Competências em sala de aula

Mais do que adquirir conhecimentos, o aprendizado envolve a capacidade de aplicá-los na vida prática e de assumir uma atitude positiva e curiosa diante das possibilidades que determinado conteúdo oferece.

Esse processo só é possível a partir de uma educação integradora, isto é, um ensino que contemple todas as dimensões do desenvolvimento humano – cognitivo, físico, emocional e cultural.

Em uma educação integradora, a aprendizagem é vista como o desenvolvimento de competências, não apenas como aquisição de conhecimentos.

Nela, aparecem outros dois elementos fundamentais para o processo de ensino-aprendizagem: as habilidades e a atitude.

Entenda como isso se dá na prática!

A tríade do conhecimento: o sentido de desenvolver competências

Competências, como já mencionamos, podem ser definidas como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes.

Aquisição de conhecimento: primeira etapa

O ensino dos conteúdos das disciplinas de português, matemática, ciências, história e geografia oferece ao estudante conhecimentos essenciais para a vida, aqueles conhecimentos clássicos, acumulados ao longo da história e que devem ser transmitidos para as próximas gerações – são conhecimentos civilizatórios.

Acontece que, se o ensino se detém em “repasse”, a criança simplesmente esquece o conteúdo. Afinal, ela não teve a oportunidade de praticar o que foi apresentado nos livros e aulas, então tudo ainda está muito abstrato para ela. As coisas só fazem sentido se associadas a outras, da própria vida de quem aprende.

Aquisição de habilidades: segunda etapa

A fim de consolidar o que foi aprendido na etapa anterior, é preciso que a criança aprenda a utilizar os conhecimentos de conteúdo escolar em diversos aspectos da vida para solucionar problemas e para entender aspectos do cotidiano.

É muito importante ter em mente que todo conteúdo deve ser útil – a teoria sempre deve andar com a prática. De pouco adianta passar dezenas de exercícios de gramática se o estudante não sabe se comunicar, debater e defender seus pontos de vista com base em argumentos válidos. Uma coisa, aqui, está integrada com a outra!

Da mesma forma, não adianta ensinar fórmulas de matemática se o estudante não compreender que os conceitos desta disciplina podem ser aplicados em várias áreas de sua vida, por exemplo, na vida financeira ou mesmo em projetos.

Atitude positiva

Tanto a aquisição de conhecimentos quanto a de habilidades podem ser repassadas para uma pessoa. O professor consegue formar o estudante por meio das aulas expositivas e indicações de leituras, bem como a partir da aplicação de atividades, situações-problema e projetos – as possibilidades são muitas!

Já a atitude é um aspecto comportamental, é algo que vem com o indivíduo. Isso não pode ser ensinado, mas pode ser percebido e trabalhado pelo professor. Tem a ver com aquela curiosidade, um brilho nos olhos, a vontade de aprender mais sobre algo.

O docente, então, pode trabalhar com abordagens que estimulem a criança a ter vontade de adquirir conhecimentos e habilidades. Só o fato de o estudante perceber que a teoria apresentada previamente pode ser aplicada em sua vida é um modo de incentivá-lo. É importante, no entanto, manter essa chama acessa. Isso pode ser feito a partir das escolhas do tipo de atividade, trabalho e ensino que se tem em sala de aula.

As crianças e jovens de hoje estão totalmente conectados às tecnologias digitais. Então, por que não utilizar essa realidade como ponto de partida para desenvolver trabalhos? Pode ser por meio de vídeos, podcasts ou na criação de uma animação.

Quais competências devem ser trabalhadas

Essa educação integradora pode partir das competências gerais que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – um documento basilar da nossa educação – propõe. Confira a seguir:

1. Conhecimento

2. Pensamento científico, crítico e criativo

3. Repertório cultural

4. Comunicação

5. Cultura digital

6. Trabalho e projeto de vida

7. Argumentação

8. Autoconhecimento e autocuidado

9. Empatia e cooperação

10. Responsabilidade e cidadania

Essas 10 competências devem acompanhar o desenvolvimento das crianças desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.

Como desenvolver e ensinar por competências

O ensino por competências deve ser feito de forma transversal, pois todas elas podem ser trabalhadas em todas as disciplinas. A competência de comunicação, por exemplo, apesar de estar usualmente envolvida nas aulas de português, também pode ser trabalhada nas disciplinas de matemática ou geografia.

Nas aulas de português, é possível trabalhar aspectos relacionados à qualidade da fala, à capacidade de argumentação e ao uso correto da gramática. Só não podemos esquecer de que a comunicação não envolve somente a fala e a escrita. A interpretação de um gráfico, em problemas de matemática, também configura comunicação, assim como a leitura correta de um mapa na disciplina de geografia.

Outra forma de desenvolver as competências nos estudantes é por meio de projetos em grupos, debates ou aprendizagem baseada em problemas. Dessa forma, é possível trabalhar competências relacionadas à comunicação, socialização e pensamento científico.

Afinal, nesse contexto, a criança precisa utilizar o conhecimento prévio, aplicá-lo no projeto, descobrir como socializar de forma saudável com os demais colegas, comunicar-se adequadamente com eles e argumentar em favor de suas ideias, bem como exercitar o pensamento científico, uma vez que precisa observar, elaborar hipóteses e investigar.

Como deve ser feita uma avaliação por competências

Assim como o modo de ensinar, realizar atividades e desenvolver projetos muda diante de uma educação por competências, a maneira de avaliar também deve ser diferente. A ideia não é deixar de aplicar a avaliação tradicional, mas também partir de outros aspectos para avaliar o estudante.

Antes de escolher uma atividade para averiguar as competências dos estudantes, é importante ter em mente que, nesse caso, mais do que o resultado, deve se avaliar o processo de realização da avaliação. Se as aulas levam em conta a aquisição de competências, com uma educação integradora, então a avaliação também deve partir desse critério.

O professor precisa, por exemplo, compreender e registrar o desempenho de comunicação, pensamento científico, socialização, aplicação de conhecimentos e demais competências ao longo da execução da atividade avaliativa proposta.

Da mesma forma que, como citamos, existem formas de trabalhar intencionalmente para o desenvolvimento da tríade conhecimento, habilidades e atitude, também existem formas de avaliar.

Confira abaixo algumas opções!

●    Desafios de lógica;

●    Análise de casos e situações;

●    Rodas de conversa;

●    Encenação e dramatização;

●    Seminários;

●    Trabalhos em grupo;

●    Debates;

●    Exposições;

●    Saraus;

●    Publicações temáticas, como revistas e jornais.

Durante todo o período em que os estudantes estiverem desenvolvendo os trabalhos, o professor deve analisar se o objetivo final está sendo alcançado. Ele também deve registrar etapas e acontecimentos ao longo do projeto, para posteriormente avaliar se, de fato, as competências necessárias foram empregadas na execução dos trabalhos.

Competências necessárias para os docentes

Além das crianças, os docentes também precisam desenvolver uma série de competências, desde a formação até a atuação em sala de aula, para obter sucesso no ensino dos estudantes.

Tais competências envolvem o conhecimento específico de sua disciplina, assim como de didática, processos de aprendizagem, metodologias de ensino e tecnologias digitais. Tudo o que é fundamental para repassar o conteúdo de modo que o indivíduo realmente aprenda.

Claro que de nada adianta conhecer a teoria se o docente não consegue aplicar todo esse conteúdo em prol do ensino. O professor deve desenvolver um olhar analítico que mostre a ele quais os melhores métodos para determinada situação e indivíduo, a capacidade de liderança e de tomada de decisões, as habilidades necessárias para utilizar as ferramentas de ensino, sejam elas digitais ou não, e demais características que o ajudem a atuar como mediador entre o estudante e o objeto de aprendizagem.

Não se deve esquecer, no entanto, de que a atitude positiva deve vir do próprio professor, a vontade de ensinar, aquele brilho nos olhos que citamos acima. Por isso, é fundamental que esse profissional busque sempre novos caminhos, conhecimentos e habilidades, e esteja disposto a conhecer e considerar novas formas e ferramentas de ensino.

Essa vontade é essencial para que os demais elementos da tríade de competências sejam desenvolvidos.

Como adquirir competências discentes e docentes

Quando falamos em desenvolver competências em discentes, devemos voltar nossa atenção, principalmente, ao professor. É ele que, a partir das próprias competências, guia a criança e o estudante no processo de aquisição de conhecimentos e habilidades. Mas, assim como o docente deve trabalhar para formar os estudantes, o próprio docente (ou a escola) deve focar em sua própria formação.

Atualmente, os métodos de ensino têm se modificado bastante. Com o surgimento de novas tecnologias digitais, surgiram também novas maneiras de praticar a docência. Portanto, é fundamental treinar o professor constantemente para que ele esteja preparado para as novas demandas em sala de aula.

Também é importante que o docente tenha acesso às novas ferramentas advindas das tecnologias digitais. Isso ajudará na aplicação de seus conhecimentos em prol da aprendizagem dos discentes, tornará o ensino mais efetivo e ainda ajudará a estimular a atitude positiva das crianças e, consequentemente, do próprio professor.

Como preparar estudantes e professores

Na plataforma educacional Opet INspira há diversos materiais didáticos que auxiliam os educadores no desenvolvimento de atividades, avaliações e sequências didáticas.

Além disso, vários desses recursos são digitais, permitindo que o docente crie trilhas de aprendizagem e forneça roteiros de estudos aos discentes.

Sem contar as ferramentas de áudio, os bancos de imagens, os quizzes e os vídeos disponibilizados para professores e estudantes. Todos eles são recursos que ajudam na aplicação e desenvolvimento de atividades integradoras, capazes de trabalhar as competências gerais nas crianças.

Além das ferramentas digitais, diversas histórias infantis são disponibilizadas na plataforma. É um outro tipo de material essencial para estimular a atitude positiva dos discentes diante das atividades propostas, uma vez que trabalha a imaginação, a criatividade e a ludicidade, aspectos que geram muito interesse nos discentes.

Todos esses materiais e conteúdos servem como instrumento para o ensino, de modo que a criança adquira seus próprios conhecimentos e descubra como usá-los em diversas situações cotidianas.

Já para o professor, esses recursos digitais auxiliam na elaboração e aplicação de atividades e avaliações integradoras, permitindo que eles capacitem as crianças de forma mais eficaz e avaliem visando todo o processo e não apenas o resultado.

Todas as tecnologias para a educação brasileira

Os últimos meses nos ensinaram a conhecer e a valorizar ainda mais as ferramentas educacionais digitais. Com elas, vem sendo possível oferecer educação de qualidade a milhões de estudantes. Ainda há muitos desafios, como os representados pela falta de uma infraestrutura
adequada em várias regiões do país, algo que só pode ser resolvido com planejamento e ação do poder público. A chegada de tecnologias como a do chamado “5G”, por exemplo, promete revolucionar esse cenário e levar uma internet de melhor qualidade para mais lugares.

 

Como melhorar a qualidade da educação com o uso de tecnologias

Os professores, estudantes e famílias parceiros da Editora Opet nas áreas pública e privada têm acesso a um conjunto fantástico de soluções: a Plataforma Educacional Opet INspira, repleta de conteúdos organizados – jogos educacionais, simuladores, vídeos, áudios e muito mais – e integrada aos materiais didáticos, e as ferramentas Google Workspace for Education, que garantem a realização de aulas digitais de alta qualidade. E esses recursos não “chegam sozinhos”: nas nossas formações pedagógicas, os docentes parceiros aprendem a utilizá-los e, de quebra, descobrem muitos outros recursos em uso no universo da educação digital!

Mesmo os professores e os estudantes que não dispõem desses recursos, porém, podem fazer uso da internet para fortalecer o trabalho pedagógico. A rede oferece várias ferramentas, disponíveis em plataformas e sites de governo, como o do Ministério da Educação – MEC. Os chamados “repositórios” possuem diversos objetos digitais de aprendizagem como games, imagens e outros.

Também é possível encontrar bons conteúdos em sites e portais de universidades públicas, museus e centros de pesquisa. Vamos conhecer alguns deles?

  1. Currículo+: recursos digitais articulados com o Currículo do Estado de São Paulo. Oferece livros, áudios, jogos, infográficos, etc.
  2. Plataforma Anísio Teixiera. Desenvolvida pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Traz rotinas de estudos para todas as fases da educação básica, notícias recentes da educação, vídeos, jogos, animações, imagens, planilhas, sites etc.
  3. PROEDU – Repositório de Recursos Educacionais Abertos para Educação Profissional e Tecnológica, desenvolvido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) do MEC. Focado no ensino tecnológico, traz manuais, guias e aulas para download.
  4. Mundo Senai – Também focado em ensino tecnológico, oferece um grande número de livros digitais sobre várias atividades da indústria.
  5. Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin – Uma das mais importantes bibliotecas digitais sobre temas brasileiros, desenvolvida pela Universidade de São Paulo a partir do acervo doado por Guita e José Mindlin.
  6. Labvirt – Também desenvolvida pela USP (pela Escola do Futuro), oferece objetos de aprendizagem ligados ao ensino de Física e Química.

Tecnologia e acessibilidade à educação 

Quando se fala em tecnologias pedagógicas, um dos benefícios mais citados é a acessibilidade à educação, uma vez que os custos do ensino remoto são menores e permitem que muitas pessoas residentes possam estudar conteúdos a que não teriam acesso presencialmente devido às
limitações geográficas.

Esse cenário é possível graças à criação de ambientes de aprendizagem on-line, plataformas de ensino que permitem o indivíduo acessar as aulas, os livros e demais materiais.

Ao se pensar nesse modelo educacional, muitos já lembram dos cursos de graduação, mas não podemos esquecer de que o ensino híbrido – associação entre aulas presenciais e remotas – é uma realidade cada vez mais presente no ensino básico. Principalmente depois no início da pandemia, quando a única maneira de continuar as aulas foi com a adoção das aulas remotas.

Áreas remotas e o acesso à internet: uma realidade em transformação

Mesmo com todos os benefícios que as aulas remotas proporcionam a estudantes de diversos níveis educacionais, é preciso ter em mente que nem todos conseguem ter acesso à internet. Isso é prejudicial não apenas por inviabilizar o ensino híbrido que escolas
públicas e privadas vêm adotando, mas também por dificultar o acesso às soluções proporcionadas pelas novas tecnologias de informação e comunicação.

Essa realidade, no entanto, vem mudando de algum tempo para cá, já que o governo tem criado diversos programas de distribuição via satélite para escolas presentes nesses locais. Dessa maneira, os estudantes podem driblar algumas dificuldades educacionais, como baixo investimento e falta de estrutura, e se beneficiar com as soluções de ferramentas educacionais digitais.

Tecnologias digitais são acessíveis e fazem parte do cotidiano das crianças

Com a questão do acesso à internet resolvida, crianças que estudam em escolas que recebem pouco investimento e estão localizadas em regiões remotas já conseguem um ganho significativo nos estudos. Isso porque elas passam a ter acesso aos recursos digitais disponíveis na web.

Além dos repositórios de objetos de aprendizagem já citados anteriormente, muitas empresas de tecnologia também oferecem treinamentos para professores e até softwares que garantem bons resultados.

Google, Microsoft e Samsung são exemplos de empresas que desenvolvem, na maioria das vezes em parceria com escolas públicas, programas interessantes para o corpo docente aplicar aos educandos.

Para além das ferramentas disponibilizadas em plataformas do governo ou de empresas de tecnologia, o educador pode ainda utilizar as mídias digitais presentes no dia a dia das crianças.

Muitas vezes, por já estarmos tão acostumados com elas, esquecemos destas opções, porém as redes sociais, os jogos on-line, os podcasts, os vlogs, os vídeos, os áudios, os blogs, os sites e os wikis, por exemplo, também são excelentes recursos para melhorar a qualidade das aulas. São muito populares e amigáveis, o que permite que os professores dominem seus princípios muito rápido. O melhor é que há pouco estranhamento quando o docente insere tais instrumentos em sala de aula, uma vez que boa parte dos estudantes já utiliza vários deles diariamente.

Todas essas ferramentas possuem um enorme potencial para desenvolvimento de aulas dinâmicas, em que as crianças podem colocar a mão na massa e aprender fazendo.

Possibilidades pedagógicas com as mídias digitais

Inserir as tecnologias digitais em sala de aula traz uma série de benefícios. Por isso, abaixo, mostraremos algumas possibilidades de atividades que elas proporcionam e as vantagens que as crianças obtêm com cada uma delas:

Ensino híbrido: anteriormente, mencionamos que o ensino híbrido permite às crianças acessar ao conteúdo escolar mesmo quando não podem estudar presencialmente. Porém, esse modelo garante ainda outro benefício: a possibilidade de o professor aplicar a
técnica sala de aula invertida”, prática em que a criança estuda a parte teórica em casa por meio dos livros e videoaulas.

 

Sala de aula invertida: aplicar essa estratégia de ensino garante que haja mais tempo para a parte prática, já que o estudante chega em sala de aula com o conteúdo parcialmente aprendido e com as dúvidas a ele associadas. Nesse caso, utilizar ferramentas como YouTube
e podcasts é uma excelente alternativa para que o professor consiga disponibilizar as aulas.

 

Learning By Doing ou Aprender Fazendo: método de ensino baseado no ensino através da prática. A ideia é que a criança aprenda através de simulações de situações reais do dia a dia. Esse método pode ser usado juntamente com a sala de aula invertida. Assim, o educando realiza aulas e
tarefas teóricas em casa e chega pronto para “aprender fazendo” na escola – com métodos como aprendizagem baseada em problemas, educação baseada em projetos, robótica e gamificação.

 

Aprendizagem baseada em problemas: uma metodologia focada na aquisição do conhecimento por meio da resolução de situações. O professor indica um problema
inicial e as crianças precisam encontrar soluções, desenvolver hipóteses, pesquisar teorias, debater entre outras atividades que as levem à conclusão da atividade. Além do objetivo em si, valoriza-se a estratégia de solução do problema.

 

Educação baseada em projetos: mais um método que foca na prática como premissa para a aquisição de conhecimento. Nele, com orientação do professor, estudante deve desenvolver um projeto específico, desde o planejamento, passando pela execução até chegar
na conclusão e apresentação. Ele pode utilizar diversas ferramentas como áudios, vídeos ou desenvolvimento de páginas em redes sociais para expor o trabalho.

O projeto pode ser justamente a criação de uma ferramenta digital, por exemplo, um jogo ou um blog.

 

 

Ensino de tecnologias sem recursos digitais no uso dos métodos robótica e gamificação

Apesar de a robótica educacional e da gamificação estarem muito associadas a protótipos, montagem e desmontagem de peças e placas-mãe, é possível ensinar a construção de tais tecnologias mesmo sem a presença dos elementos digitais.

A sucata, por exemplo, é um recurso que vem sendo bastante utilizado para o ensino de robótica. Esse material permite o ensino dos conceitos básicos da disciplina, programação desplugada, montagens de peças e outros aspectos relacionados ao tema.

O trabalho com gamificação também não precisa ser executado com games. O educador pode perfeitamente utilizar apenas conceitos dos jogos on-line nas atividades físicas. Afinal, conceitos como ranqueamento, bônus e vencer/perder também cabem em jogos off-line. O foco
é na cooperação e na superação de desafios.

 

“O quê? Quando? Onde? Como? Por quê?” – as perguntas como estratégia instigante para o aprendizado

Feche os olhos e imagine a figura de um filósofo grego. Provavelmente, ele estará lá, sentado em uma pedra e se perguntando alguma coisa: “Mas, como será que…?”. E, dali a pouco, já começa a construir pensamentos e a buscar respostas.

É isso: as perguntas são um importante ponto de partida para o conhecimento e para o aprendizado. Elas podem partir tanto do professor, quando quer instigar o aluno, quanto do próprio estudante. No caso do estudante, ora ele questiona a si mesmo, ora questiona o professor. Em outros momentos é o educador quem faz as perguntas, caminhando no sentido de um campo de conhecimento ou de outras perguntas importantes.

Podemos considerar, portanto, que há uma relação direta entre curiosidade, formulação de perguntas e processo de aprendizagem. Ou seja, o aprendizado ocorre quando há curiosidade suficiente para formulação de uma ou mais perguntas.

Para estimular o questionamento, questione o educando

Não apenas os aprendentes devem ser estimulados a fazer boas perguntas: o professor também deve buscar a excelência nesta arte. Uma boa pergunta é, acima de tudo, um convite, uma instigação. É papel do mestre formular questões que ajudem o estudante a pensar sobre um processo, desenvolver um pensamento divergente ou buscar mais pontos de investigação.

Do mesmo modo que o estudante chega ao conhecimento através dos questionamentos que faz, o educador consegue estimular reflexões importantes no educando quando pergunta com intencionalidade.

Ao fazer isso, o professor provoca desequilíbrios que favorecem um aprendizado mais reflexivo e crítico, ou seja, nascido com a participação direta do estudante. Nesse processo estão presentes dois aspectos importantes para a aprendizagem: a metacognição e a relação afetiva com o conhecimento.

A metacognição refere-se a como o sujeito utiliza suas funções cognitivas. Já a relação afetiva com o conhecimento tem a ver com a percepção do estudante quanto à sua vinculação com o objeto de conhecimento.

Imaginação, contação de histórias e a arte de fazer perguntas: como o texto jornalístico pode colaborar nesse processo

Por falar no vínculo entre aprendizagem e relação afetiva com o conhecimento, uma boa maneira de trabalhar esse conceito é inserir atividades lúdicas por meio dos jogos, brincadeiras e do estímulo à imaginação.

Com esses elementos é possível instigar boas emoções, algo que está fortemente ligado com a criação de memórias e que ainda garante uma aprendizagem investigativa. É comum que, ao ter a imaginação estimulada, as crianças passem a questionar: “Como o avião voa?”, “Por que o arco-íris só aparece quando chove?”, “Princesas e bruxas existem de verdade?”.

Esse universo de fantasia também é um excelente caminho para o estímulo de boas perguntas, além de trabalhar a imaginação das crianças. Para isso, o professor pode, por exemplo, contar histórias, sejam lendas, mitos ou tradições de uma sociedade, de maneira que o estudante tenha vontade de realizar mais perguntas a respeito do tema.

Existe um costume judaico que pode exemplificar melhor essa ideia, de relacionar transmissão de conhecimentos e, ao mesmo tempo, estimular a imaginação e a curiosidade. Esse costume, que ocorre na noite de Pessach, visa estimular as crianças a questionar os adultos sobre o porquê de aquela noite ser diferente das demais. Esse é o ponto de partida perfeito para que os adultos contem sobre o significado da tradição.

Porém, para garantir uma aprendizagem realmente eficaz, seja por meio das brincadeiras, perguntas ou contação de histórias, é preciso que o professor desenvolva um planejamento cuidadoso e saiba utilizar diferentes recursos e materiais, além de ensinar o aprendente a como fazer as melhores perguntas.

Desenvolvendo boas perguntas com base na técnica jornalístico

Para desenvolver boas perguntas, o educador pode se guiar pelos pilares que norteiam o texto jornalístico.

Quando um jornalista escreve uma matéria, ele utiliza os seguintes questionamentos: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê? Essas seis perguntas “cercam o tema” e vão oferecer uma base para direcionar sua entrevista, reportagem ou texto. São questões-chave para oferecer ao leitor tudo o que ele precisa saber sobre determinado assunto.

Portanto, elas também se adaptam perfeitamente a um contexto no qual o professor se propõe a trabalhar com esse ensino mais investigativo por meio das perguntas.

Aprendizagem baseada em investigação

Ao aprender a questionar sobre os pontos importantes relacionados ao objeto de aprendizagem, o estudante passa a construir suas próprias hipóteses a respeito dos problemas que lhe são apresentados.

Porém, aqui o professor deve tomar o cuidado de guiar o estudante para a melhor solução. Isso porque, ao deixar a criança agir e brincar efetivamente, lançando seu olhar curioso sobre os fatos, cada uma terá sua própria resposta em um primeiro momento.

Cabe ao professor analisar se tal resposta é satisfatória e, caso não seja, deve continuar a estimular o educando a questionar ainda mais. Sempre guiando-o por um caminho lógico e baseado em evidências. Esse, aliás, é um método que tem raízes na filosofia – mais exatamente na maiêutica, desenvolvida por Sócrates.

As crianças não pensam como adultos. Elas possuem uma perspectiva única que é desenvolvida a partir de sua curiosidade perante o mundo. Portanto, quanto mais são estimuladas, mais se tornam investigativas, lúdicas e construtoras – isto ajuda a gerar protagonismo.

Materiais e recursos digitais como ferramentas auxiliares do ensino inquisitivo

Como citamos, para garantir uma aprendizagem realmente eficaz, o professor deve saber planejar, ensinar o educando a criar boas perguntas e utilizar diferentes recursos e materiais.

Para ensinar a criar boas perguntas, já vimos que os pilares do texto jornalístico podem ajudar. Já para propor bons jogos e brincadeiras, é preciso fazer boas escolhas de recursos educacionais.

Gamificação, robótica e exercícios feitos por meio de quizzes são ótimas soluções para estimular no estudante a vontade de questionar. Por se tratar de soluções educacionais ativas, ou seja, processos em que o estudante coloca a “mão na massa”, muitas dúvidas vão surgindo no meio do caminho.

O mais interessante é que essas práticas de ensino também ajudam o estudante a buscar as respostas de diversas maneiras. Pode ser por meio de perguntas ao professor ou para os colegas que sabem algo que ele ainda não descobriu; pode ser pos pesquisas em livros ou internet; pode ser até mesmo por meio da observação do mundo – placas, monumentos, casas, cenário, pessoas…

Onde encontrar ferramentas para uma aprendizagem inquisitiva

A Opet INspira é uma plataforma educacional de recursos digitais desenvolvida pela Editora Opet. Lá, educadores e estudantes encontram um acervo de recursos pedagógicos como material didático, ferramentas de apoio e objetos educacionais digitais – vídeos, áudios, apresentações e quizzes.

Os conteúdos da plataforma educacional Opet INspira auxiliam os educadores no desenvolvimento de avaliações e sequências didáticas. Também permitem que o docente crie trilhas de aprendizagem e forneça roteiros de estudos aos estudantes.

Além disso, há opções para que o professor consiga promover um ensino inclusivo, pois a plataforma conta com recursos de tecnologia assistiva. Basta acessar o Menu de Acessibilidade para visualizar funções de teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto e contraste totalmente adaptados a diferentes necessidades.

Escolas: o futuro da educação é híbrido

O processo histórico transforma as sociedades e a realidade. Esse mesmo processo também transforma as escolas, que, por sua vez, colaboram para as mudanças. É um processo circular, dinâmico, movido por necessidades, desafios, erros, acertos e criatividade.

A escola, é claro, mudou muito e em pouco tempo. Se pensarmos que, há pouco mais cem anos, boa parte da população não ia à escola, que a escola pública era para poucos, que não havia universidades no Brasil e que às mulheres era recusado o direito de avançar nos estudos, vemos que houve grandes avanços.

Hoje, em 2021, em meio a uma pandemia, a Escola mudou novamente. Em outros sentidos, por outros motivos, mas mudou. A virtualização do ensino está nas reflexões e na prática diária de educadores, gestores, famílias e estudantes. Alguns mostram uma resistência compreensível, outros aversão e outros, ainda, um encantamento ingênuo. Fato é que esse assunto está na ordem do dia e precisa ser discutido.

Levando em conta que a escola não pode (nem consegue) ser estática em relação à sociedade, acompanhar a revolução digital e utilizar recursos e ferramentas tecnológicas são coisas imprescindíveis. Porém, não basta incluir um novo recurso ou dar aulas online para adaptar o ensino a uma nova estrutura, sistema e abordagem.

Dentro dos seus limites, as aulas virtuais têm conseguido conquistas no processo de ensino-aprendizagem neste momento de distanciamento social. Um processo importante, uma transformação cultural que, com certeza, terá reflexos no futuro. Mas, que não elimina – em hipótese alguma – o valor das aulas presenciais. Não é caso, aliás, de contrapor esses dois universos, mas de perceber como eles vão funcionar juntos, em um modelo híbrido, aproveitando o melhor de cada componente. Essa, com certeza, é uma das novas discussões da educação, que se soma a tantas outras. E nós, com nosso trabalho presencial, virtual e híbrido, estamos participando!

 

Sugestão de leitura:

Paulo Freire e as Novas Tendências na Educação – Judas Tadeu de Campos

https://ken.pucsp.br/curriculum/article/viewFile/3196/2118

Como manter o ensino remoto na Educação Infantil?

O ensino remoto, solução que ganhou força neste período de pandemia, é altamente desafiador, recebendo atenção extra de professores e familiares interessados em garantir a qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Na Educação Infantil, há questionamentos sobre a necessidade de se manter o ensino remoto e também sobre como é possível ter aulas virtuais com crianças tão pequenas. Neste artigo, falaremos um pouco sobre o papel da Educação Infantil no desenvolvimento da criança e porque é importante que a família esteja engajada nas atividades remotas junto à escola.

 

Mas, afinal de contas, qual o papel da Educação Infantil?

Na Educação Infantil, trabalhamos capacidades essenciais para o desenvolvimento do ser humano. Os primeiros anos de vida são extremamente importantes para o desenvolvimento das habilidades sociais e expressivas. Além disso, as atividades aplicadas na escola têm o intuito de estimular o desenvolvimento cognitivo e intelectual da criança, preparando-a para processos mais profundos de aprendizado, como a alfabetização, por exemplo. A ludicidade, que é importante em vários níveis, mas especialmente na Educação Infantil, é utilizada de forma direcionada e com teor didático para conduzir tudo.

Em suma, é na Educação Infantil que trabalhamos as potencialidades das criança enquanto ser social, intelectual e emocional, valorizando seus conteúdos e apresentando as cores, formas, sons, rostos e gostos do mundo.

 

Como manter as atividades da educação infantil durante o isolamento?

Os professores da Educação Infantil, assim como dos outros níveis, têm trabalhado para que as atividades e conteúdos possam chegar até os estudantes. Obviamente, toda a interação emocional e sensorial que o professor promove na sala de aula presencialmente não acontece da mesma forma no ambiente virtual. Porém, é importante utilizar esses recursos nas aulas remotas para manter o contato entre as crianças e professores, pois a relação pessoal na Educação Infantil é extremamente importante.

A realização das atividades, é claro, acontece de forma diferente. Na maioria das vezes, quem auxilia as crianças na resolução é a família. É comum ver familiares inseguros em relação a essa nova tarefa de orientar os estudantes nas atividades da escola. Porém, essa interação pode ser extremamente valiosa e trabalhar uma aproximação familiar que pode trazer mais autoestima, autoconfiança e resiliência para as crianças, pois elas veem apoio no seu núcleo de convivência.

Por isso, é importante compreender, que nesse contexto de isolamento, é importante rever e adaptar a dinâmica familiar para que os estudantes tenham adultos a quem podem recorrer quando precisarem de algum apoio. E isso vale, sobretudo, para as crianças da educação infantil.

Nós, da Editora Opet, estamos engajados em contribuir para melhorar a experiência de estudantes, educadores e familiares nesse momento difícil. Por isso, desenvolvemos as Sequencias Didáticas, materiais desenvolvidos com uma linguagem clara e objetiva que pode ser utilizado por professores e pais para a realização das atividades escolares. O material de Educação Infantil é super completo, lúdico e interativo, e nossas ferramentas digitais – as plataformas Inspira e Google for Education – são o que existe de mais moderno em educação remota.

Confira o conteúdo no link abaixo e depois nos conte o que achou.

https://www.editoraopet.com.br/noticias.php

06 de Agosto – Dia do Profissional da Educação

O Brasil celebra hoje, 06 de agosto, o Dia do Profissional da Educação. A data é uma homenagem merecida àqueles profissionais que fazem as escolas funcionar e garantem o funcionamento da educação no Brasil. A data foi estipulada pela Lei Nº 13.054/14, sancionada em dezembro de 2014, com base na mudança da Lei de Diretrizes de Base da Educação (LDB), determinada pela Lei Nº 12.014/2009, que insere os funcionários de escola habilitados na categoria de profissionais da educação.

Nós, da Editora Opet, temos muitos profissionais de educação em nossa equipe e, diariamente, trabalhamos com esses profissionais em todo o Brasil. Assim, também nos sentimos homenageados! Mas, principalmente, gostaríamos de homenagear e agradecer a pessoas tão importantes.

 

Quem estamos homenageando hoje?

Além dos professores, a escola funciona através do trabalho de diretores, coordenadores, supervisores, orientadores e todos os que atuam direta ou indiretamente na disseminação da educação. Sem essas pessoas, não há matrículas, boletins, projeto pedagógico, calendário escolar, grade de horários, planejamento, gestão de recursos, etc. Tampouco há orientação, mediação, relação com a comunidade, diálogo e acolhimento.

Em resumo, não há escola sem todos esses profissionais! Por isso, o dia de hoje serve para reafirmar o valor de todos os educadores que compõem esse corpo intelectual e social que é a escola.

 

O que é ser educador?

Educador é o sujeito responsável por coordenar o processo de ensino e aprendizagem em suas diferentes etapas. É aquele que atua para oferecer condições de aprendizagem e desenvolvimento pleno dos estudantes, reafirmando sua unicidade enquanto indivíduos e sua coletividade enquanto seres sociais.

Como afirma Paulo Freire em “Pedagogia da Autonomia” (1996), “educar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. Para isso, é preciso superar a visão simplista e autoritária de que o professor é o detentor de todo o saber e o estudante é seu receptáculo.

Educar é agir para promover o acesso ao conhecimento a partir de relações dialógicas de ensino aprendizagem. A escola, por sua vez, é um centro de oportunidades educativas, na qual o indivíduo se desenvolve em todas as suas dimensões – intelectual, social, física e afetiva.

Há várias pessoas, internas e externas à sala de aula, que atuam diretamente para a criação dessas oportunidades – elas também são educadoras.

Muito falamos sobre o poder transformador da educação e da necessidade de valorizá-la. De fato, o conhecimento é o principal meio para resolução de diversos problemas como pobreza, violência, desigualdade, caos ambiental, doenças, etc. Mas isso só é possível através da valorização daqueles que criam as condições necessárias para que a educação aconteça.

Valorizar os profissionais da educação é priorizar a qualidade do ensino. É zelar pelos nossos estudantes e semear um futuro em que o conhecimento seja tão difundido a ponto de eliminar todos esses problemas.

 

Sugestão de Leitura:

Pedagogia da Autonomia – Paulo Freire

http://www.apeoesp.org.br/sistema/ck/files/4-%20Freire_P_%20Pedagogia%20da%20autonomia.pdf

Formação de Profissionais da Educação: Visão Crítica e Perspectiva de Mudança – José Carlos Libâneo e Selma Garrido Pimenta

https://www.scielo.br/pdf/es/v20n68/a13v2068.pdf

Encontro virtual com familiares em Cotia tem recorde de audiência no canal da Editora Opet no Youtube

Reunir famílias para conversar sobre a educação e a importância da parceria com a escola é algo muito especial. Agora, imagine o valor de reunir milhares de pessoas – mães, pais, avós, responsáveis – em um evento online para falar sobre o trabalho com o afeto, sobre direitos e deveres e sobre os papéis complementares de família e escola na educação. Pois foi exatamente isso que aconteceu na noite de quarta-feira (29) em Cotia, município paulista parceiro da Editora Opet por meio do selo educacional Sefe – Sistema Educacional Família e Escola.

No primeiro encontro com familiares realizado pela prefeitura e pela Editora, mais de 2,3 mil pessoas participaram em tempo real, com 9,3 mil visualizações da live em nosso canal no Youtube. “Foi um recorde em relação ao número de participantes para esse tipo de encontro”, comemora a gerente pedagógica da Editora, Cliciane Élen Augusto. “Foi um marco para a nossa equipe pedagógica, um momento muito elogiado pelos participantes, pelo secretário municipal de Educação e pelo prefeito.”

Cliciane explica que a parceria com Cotia é recente – ela começou neste ano – e que um encontro presencial com familiares havia sido programado. Por conta da pandemia, porém, acabou não acontecendo e foi substituído pelo encontro remoto. “A reunião virtual superou as nossas expectativas. Ficamos muito felizes e agradecidos pela adesão das famílias, o que mostra o quanto elas valorizam a educação.”

A live com os familiares foi aberta por Cliciane e pelo secretário municipal de Educação de Cotia, Luciano Corrêa dos Santos, que destacou a importância da educação, dos professores e da parceria família-escola. O prefeito Rogério Franco também esteve na live: ele agradeceu às famílias pela participação no encontro e à Editora pelo o papel desempenhado na educação municipal, em especial neste momento de pandemia.

A formadora Márcia Ribeiro, a gerente Cliciane Augusto e o secretário Luciano Corrêa durante a live.

Cotia e a Editora Opet são parcerias desde o início deste ano, com adoção, pela rede municipal de ensino, dos materiais didáticos Sefe e das ferramentas digitais para o Jardim I e II (Educação Infantil 4 e 5) e para o Ensino Fundamental nos Anos Iniciais e Finais. Os professores e gestores, aliás, também aderiram com entusiasmo às implantações digitais e às formações remotas proporcionadas pela Editora na parceria com o Google for Education.

Oportunidade de aproximação – A conversa com os familiares teve cerca de uma hora e meia de duração e foi conduzida pela professora Márcia Regina Ribeiro dos Santos, assessora pedagógica da Editora Opet. Ela diz que ficou até um pouco nervosa diante do tamanho da plateia, mas que a interação e o resultado do encontro compensaram muito a expectativa.

“O encontro foi uma grande oportunidade de aproximar escola e família, o que é fundamental para o sucesso da educação. Os comentários que recebemos no chat, com perguntas e opiniões, nos dão a certeza de que precisamos de momentos como esse.”

Conversando com a gerente pedagógica da Editora, o secretário municipal de Educação de Cotia, Luciano Corrêa dos Santos, se disse muito feliz pelo sucesso do encontro com os familiares. “Foi muito bom estar com vocês neste momento! Nós recebemos várias mensagens de diretores de escolas e de familiares de estudantes. Que riqueza para nós. É um caminho que precisamos seguir trilhando. Obrigado pela parceria!”.

Para o gerente comercial da Editora Opet para o segmento público, Roberto Costacurta, o sucesso da live com as famílias de Cotia é a melhor demonstração de que a empresa está no caminho certo. “A proximidade com as famílias faz parte do DNA da Editora, ela está na marca Sefe – Sistema Educacional Família e Escola – e é muito importante em nossa proposta de ensino. Realizar um encontro com familiares, neste momento, era um desafio que foi vencido com inteligência”, observa. “As famílias já consomem lives, já fazem reuniões pela internet. Assim, resolvemos caminhar por aí e foi um grande sucesso. Só temos a agradecer às famílias, ao prefeito Rogério e ao secretário Luciano pela confiança no nosso trabalho. A partir dessa live, vamos crescer ainda mais.”

O link da live está disponível AQUI – CLIQUE PARA ASSISTIR

Foco, concentração e disciplina na quarentena: dicas para educadores organizarem sua rotina de Home Office

Sabemos o quanto pode ser difícil ter que mudar abruptamente os horários, estrutura, ambiente e modo de trabalho. A pandemia da COVID-19 exigiu que os profissionais da educação encontrassem maneiras rápidas e eficazes de adaptar suas metodologias ao ambiente virtual para dar seguimento ao ano letivo. Trabalhar em casa, porém, traz desafios que vão além da abordagem e método de ensino. São questões individuais e pessoais que influenciam diretamente no nosso desempenho, mas que podem ser trabalhadas a partir de uma reorganização da rotina e dos espaços.

Separamos 3 dicas básicas e cruciais para ajudar você a eliminar os fatores que causam desconcentração, dispersão, cansaço mental e improdutividade nesta quarentena.

 

1- Organize e defina seu espaço de trabalho

Estudos apontam que trabalhar em ambientes comuns de “descanso”, como o quarto, pode fazer com que nosso cérebro entre em um estado de confusão sobre quais impulsos deve enviar ao corpo. Isso acontece porque criamos associações mentais entre aquilo que estamos fazendo, o que deveríamos fazer e o lugar onde estamos.

Dessa forma, não só a produtividade é prejudicada, como também o nosso sono e, consequentemente, nossa saúde física e mental.

Por isso, é de extrema importância que as atividades do trabalho sejam realizadas fora do quarto, em um escritório ou mesmo em um outro cômodo que facilite o foco. A ideia é configurar a mente para um novo ambiente – nunca, o quarto – que seja associado ao trabalho. Assim, o sono e o relaxamento do corpo e da mente acontecerão com mais facilidade e qualidade.

Também é importante que o espaço seja organizado e sem muitos estímulos visuais e sonoros, para ajudar na concentração.

 

2- Gerencie seu tempo

Preparar as aulas virtuais pode demandar de mais tempo do que estamos acostumados. A maioria dos professores não tem experiência prévia com aulas remotas e acaba tendo dificuldades para desenvolver os conteúdos e atividades.

E está tudo bem! Esse formato é uma solução temporária, que tem exigido muito aprendizado por parte dos educadores. E aprendizado, como todos sabemos, não acontece de uma hora para outra.

Por isso, tenha como prioridade o bom gerenciamento do seu tempo. Divida sua rotina com horários estipulados para estudos e atualizações.

Se você destinar uma hora diária para pesquisar dicas de abordagens e atividades virtuais, em uma semana você terá desenvolvido inúmeras habilidades e aprendido coisas valiosas para ser mais ágil e assertivo no preparo das aulas.

Para isso, você vai precisar de disciplina e planejamento. Então, aposte em tabelas para que você possa visualizar melhor as horas do seu dia, organizando seus horários e eliminando a sensação de sobrecarga e falta de tempo.

 

3-Cuide da sua saúde mental

A ansiedade gerada pela instabilidade e vulnerabilidade que cerca nossas vidas pode fazer com que fiquemos estagnados, presos no medo e no sentimento de impotência. Ao organizar a sua rotina, não esqueça de destinar um tempo para realizar alguma atividade que traga a sensação de bem estar, seja envolvendo arte, cozinha, meditação, leitura, música ou qualquer outra coisa da sua preferência.

“Mas isso influencia no meu trabalho?”, você pode se pergunta. E a resposta é: sim, e de forma direta! Se você tem momentos de prazer e autocuidado, sua mente consegue se reabastecer de estímulos positivos, recuperar-se do cansaço e concentrar mais energia durante o trabalho.

Conte para a gente como tem sido sua rotina de trabalho em casa e se você tem encontrado dificuldades para se manter produtivo (a) nessa quarentena. Se sim, aplique essas dicas na sua rotina e depois nos conte os resultados. Se não, conte para a gente como você faz para aliviar essa pressão e se manter focado (a).

Ter uma rede de apoio e conversar sobre as experiências é excelente para saber que não estamos sozinhos – e que logo tudo isso vai passar, com boas lições!

A importância da Ludicidade na Educação Infantil

Ludicidade é um termo que tem origem na palavra latina “ludus”, que significa jogo ou brincar. Na educação, usamos o conceito do lúdico para nos referir a jogos, brincadeiras e qualquer exercício que trabalhe a imaginação e a fantasia. A ludicidade é um instrumento potente para o processo de ensino-aprendizagem em qualquer nível de formação, mas está presente com mais frequência na Educação Infantil. Isso porque, na infância, a forma como a criança interpreta, conhece e opera sobre o mundo é, naturalmente, lúdica.

Falaremos hoje sobre a importância de valorizar e incentivar o uso da ludicidade na educação infantil, para que, por meio das brincadeiras, a criança desenvolva melhor suas habilidades cognitivas, sociais e psicomotoras.

 

Habilidades cognitivas

O brincar desempenha um papel extremamente importante na constituição do pensamento infantil. É através dele que se inicia uma relação cognitiva do indivíduo com o mundo de eventos, coisas, símbolos e pessoas que o rodeia. A partir da brincadeira, a criança reproduz o discurso externo, o internaliza, interpreta e constrói seu próprio pensamento. Essa acaba sendo a linguagem infantil, à qual Vygotsky (1984) atribui um importante papel para o desenvolvimento cognitivo à medida que sistematiza as experiências e colabora com a organização dos processos em andamento.

Por isso, devemos valorizar e direcionar a brincadeira, quando utilizada como instrumento pedagógico. Processos de pré-alfabetização, por exemplo, podem acontecer de forma natural e fluida quando realizados à partir da ludicidade.

Porém, é preciso tomar muito cuidado para não tirar a brincadeira dessa roupagem natural, pois o lúdico é uma metodologia pedagógica que ensina brincando e tem objetivos, mas nunca cobranças.

 

Habilidades Socioafetivas

Ao brincar, a criança desenvolve uma relação afetiva com o mundo, com os objetos e, principalmente, com as pessoas ao seu redor. Isso faz com que ela se depare com limites, vontades, desejos e interpretações diferentes das suas, havendo, então, uma troca valiosa que constrói suas habilidades sociais. Ao entrar em contato com diferentes perspectivas e personalidades enquanto brinca, a criança alinha suas capacidades emocionais à convivência e à coexistência.

Trabalhar os conceitos de cooperação, coletividade e trabalho em grupo através de brincadeiras com a turma, ou mesmo em casa com a família, desenvolve noções de respeito e igualdade em relação ao outro, valores que são extremamente importantes para a convivência em sociedade.

 

Habilidades Psicomotoras

Muito se fala dos efeitos alienadores do uso excessivo de tecnologias e jogos digitais na infância. Isso afeta, além das habilidades sociais, o desenvolvimento psicomotor da criança, pois limita os estímulos que ela recebe a uma fonte inorgânica e artificial de conteúdos. Isso não faz desse tipo de recurso algo a ser completamente negado – ele, por certo, também tem seu espaço. Porém, correr, pular, dançar, escalar e conhecer o mundo através dos instintos e dos sentidos fazem com que a criança explore melhor seu próprio corpo. Isso, atrelado à ludicidade, traz habilidades como autoconfiança, autoestima e superação, eliminando inseguranças em relação ao mundo externo e às limitações internas.

Na escola, as brincadeiras de corda, pega-pega, circuitos, gincanas, esportes e dança são atividades que devem ser frequentes, pois, além de trazer benefícios individuais, fazem com que o cotidiano seja mais dinâmico e atrativo, tanto para as crianças quanto para os professores.

Ludicidade como metodologia significa respeitar a interpretação da criança sobre o mundo e o lugar que ela ocupa nele. Através do lúdico, a criatividade, curiosidade e o desejo por saber acontecem de maneira natural, ampla e fluida, fazendo com que a educação aconteça de forma emancipadora, afetiva e plural.

Separamos dois artigos científicos que abordam o tema da ludicidade da educação infantil para que você possa continuar o estudo, se desejar.

Para mais conteúdos como esse, acompanhe o blog e as redes sociais da Editora Opet. Estamos sempre buscando melhorar o mundo e as relações através de uma educação que aproxima e liberta.

 

Sugestões de leitura:

  • A Importância do Lúdico na Educação Infantil – Fábio A. Porangaba, Sandra de Souza M. Porangaba e Silvane de Souza Meneses.

http://www.lambaridoeste.mt.gov.br/secretarias/educacao-e-cultura/artigos-dos-professores/59/view/672

  • A Ludicidade Construindo a Aprendizagem de Crianças na Educação Infantil – Ana Maria da Silva

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/a-ludicidadeconstruindo-a-aprendizagem-de-criancas-na-educacao-infantil/50878

Aulas Remotas e EAD: qual a diferença?

O distanciamento social, principal medida sugerida para a contenção do coronavírus, exigiu das instituições de ensino uma adaptação rápida ao ambiente virtual. As aulas remotas têm sido a única alternativa para milhões de educadores e estudantes continuarem as atividades escolares, na tentativa de mitigar a defasagem ensino-aprendizagem no contexto da pandemia.

Nos debates que ocorrem dentro desse processo, muitas vezes as aulas remotas – um recurso de emergência – são associadas à modalidade de ensino a distância (EAD), oferecida por diversas instituições de ensino no Brasil e no mundo.

Vale destacar que aulas remotas e EAD não são a mesma coisa. São bem distintas e não podem ser entendidas da mesma forma. Neste artigo, vamos apontar a diferença entre essas duas realidades, esclarecendo possíveis dúvidas e evitando confusões conceituais.

Um plano emergencial de ensino

Em sua primeira divulgação do Plano Emergencial de Ensino, em março deste ano, o MEC autorizou a substituição de aulas presenciais pelo formato remoto, no qual as instituições podem utilizar tecnologias da informação e comunicação – as chamadas TIC – para dar continuidade aos cursos durante a pandemia. A princípio, a pasta se referia apenas às instituições federais, universidades e institutos. Mas, logo, o recurso passou a ser utilizado também pelas instituições do ensino básico, tanto da rede pública quanto privada, devido ao agravamento do quadro da covid-19 no país.

Em abril, o Conselho Nacional de Educação autorizou a oferta de atividades não presenciais em todas as etapas do ensino para que as instituições pudessem reorganizar o calendário escolar e dar continuidade, de forma adaptada, às atividades do ano letivo. Dessa forma, as aulas remotas passaram a ser uma solução temporária para dar seguimento ao trabalho com os estudantes de maneira segura.

 

O EAD

EAD, ou Educação a Distância, é uma modalidade de ensino antiga – ela existe desde o século XIX –, que possui diretrizes e pré-requisitos próprios, com estrutura e metodologia pensadas para promover educação à distância. É desenvolvida para prestar atendimento, aplicar atividades e avaliações, aulas e todas as demandas de um ambiente de aprendizado, com recursos tecnológicos e acadêmicos para promover o ensino.

Na modalidade EAD, a maioria das videoaulas são gravadas e dispostas em uma plataforma, na qual o estudante as assiste e avança conforme sua compreensão do assunto. O material didático é padronizado, assim como as atividades e avaliações. Geralmente, o conteúdo EAD é organizado por módulos, mas o seu calendário segue um padrão unificado.

O suporte acadêmico é feito por um tutor, que fica disponível para tirar dúvidas e passar orientações mais diretas sobre as atividades. Porém, o docente também mantém um contato com o estudante através de fóruns, avaliações e auxílio acadêmico propriamente dito.

Resumindo: o Ensino a Distância (EAD) foi desenvolvido e estruturado para acontecer, especificamente, no ambiente virtual, considerando todo aparato tecnológico e acadêmico para que isso seja possível. Diferente das aulas remotas, não é uma solução imediata para um problema que impossibilita as aulas presenciais. É uma concepção didático-pedagógica que promove o ensino a partir de estruturas e métodos específicos e que utilizam recursos digitais e audiovisuais para formação discente.

 

Aulas Remotas

Como já observamos, as aulas remotas são uma solução temporária para que as instituições continuem a promover o ensino mesmo durante a pandemia, mas não fazem parte de uma estrutura de ensino EAD.

Utilizando a plataforma de ensino à distância do MEC ou mesmo da própria instituição, os educadores conectam-se com os estudantes e promovem aulas em tempo real, com interação e comunicação direta. O material didático é customizado pelo próprio professor e as atividades são aplicadas de acordo com o desenvolvimento da disciplina, não são programadas e padronizadas como na EAD.

Um ponto importante a ser destacado é o da formação docente. Embora o uso da tecnologia como recurso didático seja uma pauta constante nos debates sobre educação, o conhecimento e formação de um docente que trabalha com EAD são muito mais direcionados e específicos. Isso porque, aqui, a tecnologia não aparece apenas como uma ferramenta, mas como o meio pelo qual o ensino deve ser desenvolvido. Por isso, não é coerente exigir que os educadores que normalmente atuam no ensino presencial tenham um desempenho semelhante aos professores do EAD.

Temos, hoje, milhares de professores que viram sua rotina profissional completamente transformada e que precisaram se adaptar rapidamente em termos de atuação, planejamento e recursos.

A todos, nesse momento, é necessário dedicação e esforço para que possamos reinventar nossos métodos e renovar nossas habilidades, mas isto é um processo. Por isso, a Editora Opet traz, diariamente, informações e debates em suas redes e plataformas digitais, além dos momentos formativos e dos recursos digitais aos nossos parceiros públicos e privados. Para que, juntos, possamos encontrar as melhores maneiras de garantir e zelar pela educação, neste que é um momento tão difícil para todos. Acompanhe e junte-se a nós nessa missão!

Sugestão de leitura:

  • Aulas Remotas ou EAD?

https://abmes.org.br/noticias/detalhe/3705/aulas-remotas-ou-ead

Sugestão de Vídeo:

  • Live Moonshot Educação – O que é Ensino Remoto Emergencial e por que não é Ensino à Distância

https://www.youtube.com/watch?v=JIh-bEYy-s8