Visitas técnicas de fim de ano: resultados e perspectivas

As parcerias da Editora Opet são feitas de encontros. Da nossa equipe com os gestores e professores, das escolas com as famílias dos estudantes, dos estudantes com uma educação humana e cidadã. Dentre esses encontros, um é ainda mais especial: estamos falando das visitas técnicas de acompanhamento pedagógico, realizadas ao longo de todo o ano pelos supervisores regionais, pedagógicos e assessores para estar ainda mais perto, dialogar, propor ajustes e correções. Essas visitas, que são feitas online e em formato presencial nas secretarias e escolas, envolvem gestores, diretores e professores parceiros nas áreas pública e privada.

“A aproximação que promovemos com as visitas técnicas é essencial”, resume a supervisora regional Daiane Veiga. Recentemente, ela esteve em Cotia, município parceiro Sefe na região metropolitana de São Paulo, para se encontrar com os gestores municipais e visitar escolas. Além disso, ela tratou dos resultados do ano letivo. Em Cotia, a Editora Opet fornece os materiais didáticos, ferramentas digitais e formações Sefe para a Educação Infantil 4 e 5 anos e para todo o Ensino Fundamental.

Daiane Veiga com gestores da rede municipal de Ensino de Cotia (SP)

Abner Mendes de Queiroz Junior é coordenador pedagógico de área da secretaria municipal de Educação e acompanhou Daiane. “Foi uma ótima visita! Ela possibilitou trocas, compartilhamentos e o acompanhamento dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelas escolas”, avalia. Abner acredita que a parceria com a Editora tem um impacto muito positivo no trabalho pedagógico desenvolvido na rede municipal de ensino. “Em especial nos momentos do ensino remoto, o material estruturado da Editora ofereceu um importante subsídio ao trabalho dos docentes e alunos.”

O secretário municipal de Educação de Cotia, Luciano Corrêa, destaca a importância das visitas técnicas para o fortalecimento da parceria. “Elas fortalecem os vínculos e facilitam o aprimoramento do trabalho. Na ocasião da última visita, tivemos a oportunidade de visitar as escolas juntos, ver de perto o trabalho em sala de aula e ouvir diretamente das equipes gestoras das escolas suas experiências, dúvidas e aplicações em relação ao material.”

O secretário Luciano Corrêa em um dos encontros online com a equipe da Editora: formações remotas foram bem recebidas pelos professores.

Luciano destacou a qualidade do atendimento prestado pela Editora ao município de Cotia, mesmo com os desafios que a pandemia impôs à educação no ano de 2021. “A Editora atendeu prontamente todas as nossas demandas educacionais. As formações online mantiveram a ótima qualidade e foram muito bem recebidas pelos professores.”

Santa Catarina – Xaxim, município parceiro da Editora na região Oeste de Santa Catarina, é um dos mais novos parceiros da Editora. Há poucos dias, ele foi visitado pelo supervisor regional Nelson Bittencourt, que é responsável pelo trabalho em vários municípios catarinenses.

Sonia Maria Priori é coordenadora pedagógica da secretária municipal de Educação de Xaxim. Para ela, a aproximação proporcionada pelo encontro foi muito importante. “Essa visita em novembro foi de avaliação, planejamento e alinhamento das atividades para o próximo ano. Foi importante para a Opet conhecer a realidade da nossa educação, nossas escolas e o trabalho que realizamos. Agora, é possível planejar as capacitações e os atendimentos baseados nos nossos anseios e expectativas”, observa.

A coordenadora destaca a importância do trabalho online realizado ao longo dos últimos meses. “Os encontros virtuais foram essenciais para dar continuidade ao processo de formação continuada de professores, especialmente neste momento, quando estamos conhecendo o material. Para nós, da coordenação pedagógica e para os professores, tudo é novo. Ao adquirir o material, o objetivo é melhorar a qualidade do ensino no município. Não estamos comprando um simples livro, que será preenchido página a página. Precisamos entender a metodologia de trabalho do material para obter os resultados esperados.”

Silneia Chiquetto e Nelson Bittencourt com as gestoras de Xaxim (SC).

Quanto ao encontro presencial com os gestores e coordenadores, ela o classificou como “espetacular”. “Tivemos a oportunidade de dialogar, tirar dúvidas, expor nossas angústias e ampliar nossa capacidade na gestão dos desafios enfrentados nas escolas. A professora Rúbia Cristina da Costa mediou o diálogo da formação de maneira brilhante! Saímos energizados e com novas ideias para fazer a gestão de questões pedagógicas no espaço escolar”, conta.

O secretário municipal de Educação de Xaxim, Jose Mauro de Oliveira, destaca a importância da parceria com a Editora. “Ela foi fundamental. A proposta pedagógica do sistema garantiu o alinhamento do trabalho pedagógico das nossas unidades de Ensino. O que é importante, porque temos rotatividade de alunos nas escolas municipais. A proposta garante a continuidade da aprendizagem sem prejuízo”, explica. Para 2022, observa, a meta do município é garantir a oferta de uma educação de qualidade, melhorar os indicadores da educação e identificar as fragilidades.

PLANEJAMENTO

Silneia Chiquetto: “visitas técnicas são momento de escuta ativa”

Para a coordenadora pedagógica da Editora Opet, Silneia Chiquetto, as visitas técnicas que estão sendo realizadas neste momento têm uma característica especial. “Estamos levando uma escuta ativa para os parceiros, em relação a tudo o que aconteceu nos anos de 2020 e 2021. Afinal, estamos fechando o ciclo da pandemia – com todos os cuidados e no tempo certo –, e precisamos avaliar melhor o que aprendemos e como incorporar estes aprendizados aos próximos anos. É, enfim, algo muito especial.”

Entre os ganhos, a coordenadora destaca a aceleração e a consolidação do uso das ferramentas digitais, que passaram a fazer parte, de modo definitivo, do trabalho formativo e das próprias visitas técnicas. “Esse aprendizado foi muito importante, inclusive, para que possamos assumir um modelo híbrido, que configure momentos presenciais e híbridos com os municípios e redes privadas.”

O modelo híbrido, observa Silneia, traz uma série de vantagens, a começar pela da sustentabilidade. “Além disso, podemos fazer muitas das avaliações associadas às formações pedagógicas por meio digital, o que produz resultados instantaneamente. Isso agiliza os nossos processos e as nossas respostas.” Ela cita como exemplo de parceiro que aderiu ao modelo o município de Xaxim (SC). “Tudo foi planejado e conversado para atender os gestores e os professores de Xaxim da melhor forma. E está sendo assim com todos os parceiros. Um pensamento e um planejamento coletivos.”

Plataforma educacional Opet INspira alcança 95% de acessibilidade

Índice é medido pelo padrão mundial WCAG 2.0

A plataforma educacional Opet INspira acaba de superar mais uma marca importante: nesta semana, segundo avaliação pelo padrão mundial WCAG 2.0, ela alcançou 95% de acessibilidade, um crescimento de 4% em relação à avaliação anterior, feita em abril deste ano. Isso a mantém entre as plataformas educacionais mais acessíveis do mercado educacional brasileiro, reforçando o compromisso da Editora Opet com a educação cidadã. Esse padrão de acessibilidade, vale observar, é considerado muito alto mesmo em termos internacionais.

“Desde o início da construção da plataforma, há pouco mais de dois anos, incorporamos ao projeto a meta de acessibilidade”, explica Luciano Rocha, coordenador de Tecnologia Educacional da Editora Opet. “Para isso, nos cercamos de recursos e conhecimentos.”

Entre os recursos incorporados à plataforma, Luciano destaca o Hugo, intérprete em Libras da empresa HandTalk – que permite acesso à tradução português-Libras em tempo real em todas as seções –, e as ferramentas de acessibilidade do plugin UserWay, para deficiências motoras, baixa visão, daltonismo, dislexia e cegueira.

“A UserWay é, sem dúvida, a ferramenta de acessibilidade mais completa do mundo”, conta Luciano. Ela permite que os usuários digitais utilizem recursos que auxiliam a navegação, como voz eletrônica para leitura de textos, aumento do tamanho das fontes, melhoria do contraste, uso de fonte legível para pessoas com dislexia, mapa de navegação por teclado e gestos, entre outras possibilidades.

Google – A plataforma educacional Opet INspira foi integrada  às ferramentas Google Workspace for Education, para a educação digital dos nossos mais de 140 mil usuários. Atualmente, 80% dos recursos Google são acessíveis para pessoas com deficiência, e este percentual segue crescendo.

Futuro –  “Nós estamos trabalhando para oferecer uma Opet INspira cada vez mais acessível. A ideia de uma plataforma 100% acessível nos inspira e instiga. Já chegamos a 95% e podemos ir mais longe”, conclui Luciano.

Acessibilidade e educação – A oferta de recursos de acessibilidade é um direito da sociedade e um dever das empresas fornecedoras de serviços digitais. Desde 2015, com a promulgação do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei N° 13.146/2015), a legislação brasileira obriga os sites a garantirem acesso às informações para pessoas com deficiência.

No caso da educação, essa demanda é especialmente importante porque está associada ao desenvolvimento integral de crianças, jovens e adultos. Estimativas oficiais indicam que o Brasil possui 9,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva, 13,2 milhões de pessoas com deficiências motoras, 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual (entre cegos, portadores de baixa visão e de visão subnormal) e 8 milhões de daltônicos. Muitas dessas pessoas são estudantes.

Uso da plataforma Opet INspira cresce 32% em três meses!

Nos últimos três meses, o número de horas de utilização da plataforma educacional Opet INspira por estudantes, professores, familiares e gestores cresceu 32% – quase um terço a mais em relação ao número do final do primeiro semestre!

“Em média, tivemos cerca de 57 mil acessos por mês nesse período”, explica Luciano Rocha, coordenador de Tecnologias Educacionais da Editora Opet. Entre os recursos mais utilizados por professores, estudantes, familiares e gestores estão os livros digitalizados das coleções da Editora, as aulas em vídeo para o Ensino Médio e os jogos educacionais, especialmente para os segmentos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental – Anos Iniciais.

Na avaliação de Luciano, esse crescimento significativo pode ser relacionado a fatores como o amadurecimento do uso dos recursos digitais na educação e a evolução da plataforma, que é atualizada constantemente em relação aos conteúdos e à estrutura. “A plataforma Opet INspira está cada vez mais completa e robusta. E isso estimula seu uso, o que gera um ciclo virtuoso”, explica.

Um exemplo desse fortalecimento da plataforma é a migração, feita recentemente, de toda a sua infraestrutura para uma arquitetura de servidores em nuvem, que oferece muito mais agilidade e capacidade de uso dos recursos. “Com essa nova configuração, nossa plataforma se tornou altamente escalável. Em termos técnicos, isso significa que a capacidade de processamento dos servidores aumenta de acordo com a demanda. Quanto mais gente usa, mais gente é atendida, sem falhas ou oscilações”, conta Luciano.

Outra medida decisiva foi a integração da plataforma com as ferramentas Google Workspace for Education, que alavancou o uso dos recursos durante o período de ensino remoto. “Eu diria que esse é, sem dúvida, um dos pontos mais fortes da plataforma educacional Opet INspira. A integração reuniu em um único ambiente a riqueza e a qualidade dos conteúdos educacionais da Editora Opet com o poder, facilidade e versatilidade das ferramentas e recursos de organização e compartilhamento Google.” O que, aliás, garante o bom uso da plataforma em qualquer contexto de aprendizagem – presencial, remoto ou híbrido.

Luciano Rocha, coordenador de Tecnologias Educacionais da Editora Opet.

Sob medida – A migração para a nuvem trouxe outra vantagem estratégica: a possibilidade de desenvolvimento de ferramentas analíticas mais poderosas, que vão detalhar o uso das ferramentas e o consumo dos conteúdos. “Essas ferramentas vão oferecer parâmetros mais precisos para a nossa equipe de produção editorial. Como, por exemplo, os recursos mais demandados, as eventuais carências e as preferências dos usuários – isso nos permitirá ajustar a plataforma para um uso cada vez mais orgânico, amigável e integrado ao trabalho de cada escola ou rede parceira.”

O sucesso da plataforma não se deve apenas, porém, aos avanços tecnológicos. Ela se deve, especialmente, às pessoas que humanizam o processo da educação digital. “Nesse trabalho, temos o envolvimento de toda a equipe técnica e editorial. E, também, o apoio da nossa equipe pedagógica, dos assessores e supervisores regionais que, diariamente, estão em contato com nossos parceiros. E da equipe comercial, que percebe e repassa as demandas do mercado educacional.”

O que vem por aí – Nos próximos meses, os usuários da plataforma terão acesso a novos conteúdos, ferramentas e recursos que prometem acelerar ainda mais o número de acessos. Essas novidades, que serão detalhadas em futuras reportagens, incluem, por exemplo, uma tabela periódica e um sistema solar interativos, a Agenda INspira – um aplicativo que facilitará a comunicação entre a escola e familiares, principalmente das crianças da Educação Infantil – e um sistema de avaliação integrado a um amplo banco de questões. “Além disso, estamos trabalhando no desenvolvimento dos livros digitais interativos, que serão um recurso extraordinário em relação à aprendizagem”, garante Luciano.

Editora e Undime debatem financiamento da educação com gestores do Maranhão

“Diálogos – Gestão Pública” reuniu representantes de mais da metade dos municípios do Maranhão para debater o financiamento da educação.

Um grande encontro, especialmente pensado para ajudar os municípios a encontrarem o “caminho das pedras” do financiamento da educação. Assim pode ser resumido o “Diálogos – Gestão Pública” promovido ao longo desta sexta-feira (08) em São Luís pela Editora Opet em parceria com a UNDIME do Maranhão. O encontro, que teve como foco a capacitação dos municípios para os recursos do Plano de Ações Integradas (PAR), atraiu representantes de nada menos do que 117 (54%) dos 217 municípios do Estado – entre eles, cidades-polo como Imperatriz, Balsas, Timon e Caxias.

O evento levou à capital maranhense a consultora Palmira Tolloti Piai, uma das principais especialistas brasileiras em financiamento da educação pública. Ela tratou do acesso aos recursos do Plano de Ações Integradas, o PAR. Estabelecido em 2007, o PAR é uma estratégia de criação e fortalecimento de um sistema nacional de ensino, especialmente em relação à Educação Básica, e tem grande importância para os municípios.

Em sua fala aos participantes, pela manhã, Palmira focou questões centrais do PAR, como a abrangência do quarto ciclo (2021-2024), que prevê 25 iniciativas que englobam desde a contratação de formações pedagógicas de vários tipos até a aquisição de materiais de apoio didático. Na parte da tarde, ela atendeu diretamente os gestores que se inscreveram para dirimir dívidas sobre os meios de inscrição e acesso aos recursos do programa.

À tarde, os participantes também conheceram a principal iniciativa da Editora Opet no apoio à gestão educacional pública: o Programa inDica de Gestão da Educação, que oferece um dos mais avançados sistemas de avaliação diagnóstica do país. O programa, que é adotado por dezenas de municípios de todo o país, foi apresentado pela professora Silneia Chiquetto, coordenadora pedagógica da Editora Opet.

Parceria de valor – O presidente da UNDIME-MA, Marcony Pinheiro, destacou a importância da parceria entre os municípios maranhenses e a Editora Opet.

“A Editora Opet está chegando ao Maranhão, ela está cada vez mais presente entre nós, e a UNDIME tem sido uma porta aberta para este trabalho. Uma parceria como essa, aliás, só nos faz crescer, e isso traz conhecimento, habilidades e ações voltadas para uma educação de qualidade. A Editora Opet e os secretários de Educação estão juntos!”.

Para o gerente comercial da Editora, Roberto Costacurta, a presença dos 117 municípios no encontro desta sexta-feira mostra o desejo que os gestores têm de melhorar, de avançar na educação. “O tema da obtenção de recursos para investimentos é estratégico. Por questões técnicas e burocráticas, porém, muitas vezes é difícil acessar esses recursos. No encontro de hoje, nós apoiamos os gestores com conhecimento, trazendo uma grande especialista, mostrando nosso trabalho e nos colocando à disposição dos gestores. Só tenho a agradecer à UNDIME do Maranhão, ao seu presidente, professor Marcony, e aos secretários e demais gestores que estiveram aqui. Juntos, estamos construindo uma educação pública de alta qualidade. Contem conosco!”.

Xaxim (SC): tempo de implantação com um dos mais novos parceiros Opet

Tempo de implantação: formadoras pedagógicas com os professores de Xaxim.

Localizado na região Oeste de Santa Catarina, o município de Xaxim é um dos mais novos parceiros da Editora Opet. Lá, os professores e os gestores estão participando de uma série de momentos formativos online voltados à implantação dos materiais didáticos e ferramentas educacionais digitais Sefe para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental.

“O trabalho de implantação em Xaxim vem acontecendo desde o início de agosto e vai se estender até 18 de outubro”, explica o supervisor regional da Editora para o município, professor Nelson Bittencourt. Segundo ele, os professores e gestores se mostraram receptivos aos materiais e à proposta educacional da Editora. “Nos momentos formativos, a participação tem sido muito grande, o que é excelente. Os professores são muito interessados, o que denota a forma como o município e a comunidade veem a educação.”

As formações, observa o supervisor regional, permitem aos professores ampliar as possibilidades de trabalho com os materiais didáticos e as ferramentas oferecidas pela Editora. “Os materiais já haviam sido apresentados aos professores e, agora, eles estão sendo examinados em profundidade, com vistas ao trabalho com os alunos.”

Esforço coletivo – O secretário municipal de Educação de Xaxim, José Mauro de Oliveira, destaca o esforço coletivo para a implantação do sistema de ensino Sefe. “É um processo denso o de conhecer o novo material e de reconhecer o espaço dele nas orientações das práticas de ensino. Ao longo do processo, fomos dialogando e ajustando as demandas. Nesse sentido, avalio o processo como necessário e importante para o novo momento que o município está vivenciando.”

O secretário José Mauro observa que o processo de aquisição dos materiais Sefe seguiu critérios técnicos e legais rigorosos. “Realizamos no município uma análise inicial dos materiais que iriam concorrer à licitação. Todos os docentes da rede participaram dessa análise e, já naquele primeiro momento, mais de 70% dos professores aprovaram os materiais didáticos da Opet.”

Com o trabalho em andamento, as perspectivas são as mais favoráveis. “Ainda estamos começando, mas as nossas expectativas são as melhores com essa valorosa parceria”, diz o secretário.

Preparo técnico – Para o gerente comercial da Editora Opet, Roberto Costacurta, o sucesso do trabalho formativo desenvolvido em Xaxim – um novo parceiro que chegou ao sistema de ensino Sefe no segundo semestre do ano – demonstra que a Editora tem preparo técnico para fazer a implantação e os os ajustes necessários para que a educação flua e se desenvolva.

“Nossa equipe pedagógica é muito sensível às características e questões de cada município parceiro, e procura atendê-las com presteza. É o que estamos fazendo em Xaxim e em outros municípios que se tornaram parceiros no segundo semestre do ano”, observa. “Antes de iniciar a implantação, é feito um trabalho cuidadoso de verificação do trabalho pedagógico que vinha sendo desenvolvido para que a transição ao novo sistema de ensino seja absolutamente tranquila.”

Opet INspira: ainda mais perto das habilidades da BNCC!

A plataforma educacional Opet INspira, da Editora Opet, acaba de dar mais um passo importante no apoio aos professores. Agora, ao acessar a plataforma, eles podem encontrar, de modo rápido e descomplicado, as tabelas que relacionam os conteúdos das coleções da Editora às habilidades estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular, a BNCC. A BNCC é um documento normativo fundamental da educação brasileira. Focado no aprimoramento dos currículos, ele define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver, da Educação Infantil ao Ensino Médio.

“Esses recursos já estavam disponíveis na plataforma, mas eram anexados aos livros impressos e digitalizados em formato pdf. Com a implantação do modelo híbrido de ensino, percebemos que era necessário oferecê-los de uma forma mais prática. E foi o que fizemos: o acesso é rápido, prático e direto”, explica Luciano Rocha, coordenador de Tecnologia Educacional da Editora Opet.

As tabelas foram incorporadas à plataforma em formato html, o que facilita a leitura e o trabalho com as informações. “No html, o conteúdo se torna responsivo e sua leitura pode ser adaptada a qualquer tamanho de tela. É possível, inclusive, ampliar ou trocar a fonte para melhorar a legibilidade”, conta Luciano.  O que é bem interessante, uma vez que as tabelas são extensas e detalhadas.

As tabelas com a localização das habilidades estão disponíveis para as coleções “Cidadania” Anos Iniciais e Finais, “Ser & Viver Cidadania”, “Entrelinhas para Você”, “Encantos da Infância” e “English Party for Teens”. Como esses conteúdos são de interesse específico dos docentes, eles estão disponíveis para acesso apenas por usuários que têm acesso a este perfil na plataforma.

Luciano explica que o acesso às tabelas é importante porque permite aos professores localizar rapidamente nos materiais as habilidades com que eles querem trabalhar. “Assim, eles podem planejar as aulas de forma muito mais assertiva, o que fortalece o aprendizado”, observa.

Futuro – A criação das tabelas em html representa um passo importante para outra novidade que a Editora Opet está desenvolvendo com todo capricho: a criação dos Livros Digitais Interativos, que, em breve, estarão disponíveis para os usuários da plataforma educacional Opet INspira (sobre essa mudança, aliás, falaremos em outras reportagens!). “No futuro, essas tabelas servirão como um catálogo indexador dos livros digitais. A partir delas, o docente poderá ser direcionado diretamente às respectivas atividades em formato de conteúdo digital interativo. Isso vai otimizar ainda mais o planejamento das aulas”, conta Luciano.

Como acessar as tabelas da BNCC – É possível acessar as tabelas de duas formas: por coleção e por etapa do ensino. Para acessar os conteúdos por coleção, basta localizar o ícone “Tabelas da BNCC” e clicar. Para acessar os conteúdos por etapa de ensino, basta acessar o menu de etapas (no alto da tela), clicar na etapa desejada e, em seguida, em “Tabelas BNCC”.

ACESSE AGORA! 

Alto Paraíso (RO): o mais novo parceiro da Editora Opet!

Alto Paraíso, município da região centro norte de Rondônia, é o mais novo parceiro da Editora Opet. A rede municipal de ensino vai adotar os materiais didáticos e ferramentas Sefe para a Educação Infantil 4 e 5 – mais exatamente, a coleção “Entrelinhas para Você”.

A secretária municipal de Educação de Alto Paraíso, Lucimeiri Ferreira Lopes de Azevedo (foto), diz que é grande a expectativa em relação à parceria. “Queremos realizar um trabalho de qualidade com nossos alunos, mas, acima de tudo, tornar o ensino nessa etapa da educação mais agradável e prazeroso”, explica.

A secretária destaca as características dos materiais didáticos Sefe. “A linguagem gráfica é agradável, alegre e dinâmica, com variado conjunto de tipografias e imagens iconográficas de alta qualidade. Os materiais contêm encartes, adesivos, materiais complementares como crachá, alfabeto, jogos, entre outros, para enriquecer as propostas da Educação Infantil.”

Ela também avalia como excelente a proposta pedagógica da Editora Opet, de aproximar a família da escola para fortalecer a educação. “É importante no sentido de refletir e orientar os pais e os familiares, transmitindo conceitos imprescindíveis para uma educação de princípios e valores que se transformam em excelentes resultados de desempenho escolar.”

Parceria de valor – O representante comercial da Editora Opet para Rondônia, Gilberto Muniz, diz que a parceria com Alto Paraíso é especialmente importante. “Para nós, é uma honra ter Alto Paraíso como parceiro na busca por uma educação. É um município que está trabalhando muito para oferecer uma educação de alta qualidade”, observa. “A equipe da secretaria municipal de Educação é muito engajada nessa missão. E nós estamos juntos, levando nossos materiais, ferramentas digitais, formações e assessoria pedagógica. Com certeza, teremos bons resultados.”

O gerente comercial da Editora Opet, Roberto Costacurta, destaca a importância da parceria em termos regionais. “Hoje, a Editora Opet já está presente em cinco municípios de Rondônia, levando uma proposta educacional pautada na cidadania, no protagonismo, no uso humanizado das ferramentas educacionais digitais e na aproximação entre as famílias e a escola”, observa. “Em Alto Paraíso, encontramos uma equipe motivada e disposta a oferecer a melhor educação. E esta é a nossa meta. Contem conosco!”.

Em primeira mão: saiu a relação dos trabalhos finalistas do 11º Prêmio Ação Destaque!

A Editora Opet acaba de divulgar a lista com os trabalhos classificados para a etapa final do 11º Prêmio Ação Destaque, que acontece em formato online nos dia 27, 28 e 29 de outubro. Confira os nomes e os municípios dos autores selecionados!

Para mais informações sobre o Prêmio Ação destaque, acesse https://www.editoraopet.com.br/seminariosefe2021/

LISTA DOS TRABALHOS FINALISTAS

CATEGORIA 01 – EDUCAÇÃO INFANTIL

Andressa Sangaletti – Treze Tílias (SC)

Carolina Rocheli Policarpo Ventura – Paranaguá  (PR)

Géssica Luana Rego Becker – Treze Tílias (SC)

Lucilene Passoni Abati – Salto Veloso (SC)

Marcia Moreira da Silva – Corumbiara (RO)

Márcia Regina de Souza – Urubici (SC)

Michele Bezerra Santiago – Fortaleza (CE)

Mirla Lopes de Sousa Leal – Sobral (CE)

Samira Mohamad Sati Aloise – Cotia (SP)

Vanessa Dal Pizzol Vigolo – Arroio Trinta (SC)

Roseli Maria Machado – Fraiburgo (SC)

=

CATEGORIA 2 – ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS

Alcione de Oliveira Souza – Santana de Paranaíba (SP)

Ana Paula Nogueira Moreira Borella – Cotia (SP)

Carmen Raymundi – Vargeão (SC)

Daiane de Cássia Martins Fazan – Ibirá (SP)

Débora Rederd França Vidal – Paranaguá (PR)

Fernanda Consoni – Arroio Trinta (SC)

Keli Manenti – Arroio Trinta (SC)

Luciene Alves Barbosa – Cotia (SP)

Rejane Vogt Anderle – Entre Rios do Oeste (PR)

Rosana Kerkhoff Goulart – Pinhalzinho (SC)

=

CATEGORIA 03 – ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO

Adriane Ranieri Valente – Santana de Parnaíba (SP)

Anderson Antonio Ferreira de Almeida – Santana de Parnaíba (SP)

Cátia Juliana Esidio de Santana – Santana de Parnaíba (SP)

Daiane Klafke – Pinhalzinho (SC)

Luciana Martines do Nascimento – Santana de Parnaíba (SP)

Ricardo Manoel da Silva – Santana de Parnaíba (SP)

Valéria Cantamessa Ferreira – Santana de Parnaíba (SP)

TDAH, escola e aprendizagem

Hiperatividade e dificuldades de aprendizagem: este é um tema muito comum para profissionais que atuam na educação. Pois ele faz parte da tríade de sintomas que caracterizam o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, mais conhecido como TDAH. 

Mas, afinal, todo portador de TDAH é hiperativo? Crianças com esse transtorno possuem mesmo dificuldade para aprender? É isso que vamos entender a seguir! 

TDAH não é dificuldade de aprendizagem 

Em uma síntese, o TDAH é um transtorno que envolve sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. No entanto, ele não tem a ver com falta de inteligência. Até pelo contrário: muitas crianças que têm o transtorno costumam possuir excelentes habilidades.

Mas, por que muitas vezes o TDAH é associado a dificuldades de aprendizagem? Bom, há duas explicações principais. 

No primeiro caso, apesar de o estudante não ter nenhuma alteração cerebral que prejudique a retenção do conteúdo, a dificuldade em prestar atenção gera um baixo desempenho nos componentes curriculares. 

Outro caso bem comum é o TDAH ter comorbidade com outro transtorno, este, sim, de aprendizagem. É frequente, por exemplo, que muitas pessoas tenham também dislexia ou discalculia associada à condição. Nesses casos haverá, sim, prejuízos na aprendizagem, mas não por causa do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. 

Mas, antes de entender como se dão as dificuldades de aprendizagem, é preciso saber quais são os sintomas e a origem delas. 

O que é TDAH e quais são os seus sintomas? 

O sintoma-chave do TDAH, diferente do que muitas pessoas imaginam, não é a hiperatividade. Como diz a Dra. Ana Beatriz Barbosa em seu livro “Mentes Inquietas”, a condição sine qua non para o diagnóstico do TDAH é a desatenção.

Inclusive, aqui, precisamos fazer um adendo, pois, conforme a própria Ana afirma, o termo desatenção pode ser substituído por instabilidade de atenção. E, com isso, derrubamos outro mito sobre o transtorno: o de que pessoas com TDAH não conseguem prestar atenção. 

Pessoas com TDAH são capazes de manter o foco 

Na verdade, o que ocorre é que pessoas com o transtorno não conseguem prestar atenção em coisas de que não gostam ou pelas quais não têm interesse. Por outro lado, conseguem hiperfocar naquilo que desperta interesse e paixão.

É justamente por causa dessa oscilação da atenção que, muitas vezes, as crianças com TDAH costumam ser mal interpretadas. 

Quem nunca ouviu o pai, a mãe ou outro responsável falar que a criança não tem problema com foco e concentração, pois, quando ela está no videogame, desmontando e montando objetos ou realizando determinada atividade, ela se concentra de tal forma que os adultos até esquecem da sua presença? 

Pois é! Em virtude dessa “atenção seletiva”, a criança passa a ser vista como rebelde, malcomportada, etc.

Mas, isso tem uma explicação. Tem a ver com a forma do cérebro dessa criança processar as informações. Veja abaixo como funciona o cérebro de uma pessoa com TDAH.

Alteração cerebral no TDAH

O córtex pré-frontal é a região do nosso cérebro responsável por regular a atividade cerebral. Acontece que, nas pessoas com TDAH, essa área não filtra as informações tão bem. Entenda-se como “informações” todo tipo de estímulo externo: barulhos, conversas, imagens e textos, entre outros.

Por causa disso, a quantidade e a velocidade de pensamentos são bem maiores do que em pessoas que não possuem o transtorno. O que dificulta, portanto, a concentração, já que em pouco tempo a mente da criança vai para outro “lugar”.

Isso explica a desatenção, mas ainda não explica a atenção direcionada apenas para algumas atividades, não é mesmo? 

TDAH e o hiperfoco

A região cerebral que citamos acima, além de filtrar as informações, também é responsável pelo controle da motivação, dos impulsos, da parte motora, da atenção, da capacidade de planejamento e do prazer. 

Tal região é regulada pela dopamina, o principal neurotransmissor afetado no TDAH. Basicamente, há pouca dopamina nesse cérebro e, por isso, o indivíduo vai em busca de atividades que despertam seu interesse. Elas são capazes de estimular a dopamina que lhe falta. 

Então, é por isso que ocorre o hiperfoco em atividades de que as crianças gostam. Tais atividades ativam o seu sistema dopaminérgico, fazendo com que elas se sintam motivadas a manter o foco por horas. 

Agora que já entendemos o fundamento do TDAH, perguntamos: onde entra a hiperatividade? 

Hiperatividade, Impulsividade e o TDAH

Apesar de nem sempre estar presentes, a hiperatividade e a impulsividade são outros dois sintomas bem comuns nesse transtorno. 

A hiperatividade é manifestada pela inquietação motora. A criança não consegue ficar parada, há uma grande necessidade de se mexer, seja correndo para todos os lados ou apenas movimentando continuamente uma perna. 

A impulsividade, por sua vez, é a dificuldade em esperar, seja em uma fila, a vez para falar ou para ter algo prazeroso.

Assim como a baixa disponibilidade de dopamina faz com que a criança não consiga se concentrar em atividades pouco estimulantes, também faz com que os controles motor e de impulso estejam diminuídos. 

Dificuldades de aprendizagem em crianças hiperativas, como resolver?  

Como resultado da hiperatividade, as crianças tendem a não ficar sentadas e acabam deixando de realizar as atividades ou ouvir as orientações do docente. 

Nesse caso, o professor pode optar por trabalhar com projetos que envolvam movimentos. Pode ser teatro, dança, horta, brincadeiras educativas e gamificadas, entre outros. 

Como driblar a desatenção de crianças com TDAH 

Os recursos citados também podem ser boas opções para driblar a desatenção. Normalmente, esse sintoma faz com que a criança perca “pedaços” da explicação, se deixe levar por qualquer estímulo externo e não consiga finalizar as lições. 

Como as atividades descritas acima demandam engajamento, envolvimento e imersão dos envolvidos, é quase certo que vão manter os estudantes focados. 

E, que tal propor jogos on-line e projetos que envolvam o uso de ferramentas digitais no computador? Isso também ajudará a manter a atenção dos educandos. 

Tente ainda vídeos, filmes e contação de história. Todo recurso que envolve o estímulo da imaginação possui alto potencial de despertar o interesse dos discentes. 

Competições saudáveis ajudam as crianças mais impulsivas

A impulsividade é um fator que resulta em mal desempenho social, já que a dificuldade de esperar a vez para jogar, brincar, participar da aula ou responder algo, pode irritar os demais. 

Então, oferecer momentos em que as crianças com TDAH possam colocar isso para fora, de maneira saudável, é uma excelente estratégia. 

Nos jogos e brincadeiras envolvendo quizzes, por exemplo, ganha quem responder primeiro. Assim, não terá problema se a criança responder na frente de alguém, já que essa é a proposta.  

Comorbidades: transtornos de aprendizagem associados ao TDAH

Agora, quando a dificuldade para aprender está relacionada a algum transtorno de aprendizagem associado ao TDAH, é fundamental trabalhar junto aos responsáveis e psicopedagogos, uma vez que quase sempre é necessário o acompanhamento desse profissional. 

Existem diversas estratégias para ajudar no processo. Para as crianças com dislexia, um bom recurso é optar por fazer avaliação oral em vez de escrita e usar muitas imagens e diagramas para explicar conceitos. Isso serve para estudantes com discalculia.

Recursos educacionais para crianças com TDAH e transtornos de aprendizagem

As atividades e os projetos sugeridos anteriormente podem ser facilmente desenvolvidos a partir de planos de aulas e orientações encontradas em sites como o do Ministério da Educação. Inclusive, também é possível encontrar sugestões para desenvolver recursos pedagógicos que vão auxiliar na criação das ações. 

Além disso, há opções como a plataforma educacional Opet INspira, que disponibiliza diversos objetos de aprendizagem e materiais didáticos.

Opet INspira: soluções educacionais para diversas práticas de ensino

Na Opet INspira, o professor encontra recursos como áudios, imagens, vídeos e histórias infantis ilustradas para trabalhar com contação de histórias, leitura e até teatro. 

Também há jogos on-line, modelos de quizzes para gincanas e ferramentas para gamificar brincadeiras. Sem contar que há um “menu acessibilidade”, em que é possível adaptar algumas funções conforme a necessidade.

 

Vamos saber mais sobre a dislexia?

A dislexia do desenvolvimento é um dos transtornos específicos de aprendizagem mais comuns, e afeta entre 5% e 17% da população. Sua origem, segundo informação da Associação Brasileira de Dislexia (ABD), é neurobiológica, e ela se caracteriza por dificuldades no reconhecimento preciso e/ou fluente das palavras, na habilidade de decodificação e na soletração. 

É importante frisar, no entanto, que esse déficit não afeta a inteligência dos portadores do distúrbio. Pelo contrário: crianças com dislexia possuem uma configuração cerebral capaz de torná-las muito capacitadas para áreas relacionadas ao processamento de informações visuais. 

A boa notícia é que as dificuldades produzidas pela dislexia podem ser superadas. Com práticas pedagógicas adequadas, essas crianças conseguem vencer os obstáculos do transtorno e aprender a ler e escrever fluentemente.

 

Estudantes com Dislexia: principais sinais e sintomas

Os sintomas da dislexia costumam ser difíceis de detectar até que a criança comece a frequentar a escola. Normalmente, o primeiro a detectar os sinais é o professor, na fase de alfabetização, uma vez que o transtorno provoca dificuldades para ler, soletrar e seguir as instruções na sala de aula. Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e também de acordo com a idade, mas há alguns deles que aparecem em quase todos os casos. São eles:

● Confundir letras, principalmente quando elas possuem sons semelhantes, como “f” e “v”, “b” e “p”, “d” e “t”;

● Pular ou inverter a ordem das sílabas durante a leitura ou a escrita;

● Prejuízos na fala;

● Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas;

● Dificuldade para associar as letras e palavras aos sons por elas produzidos;

● Confundir palavras como sonoridade semelhantes, como macarrão e camarão;

● Erros de ortografia constantes, mesmo depois de diversas explicações e exemplos;

● Leitura lenta;

● Dificuldade em localizar esquerda e direita;

● Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas, etc.;

● Pouco interesse nos estudos. 

 

Dislexia: causas e processo de aprendizagem

As principais funções da linguagem oral – leitura e escrita – são desempenhadas por circuitos neurais acomodados em várias áreas do hemisfério esquerdo do cérebro. Acredita-se que, em pessoas com dislexia, essa região sofre alguma alteração e, por isso, elas passam a demonstrar os sintomas da dislexia.

Muitas crianças com dislexia podem ter dificuldades no processo de aprendizado. E isso não ocorre por incapacidade para aprender, mas porque a leitura é a base para a compreensão de quase todos os componentes curriculares. Muitas delas aprendem facilmente por meio da escuta e podem até ter dificuldades em colocar as ideias no papel, mas possuem boas habilidades orais.

Saber disso não só nos ajuda a compreender as razões da dislexia, mas vislumbrar as possibilidades de trabalho em sala de aula. Há, inclusive, especialistas que acreditam que, em função dessa carência no hemisfério esquerdo do cérebro, as pessoas com dislexia desenvolvem habilidades compensatórias. Vamos entender melhor essa relação:

 

Como funciona o cérebro das pessoas com dislexia

Ao que parece, o cérebro das pessoas com dislexia, em uma tentativa de compensar a falta de circuitos no hemisfério esquerdo, desenvolve com mais afinco habilidades específicas relacionadas ao hemisfério direito. Para ficar mais claro, veja o que diz o neurologista Al Galaburda:

“Inicialmente, circuitos do tipo hemisfério esquerdo que não se formam permitem que circuitos do hemisfério direito povoem sinapses vazias. Depois, como não leem, [os portadores do distúrbio] ficam melhores [mais hábeis] em outras coisas, principalmente porque têm um bom maquinário para isso”.

Então, ocorre que, a princípio, na fase do desenvolvimento infantil, o lado esquerdo do cérebro não se desenvolve como acontece na maioria dos casos. 

Em virtude disso, o cérebro da pessoa com dislexia passa a depender fortemente do hemisfério direito e consequentemente, ao longo do tempo, esse hemisfério passa a ser a parte dominante. 

Tornando-se parte dominante do cérebro, o indivíduo, apesar dos déficits decorrentes da falta de circuitos no lado esquerdo, passa a desenvolver fortes competências e habilidades relacionadas ao lado direito. O hemisfério direito controla as funções não verbais, associadas, por exemplo, ao reconhecimento de padrões visuais ou desenhos e à apreciação da música.

 

Déficits e talentos únicos: dois lados da mesma moeda na dislexia

Podemos dizer que o cérebro de pessoas com dislexia está otimizado para desempenhar melhor um conjunto de funções específicas, o que pode gerar diferenciais. Ronald D. Davis, autor do livro “The Gift of Dyslexia” (“O Presente da Dislexia”), conta que:

“Certa vez, como convidado de um programa de televisão, fui questionado sobre o lado ‘positivo’ da dislexia. Como parte da minha resposta, listei uma dúzia ou mais de disléxicos famosos. A apresentadora do programa então comentou: ‘Não é incrível que todas essas pessoas possam ser gênios, apesar de ter dislexia?’. Ela perdeu o ponto. A genialidade deles não ocorreu apesar da dislexia, mas por causa dela!”.

Segundo o Dr. Brock Eide, outro neurologista: 

“Quando você começa a olhar para essas otimizações, percebe que desenvolver certas habilidades em certas áreas geralmente envolve uma compensação na função de algum outro conjunto cognitivo”. 

Ele observa: 

“Então, o que vimos com essas crianças é que elas foram otimizadas de uma forma que lhes deu dificuldade em certas áreas de função. Mas, também vimos que essas dificuldades geralmente representam o outro lado de outros conjuntos de talentos”.

O ponto, então, é o seguinte: há coisas que as crianças com dislexia podem fazer brilhantemente. E isso só é possível porque elas têm dislexia!

 

Principais habilidades atribuídas a pessoas com dislexia 

Confira, a seguir, alguns dos talentos que podem ser percebidos em crianças e adolescentes com dislexia. Em alguns casos, possuem até estudos que sugerem e explicam o caso!

Pensamento sequencial versus pensamento simultâneo na dislexia

Resolver quebra-cabeças, por exemplo, é uma atividade em que muitas crianças e adolescentes se saem muito bem. Eles são excelentes em identificar formas com precisão e solucionar problemas complexos. 

Podem até não ser pensadores sequenciais, mas têm sucesso em ambientes que permitem e promovem o pensamento simultâneo e a visão global, no qual as ideias não precisam ser conectadas em “linha reta”.

 

Raciocínio espacial brilhante

Alguns estudos vêm demonstrando que jovens disléxicos possuem um talento especial para lembrar de ambientes virtuais, por exemplo. Essa habilidade, se estimulada e desenvolvida, pode torná-los bem-sucedidos em áreas como engenharia, design industrial e gráfico, arquitetura e construção.

 

Habilidade verbal oral e desempenho social

A leitura e a escrita de palavras podem não ser os pontos fortes dos disléxicos, mas a maioria deles é ótimo em ler e interagir com as pessoas.

Além disso, pessoas com dislexia costumam compreender histórias contadas ou lidas muito bem. Entendem e analisam todo o enredo, as ideias e os conceitos.

 

Pensamento visual 

Acredita-se que as alterações que prejudicam áreas da linguagem acabam contribuindo para que as pessoas com dislexia mantenham boas habilidades para captar informações visuais e detectar padrões. Talento que pode ser especialmente útil na Ciência.

Um estudo feito pelo Harvard Smithsonian Center que investigou talentos para a Ciência em pessoas disléxicas mostrou que os astrofísicos profissionais com dislexia eram mais hábeis em detectar anomalias de buraco negro com maior precisão. 

E, outro estudo, no mesmo centro, concluiu que estudantes universitários com dislexia possuem alta capacidade de identificar e memorizar imagens complexas, como imagens borradas semelhantes a raios X.

 

O papel do professor no desenvolvimento do estudante com dislexia

Com o diagnóstico correto, instrução apropriada e o método de ensino adequado, as crianças com dislexia podem aprender a ler com precisão e fluência e ter uma vida de muito sucesso. 

Veja algumas ações do professor que ajudam nesse processo:

● Avaliar a criança oralmente em vez da prova escrita;

● Utilizar audiobooks;

● No computador, optar por fontes não serifadas, que facilitam a decodificação;

● Utilizar elementos visuais nos textos;

● Ensinar as palavras e depois os sons, ou seja, seguir do todo para as partes. Depois de conhecer as palavras, fica mais fácil identificar os fonemas.

Também cabe à escola informar e orientar os responsáveis. Inclusive, indicar o serviço de um psicopedagogo, profissional especializado em transtornos de aprendizagem. 

Além disso, utilizar recursos digitais como os da plataforma Opet INspira pode ajudar bastante na sala de aula.

 

Opet INspira e recursos educacionais para dislexia

A Opet INspira é a plataforma de objetos educacionais da Editora Opet. Nela, o professor encontra ferramentas como áudios, que podem ser de grande ajuda na hora de ensinar crianças com dislexia. Também há um acervo de imagens, vídeos e histórias infantis ilustradas. 

Sem contar que há um “menu acessibilidade”, onde é possível adaptar algumas funções conforme a necessidade. Por fim, o professor encontrará ainda ferramentas para montar trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos personalizados para os educandos que possuem dislexia.