Geografia, história, atualidades, notícias, análises… acessar conteúdos relacionados a muitos temas não é uma tarefa tão difícil atualmente. Basta um smartphone, tablet ou notebook com acesso à internet para descobrirmos informações sobre literalmente qualquer assunto, da nossa própria saúde às distâncias estelares.
Essa realidade, no entanto, é relativamente nova. Antes do advento da Internet, o conhecimento só estava disponível em livros, que, por serem caros, nem sempre podiam ser adquiridos por todos.
Sendo assim, apenas alguns grupos tinham acesso a conhecimentos diversos. Dentre eles, os professores.
O papel do professor ontem e hoje
Por meio de professores – fossem eles indicados pelo Estado ou, então, pela própria comunidade, em tempos mais recuados –, o conhecimento era disseminado e chegava até as pessoas que não tinham condições de adquirir livros, viajar ou acessar qualquer outra forma de aprender.
Como o papel do professor era o de repassar aos estudantes os conhecimentos acumulados ao longo da história, ele era visto como detentor de todo o conhecimento. Já os estudantes estavam na escola ou nos grupos de transmissão e aprendizagem apenas para receber o que era transmitido.
Acontece que os tempos mudaram, e muito! Novas tecnologias foram desenvolvidas e, em tempos mais recentes, os computadores pessoais e a internet passaram a fazer parte da rotina da maioria das pessoas. As informações ficaram muito disponíveis, transmitidas por muitas pessoas. Nessa verdadeira revolução, a forma de aprender também se transformou.
Internet e novas funções do educador
Agora, por princípio, os estudantes têm acesso aos mesmos conteúdos que o professor. Tudo o que as crianças buscam na rede, seja assuntos relacionados às disciplinas escolares, informações sobre acontecimentos políticos ao redor do mundo ou notícias da música, elas acessam em questão de segundos.
Diante desse cenário, fica uma dúvida: afinal, se os estudantes possuem as mesmas informações que os professores, qual a função desse profissional atualmente?
A resposta é simples. O professor é, acima de tudo, um gestor do conhecimento, um facilitador. Alguém que, além de conhecer, sabe modular e transmitir, trazendo seus estudantes para um processo que envolve diálogo, empatia e protagonismo.
Professor como facilitador do conhecimento
Para que um conteúdo se torne conhecimento, é preciso uma boa didática, algo que apenas o educador pode oferecer. Algumas crianças aprendem melhor com prática lúdica, outras preferem aprender fazendo e há, ainda, aquelas que gostam de ouvir explicações.
Cada indivíduo possui uma maneira única de absorver conteúdos. Logo, o professor é extremamente importante para perceber a estratégia correta e aplicar a metodologia adequada.
Um bom exemplo disso são as aulas a distância. Nesse modelo de ensino, o conteúdo é postado em forma de vídeos e e-books (entre outras possibilidades síncronas e assíncronas). Mas, se o professor não utilizar ferramentas visuais, sonoras e trilhas de aprendizagem adequadas, o estudante encontrará bastante dificuldade para reter e produzir sentido ao conteúdo.
Professor como mediador do conhecimento
Além de mediar o conhecimento, o professor deve ainda trabalhar de modo que o conteúdo não fique apenas no âmbito teórico, mas seja também praticado pelas crianças.
A discussão sobre a importância da experiência no processo de aprendizagem não é nova. Já há alguns anos, diferentes teóricos educacionais têm sinalizado os benefícios de um ensino mais prático.
Em meio a tais discussões, um termo tem se destacado justamente por trazer essa possibilidade de aprender fazendo. Estamos falando da aprendizagem por competências.
Ensino de competências é fundamental atualmente
A aprendizagem por competências nasce da necessidade de unir experiência e conhecimento.
A ideia, aqui, é que o estudante seja capaz de aplicar seu conhecimento teórico para resolver problemas na prática. A partir disso, o ensino deixa de ser baseado apenas em conteúdos, como ocorre no modelo de ensino mais tradicional.
Esse novo olhar para a educação permite que a criança seja mais ativa nas aulas e deixe de ser apenas ouvinte para se tornar o centro de seu processo de aprendizagem.
Competências que devem ser trabalhadas na educação
Conforme observado anteriormente, as competências estão relacionadas à capacidade de realização que cada indivíduo possui. De nada adianta a criança saber algo, mas não aplicar.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que guia a prática pedagógica nas escolas, competência é definida como a união de conhecimentos, habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores que devem ser usados para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Para ajudar os professores no desenvolvimento de aulas que estimulem as competências, foram estipuladas 10 competências gerais.
Competências da BNCC
– Conhecimento
– Pensamento científico, crítico e criativo
– Repertório Cultural
– Cultura Digital
– Comunicação
– Trabalho e projeto de vida
– Argumentação
– Autoconhecimento e autocuidado
– Empatia e cooperação
– Responsabilidade e cidadania
Além dessas competências, podemos acrescentar ainda trabalho em equipe, liderança, inteligência emocional e capacidade de aprender. Todos esses elementos são fundamentais para a resolução de problemas em qualquer aspecto da vida.
Estrutura escolar deve acompanhar mudanças pedagógicas
Ao optar por ensinar a partir de competências, é preciso repensar toda a estrutura escolar. Afinal, no ensino por competências o conteúdo não é fragmentado, sendo fundamental associar diferentes saberes para solucionar problemas.
Para aplicar o ensino por competências, é necessário ter em mente que os métodos de ensinar também devem ser modificados.
Em vez de manter a sala de aula com as carteiras enfileiradas e o professor na frente explicando a matéria, uma boa ideia é trabalhar com projetos. Dessa forma, o estudante consegue de fato colocar a “mão na massa” e aprender a trabalhar em equipe, melhorar sua comunicação e, ainda, exercitar sua visão analítica.
É possível também aplicar atividades baseadas em problemas, modelo de ensino em que as crianças devem solucionar algo a partir de um problema estipulado pelo professor. Sendo assim, as crianças conseguem trabalhar a competência da argumentação e do pensamento científico.
Como aplicar a educação por competências
Existem diversos materiais que contribuem para a aplicação de um ensino mais ativo, centrado no estudante.
Os conteúdos da Opet INspira, plataforma educacional da Editora Opet, auxiliam bastante os educadores nesse processo.
Com os recursos nela disponibilizados, os professores conseguem desenvolver avaliações, sequências didáticas, trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos.
Para as atividades em que o educador precise trabalhar as competências citadas anteriormente, há também materiais como áudios, banco de imagens, vídeos, histórias infantis, recursos digitais, quizzes e ferramentas inclusivas.
Para acessar a plataforma, é preciso que a escola seja conveniada, sendo necessário ter usuário (login) e senha individual. Se você ainda não conhecer e quer saber mais, entre em contato conosco!