Programa Acolhimento oferece apoio socioemocional às escolas parceiras

A pandemia da Covid-19 trouxe dúvidas, incertezas, insegurança e a necessidade de mudanças. Na educação, essas mudanças foram especialmente intensas: as aulas, até então presenciais, passaram a ser remotas e, após um ano e meio, migraram para um modelo híbrido e cercado de cuidados sanitários.

Por conta disso, os protagonistas – professores, estudantes, gestores e familiares – precisaram se adaptar, muitas vezes com um custo emocional importante. Estresse, ansiedade, incertezas e medo passaram a “frequentar mais” a vida de muita gente.

Pensando nisso, a Editora Opet desenvolveu e colocou em prática o Programa Acolhimento, para ajudar  os parceiros das escolas públicas e privadas. Um trabalho cuidadoso, especialmente pensado para receber, acolher e auxiliar as pessoas neste momento tão desafiador.

“O Programa Acolhimento, que é uma ação prevista dentro do nosso atendimento pedagógico, nasceu de uma situação concreta da pandemia”, conta a coordenadora pedagógica da Editora Opet, Silneia Chiquetto.

“Recebemos o pedido de um município onde, infelizmente, a Covid-19 foi especialmente impactante, com a perda de professores, gestores e pessoas próximas, inclusive dos estudantes. Na época, estávamos preparando as ações pedagógicas regulares, as formações e o assessoramento, e eles nos solicitaram que, antes de mais nada, trabalhássemos o lado socioemocional. Imediatamente, começamos a agir.”

Silneia: acolhimento é um dos fundamentos do trabalho Opet.

Para isso, a Editora chamou uma psicóloga que trabalha com a equipe pedagógica e ela fez uma apresentação aos professores e gestores da rede municipal. Ao mesmo tempo, a equipe pedagógica da Editora recebeu formação específica, de aprofundamento, para trabalhar com os aspectos socioemocionais – uma mobilização pelo e para o acolhimento.

As supervisoras pedagógicas Marina Cabral Rhinow e Rúbia Cristina da Costa entraram na ação e desenvolveram planejamentos específicos, com focos em temas como as habilidades socioemocionais, o retorno ao modelo híbrido/presencial dentro dos protocolos sanitários e o acolhimento de toda a comunidade escolar, dos professores às famílias dos estudantes.

“Em todo esse trabalho, focamos na questão da vida, da nossa própria importância e da importância do outro. Do valor do humano, que, aliás, é uma das premissas da Editora Opet”, observa Silneia.

Até o momento, cerca de dez municípios parceiros da Editora já participaram do Programa. Essa participação surgiu de pedidos dos próprios gestores ou, então, por indicação da Editora, quando os assessores e supervisores pedagógicos sentiram a necessidade de oferecer o apoio.

Silneia acredita que a necessidade de acolhimento deve seguir. “Nós tivemos dois anos atípicos, que exigiram muita resiliência. E os próximos dois anos devem, também, ser atípicos. Estamos vivendo um momento de transição”, avalia. “É preciso seguir investindo no acolhimento e na empatia em todos os níveis dentro da escola.”

A coordenadora reforça que o Programa Acolhimento está aberto a todos os parceiros interessados, dos segmentos público e privado. “Sempre que o nosso parceiro precisar de um momento coletivo de atenção, de uma fala mais afetiva, com foco nas habilidades socioemocionais, vamos entrar em ação. Examinando cada caso, ajustando à necessidade e oferecendo o atendimento.”

O caso de Pitanga – Localizado no centro geográfico do Paraná, o município de Pitanga é parceiro da Editora Opet e participou do Programa de Acolhimento para o segundo semestre. Seu secretário municipal de Educação, Alfredo Schavaren, explica que a equipe percebeu a necessidade de se fazer um acolhimento diferenciado dos professores para as atividades.

“Vivemos uma situação difícil em relação à pandemia, que veio se estendendo desde o ano passado. Fatores como as aulas remotas, a dificuldade de adaptação a este novo modelo, a ausência dos alunos das salas de aula e o próprio medo da pandemia colaboraram para pressionar as pessoas”, observa. “Daí, sentimos a necessidade de acolher e motivar a nossa equipe de professores.”

Secretário Alfredo Schavaren: acolhimento foi fundamental para a retomada. Crédito/foto: Prefeitura de Pitanga.

“Nós pedimos à Editora Opet esse encaminhamento e fomos prontamente atendidos. Para que, juntos, pudéssemos preparar o psicológico para o retorno, inclusive às atividades presenciais”, explica. Ele agradece a receptividade do supervisor regional da Editora para Pitanga, Nelson Bittencourt, que se prontificou a ajudar, e o retorno positivo de parte da Opet.

E quais foram os resultados? “Posso dizer que foi muito bom. A ação nos aproximou ainda mais e deu a motivação, a estabilidade emocional e o impulso pedagógico necessários para o retorno”, avalia Alfredo.

“E isso, para nós, era o mais importante: mostrar aos professores que eles não estão desamparados, que não estão sozinhos, a despeito de todas as dificuldades que possam surgir. Estamos juntos!”.

A cada dia, os alunos vão retomando a rotina das aulas, agora em modelo híbrido, com toda a segurança necessária em tempos de pandemia. “Esse retorno dos estudantes também é resultado do acolhimento”, pontua o secretário.

Ele destaca que a Editora está sendo fundamental no processo de passagem do ensino remoto para o de formato híbrido. “A gente só tem a agradecer a todos da Editora Opet, do Sefe, por fazer o pedagógico acontecer da melhor forma. Para nós, é uma alegria ter essa parceria”, finaliza.

Braços abertos – Fabrício Fontana é secretário municipal de Pinhalzinho, município do Oeste catarinense parceiro de longa data da Editora Opet. Ele e sua equipe perceberam a necessidade de se implementar ações de acolhimento da comunidade escolar neste momento de retorno.

“Desde o ano passado, a comunidade vem vivendo momentos de apreensão, de incertezas e de um cotidiano irregular. A escola vive os mesmos problemas – a pandemia mexeu muito com a vida das pessoas. Por conta disso, em Pinhalzinho decidimos iniciar um trabalho de acolhimento, de ações psicossociais, e buscamos o apoio da Editora Opet”, conta.

Fabrício Fontana, secretário municipal de Educação de Pinalzinho. Crédito/Foto: SME-Pinhalzinho.

Segundo o secretário, a receptividade da Editora à ideia foi imediata, e o município foi atendido dentro do Programa, com um encontro online sobre acolhimento. “A partir dessa primeira ação, pudemos levar mais conforto e segurança para os nossos professores e para a nossa equipe”, explica.

O retorno dos participantes, observa, foi muito bom, o que deve levar a rede municipal a continuar com ações contínuas de acolhimento. “É uma ação que se reflete no dia a dia. É uma pausa, um momento de se abrir, olhar para outras direções, oferecer pequenos gestos. E é muito importante que nós, como educadores, façamos esse trabalho de aproximação. Inclusive, para que possamos voltar à normalidade e sair melhores de todo esse processo.”

Educação empreendedora… para a vida!

Você sabia que o Brasil é um dos países do mundo com maior número de empreendedores? Os brasileiros empreendem em várias áreas, da alimentação à tecnologia, de serviços como passear com cães a práticas corporais. 

Muitas vezes, porém, eles começam a empreender por necessidade, sem muita experiência ou conhecimentos sobre o mercado. Por isso, o nível de sucesso nem sempre é o desejável. 

E é exatamente aí que entram a escola e a educação empreendedora, disciplina criada justamente para preparar as pessoas desde cedo para empreender. 

Preparar como? Trazendo informações sobre planejamento, conhecimentos de mercado, inventividade e até psicologia. A ideia é formar a mente empreendedora para que, ao empreender, as pessoas tenham mais sucesso. 

Há, porém, um detalhe bem importante: ao educar para o olhar empreendedor, a escola não está focando apenas futuros empreendedores, mas as pessoas em geral: mais independentes, criativas, protagonistas, críticas e capazes de construir um país melhor.

Empreendedorismo exige mais do que pensamento inovador

Ter ideias inovadoras e transformá-las em negócio é um grande desafio que muitas pessoas enfrentam no momento de empreender. Fazer isso demanda características e habilidades únicas como criatividade, resiliência, disciplina, pensamento “fora da caixa” e liderança. Apesar de desafiador, quem empreende garante que os benefícios compensam muito. 

O problema é que nem todos com boas ideias conseguem de fato transformá-las em algo rentável e útil para a sociedade. Então, por que não ensinar as pessoas, desde cedo, como fazer isso?

Mais do que dar aulas sobre empreendedorismo, a educação empreendedora propõe que o educador ensine de modo que os estudantes adquiram as competências e habilidades necessárias para tal área.

O que é educação empreendedora?

Uma educação empreendedora estimula nos estudantes o pensamento crítico, a busca por soluções inteligentes e a capacidade de analisar problemas complexos e reconhecer oportunidades. Todos esses elementos são habilidades comuns ao empreendedor e podem ser aprendidas na sala de aula. 

Mas, é importante ter em mente que esse modelo de ensino tem a ver com uma educação capaz de valorizar o estudante que arrisca com inteligência. Afinal, para empreender é preciso compreender a necessidade de utilizar ideias não ortodoxas. 

Isso porque estamos em uma sociedade em que tudo muda muito rápido. Sem contar que o indivíduo aprende logo que empreender é um contínuo processo de aprendizagem. 

Empreendedorismo além dos negócios

O empreendedorismo não está apenas relacionado às atividades econômicas e criações de empresas. É preciso entendê-lo de forma mais ampla, um conceito que se estende a todas as áreas da vida e da sociedade.

Ser empreendedor não significa apenas abrir uma empresa. Trata-se de ser autônomo em diversas áreas da vida, bem como ser dono da própria carreira. Podemos, inclusive, pensar no empreendedorismo como estilo de vida.

Tanto que, se procurarmos no dicionário o significado do termo, encontraremos algo como “aquele que se lança à realização de coisas difíceis ou fora do comum; ativo, arrojado, dinâmico”.

Perceba que essa é uma forma de encarar tudo na vida, seja no âmbito pessoal ou profissional.

Como aplicar a educação empreendedora nas escolas

Como já mencionamos, o processo de aprendizagem na educação empreendedora deve promover o desenvolvimento de criatividade, inovação, resolução de problemas e afins. 

Por isso, é importante buscar práticas pedagógicas que ajudem o educador nesse processo.

Aprendizagem baseada em projetos

A aprendizagem baseada em projetos, por exemplo, é uma excelente maneira de ajudar a criança a trabalhar a criatividade, a capacidade de resolver problemas e a buscar soluções.

Normalmente, um projeto deve propor algo inovador, uma ideia que solucione determinado problema. Então, seja um projeto tecnológico ou de ciências, os estudantes aprenderão muito mais do que conhecendo apenas os conceitos da disciplina trabalhada.

Vale mencionar ainda que o desenvolvimento de projetos quase sempre ocorre em grupos. Isso dá ao discente as situações-ideia para que ele trabalhe sua capacidade de persuasão, resolução de conflitos e habilidades de liderança.

Aprendizagem baseada em problemas

Pensamento crítico, habilidade de improvisação, raciocínio lógico e tomada de decisão são outras características necessárias ao empreendedor. Todas elas podem ser trabalhadas em debates derivados do modelo de ensino “Aprendizagem Baseada em Problemas”.

Nessa prática educacional, o professor abre uma discussão partindo de um problema real. Assim, os estudantes podem propor soluções e elaborar conjecturas. Isso quer dizer que, além dos elementos citados acima, eles também deverão ser capazes de pensar “fora da caixa”.  

Jogos e gamificação de aulas

Há ainda outros recursos educacionais que ajudam o professor nessa jornada, como aulas gamificadas. Os jogos, digitais ou não, também podem ajudar de maneira semelhante às aulas gamificadas.

A partir dessas práticas, as crianças terão que lidar com perdas e ganhos, algo essencial para que adquiram a resiliência e a disciplina necessárias para empreender em qualquer área da vida. 

Benefícios da educação empreendedora

Além de adquirir todas as habilidades e competências que já mencionamos, a educação empreendedora também permite um ensino interdisciplinar. Essa é uma abordagem na qual as diversas áreas do conhecimento são associadas em uma única atividade, sendo mais bem contextualizadas. 

Pense bem: ensinar Matemática de forma isolada a torna muito abstrata, mas, se ela for relacionada a outros assuntos, como Tecnologia e Química, as ideias farão mais sentido. O mesmo ocorre com Física: é mais fácil aprendê-la associada à Geografia, por exemplo. Muitas vezes, as aulas de teoria “pura”, é claro, são necessárias, mas vale a pena associar aproximações teóricas e de aplicação.

Além disso, os estudantes terão uma postura muito melhor diante dos desafios, perdas, problemas e demais questões com que muitas pessoas, por carência de inteligência emocional, não lidam bem. Veja abaixo algumas das características que esses estudantes tendem a desenvolver:

● otimismo;

● disposição para correr riscos;

● saber buscar oportunidades;

● capacidade de planejamento;

● conseguir transformar as ideias em algo concreto;

● flexibilidade;

● lidar bem com imprevistos;

● resolução de problemas;

● liderança;

● determinação.

Por isso, faz todo o sentido incentivar que crianças e adolescentes conheçam e entendam o conceito de empreendedorismo. E, aqui, vale mencionar novamente: esse conceito precisa ser considerado em seu sentido mais amplo, como algo que vai além da criação de empresas.

Dessa forma, independentemente da área da vida e do momento, o indivíduo saberá extrair o melhor de si. Não há dúvidas que estará mais preparado para a vida, abrir seu próprio negócio ou gerir sua carreira como colaborador de uma empresa que não seja sua.

O papel do professor na educação empreendedora escolar

Os professores possuem um papel essencial em tornar a educação para o empreendedorismo algo acessível. É importante que, além de trabalhar com práticas capazes de ajudar as crianças na aquisição de habilidades e competências empreendedoras, eles incluam tópicos de empreendedorismo em suas aulas.

Porém, esses tópicos devem ser apresentados de forma dinâmica e instigante, de modo que atraiam o interesse e a curiosidade dos estudantes. 

Com os projetos em grupos, por exemplo, os professores devem guiar as crianças para o melhor caminho, não entregando as respostas a elas, mas as ajudando a pesquisar, a identificar as perguntas certas e as melhores soluções. 

Ao fazer isso de maneira investigativa e desafiadora, os estudantes ficarão cada vez mais engajados no assunto.

Os materiais utilizados também devem ser interessantes, lúdicos, de preferência. Há diversas opções na internet, desde vídeos com palestras e demonstração de negócios inovadores até sites, blogs, áudios e e-books. Melhor ainda se esse conteúdo vier de uma plataforma especializada.

Onde encontrar materiais e recursos para implementar a educação empreendedora nas aulas

Na Opet INspira, plataforma educacional da editora Opet, o educador encontra uma série de ferramentas e recursos para implementar as práticas pedagógicas que mencionamos anteriormente, como projetos, gamificação e jogos.

A plataforma dispõe de um acervo de conteúdos, materiais didáticos e objetos educacionais digitais como vídeos, áudios, apresentações, quizzes, banco de imagens e histórias infantis. Para acessar todo esse rico material, é preciso que a escola seja conveniada. Assim sendo, basta inserir o usuário (login) e a senha individual. 

Ensino Médio: todo o poder das sequências didáticas!

Plataforma Educacional Opet INspira ganha 172 sequências didáticas

A Editora Opet acaba de carregar 172 novas sequências didáticas para o Ensino Médio na plataforma educacional Opet INspira. As sequências didáticas digitais são aulas prontas, em formato PowerPoint – ideais para o compartilhamento em ambientes de ensino remoto como o do Meet –, especialmente elaboradas para os professores que utilizam o material didático da Coleção Cidadania do Ensino Médio.

“Essas sequências contemplam 12 componentes curriculares e, somadas às 27 sequências que já havíamos disponibilizado há algumas semanas, completam a produção que havíamos planejado para este ano”, explica Luciano Rocha, coordenador de Tecnologia Educacional da Editora Opet.

“São materiais de alta qualidade especialmente desenvolvidos pelas equipes editorial e de tecnologia educacional para fortalecer o processo de ensino-aprendizado em uma etapa crítica da educação.”

No total, a plataforma educacional Opet INspira conta com um total de 600 sequências didáticas em formato Power Point, sendo 199 para o Ensino Médio e 401 voltadas aos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano).

Acessos – Luciano observa que o uso dos recursos da plataforma educacional Opet INspira pelos professores é cada vez maior. E ele vem em um processo que envolve os próprios recursos da plataforma, que são ricos e amigáveis, a conexão entre estes recursos e os materiais didáticos da Editora Opet, as formações pedagógicas associadas à tecnologia e a familiaridade cada vez maior dos professores em relação aos recursos.

“Por dia, até o momento, temos uma frequência média de 650 acessos nessa área específica das sequências didáticas em formato Power Point. Não necessariamente de downloads, mas também de uso direto do recurso. As sequências, aliás, são oferecidas em formato aberto, ou seja, o professor pode utilizá-la literalmente ou personalizá-la de acordo com seu planejamento de aula”, explica Luciano.

Com as novas peças do Ensino Médio disponíveis na plataforma, Luciano acredita que a frequência de acessos deve aumentar muito. “É para isso que trabalhamos. Queremos que os professores enriqueçam suas aulas e tenham acesso a recursos que favorecem sua criatividade e o engajamento dos estudantes.”

Como acessar – Para acessar as novas sequências didáticas, basta entrar na plataforma educacional Opet INspira usando login e senha e, em seguida, clicar no ícone “Apresentações” no menu geral (ícone ao lado). Daí, basta clicar em “Ensino Médio”. Pronto! Fácil, rápido e altamente educativo!

Neurodiversidade na educação: como trabalhar com os diferentes tipos de padrões cerebrais?

Todos temos formas específicas de pensar, aprender, resolver problemas, tomar decisões e usar o conhecimento que adquirimos ao longo da vida. Mas, de modo geral, a maioria das pessoas possui modos de funcionamento cerebral semelhantes – por isso, são chamadas de neurotípicas.

Em algumas pessoas, no entanto, esse modelo de cognição é um pouco diferente – elas são chamadas, tecnicamente, de neurodivergentes, e merecem atenção especial da educação. Elas possuem algum transtorno do neurodesenvolvimento, como autismo, TDAH ou diferentes distúrbios de aprendizagem. 

Inclusão não é moldar, é considerar diferentes visões

Nos últimos anos, muito tem se estudado sobre terapias e modelos de ensino que apoiem as pessoas neurodivergentes em relação à inclusão e à promoção da cidadania. 

Porém, uma outra vertente de estudo vem ganhando força nas Neurociências: a de entender como os neurodivergentes podem contribuir com ideias inovadoras no ambiente em que estão inseridos. 

Como eles possuem um modelo cognitivo diferente, eles absorvem as informações, pensam em soluções e usam a criatividade de um modo também distinto. Logo, podem trazer ideias e soluções que os neurotípicos ainda não tiveram. 

É preciso ter em mente que o conceito de neurodiversidade tem a ver com a percepção de que pessoas “diferentes” não precisam de “cura”; elas possuem um modo próprio e único de ver o mundo e, para expor todo o seu potencial, precisam de ajuda, acolhimento, ambientes preparados e ferramentas específicas.

O ensino precisa considerar as potencialidades

Todo educador deve conhecer os prejuízos que cada uma das condições que relacionamos acima oferece ao indivíduo. Elas, por certo, devem ser consideradas, pois permitem a criação de adaptações que vão facilitar a vida do estudante.

No entanto, é muito importante que as atividades sejam pensadas abrangendo seus talentos específicos e únicos. Hoje em dia já se sabe, por exemplo, que neurodiversos possuem dons que vão ao encontro da tecnologia da informação, do empreendedorismo e da ciência. Então, por que não criar aulas baseadas nesses conhecimentos? 

Além de facilitar o processo de aprendizagem, é uma forma de preparar essa criança ou jovem para se destacar em situações futuras, fora da escola e no mercado de trabalho.

O poder no pensamento inovador de pessoas neurodivergentes

Quando pensamos em figuras como Henry Ford e Thomas Edison, logo os associamos aos seus inventos e às contribuições que deram à sociedade. Pouca gente sabe, no entanto, que eles tinham mais em comum do que apenas uma genial mente inventiva. Eles também possuíam transtornos como TDAH – ou seja, eram neurodiversos.

Winston Churchill, por exemplo, tinha um distúrbio de conduta e um problema de fala. Já Henry Ford tinha dificuldades de aprendizagem, enquanto Thomas Edison apresentava sinais claros de TDAH. Agatha Christie, uma das maiores escritoras de todos os tempos, tinha dislexia. 

Essa é a melhor prova de que estimular corretamente crianças e jovens com TDAH, autismo, dislexia e outros transtornos semelhantes pode abrir portas com seu potencial inovador em muitas áreas. Todas essas personalidades tinham – apesar de todas as dificuldades – pontos fortes e um talento único.

O futuro exige mentes diversas, tudo começa na escola

Se voltarmos nosso olhar para as necessidades do mercado de trabalho, as exigências dos novos profissionais e as mudanças tecnológicas, perceberemos com mais clareza como a neurodiversidade será importante para o futuro.

É sabido, por exemplo, que pessoas com autismo ou TDAH têm grande afinidade com tecnologia. Ambos os perfis, inclusive, possuem um sintoma chamado hiperfoco. O hiperfoco ocorre quando esses indivíduos se deparam com algo que lhes é muito estimulante. Então, por mais que a desatenção possa ser um problema comum nesses casos, existem alguns temas específicos que retêm sua atenção de forma muito intensa.

O mais interessante é que, quando estão trabalhando em um assunto que estimula o hiperfoco, TDAHs e autistas são capazes de manter um foco muito maior do que um neurotípico. 

Isso, sem contar que, assim como os autistas, os indivíduos com dislexia têm uma excelente capacidade para reconhecer padrões. Também são perfeccionistas, possuem excelente raciocínio lógico e habilidades especiais com Matemática. Tudo isso também deve ser considerado e estimulado nessas crianças.

Estimulando habilidades de neurodiversos na sala de aula

Sabendo dessas habilidades dos neurodivergentes, os professores devem buscar os assuntos de interesse da criança ou do jovem. E o trabalho escolar deve priorizar esses temas, sem perder de vista outros aprendizados.

É necessário ter em mente que não precisamos de um único tipo de estudante. Em uma escola precisamos ter variedades de mentes, diversas perspectivas, ou seja, uma infinidade de pontos de vista. 

Com isso, um único trabalho, projeto, problema ou discussão terá muitas soluções oferecidas, o que é fundamental para o mundo em que vivemos, onde as coisas mudam com tanta rapidez. 

Adaptações são necessárias

É preciso, no entanto, fazer um adendo. Falamos sobre o educador criar aulas baseadas nas potencialidades do estudante, não nos déficits. Isso não quer dizer que não seja importante conhecer a fundo esses déficits. Muito pelo contrário: eles representam desafios reais para as crianças e devem ser encarados com total seriedade pelos professores e pela família. 

Com as ferramentas e encaminhamentos corretos, tais desafios podem ser muito menos impactantes para elas. Para isso, os professores devem se cercar de informações e do apoio de profissionais especializados, como psicopedagogos e médicos.

Tipos de adaptações para estudantes neurodiversos

O aluno com autismo, por exemplo, pode apresentar alta sensibilidade a estímulos visuais e auditivos. Então, encontrar formas de diminuir o ruído ambiente, bem como a claridade em computadores, pode ser de grande ajuda. 

Alguns estudos mostram que trocar a cor do plano de fundo dos computadores também é uma maneira de diminuir estímulos visuais. Os tons pastéis são os que melhor se adaptam às necessidades de pessoas com autismo. 

Crianças com dislexia enfrentam dificuldades no momento da leitura, especialmente quando o texto é escrito em letra cursiva. Uma boa solução é utilizar textos impressos, com tipos-padrão de imprensa. Existem fontes específicas, as chamadas fontes não serifadas, que tendem a ajudar ainda mais. Em programas como Word, o professor consegue até mesmo baixar uma fonte feita exclusivamente para esse fim – seu nome é Open-Dyslexic.

Criar atividades que sigam uma hierarquia visual é outra forma de facilitar o processo de aprendizagem de estudantes neurodivergentes. Principalmente em aulas expositivas, com slides, por exemplo. 

Inclusive, inserir imagens e ícones pode ajudar nesses casos, mesmo que eles não tenham ligação direta com o significado do texto.

Onde encontrar ferramentas para aplicar a neurodiversidade?

Como podemos perceber, algumas alterações ambientais não necessitam de muitos recursos. Em outros casos, programas básicos, como os da Microsoft (Word ou PowerPoint), oferecem recursos interessantes.

É importante sempre buscar por mais recursos pedagógicos inclusivos. A Opet INspira é uma plataforma educacional da Editora Opet que conta com diversas ferramentas para auxiliar os educadores em processos como esse.

Opet INspira e a inclusão de crianças neurodiversas

Com os recursos da plataforma, o professor consegue criar trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos totalmente adaptados às necessidades da criança. Além disso, há ferramentas digitais que contribuem com o ensino de estudantes neurodiversos, como quizzes e instrumentos para gamificação.

Nela, o educador encontra também, um Menu de Acessibilidade. Um espaço onde é possível escolher e selecionar funções personalizadas aos usuários, como teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto, contraste, entre outros.

Para acessar a plataforma é preciso que a escola seja conveniada, sendo necessário ter usuário (login) e senha individual. 

Ao fazer isso, os educadores encontrarão um espaço para a criação de aulas que estimulem os talentos das crianças com diversos transtornos, bem como maneiras de diminuir os desafios causados por qualquer déficit que possam ter.

Como trabalhar o Folclore na sala de aula

Um universo encantado formado por lendas, personagens fantásticos, cantigas, danças, crenças e sabedoria popular. Assim é o nosso folclore, celebrado no dia 22 de agosto. 

Dada a importância dessa data para o ensino da história e da cultura brasileira, é essencial que o educador proponha debates e reflexões sobre o assunto em sala de aula. 

Então, que tal desenvolver atividades associadas ao folclore utilizando a ludicidade e as novas metodologias ativas de ensino?

O que é folclore? Quais são os elementos do folclore brasileiro? 

Folclore é o conjunto de manifestações culturais típicas de um povo. Elas vão desde comemorações e festas específicas até comidas típicas e crenças populares.

O folclore é a sabedoria popular – é tudo aquilo que um povo criou ao longo de sua existência para demonstrar no que acredita, como vive, suas raízes e identidade.

O folclore brasileiro representa nossa identidade e diversidade. Seus elementos, como danças, lendas, personagens e tradições, refletem a estreita relação que tivemos com diversos povos que aqui estiveram desde a colonização. 

Manifestações folclóricas do Brasil: tradições indígenas, africanas e portuguesas

Inicialmente, o folclore abarcava apenas os costumes, contos populares, tradições, personagens e crenças relacionadas às culturas indígenas. 

Porém, com o tempo passou-se a englobar as tradições trazidas pelos colonizadores portugueses, os africanos e os demais povos europeus, como italianos, alemães e poloneses.

A mitologia indígena já contava, por exemplo, com protetores da floresta com o curupira, que protegia a natureza do mal e da ação do homem. 

O saci-pererê, por exemplo, é a mistura de um curumim (cultura indígena) com um orixá (cultura africana) que também não tinha uma perna. O boi-bumbá, por sua vez, é de origem ibérica. 

Ensino do folclore na escola por meio de metodologias ativas e práticas lúdicas 

Esse universo é muito amplo e pode ser apresentado aos estudantes por meio de metodologias ativas de ensino, a partir de práticas lúdicas.

A ideia é tornar o aprendizado mais empolgante e divertido. Assim, as crianças aprendem enquanto colocam a mão na massa e brincam, algo inerente à infância. 

Tipos de atividades para ensinar o Folclore no ensino presencial ou EaD 

Para abordar os elementos que compõem o folclore brasileiro, o professor pode usar atividades como:

● contação de histórias; 

● adivinhações e quizzes;

● cantiga;

● danças;

● teatro/representações;

● debates;

● projetos. 

Todas essas atividades são totalmente adaptáveis a qualquer modalidade de ensino. E servem para ensinar assuntos como:

● lendas;

● cantigas folclóricas;

● danças;

● brincadeiras;

● adivinhas e demais elementos folclóricos. 

Atividades, práticas e métodos para trabalhar o Folclore na sala de aula 

Descubra a seguir quais as melhores atividades para ensinar sobre o folclore! 

Contação de histórias: prática ancestral e excelente recurso pedagógico

Uma das principais ferramentas para ensinar sobre o folclore brasileiro é a contação de histórias. Essa é uma prática que facilita o entendimento de lendas e crenças populares, uma vez que as histórias são facilmente guardadas na memória. 

Essa é também uma forma de demonstrar como o folclore foi repassado de geração para geração. Afinal, a tradição oral foi, por muito tempo, a única forma de transferir conhecimentos para os mais novos e perpetuar a cultura.  

Para tornar esse processo mais ativo, é importante pedir que os estudantes também contem histórias. 

Nesse contexto, toda história é válida. Além das lendas, as crianças devem contar sobre suas experiências, tradições, rotinas, histórias de família etc. O próprio ato de contar se aproxima muito do que é o folclore. 

Confeccionar brinquedos para uma educação ativa

Pipa, boneca de pano, caderno de figurinhas e outros brinquedos tradicionais podem ser confeccionados pelos próprios estudantes. 

Essa é uma maneira de ensiná-los sobre brincadeiras tradicionais e ainda torná-los cocriadores desses objetos. 

Além do mais, ao manusear os materiais para a construção, a criança desenvolve habilidades importantes. Dentre elas, a coordenação motora fina, a criatividade, a concentração, aspectos sensoriais e a socialização. 

Essa é uma experiência de educação ativa muito rica. Afinal, mais interessante do que mostrar ou contar sobre os brinquedos é ensinar às crianças como fabricá-los.

O que é…? Faça quizzes de adivinhação 

As dinâmicas de adivinhações folclóricas marcam a diversidade brasileira. São praticadas em todas as regiões do país, mas, em cada lugar, com suas próprias características. 

Sejam repassadas pelos pais e avós ou pelos professores na escola, adivinhas como “O que é que dá um pulo e se veste de noiva?” nunca perdem a graça. 

São desafiadoras e estimulantes, por isso caem no gosto das crianças rapidamente. 

Então, que tal criar um quiz, on-line ou presencial, para que os estudantes se divirtam? 

Cantigas folclóricas 

Algumas das cantigas folclóricas que não podem faltar nas atividades do mês de agosto são:

● “Atirei o pau no gato”;

● “Marcha soldado”;

● “Alecrim”;

● “A canoa virou”;

● “Meu limão, meu limoeiro”;

● “Peixe vivo”.  

Algumas dessas canções podem gerar polêmica, como “Atirei o pau no gato” – aqui, é importante fazer com que a canção sirva de ponto de partida para uma discussão importante sobre a empatia e até sobre como as pessoas de hoje devem assumir um compromisso ainda maior com os animais, a natureza e seus semelhantes. 

Um assunto muito legal para se abordar com os estudantes, sobre as cantigas, é o fato de que, como elas foram passadas de geração a geração, elas não possuem um autor conhecido – são, enfim, patrimônio do povo. Além disso, boa parte delas passou por alterações ao longo dos anos ou conforme a região. 

Danças folclóricas

Assim como as cantigas, as danças sofrem variações conforme o tempo e a região. 

No Brasil, as danças folclóricas mais conhecidas são:

● quadrilha;

● samba de roda;

● frevo; 

● baião;

● catira;

● jongo;

● bumba meu boi;

● maracatu. 

Para trabalhar esses elementos, o professor pode propor: 

● coreografias;

● amostras de vídeos;

● pesquisas sobre a origem dessas danças;

● estudo das regiões de cada dança; 

● abordar as danças folclóricas a partir dos figurinos;

● desenvolvimento desses figurinos com retalhos, EVA ou feltro. 

Debates, rodas de conversa e desenvolvimento de projetos

Dividir os alunos em grupos e solicitar que cada grupo explique um tema também é uma forma de promover a aprendizagem ativa. 

Essas tarefas permitem que as crianças debatam, pesquisem e apresentem suas descobertas. Todas essas são ações que propiciam algum tipo de conhecimento e habilidade. 

As respostas obtidas nesses debates podem ser, inclusive, transformadas em projetos maiores. Assim, o educador consegue aplicar a aprendizagem por projetos, uma das várias técnicas de aprendizagem ativa. 

Teatro: o poder da dramatização para o ensino 

As dramatizações também são ferramentas úteis no ensino do folclore brasileiro. Interpretar os personagens mais famosos de nossas lendas ajuda as crianças na internalização de aspectos importantes da cultura brasileira. 

Nada mais divertido do que atuar em peças que tenham personagens queridos, como:

● Negrinho do Pastoreio;

● Boitatá;

● Curupira;

● Iara;

● Saci-Pererê;

● Lobisomem;

● Corpo-seco;

● Cuca 

● Mula-sem-cabeça. 

Pinturas e desenhos

A arte é também uma manifestação folclórica. Aplicar atividades que envolvam pinturas em telas, colorir desenhos e desenhar no computador também serve para aproximar as crianças dos personagens folclóricos. 

As ilustrações podem, inclusive, ser pontos de partida para a criação de uma peça teatral ou um livro da turma. 

Criação de histórias 

O educador, nesse caso, deve guiar as crianças para que as histórias tenham todo o conteúdo que envolve o folclore, como:

● lendas;

● mitos;

● comidas típicas;

● personagens fantásticos; 

● superstições;

● crenças;

● história dos povos;

● cultura de cada Estado brasileiro;

● festas populares; 

● adivinhas e charadas. 

Com certeza, criar a própria versão de um tema é uma das ações ativas mais eficientes! 

Opet INspira: como a plataforma pode ajudar os educadores 

Na Opet INspira, plataforma educacional da Editora Opet que disponibiliza objetos educacionais, o educador encontrará muitas ferramentas para ajudá-lo a aplicar as atividades acima. 

Para fazer competições de adivinhações, por exemplo, há recursos para que ele desenvolva quizzes desafiadores e superdivertidos. 

Há também áudios, vídeos e imagens. Eles podem ser utilizados tanto pelo professor, para exemplificar suas explicações, quanto pelos estudantes, em apresentações ou projetos. 

E, para a contação de histórias, não vão faltar histórias infantis incríveis que ajudarão o professor a tornar a explicação dos elementos folclóricos muito mais lúdica. 

A plataforma também oferece recursos para o desenvolvimento de trilhas de aprendizagem e roteiros de estudo. Assim, o professor consegue criar conteúdos adequados à necessidade e nível educacional de cada turma. 

O mais legal é que existem várias opções de jogos e atividades virtuais. Assim, as propostas podem ser facilmente adaptadas para o ambiente on-line. 

A retomada: escolas privadas em tempo de ensino híbrido

Dia de boas-vindas no Colégio Dom Hélder Câmara, em Afogrados da Ingazeira (PE). Volta segura e consciente marca a retomada do calendário letivo.

Segundo semestre de 2021: em várias partes do país, as escolas retomaram ou estão retomando o calendário escolar. Depois de mais de um ano de aulas exclusivamente remotas, muitas delas voltaram às atividades com mudanças significativas. Em várias instituições, o ensino remoto deu lugar ao ensino híbrido, com o retorno planejado de crianças, adolescentes e professores às salas de aula presenciais – sempre, com a observação rigorosa das medidas sanitárias necessárias em tempos de pandemia de Covid-19.

Nesta reportagem especial, vamos saber como está sendo esse processo em escolas privadas parceiras da Editora Opet. Com todos os cuidados, elas estão voltando!

Rosicleide Sebastiana de Melo é mantenedora e diretora do Plenitude Complexo Educacional, de Angicos, escola parceira Opet Soluções Educacionais no Rio Grande do Norte. Sua instituição de ensino retomou o calendário escolar no último dia 19 de julho. No formato híbrido, com atendimento dos segmentos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Lá, o planejamento para este momento começou no início do ano, com investimentos em infraestrutura e comunicação.

Crianças do Plenitude, em Angicos: cuidados e consciência para as medidas sanitárias passaram a fazer parte da cultura e do cotidiano da escola.

“Nós investimentos em aparelhos eletrônicos, construção de mais banheiros, instalação de totens de álcool em gel, tapetes sanitizantes, sinalização com fixação de frases, adesivos, cartazes, aferição de temperatura dos funcionários, alunos e colaboradores”, conta Rosiclede.

Rosicleide de Melo, mantenedora do Plenitude

Além disso, o acesso às salas é restrito aos próprios alunos e, nos intervalos, os lanches passaram a ser servidos nas próprias salas. O tempo de recreação nos pátios foi reduzido e escalonado. “Além disso, adotamos o sistema de clusters para evitar a proliferação do vírus entre as salas caso surgisse alguma crianças positivada para a Covid-19.” Nesse sistema, os alunos de turmas diferentes não se misturam – cada turma tem seu espaço e fica nele.

A escola também firmou uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Angicos e criou uma “Sala de Primeiro Atendimento”, para acolher e isolar temporariamente colaboradores ou estudantes que, eventualmente, manifestem algum sintoma da Covid-19.

Familiares – Os familiares das crianças do Infantil 4 e 5 e dos estudantes do Ensino Fundamental, explica a mantenedora, não têm acesso às salas de aula. E as reuniões de familiares e professores continuam no formato remoto. “A escola sempre manteve um relacionamento tranquilo com as famílias, antes mesmo da pandemia”, conta Rosicleide.

“Logo que as atividades escolares foram suspensas em nosso Estado, no dia 17 de março de 2020, não perdemos tempo. Nossa equipe pedagógica reorganizou o currículo e passou a enviar videoaulas e atividades a partir do dia 20 do mesmo mês.” Em seguida, a instituição passou a utilizar as ferramentas colocadas à disposição pela Editora Opet, mais exatamente o conjunto Google Workspace for Education e a plataforma educacional Opet Inspira.

“Junto com as formações continuadas dos professores, essas medidas fizeram uma grande diferença nesse período”, observa. A diretora destaca o compromisso de sua equipe com o trabalho, que, segundo ela, trouxe a segurança necessária ao retorno das atividades presenciais. “Os familiares se sentiram seguros e elogiam a organização da escola. Isso os deixa tranquilos e nos motivam trabalhar cada vez melhor.”

Em relação à Opet, Rosicleide destaca a importância da parceria. “A Editora nos deu apoio sempre que foi solicitada, desde as formações para os professores até o ‘Aproxima Gestor’, voltado aos gestores. Além disso, tivemos apoio constante dos assessores da Editora, a Adriana Fialho e o Erick Feijó.”

A tecnologia também foi muito importante. “Juntas, as plataformas digitais Google Workspace e Opet INspira desafiaram a rotina dos professores. Elas foram e serão incríveis para o sucesso do nosso trabalho durante e no pós-pandemia.”

Retorno no Dom Hélder – Cuidados semelhantes no retorno às aulas passaram a fazer parte do dia a dia do Colégio Dom Hélder Câmara, parceiro da Editora em Afogados da Ingazeira, no sertão de Pernambuco. A escola, que em pouco mais de duas décadas de existência se tornou um referencial de qualidade na região, também retomou o calendário escolar no dia 19 de julho, baseando-se no protocolo sanitário definido pelo governo do Estado. “As medidas que adotamos contemplam o distanciamento entre as pessoas e a utilização de máscara e de álcool em gel, tudo com muito cuidado”, observa a mantenedora e diretora administra e pedagógica Cláudia Valéria da Silva Campos Barros.

Dia de aula no Dom Hélder: protocolos e cuidado deixaram as famílias mais seguras para o retorno às aulas presenciais.

Ela conta que, quando o retorno às atividades presenciais foi autorizado pelas autoridades, em novembro de 2020, a presença dos estudantes foi muito baixa. Agora, porém, esse cenário começa a se modificar. “Com a organização mostrada pelo colégio, a priorização dos protocolos de segurança e o avanço da aplicação das vacinas na região, as famílias estão mais seguras quanto à retomada das atividades presenciais.”

Equipe do Dom Hélder, com a diretora Cláudia Valéria (à direita): atenção total para um retorno tranquilo e produtivo.

A diretora destaca a importância da parceria com a Editora Opet. “A parceria foi fundamental para o sucesso do nosso trabalho. As ferramentas digitais intensificaram o atendimento remoto. Além disso, foram feitas várias formações, melhorando consideravelmente os atendimentos pedagógicos da equipe.”

Retorno seguro – O Educandário Nivaldo da Silva, em Tamandaré, Pernambuco, retomou as aulas presenciais todos os dias da semana, com todas as turmas. Mas, com a opção de aulas remotas, online a ao vivo, para os estudantes cujas famílias optaram pela manutenção de um distanciamento social mais estrito. “Com base nessa configuração, trabalhamos, também, o ensino híbrido colaborativo”, explica a professora Josineide Maria de Oliveira Silva, gestora do Educandário.

Josineide Silva, gestora do Educandário Nivaldo Silva.

Para garantir a segurança dos estudantes, professores e gestores, foi adotado um rígido protocolo de segurança sanitária, que abrange desde o uso obrigatório de máscara em todas as dependências da escola à realização de aulas ao ar livre sempre que possível, passando pelo respeito ao distanciamento e à medição da temperatura corporal com termômetro digital. “Seguimos todos os protocolos de segurança, o que fez com que as famílias se sentissem mais seguras. Hoje, posso dizer que os pais se sentem seguros e tranquilos em mandar seus filhos para a escola”, avalia.

Josineide destaca a importância da parceria com a Editora Opet para a implantação e desenvolvimento do ensino remoto digital. “Desde que começou a pandemia e migramos para as aulas remotas, os desafios começaram aparecer. Nesse momento, a Opet foi fundamental, pois conseguimos alinhar um padrão de ensino”, conta. “Começamos a utilizar o Google Workspace for Education, que é parceiro da Opet, e iniciamos as formações docentes. E eles alcançaram a excelência na função.”

Outro apoio importante foi dado pela plataforma educacional Opet INspira, que fornece conteúdos originais e de alta qualidade para o trabalho dos professores. “Hoje, mesmo com as aulas presenciais, a plataforma Opet inspira vem auxiliando os nossos professores no ‘novo modelo de ensino’, como também aos alunos”, observa Josineide. “Agradeço a todos da Opet por estarem sempre com a nossa escola, disponibilizando momentos únicos na nossa educação”, finaliza.

Novos tempos – A gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto, destaca o apoio dado às escolas parceiras no âmbito da tecnologia e, especialmente, em relação às formações pedagógicas para o novo momento da educação, que abrange a educação remota e o ensino híbrido.

“Desde o primeiro momento em que as escolas tiveram que parar, a Editora Opet trabalhou intensamente com a assessoria pedagógica. Uma assessoria próxima e personalizada, que considerou a realidade, as expectativas e o currículo de cada instituição. E que pensou nas aprendizagens essenciais, no que traz a Base Nacional Comum Curricular em relação às competências”, conta Cliciane.

“Trabalhando em parceria, ajudamos as escolas a perceber quais seriam os elementos mais necessários, em termos de trabalho pedagógico, em um momento tão peculiar para a educação e para o mundo.”

Nas formações, conta Cliciane, o foco está em um direcionamento para a prática e para as novas formas de aprender e ensinar – híbridas, digitais, criativas e colaborativas. “São muitas proposições criativas. E que vão, sempre, para além da questão tecnológica. Elas têm mais a ver com a criatividade do professor, com a geração de experiências novas, para que o estudante aprenda de forma significativa e protagonista.”

Ensino Médio: novas sequências didáticas chegam à Plataforma Opet INspira

Uma grande notícia para os professores e estudantes do Ensino Médio! A equipe de Tecnologia Educacional da Editora Opet acaba de publicar na plataforma educacional Opet INspira uma série de 27 sequências didáticas digitais para o Ensino Médio. Materiais inéditos e exclusivos, desenvolvidos em parceria com professores especialistas, que contemplam todos os componentes curriculares deste segmento: Língua Portuguesa, Literatura, Língua Inglesa, Arte, História, Geografia, Sociologia, Filosofia, Matemática, Física, Química e Biologia. Produzidos com todo cuidado e rigor para auxiliar professores e estudantes, eles podem ser acessados pelos parceiros públicos e privados da Editora.

As sequências didáticas digitais são aulas prontas, em formato PowerPoint – ideais para o compartilhamento em ambientes de ensino remoto como o do Meet –, especialmente elaboradas para os professores que utilizam o material didático da Coleção Cidadania do Ensino Médio. “Com as sequências didáticas, os professores terão em mãos as apresentações com as telas dos estudantes”, explica a editora Eloiza Jaguelte Silva. “Além dessas telas, porém, eles também terão ‘telas ocultas’ com as orientações didáticas de cada etapa. A ideia é fortalecer e facilitar o trabalho docente”, observa.

Trabalho de inteligência –  A produção de uma sequência didática é um processo cuidadoso, que envolve planejamento e compromisso com a educação. No caso das 27 sequências didáticas digitais recém implantadas na plataforma educacional Opet INspira, elas foram desenvolvidas e direcionadas para a aprendizagem essencial de cada unidade, seu objeto de conhecimento, enfatizando a habilidade a ser desenvolvida proposta pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que é referência fundamental para os professores brasileiros.

Em cada sequência, o professor é orientado passo a passo para que o objetivo de aprendizagem seja alcançado e a habilidade seja desenvolvida pelo estudante. Ao todo, são cinco passos:

        • O ponto de partida, que é resgate do conhecimento prévio e das práticas sociais anteriores, mobilizando para uma nova aprendizagem.
        • A problematização, identificação dos principais problemas postos pela prática social e definição de quais conhecimentos precisam ser dominados.
        • A intervenção, que é apropriação dos instrumentos teóricos e práticos para resolver os problemas (nesta etapa, o estudante é protagonista ao superar o senso comum, ampliando o conhecimento por meio de pesquisas, sistematização de informações, cruzamento de dados etc.).
        • A criação/avaliação, que é uma nova forma para entender a teoria e a prática social a que se teve acesso, permitindo que se perceba o processo de apropriação do conhecimento.
        • E o compartilhamento, que é a demonstração do desenvolvimento atual do estudante (ela traz uma nova proposta de ação a partir do que foi aprendido e uma nova perspectiva nascida da soma entre estudo teórico e pela prática).

“Os materiais didáticos desse segmento serão impactados positivamente pela proposta das sequências didáticas. E isso porque criam situações que mobilizam os estudantes para novas aprendizagens e novos desafios. E, no caso dos professores, eles têm em mãos um material rico de possibilidades, que amplia seu repertório didático”, avalia Eloiza.

Novidades à vista – Eloiza observa que as sequências didáticas são parte de um movimento da Editora Opet no sentido de fortalecer os materiais oferecidos ao Ensino Médio. Mas, não só isso. Nos próximos meses, teremos muitas novidades. No Brasil, hoje, estamos passando por um momento especial com a chegada do ‘Novo Ensino Médio’. É um projeto ousado e inovador para atender diferentes perfis de escolas, que reflete as necessidades contemporâneas de uma formação integral dos nossos estudantes”, explica.

“Além do aprendizado acerca das áreas do conhecimento, o ensino vai se voltar também para o desenvolvimento de competências e habilidades que preparem os estudantes para as questões da vida acadêmica, pessoal e profissional. E nós, da Editora Opet, estamos caminhando juntos e nos antecipando. Esse é só o começo de uma grande transformação!”, finaliza.

Como acessar – Para acessar as sequências didáticas, basta entrar na plataforma educacional Opet INspira usando login e senha e, em seguida, clicar no ícone “Apresentações” no menu geral (ícone ao lado). Daí, basta clicar em “Ensino Médio”. Pronto – fácil, rápido e altamente educativo!

Letramento Matemático

Os professores da nossa época sabem que o ensino da Matemática não pode se resumir ao ensino de fórmulas, conceitos e conjuntos numéricos. A Matemática é muito mais do que isso – ela está no cotidiano das pessoas e na natureza, faz uma grande diferença no dia a dia e deve ser percebida desta forma – em toda a sua importância!
É por isso que falar sobre letramento matemático é tão importante. De modo amplo, o termo “letramento matemático” diz respeito a capacitar os estudantes para utilizar a Matemática como ferramenta para as questões do dia a dia, tornando-a mais próxima e menos abstrata.

Entender a função social da Matemática motiva os estudantes

As pessoas, em sua maioria, sabem que a Matemática é importante. Poucas, no entanto, pararam para “digerir” essa informação de forma plenamente consciente. Se o fizessem, entenderiam que tudo envolve a Matemática. E é isso que o professor precisa levar para a sala de aula. A criança deve entender a real função dessa disciplina no mundo. Como ela surgiu, contribuiu para a evolução das sociedades e pode ser usada nos dias atuais, em suas próprias vidas.
Ao perceber que a Matemática está assim envolvida com a vida – das coisas mais simples e rotineiras às mais incríveis –, crianças e adolescentes, com certeza, se sentirão mais motivados a estudar a disciplina! Até mesmo porque, nesse caso, o estudo vira descoberta!

O desenvolvimento das civilizações e a Matemática

A civilização não existiria se não fosse pelo conhecimento matemático. Podemos dizer que a história da Matemática se confunde com a do próprio ser humano. Para perceber isso, basta pensar nos conceitos de contar e medir que já eram utilizados na Pré-História. Era por meio deles que se contavam os recursos, se media a distância entre fontes de água e alimento ou se calculava as possibilidades de capturar presas.
Quando surgiram as primeiras civilizações mais organizadas, veio a necessidade de realizar negociações, contar o gado e as colheitas, cobrar dívidas, realizar negociações e até se preparar para combater e para se defender de ataques de outros grupos. Práticas que garantiam a sobrevivência das comunidades. Ou seja, a Matemática nasce a partir da relação entre o ser humano e a natureza e das necessidades que surgem a partir disso. Não se trata de uma disciplina inventada, mas de uma ciência que nasceu à medida que essas necessidades apareciam.

Como a Matemática aparece no dia a dia

Vamos pensar na nossa vida atual. Quase tudo o que executamos envolve essa linguagem, a da Matemática. Compras, vendas, investimentos e cálculos de juros são algumas delas.
Podemos até seguir para um campo menos comum – o da culinária – quando falamos em Matemática. Para fazer qualquer prato, é preciso ter a quantidade correta de tipos de ingredientes, bem como do ingrediente em si.
Por falar em culinária, outro assunto importante é o das unidades de medida: para cozinhar, é preciso saber o que são gramas, quilos e litros. E, não para por aí: afinal, se uma receita diz que para fazer uma torta leva 90 minutos, como se transforma esses minutos em horas?
Nas compras de frutas e legumes, a Matemática aparece novamente. Afinal, com R$ 20,00 é possível comprar quantas maçãs, sendo que seu quilo custa R$ 3,50?
Além disso, antes de calcular o tempo de cozimento de um prato, é preciso ajustar a temperatura do forno. Aqui no Brasil, utilizamos a unidade de medida de temperatura “grau Celsius”.
Mas, e se eu tiver lido a receita em um site estrangeiro, como faço para transformar “grau Celsius” em “Fahrenheit” – unidade de medida utilizada, por exemplo, nos EUA?

Letramento matemático como ferramenta para um ensino mais prático e palpável

Claro que ensinar Matemática, mesmo relacionando-a à vida real, não é tarefa fácil! O pior é que aqueles que nunca estudaram muito têm um certo “receio” dos conteúdos! Essa reação negativa deve-se principalmente à forma como a disciplina, muitas vezes, é ensinada: de forma fria e distante, sem emoção e com muitas fórmulas a decorar. É por isso que atualmente se fala tanto em letramento matemático.
Ao considerá-lo no ensino de Matemática, a pergunta que deve ser feita é: para que serve a Matemática? Ou melhor: em que área ou quando preciso aplicar os conhecimentos matemáticos?
Ao fazer isso, o docente já começa a vislumbrar caminhos para ensinar a Matemática de forma menos abstrata, sempre associada a questões da vida prática!
Basicamente, o professor precisa criar um conteúdo que auxilie os estudantes na vida financeira, no desenvolvimento de pensamento analítico e estratégico, na tomada de decisões… em muitas coisas, enfim!

O que é letramento matemático?

Se esse é o seu primeiro contato com o termo, certamente ele deve ter causado estranhamento. Mas, afinal, o letramento não tem a ver com a alfabetização em Língua Portuguesa?
Apesar de estar muito relacionado ao ensino da nossa língua, o letramento é uma área que propõe o ensino das disciplinas considerando seu uso social.
Para ficar mais fácil de entender o conceito de letramento matemático, confira a definição do Inep – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – sobre o termo:
“O letramento matemático refere-se à capacidade de identificar e compreender o papel da Matemática no mundo moderno, de tal forma a fazer julgamentos bem-embasados e a utilizar e envolver-se com a Matemática, com o objetivo de atender às necessidades do indivíduo no cumprimento de seu papel de cidadão consciente, crítico e construtivo.
O letramento matemático para o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), portanto, não se limita ao conhecimento da terminologia, dos dados e dos procedimentos matemáticos, ainda que os inclua, nem tampouco se limita às destrezas para realizar certas operações e cumprir com certos métodos. As competências matemáticas implicam na combinação desses elementos para satisfazer as necessidades da vida real dos indivíduos na sociedade”.
 

Letramento: muito além do que conhecimento técnico

Se o educador elaborar aulas que associam a teoria com a prática, o estudante terá seu interesse pela Matemática aumentado e, consequentemente, vai memorizar fórmulas, conceitos e definições com mais facilidade.
No entanto, é importante mencionar que, além disso, esse tipo de abordagem ajudará o discente no desenvolvimento de várias competências. Segundo o Inep, o letramento matemático também é importante para o desenvolvimento de:
● raciocínio lógico;
● capacidade de argumentação;
● qualidade na comunicação;
● solução de problemas;
● representação;
● modelagem;
● uso de linguagem simbólica, formal e técnica;
● uso de ferramentas matemáticas.
Logo, além de ajudar a criança na resolução dos exercícios, o letramento matemático contribui com habilidades que são necessárias para todas as áreas da vida.

Como trabalhar o letramento matemático na sala de aula

Você já percebeu que o letramento matemático é uma forma de aproximar todos aqueles conceitos e conjuntos numéricos da realidade, certo?
Para conseguir isso, o professor precisará não apenas explicar a disciplina de forma diferente, mas utilizar práticas, técnicas e metodologias que contribuam para seu objetivo de ensino.
Nesse sentido, as chamadas metodologias ativas são as melhores ferramentas. São novos métodos de ensino em que as crianças aprendem fazendo.

Metodologias ativas no letramento matemático: o aprendizado é ativo

Todos que atuam na educação sabem que a aprendizagem é ativa, ou seja, para aprender, a criança precisa “colocar a mão na massa”.
Entre as metodologias ativas mais utilizadas estão aprendizagem baseada em projetos e aprendizagem baseada em problemas.
Na primeira, o docente propõe que a criança desenvolva um projeto em que será necessário a aplicação dos conceitos da disciplina. Os projetos podem envolver jogos, tecnologia, criação de uma empresa, reciclagem e qualquer outra ideia que precise da Matemática para ser criada.
Já na segunda metodologia, o professor propõe um problema específico, baseado no dia a dia de todos, e reúne a sala em grupos para debater soluções.
Inclusive, após conclusão do debate, o docente pode propor que tal solução seja transformada  também em um projeto.
 

Metodologias ativas e tecnologia digital: duas ferramentas essenciais para o letramento matemático

Na Opet INspira, plataforma digital de educação da Editora Opet, há diversos recursos que auxiliam o educador no desenvolvimento de metodologias ativas. O melhor é que são soluções desenvolvidas com tecnologias digitais, algo que amplia as possibilidades de trabalho.
Lá o professor encontrará um acervo de material didático, histórias infantis e objetos educacionais digitais, como vídeos, áudios, apresentações e quizzes.
A plataforma também possui uma série de ferramentas de apoio para professores, como criação de trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos, bem como PDFs e vídeos explicativos.
Tudo para transformar o ensino de Matemática em algo divertido, interessante e próximo à realidade de cada criança.

Tecnologia Assistiva para uma educação inclusiva

Você, professor ou gestor, sabe que a educação inclusiva é um desafio. Ela exige conhecimento das características de diversas deficiências e das estratégias, metodologias e recursos pedagógicos inclusivos.

Graças à evolução tecnológica, no entanto, há cada vez mais ferramentas – e de alta qualidade – para auxiliar os professores nesse processo. E há cada vez mais pessoas trabalhando e encontrando soluções para aumentar a inclusão em nossas escolas.

O que é Tecnologia Assistiva? 

Você já ouviu falar em Tecnologia Assistiva? O termo é relativamente recente e foi criado para identificar o conjunto de soluções – recursos e serviços – que auxiliam na promoção ou na ampliação das habilidades funcionais de pessoas com deficiência. Ela está diretamente associada à inclusão, independência e cidadania dessas pessoas – ou seja, é algo fundamental!

Quando falamos em Tecnologia Assistiva, estamos falando de um conjunto de:

● Recursos;

● Serviços;

● Equipamentos;

● Práticas;

● Estratégias;

● Metodologias.

Todos esses recursos são desenvolvidos para proporcionar ou melhorar as habilidades funcionais de pessoas:

● Com deficiências;

● Com incapacidades ou mobilidade reduzida;

● Com transtornos globais do desenvolvimento;

● Com altas habilidades ou superdotação.

Utilizar esse tipo de tecnologia no ambiente escolar é fundamental para promover o ensino inclusivo das crianças, adolescentes e adultos que possuem alguma dessas condições. Essas pessoas têm seus direitos de acesso à educação assegurados pela Lei Brasileira de Inclusão.

Lei Nº 13.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência)

O Brasil possui uma das mais avançadas legislações do mundo no campo da inclusão, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ou Estatuto da Pessoa com Deficiência. Em seu Artigo 28, que tem como objeto a educação, a lei estabelece (entre outras coisas) que incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar um projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia.

Um processo que é absolutamente necessário, mas que também impõe desafios aos gestores e aos educadores.

A importância das ferramentas de tecnologia assistiva na educação

Em tempos recentes – desde o início da atual “revolução digital”, há cerca de quatro décadas –, pesquisadores, universidade e empresas passaram a desenvolver e a oferecer tecnologias assistivas para a educação. Com elas e com uma formação pedagógica adequada, o educador consegue desenvolver métodos e práticas personalizados para o estudante com deficiência.

Ferramentas de Tecnologia Assistiva 

As Tecnologias Assistivas estão presentes em duas áreas que, muitas vezes, se complementam: no próprio universo digital, em programas e aplicativos; e em aparelhos, máquinas e objetos que auxiliam a pessoa com deficiência.

Por exemplo: hoje em dia, há bengalas para deficientes visuais que contam com “leitores ambientais” que identificam eletronicamente objetos presentes no local onde a pessoa está. Essas bengalas somam um objeto – a própria bengala, usada por deficientes visuais há muitos séculos – e um aplicativo.

Confira algumas das ferramentas desenvolvidas a partir da tecnologia assistiva:

● Mouses diferenciados;

● Alto contraste entre tela e texto;

● Teclados alternativos;

● Programas de comunicação alternativa;

● Textos em Braille;

● Leitores de texto;

● Textos ampliados;

● Recursos de mobilidade pessoal;

● Chaves e acionadores especiais;

● Aparelhos de escuta assistida.

Vamos saber o que cada uma dessas tecnologias proporciona:

Mouses adaptados e alternativos 

A adaptação de um mouse pode ser feita em relação à posição de empunhadura ou ao tamanho do aparelho.

1. Mouse com acionador: uma das dificuldades que pessoas com mobilidade reduzida podem apresentar é a dificuldade para apertar o botão do mouse. Pensando nisso, algumas empresas desenvolvem mouses com acionador no lugar dos botões.

O acionador, objeto redondo ou retangular, varia de tamanho. Isso depende de o quanto a mobilidade do indivíduo está comprometida, mas ele sempre será maior do que os botões.

O modo de utilizar o acionador também varia. O estudante pode pressioná-lo com o membro do corpo que tiver maior mobilidade. É possível usar as mãos, os pés, os braços ou a coxa, por exemplo.

2. Mouse estático de esfera

Trata-se de um mouse em formato de esfera, com cerca de 7 centímetros de diâmetro.

No lugar dos botões convencionais do mouse tradicional, esse modelo conta com dois botões gigantes.

Seu formato, tamanho e a posição dos botões exigem menor coordenação motora fina do usuário. Isso facilita o manuseio para estudantes com mobilidade reduzida.

3. Mouse Trackball

Possui um formato semelhante ao mouse tradicional. O Trackball, no entanto, possui uma bola na lateral e não precisa ser movimentado para controlar o cursor.

Para utilizá-lo, basta manter o dispositivo fixo na mesa e utilizar o polegar ou outro dedo para mover a bola lateral. É o movimento da bola que desloca o ponteiro do mouse na tela.

4. Mouse de roletes

Sua base é plana e nela há dois roletes – vertical e horizontal – que servem para movimentar o cursor.

Para clicar e realizar cliques duplos, o mouse possui teclas. Para a função de arrastar, ele conta com uma chave do tipo liga/desliga.

Teclados alternativos

Os teclados alternativos podem ser reduzidos ou ampliados, em Braille ou com teclas de alto contraste.

1. Teclados reduzidos

Indicado para usuários que possuem boa coordenação, mas pequena amplitude de movimento, o que dificulta o alcance das mãos em todas as teclas do teclado convencional.

2. Teclados ampliados

São modelos que auxiliam pessoas que possuem movimentos amplos e pouco coordenados, bem como os usuários com baixa visão.

Além de as teclas serem maiores, as letras são ampliadas e costumam ter cores diferentes.

3. Teclado em Braille

Possui teclas em Braille, para que usuários cegos consigam navegar e acessar documentos.

4. Teclado de alto contraste

Possui teclas em alto contraste, para facilitar o uso de pessoas com baixa visão.

Impressoras Braille

As impressoras Braille convertem qualquer tipo de texto eletrônico para o Braille.

Ampliadores de imagens ou lupas eletrônicas

São softwares que ampliam textos e imagens para pessoas com baixa visão.

Comunicação alternativa 

A comunicação alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcionais. Ela abrange, também, pessoas com defasagem entre sua necessidade comunicativa e a habilidade de falar e/ou escrever.

Esse tipo de comunicação se dá a partir de:

● Pranchas de comunicação;

● Pranchas alfabéticas e de palavras;

● Cartões de comunicação;

● Vocalizadores;

● Softwares instalados no computador.

Leitores de tela

São programas que transformam textos escritos na tela em fala.

Por meio deles, a pessoa cega consegue:

● Editar textos;

● Fazer a leitura sonora de livros digitalizados;

● Usar e-mail;

● Participa de chats;

● Navegar na Internet;

● Enviar arquivos, entre outras.

Softwares de tradução

São dispositivos que transformam os textos falados ou digitados em língua de sinais em tempo real.

Como aprender a utilizar os recursos de tecnologia assistiva 

Muitos educadores possuem certo receio quando o assunto é tecnologia aplicada à educação inclusiva.

Esse receio não se justifica! A maioria dos recursos educacionais digitais são facilmente aprendidos e garantem uma maior inclusão na escola.

Um bom exemplo: a plataforma educacional Opet INspira, da Editora Opet, disponibiliza vários objetos educacionais e recursos pedagógicos. Muitos deles são inclusivos.

Para ajudar o docente a utilizar as ferramentas, a plataforma possui tutoriais de auxílio e orientação em formato de vídeo e PDF.

Opet INspira e a tecnologia assistiva 

Ao acessar a plataforma, o educador encontrará um Menu de Acessibilidade que permite a seleção de funções personalizadas aos estudantes com alguma deficiência.

Dentre essas funções, podemos citar:

● Teclas de navegação;

● Leitor de página;

● Ferramentas para alterar o tamanho do texto e do cursor;

● Aumentar espaçamento de texto entre frases e parágrafos;

● Criar documentos de alto contraste.

Para acessar a plataforma, é necessário que a escola seja conveniada da Editora Opet (Sefe ou Opet Soluções Educacionais). O acesso é feito com o nome de usuário (login) e a senha individual.

Nós produzimos uma reportagem especial com todos os recursos de acessibilidade da plataforma educacional Opet INspira explicados em detalhes! Clique e saiba por que somos campeões em acessibilidade:

“Os recursos que fazem da plataforma educacional Opet INspira uma das mais acessíveis do país!”.

Opet inDICA: é tempo de avaliação da aprendizagem!

Estudante da rede municipal de ensino de Criciúma realiza a avaliação do Programa INdica.

Os municípios de Criciúma e Grão-Pará, situados na região sudeste de Santa Catarina, acabam de dar um passo importante para o aprimoramento de sua educação pública. Ambas as redes municipais de ensino realizaram recentemente as avaliações presenciais do Programa Opet inDICA de Gestão da Aprendizagem.

Desenvolvido pela Editora Opet, o inDICA já atendeu dezenas de municípios em todo o país e, neste ano, vem despertando o interesse de muitas equipes de gestores interessadas em fortalecer a aprendizagem em suas instituições e redes de ensino.

A avaliação presencial (seguindo todos os protocolos de segurança da Covid-19) do Opet inDICA consiste na aplicação de provas escritas para a verificação do nível de aprendizagem dos estudantes. Ela é uma etapa fundamental do programa, que se compõe de uma série de elementos que vão das tratativas iniciais com os gestores à proposição de intervenções. Além de um material didático estruturado para atender a essa demanda e formações pedagógicas com gestores e professores.

Imagem da avaliação em Criciúma. Em todos os municípios onde ocorre a avaliação presencial, os protocolos sanitários são seguidos rigorosamente.

“Quando falamos em avaliação, no caso do Opet inDICA, estamos falando em um trabalho completo, complexo e individualizado para cada cliente, seja ele uma rede municipal ou uma escola privada”, explica Silneia Chiquetto, coordenadora pedagógica da Editora Opet. É possível avaliar os estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental – a escolha é feita pelo cliente.

“É uma ação feita sob medida com municípios e escolas parceiras ou não dos sistemas de ensino da Editora Opet. Ou seja: não é necessário utilizar um sistema de ensino da Editora para contratar o inDICA. Criciúma, por exemplo, não utiliza nossos materiais, enquanto Grão-Pará os utiliza”, observa Silneia.

Estudantes de Grão-Pará, município parceiro da Editora Opet, durante a avaliação do programa inDICA.

Conhecimento profundo – A execução do programa abrange ouvir as demandas, conhecer as necessidades da escola ou rede de ensino, planejar e realizar a avaliação dos estudantes, compilar, tabular e interpretar os dados, apresentá-los, propor intervenções para fortalecer o aprendizado, auxiliar nas mudanças.  Um processo cuidadoso, que ocorre ao longo de vários meses.

O trabalho, ressalta Silneia, envolve uma parceria profunda com professores e gestores e, também, a expertise de vários profissionais da Editora. “Em primeiro lugar, vem a equipe do Pedagógico, que levanta informações sobre o que o cliente deseja, a quantidade de alunos e a data de aplicação da avaliação. A formação pedagógica para a utilização dos livros do Programa inDICA, a orientação dos professores aplicadores e daqueles que receberão os dados gerados após a avaliação.” Esses dados são os níveis de proficiência, apresentados em todos os níveis de especificidade: estudante, turma, escola, rede de ensino.

A materialização dos cadernos de provas também envolve outros setores: o Editorial, responsável pela geração dos itens a serem avaliados e pela montagem dos gabaritos nominais, e o Faturamento, que trabalha com as gráficas para a impressão e distribuição aos municípios. Nessa etapa, o Pedagógico entra em cena mais uma vez, no envelopamento, envio e supervisão da aplicação das provas pelo município ou escola.

“Até chegar nessa etapa, de aplicação das provas, desenvolvemos um planejamento cuidadoso com as equipes de gestão. Esse trabalho conjunto segue após a aplicação, na leitura e interpretação dos dados, assim como na reflexão estratégica das ações a partir dos resultados”, explica Silneia.

Os resultados da avaliação escrita são apresentados pela Editora entre 20 e 30 dias após o envio dos gabaritos pelo cliente. Esses resultados são apresentados eletronicamente, via plataforma educacional Opet inDICA, por meio de um relatório impresso e, também, por um profissional do Pedagógico da Editora que os explica aos gestores e professores. Com base nos resultados e no diagnóstico, os gestores e a equipe pedagógica da Editora podem estabelecer ajustes e correções de rumo.

“Percebemos um interesse cada vez maior dos educadores e das instituições de ensino públicas e privadas nos processos avaliativos da aprendizagem, numa perspectiva de diagnosticar para, então, intervir de maneira mais assertiva. E o Programa Opet INdica foi criado para atender bem essa demanda”, analisa Silneia.

Atendimento – Sabrina Miguel Ascari é secretária municipal de Educação e Cultura de Grão-Pará. Ela observa o valor da avaliação para o bom andamento do trabalho educacional a partir do estudante.

A importância da avaliação é analisar o desenvolvimento de cada aluno, sua capacidade de desenvolvimento, e, também, verificar o planejamento desenvolvido pelo professor regente”, explica. Segundo ela, o processo avaliativo desenvolvido em parceria com a Editora Opet correu dentro do combinado, nas datas e horários estabelecidos pela secretaria. Os resultados, informa, serão compartilhados inicialmente com os professores. “Vamos buscar, então, a forma mais adequada de chegar aos alunos. Verificar a dificuldade específica de cada um e buscar atendê-la em sua especificidade.”

A coordenadora geral pedagógica de Criciúma, Silvana Alves Bento Marcineiro, reforça a importância do diagnóstico. “A avaliação do programa nos dará o diagnóstico quanto à defasagem na aprendizagem neste momento em que os estudantes estão retornando às atividades presenciais.” Segundo ela, a partir dos resultados, as escolas do município vão desenvolver um plano de ação com foco nas habilidades que não foram atingidas pelos estudantes.