, que nos brindaram com projetos de grande intencionalidade e impacto na aprendizagem e na vida dos estudantes e suas comunidades”, avalia a gerente pedagógica da Editora Opet e organizadora do Ação Destaque, Cliciane Élen Augusto. “Esses projetos conversam de perto com a proposta da Editora Opet – de uma educação humana, cidadã, intencionada, transformadora e que estimula o protagonismo.”

Os vencedores – Confira em primeira mão os vencedores do 14º Prêmio Ação Destaque:

Categoria 01 – Educação Infantil – Coleção Primeira Infância +0, Coleção Entrelinhas para você! (Infantil 1, 2, 3) ou Coleção Feito Criança (Infantil 1, 2, 3):

1º lugar – Nicole Malaquias Stolarczki, Ivaiporã (PR), “Exploradores do saber: uma viagem encantada pela Aprendizagem”.

2º lugar – Amanda Batista de Moura, Santana de Parnaíba (SP), “Pelos Caminhos da África”.

3º lugar – Maysa Aimê Grams Bach, Nova Santa Rosa (PR), “Contextos Investigativos e o Brincar Heurístico na Exploração dos 5 Sentidos”.

Professoras Nicole, Amanda e Maysa, vencedoras da Categoria 01.

Categoria 02 – Educação Infantil – Coleção Entrelinhas para você! (4 e 5) ou Coleção Feito Criança (4 e 5):

1º lugar – Thaís Cristina Schwaab, Chapecó (SC), “Mulheres que inspiram: marcas que vão além da história”.

2º lugar – Marcia Leão Navarro, Santana de Parnaíba (SP), “Pequenos Autores: da Escuta aos Processos Investigativos”.

3º lugar – Paula Machado Rodrigues, Santa Cruz do Rio Pardo (SP), “Festa dos 100 livros”.

Professoras Thaís, Márcia e Paula, vencedoras da Categoria 02

Categoria 03 – Ensino Fundamental Anos Iniciais 1º ao 3º ano – Coleção Caminhos e Vivências, Coleção Meu Ambiente ou Programa Indica:

1º lugar – Carolina Rochelli Policarpo Ventura, Paranaguá (PR), “Mar, Câmera e Ação. Proteger a baía de Paranaguá está em nossas mãos”.

2º lugar – Renata D. Rodrigues Bastos, Varginha (MG), “O que ouço e vejo, saúde e vida”.

3º lugar – Salette Stocco, Chapecó (SC), “Leitura por estações – espaços que incentivam a leitura”.

3º lugar – Teresa Monalisa de Souza Gomes, Fortaleza (CE), “Brinquedos e brincadeiras: o encontro do ontem e do hoje para o amanhã”.

Professoras Carolina, Renata, Salette e Teresa, vencedoras da Categoria 03.

✅ Categoria 04 – Ensino Fundamental Anos Iniciais 4º e 5º ano – Coleção Caminhos e Vivências, Coleção Meu Ambiente ou Programa Indica:

1º lugar – Beatriz Molina Pizapio Rizzo, Cerejeiras (RO), “Crise hídrica em Cerejeiras: estudantes em ação!”.

2º lugar – Rogéria Santos Fraga Rosa, Jundiaí do Sul (PR), “Preservar para Fluir”.

3º lugar – Sandra Cristina de Oliveira, Arapongas (PR), “Zero Dengue! Conscientização e prevenção é a solução”.

Professoras Beatriz, Rogéria e Sandra, vencedoras da Categoria 04.

✅ Categoria 05 – Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio – Coleção Ser e Viver Cidadania, Coleção Cidadania, Coleção Meu Ambiente ou Programa Indica:

1º lugar – Daiane Priscila Polizello Genari, Ibirá (SP), “Reduzir para Ganhar: matemática, tecnologias e sustentabilidade”.

2º lugar – Adriane Ranieri Valente, Santana de Parnaíba (SP), “A aplicação da Matemática no Exercício da Cidadania”.

3º lugar – Wanderson Ferreira de Oliveira, Campinápolis (MT), “TecnoMitos: mitos ancestrais Xavante, desenvolvidos com a Inteligência Artificial”.

Professores Daiane, Adriane e Wanderson, vencedoras da Categoria 05.

Categoria 06 – Ações com Familiares – Coleção Família Presente e/ou Coleção Família e Escola e/ou Encontro com Familiares:

1º lugar – Francielle Farinhuk dos Santos, Inácio Martins (PR), “Admirável mundo Família/Opet”.

2º lugar – Gisele de Paula Ribeiro, Passa Quatro (MG), “Laços que transformam: a conexão entre famíla, escola e a educação socioemocional”.

3º lugar – Camilla Gonzaga de Sena de Paula, Campo Novo do Parecis (MT), “(RE)Construindo Laços de Afeto: um espaço para famílias”.

Professoras Francielle, Gisele e Camilla, vencedoras da Categoria 06.

Categoria 07 – Especialistas: Arte, Educação Física e Língua Inglesa – Coleções Joy, Caminhos e Vivências, Ser e Viver Cidadania ou English Party:

1º lugar – Vinícius Bonamigo Capeletti, Chapecó (SC), “No ritmo da respiração”.

2º lugar – Maitê Santos da Silva, Colombo (PR), “Tramas de afeto: Educando para a paz”.

3º lugar – Marina da Costa Azevedo, Campinápolis (MT), “I Mostra Cultura Xavante da Emafa”.

✅ Categoria 08 – Gestores – Diretores escolares, Coordenadores Pedagógicos ou Supervisores Pedagógicos:                                                                                 

1º lugar – Josimeire Nascimento de Oliveira, Santana de Parnaíba (SP), “ESCOLA DE PAZ – Desenvolvendo a comunicação não violenta e Valorizando as emoções’”.

2º lugar – Angélica Freitas de Carvalho, Cotia (SP), “Uma escola feliz e inspiradora: da transformação dos espaços ao protagonismo das crianças em uma cultura de liderança e paz”.

3º lugar – Emila Lemos Póvoa, São Lourenço (MG), “Quintal Brincante: Transformando Espaços, Criando Memórias e Plantando Sementes”

Professoras Josimeire, Angélica e Emila, vencedoras da Categoria 08.

Categoria 09 – Secretaria Municipal de Educação – Diretores de Ensino, Coordenadores de Ensino, Gerentes de ensino, Supervisores, Coordenadores de formação, Articuladores, Assessores Pedagógicos ou Secretários Municipais de Educação.

1º lugar – Solange Inácio Ribeiro Conde, Varginha (MG), “IA para personalizar: o uso do Google Gemini na promoção da diferenciação pedagógica”.

2º lugar – Regina Fátima Lunelli, Chapecó (SC), “Grupo de Estudos Territoriar: os espaços que a Educação Infantil habita”.

3º lugar – Edicleia Kulkamp, Ivaiporã (PR), “Estudo e Planejamento da Teoria à Prática: A Arte de Aprender e Ensinar”.

Professoras Solange, Regina e Edicleia, vencedoras da Categoria 09.

O próximo Ação Destaque – Cliciane lembra que a nova edição do Prêmio Ação Destaque começa a ser planejada logo após a divulgação dos resultados de 2024. “Queremos inspirar os professores e gestores para que transformem as suas ações em projetos para o Ação Destaque. Há muitas ideias e práticas preciosas, que merecem ser compartilhadas. Assim, deixamos o convite: participem do Prêmio Ação Destaque em 2025!”, conclui.

Vencedores do 14º Prêmio Ação Destaque: inspiração para educadores de todo o país.

Para comemorar o Dia da Infância

O mundo comemora hoje o Dia da Infância. A data foi instituída pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) como momento de reflexão sobre a infância e seus cuidados, que abrangem proteção integral, acolhimento e afeto, saúde e nutrição, relações familiares, dignidade, direito à educação e ao lazer, entre outros aspectos definidos na Declaração Universal dos Direitos das Crianças, de 1959.

Ainda há desafios a serem superados. Mas, há conquistas também! Neste artigo, vamos focar duas delas, diretamente relacionadas à educação: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Política Nacional Integrada para a Primeira Infância. A primeira, consolidada e com resultados excepcionais. A segunda, recém-chegada e que promete grandes transformações. Vamos lá!

O sucesso do ECA

É difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar do ECA – o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº 8.069). Um documento que moldou a forma como a sociedade brasileira trata suas crianças e adolescentes. Neste ano, em 13 de julho, o ECA festejou 34 anos. Junto com a Constituição Federal de 1988 (especialmente, o Capítulo VII), ela construiu um poderoso arcabouço que norteia o Estado brasileiro em relação às políticas públicas para a infância e a adolescência e regula os comportamentos sociais em relação a este público.

Para começar, o ECA foi responsável pelas atuais definições oficiais de criança (“toda a pessoa até 12 anos incompletos”) e adolescente (“pessoas entre 12 e 18 anos”), que são fundamentais para as políticas de Estado. Um grupo atendido que, hoje, chega a 48 milhões de pessoas – 23% do total de brasileiros (Censo, 2022).

Ao definir crianças e adolescentes dentro de um arcabouço legal, o ECA também os converteu em verdadeiros sujeitos de direito, retirando-os de um contexto de inferioridade, passividade e tutela. Na educação, eles passaram a ser sujeitos da comunidade escolar, com direito à escuta, ao diálogo e a um protagonismo verdadeiro.

E mais: o Estatuto colocou como dever da família, comunidade, sociedade e poder público assegurar o direito à educação – em um universo que engloba a cultura, o lazer e o esporte – reservando todo um Capítulo ao tema (IV, Artigos 53 a 59). Em relação à educação, o ECA garante às crianças:

. O direito à educação, para o desenvolvimento pleno e a cidadania;

. A gratuidade e universalidade da educação;

. A oferta de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

. A igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;

. O respeito dos educadores;

. O acesso à escola pública gratuita perto de casa;

. No caso dos familiares, a lei garante o direito a ter ciência do processo pedagógico e a participar da definição das propostas educacionais.

Como observamos no início do texto, ainda há desafios em relação à garantia desses direitos – em especial, em termos de qualidade -, mas o ECA tem sido essencial para a proposição, universalização, fiscalização e cobrança desses direitos – e para novos avanços. Se há alguém propondo, se há alguém cobrando, o ECA está no meio! Ele, aliás, também se liga à segunda conquista de que vamos tratar.

Outros resultados importantes que trazem a marca do ECA podem ser vistos na redução da mortalidade infantil – que era de 66,1 por mil nascidos vivos em 1990 e, hoje, é de 12,6 por mil nascidos vivos (2023 – Datasus) –, no aumento do número de matrículas na Educação Infantil – que era de cerca de 40% em 2001 e, hoje, é de 91,5% do total de crianças (Inep, Censo Escolar 2023) – e no aumento da cobertura da vacina tríplice viral, que era menor que 50% há 34 anos e que, hoje, chega a 93% do público-alvo (Programa Nacional de Imunizações – PNI, 2024).

A Política Nacional Integrada para a Primeira Infância

Recém-chegada, ela ainda é pouco conhecida por muitos brasileiros, mas promete ser extremamente importante para os cuidados e o desenvolvimento integral das crianças de 0 a 6 anos completos. No 27 de junho, a presidência da República publicou o Decreto Nº 12.083/2024, que estabeleceu a Política Nacional Integrada para a Primeira Infância – PNPI. O documento é resultado de discussões do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), da presidência da República, que reúne gestores e entidades da sociedade civil como o Movimento Todos Pela Educação. E marca o passo inicial de organização dos órgãos públicos e da sociedade para construir um compromisso e uma política integrada de cuidados com as crianças de até 6 anos. A PNPI foi estruturada em três eixos:

. Informação: com o Sistema de Informação Integrado da Primeira Infância, que consolidará e integrará dados dos setores e serviços;

. Serviços setoriais: fortalecidos e integrados para fortalecer e integrar as políticas de Saúde, Assistência Social e Educação, Proteção e Justiça, Direitos Humanos e Cultura.

. Comunicação: com as famílias, para apoiar a jornada de atenção à Primeira Infância, o cuidado integral e a promoção do desenvolvimento infantil, a partir da Caderneta da Criança.

No âmbito específico da educação, a PNPI deve ajudar a promover os conceitos de desenvolvimento infantil e os 6 direitos de aprendizagem estabelecidos trazidos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC): conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Ela reforça ainda a intencionalidade pedagógica, aproveitando até os momentos de cuidado – como a hora da alimentação e da limpeza – para trabalhar experiências que apoiam o desenvolvimento dos pequenos.

O PNPI promete aumentar a qualidade do atendimento à infância em todas as áreas. Promete, também, ampliar e melhorar o atendimento das crianças mais vulneráveis. Dados do PNUD mostram que apenas uma em cada quatro famílias, dentre as 25% mais pobres da população brasileira, tem acesso a creche – e isto precisa mudar!

Para comemorar

Juntas, essas duas leis – ou melhor, uma lei (o ECA) e uma política legal ampla (a PNPI) – nos permitem comemorar o Dia da Infância. No que sinalizam de positivo, nas conquistas já obtidas, e, também, como instrumentos de avanço, de proteção aos mais carentes e de equidade, a começar pela educação. Feliz Dia da Infância!

Mais de 80% de evolução: números do Ideb confirmam o compromisso dos parceiros da Editora Opet com a qualidade na Educação

Municípios tiveram crescimento na principal avaliação da Educação Básica

A divulgação dos dados do Ideb 2023, no início desta semana, confirmou a qualidade do trabalho das redes municipais parceiras da Editora Opet: em mais de 80% das redes de ensino atendidas houve aumento do Ideb. E não apenas aumento, mas um crescimento que fez com que essas redes municipais atingissem e até ultrapassassem a meta nacional de 6,0 para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental e de 5,5 para os Anos Finais do Ensino Fundamental.

“Esses resultados espelham a qualidade do trabalho da Editora Opet, que envolve as coleções e os recursos educacionais digitais, as formações pedagógicas, as visitas técnicas, as avaliações diagnósticas e as ações de aproximação família-escola”, observa a presidente do Grupo Educacional Opet, Adriana Karam.

“Mas, principalmente, eles traduzem algo que é muito importante para nós: uma parceria verdadeira, pela aprendizagem, pela educação. E isso também é uma forma de afirmar e fortalecer a cidadania.”

Foco na aprendizagem

“Nosso foco está em fortalecer a aprendizagem sempre”, explica o diretor da Editora Opet, Adriano de Souza. “E fazemos isso de diferentes maneiras. A começar pela formação continuada dos professores. E também nos materiais didáticos atualizados e no trabalho de aproximação entre as famílias e a escola – que, aliás, dá nome ao nosso selo para a educação pública.”

Adriano destaca o papel da avaliação diagnóstica da aprendizagem nos bons resultados dos municípios parceiros. O Programa inDICA de Gestão da Educação, sistema avaliativo da Editora Opet, é adotado por boa parte das redes municipais, e vem sendo decisivo para a construção de planos de intervenção e de recomposição da aprendizagem.

“Estamos sempre atentos aos resultados aluno a aluno, turma a turma. E, com a avaliação diagnóstica do inDICA, podemos ajudar os gestores a traçar estratégias de ação que produzam uma evolução consistente da aprendizagem – de todos os alunos”, observa. 

A qualidade do Ideb

A gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto, destaca a importância do Ideb como balizador da evolução da aprendizagem. “Quinze anos após sua primeira edição, a relevância do Ideb permanece inquestionável. Principalmente porque ele oferece uma métrica padronizada que permite acompanhar o desempenho educacional ao longo do tempo.”

Ainda assim, Cliciane observa a necessidade de evoluir no cenário da avaliação. “Desafios como a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as mudanças nas políticas educacionais exigem que o Ideb também evolua. Há uma crescente necessidade de complementá-lo com outras formas de avaliação que considerem aspectos qualitativos da educação e fatores socioemocionais, oferecendo uma visão mais holística do processo educativo.”

Sobre os bons resultados dos parceiros no Ideb, Cliciane avalia que eles podem ser atribuídos a um conjunto de fatores que se inter-relacionam. “Um sistema de ensino bem estruturado proporciona um currículo coerente e alinhado às diretrizes nacionais, enquanto os materiais didáticos de qualidade oferecem os recursos necessários para que os professores possam aplicar esse currículo de maneira eficaz”, observa.

“As formações, por sua vez, garantem que os educadores estejam constantemente atualizados e preparados para enfrentar os desafios do dia a dia escolar, utilizando metodologias ativas e práticas pedagógicas inovadoras. Esse conjunto de ações contribui significativamente para os resultados positivos observados.”

A gerente comercial da Editora Opet para a área pública, Elen Goulart, destaca a qualidade dos investimentos em educação pelos municípios. “Queremos parabenizar os gestores, os secretários de Educação e os prefeitos pelo olhar cuidadoso para a escola. Que adota critérios técnicos e fiscaliza de perto os resultados. Isso faz toda a diferença, como mostra o Ideb.”

PROGRAMA INDICA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO: CONHECIMENTO QUE GERA CONHECIMENTO