Sobral e Editora Opet ampliam parceria na educação municipal

Em 2019, os 2.500 estudantes do segundo ano do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino de Sobral vão utilizar os materiais didáticos desenvolvidos pela Editora Opet. A parceria para o repasse das coleções didáticas, formações e acompanhamento pedagógico foi assinada ontem (quinta-feira, 25) pelo prefeito municipal, Ivo Gomes, e pela superintendente da Editora Opet, Cristina Swiatovski. A assinatura contou com a participação do secretário municipal de Educação, Francisco Herbert Lima Vasconcelos.

Desde o ano de 2018, Sobral utiliza os materiais da Editora Opet para a primeira etapa da Educação Infantil, mais exatamente os anos iniciais (Infantil Bebê e Infantil I). Essa parceria, que também inclui a formação e acompanhamento pedagógico dos professores, atende 730 crianças e suas famílias, que adotam os livros da “Coleção Primeira Infância (+0)”, material finalista do Prêmio Jabuti.

“Ao todo, em 2019 a parceria vai atender 3.230 estudantes. Ficamos muito felizes em participar da educação de Sobral, que ensina tanto ao país, e de colaborar para que ela avance ainda mais”, disse a superintendente da Editora Opet, Cristina Swiatovski.

O prefeito Ivo Gomes, a superintendente Cristina Swiatovski e o secretário Francisco Herbert Lima Vasconcelos durante a assinatura da parceria entre Sobral e a Editora Opet.

A Editora Opet é parte do Grupo Educacional Opet, fundado em Curitiba no ano de 1973. Atualmente, suas coleções de materiais didáticos e paradidáticos estão presentes em escolas públicas e privadas de todo o país – apenas na área pública, são atendidos 120 municípios de 17 Estados (75 mil estudantes do Ensino Fundamental). As parcerias abrangem a oferta de coleções didáticas e paradidáticas, que chegam às escolas apoiadas por um trabalho pedagógico sério e dedicado. Ele inclui a implantação dos materiais e a formação pedagógica dos docentes, além do acompanhamento e do diálogo permanente com os gestores.

No Ceará, por meio do selo educacional Sefe, a Editora Opet participou ativamente do Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC) e, hoje, desenvolve um trabalho importante com os professores de Fortaleza. A parceria com a capital do Ceará foi firmada em 2013 e atende 32 mil estudantes da Educação Infantil (níveis 04 e 05) e do Ensino Fundamental (2º ano) com coleções de livros, formações e assessoramento pedagógico de docentes e gestores.

As Coleções – Em Sobral, o trabalho com a Educação Infantil utiliza os materiais da “Coleção Primeira Infância: Eu na escola + 0 e Eu na escola + 1”, que apresenta um olhar especial para a primeira etapa da educação. Além de reforçar os laços entre as famílias e as instituições educativas, os livros trazem propostas de vivências e proporcionam o registro das experiências vividas pelas crianças na instituição educacional, de forma a construir um portfólio com textos, imagens e músicas que criam um ambiente rico em experiências e brincadeiras. Para os educadores, oferece materiais que os levam à reflexão sobre o trabalho pedagógico com crianças bem pequenas, oferecendo práticas voltadas para a criança com a participação da família.

Capa do material da “Coleção Primeira Infância +0”, que é utilizado pelas crianças dos níveis Infantil Bebê e Infantil I.

No caso dos professores e estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental, serão adotados os livros da “Coleção Caminhos e Vivências”, composta por livros didáticos e de apoio que contemplam os componentes curriculares obrigatórios para esta etapa da educação: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia e Arte. As propostas de ensino permitem o trabalho interdisciplinar, preservam a especificidade de cada componente curricular e observam os Elementos Conceituais e Metodológicos para Definição dos Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento do Ciclo de Alfabetização do Ensino Fundamental.

Capa do material da “Coleção Caminhos e Vivências”, que será utilizado pelos estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental.

 

Pé na estrada: começam as formações pedagógicas de 2019 da Editora Opet

As próximas semanas serão intensas para os assessores pedagógicos da Editora Opet. Depois de meses de planejamento e preparação – que começaram ainda em 2018 -, a equipe está pronta para as primeiras formações pedagógicas do ano letivo de 2019. Em janeiro, o maior número de formações está com as escolas parceiras do segmento privado, que utilizam os materiais do selo Opet Soluções Educacionais. Até o final do mês, serão nada menos do que 26 formações. E a equipe, como acontece ao longo de todo o ano, vai viajar bastante: teremos equipes atuando em Sergipe (1 escola), Santa Catarina (2), Amapá (1), Rio Grande do Norte (4), Maranhão (2), São Paulo (3), Distrito Federal (2), Bahia (2), Pernambuco (1), Rio de Janeiro (5), Alagoas (1), Paraná (1) e Espírito Santo (1).

A gestora pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto, explica que a “concentração” de formações de escolas privadas em janeiro está relacionada com o calendário pedagógico – que, em muitos casos, é antecipado em relação às escolas públicas – e com uma demanda de planejamento.

“No início do ano, em especial para as escolas privadas, é essencial uma organização da semana pedagógica. É quando a escola se reúne com os professores para falar sobre planejamento, estratégia de ensino e até sobre a concepção pedagógica da escola. É, também, um momento de alinhamento em relação ao calendário. São planejados os encaminhamentos dos conteúdos, o aprendizado, a avaliação, em consonância com o material didático”, observa.  “Nossa presença é bem importante para auxiliar as escolas em um processo que influencia todo o ano letivo.”

Cliciane explica ainda que, em 2019, a agenda das formações no segmento privado está especialmente “recheada” por conta das novas escolas parceiras. Nesses casos, no início do ano não é feita a formação pedagógica, mas, sim, a implantação dos materiais. Um procedimento diferente porque envolve a apresentação da Editora Opet e dos materiais e ferramentas que serão adotados, dos fundamentos teórico-metodológicos que norteiam o sistema de ensino e do trabalho que será desenvolvido ao longo do ano. É, também, um momento estratégico de construir relações com os professores – uma parceria verdadeira – para que o trabalho tenha o melhor resultado em relação ao aprendizado dos estudantes.

Cada formação é única – A gestora pedagógica da Editora Opet destaca ainda o caráter único de cada formação ou implantação, que nasce da interação entre os assessores pedagógicos e os professores de diferentes realidades culturais. “Por mais que nós façamos um planejamento muito intenso, que começa meses antes do início do ano letivo, o trabalho segue um rumo próprio. E isso porque ele nasce da escuta e da interação com os professores”, observa Cliciane. “Nós estamos o tempo todo para esse professor que ele deve ouvir e dar voz ao estudante, preparando-o para ser um sujeito crítico consciente; assim, nós temos que fazer o mesmo nas nossas formações. Escuta, reflexão, provocação, instigação de pesquisa, para que, inclusive, eles levem o processo para a sala de aula.”

 

Formações presenciais são um momento importante para o desenvolvimento da parceria – e da educação.

Animação – Cliciane elogia a disposição dos assessores pedagógicos, que se animam muito para viagens que, em alguns casos, chegam a milhares de quilômetros. “A primeira pergunta que fazemos, no processo de contratação de um assessor, é: ‘Você gosta de viajar?’. Isso porque as viagens não são apenas deslocamento físico, mas relacionamento com pessoas da própria equipe e das escolas, contato com outras realidades culturais e sociais. Nossos assessores adoram viajar – eles estão sempre de malas prontas!”.

Essa disposição tem um grande impacto sobre as parcerias. “Hoje em dia, muitos atendimentos feitos pelas editoras são de tipo não presencial. Assim quando nós vamos até lá em pessoa, a recepção é muito favorável. Existe um reconhecimento e a receptividade é muito boa”, explica Cliciane.

“Viajar nos traz muitas possibilidades de trocas e de conhecimento”, sintetiza a assessora pedagógica Silneia Chiquetto, responsável, por exemplo, por atendimentos em regiões tão distantes de Curitiba quanto Macapá, capital do Amapá (a 2.800 km da sede da Editora Opet). Ela destaca as especificidades de cada escola e de cada grupo de professores. “Eu brinco dizendo que, quando viajamos, vamos com uma mão cheia e voltamos com as duas mãos cheias!”, observa, destacando a riqueza que é estar lá, presencialmente, com os professores e os gestores. “Nossa presença física, lá, faz muita diferença. O trabalho à distância também é interessante e supre algumas necessidades. Mas o estar juntos, olho no olho, é incomparável.”

Formações públicas – Ainda que o mês de janeiro seja predominantemente “privado” em relação às formações, o calendário abrange formações públicas de municípios que já mobilizaram os professores e os gestores. Esse trabalho acontecerá em Santa Catarina. No próximo dia 24, o trabalho será realizado com os professores e gestores de São João do Itaperiú; no dia 28 e 29, com os professores de Vargeão; no dia 31, acontece uma vivência com os professores de Palhoça (SC) e uma formação regional de professores e gestores das redes municipais de Arroio Trinta, Macieira, Treze Tílias e Salto Veloso.

[ENTREVISTA] Pedagógico Opet: 2019 será de muitos desafios… e de muitas conquistas

O ano de 2019 é de desafios para a educação brasileira e para a Editora Opet. Temos um novo governo com um novo olhar para questões importantes da sociedade, o que se reflete na educação. Temos, também, mudanças na Editora, como a chegada de novas coleções e o início de parcerias públicas e privadas, além de uma aproximação estratégica com o Colégio Opet. Para falar sobre essas mudanças e sobre as perspectivas pedagógicas para 2019, conversamos com a gestora pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen.

Entrevista a Rodrigo Wolff Apolloni

Estamos fechando a última semana de trabalho antes do recesso de fim de ano da Editora e a impressão que muitas pessoas podem ter é de que o ritmo de trabalho já foi reduzido. Mas não é isso que se vê na gerência pedagógica…

Cliciane – Este momento, na verdade, é crucial. E isso porque é um momento de preparação para o ano seguinte. São os últimos ajustes para finalizar o atendimento dos parceiros que já são conveniados e, também, uma expectativa muito grande de inovação, de novas propostas, para todos os parceiros, especialmente para os que estão chegando agora. Porque, se eles fizeram uma escolha pela Editora Opet, é porque têm uma expectativa em relação ao nosso trabalho.

Os planejamentos estão sendo finalizados e agora seguimos para o alinhamento final. É o momento em que revisamos os planejamentos em sua essência como potencializadores de estratégias pedagógicas aos nossos conveniados. Nossa intenção é mobilizar para a aprendizagem e para novas práticas que resultarão em melhorias na educação.  É, também, um momento de organização física. Retornaremos do recesso e uma semana depois já iniciaremos as viagens pedagógicas. A gente brinca dizendo que as malas devem estar sempre prontas, e é isso mesmo! Os kits de trabalho já estarão preparados para que os assessores viajem e façam os atendimentos com vistas ao novo ano letivo.

Como acontece todos os anos, tivemos mudanças em algumas coleções, com novos produtos, ajustes e atualizações. Como o nosso Pedagógico se preparou para trabalhar com essas mudanças e transmiti-las aos professores e gestores parceiros?

Cliciane – É sempre um desafio. Uma mudança como essa traz uma provocação, ela nos tira da zona do conforto e nos instiga. Tudo isso mexe com a equipe. Os assessores e os supervisores precisam estar sempre em busca desses conhecimentos. Em segundo lugar, precisamos atrelar o que temos de legislação educacional, as normas e referências, às nossas coleções. Nossos materiais são construídos a partir dessas bases legais, elas estão lá há muitos anos, mas é preciso destacá-las e, principalmente, fazê-las acontecer na vivência pedagógica, no processo de ensino-aprendizagem. E a perspectiva, para 2019, é de melhora, inclusive porque se os materiais foram ajustados ou  renovados, isso se deu num processo de evolução, de escuta dos clientes, da própria equipe e do diálogo com a equipe do Editorial.

O calendário das formações de início de ano é muito intenso. Esse é o primeiro desafio do ano?

Cliciane – Nós voltamos no dia 07 de janeiro e, no dia 12, já temos nossa primeira viagem. O maior desafio do grupo é trabalhar com a diversidade de atendimentos. São muitos municípios! Na rede privada, por exemplo, brincamos dizendo que a Editora atende do Oiapoque ao Chuí, e é verdade. Na primeira semana, apenas para exemplificar, temos Amapá, Maranhão, São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco, Distrito Federal, Bahia… é uma diversidade muito grande. É um desafio pela logística, que exige uma equipe de supervisores que faça o alinhamento entre a qualidade do atendimento e o bem-estar do formador e, é um desafio para os assessores pedagógicos que colocarão em prática os planejamentos pensados e produzidos por eles. Em contrapartida, nossos parceiros nos aguardam com grande expectativa. É isso que nos move!

O que você considera o principal desafio para 2019?

Cliciane – Sem sombra de dúvida, o que tem aparecido bastante na fala da equipe em relação ao novo ano é o cenário político. Vamos ter que aguardar os próximos passos da nova gestão e trabalhar buscando extrair o melhor das propostas e ações. E isso não tem a ver com o presidente “A” ou “B”: mudando o cenário político, temos desafios, mudanças e variáveis. E vamos trabalhar bem com todos esses elementos.

Estamos vivendo um novo momento das relações entre a Editora Opet e o Colégio Opet, que passou a ter a professora Caren Helpa, antiga gestora da nossa equipe pedagógica, como diretora pedagógica. Como você vê esse momento e essa mudança?

Cliciane – Na verdade, essa aproximação era algo muito desejado por todos desde que ocorreu a fusão Sefe-Opet, em 2015. Havia uma necessidade de aproximação que, agora, se efetivou de uma forma muito interessante. A ida da Caren para o Colégio traz um ganho muito grande para todos. Sua experiência como gestora, formadora e educadora contribuirá para um Colégio OPET que seja referência e que, especialmente, dialogue com o que acreditamos em relação à educação. Nesse cenário, teremos um alinhamento importante. Nossa equipe irá ao Colégio para fazer as formações e a Caren – que participou desse trabalho nos últimos anos – estará lá com o olhar “de fora”, crítico, e com condições de fortalecer as ações. Com toda a expertise que ela tem, vai colaborar muito. Isso, sem contar que fizemos um combinado de “não despedida” – ela continua conosco, compartilhando ideias, propostas e provocações para que possamos evoluir sempre.

Para finalizar, eu gostaria que você deixasse uma mensagem para os clientes em relação ao ano de 2019:

Cliciane – Eu gostaria de deixar duas mensagens, para quem já é parceiro e para quem está iniciando agora uma parceria com a Editora Opet. Para os parceiros antigos, eu deixo um agradecimento. Nós temos clientes de muitos anos, com quem temos parcerias muito sólidas e que se consolidam cada vez mais. São parcerias que fazem sentido e contribuem para o crescimento mútuo. Em relação a esses parceiros, nos comprometemos a inovar e a oferecer soluções pedagógicas cada vez melhores. E, para os clientes novos, eu gostaria que eles soubessem que ficamos muitos felizes pela escolha da Editora Opet, especialmente quando sabemos que existem tantas editoras no mercado, e que eles possam ter a certeza de que a nossa busca constante é pela qualidade do ensino e por uma parceria verdadeira. Nós estaremos juntos em 2019 e, se Deus quiser, será um ano fantástico para todos.

Rúbia Cristina dos Santos, supervisora pedagógica, e a gerente Cliciane Elen

Ao encerrar a entrevista, Cliciane pediu que também ouvíssemos a professora Rúbia Cristina dos Santos, supervisora pedagógica da Editora e representante dos assessores pedagógicos, sobre os desafios para 2019.

Rúbia – O ano de 2019 vem consolidar um trabalho que vem sendo realizado há alguns anos e que tem como objetivo efetivar uma educação de qualidade para os nossos estudantes. Nós fazemos isso subsidiando os professores. A ideia da formação continuada é exatamente essa: subsidiar os professores para a reflexão e para a produção de planejamentos que garantam o aprendizado de todos e de cada um dos estudantes. Pensando em quem é essa criança, em quem é esse estudante – em todos os níveis da educação -, e em quem são os gestores que vão atuar com esses professores. Então, o nosso maior desafio para 2019 é pensar em planejamentos que possam dar esse subsídio e que garantam, de fato, uma educação de qualidade.

2019: um novo Colégio Opet, com a cara da Editora

Nas últimas semanas, o Grupo Educacional Opet deu início a um projeto estratégico na área pedagógica. Esse projeto, que vai transformar o Colégio Opet em uma das instituições de ensino mais inovadoras de Curitiba já a partir de 2019, tem relação direta com o nosso trabalho na Editora Opet. Como primeiro passo dessa transformação, houve uma aproximação estratégica entre a Editora e o Colégio, que passa a ser uma escola de referência para todo o trabalho. Dentro da nova proposta, a gestora pedagógica Caren Helpa passou para a direção educacional do Colégio Opet, e a coordenadora pedagógica Cliciane Élen assumiu a gerência.

A superintendente da Editora, Cristina Swiatovski, detalhou as mudanças em uma entrevista exclusiva. Confira!

Entrevista a Rodrigo Wolff Apolloni

O Colégio Opet vai iniciar o ano de 2019 com uma proposta inovadora de trabalho pedagógico. Como nós estamos participando dessa mudança e como ela vai afetar o trabalho da Editora?

Cristina – Essa aproximação é importante para fortalecer ainda mais o nosso trabalho junto ao segmento da educação privada. Em 2018, consolidamos o selo Opet Soluções Educacionais junto às escolas privadas, ao mesmo tempo em que consolidávamos o selo Sefe junto às redes públicas de ensino. Tivemos um crescimento importante no número de parceiros privados e percebemos, nestes parceiros, uma necessidade. Eles querem uma escola que não seja referência apenas na utilização do material didático, mas na formação dos professores e na gestão, nos indicadores do negócio, comerciais e de marketing. Com o projeto – que foi amplamente debatido nos últimos meses – vamos oferecer isso aos nossos parceiros, ao mesmo tempo em que oferecemos uma escola inovadora e de alta qualidade à sociedade curitibana. Será uma escola de referência. A ideia é que nossos parceiros e prospects tenham, nela, um modelo de gestão e de sucesso, e que o nosso trabalho possa auxiliá-los em seu próprio sucesso.

O que muda, em termos de gestão, para a Editora Opet?

Cristina – O único movimento que tivemos foi em relação à professora Caren Helpa, nossa gestora pedagógica, que assumiu a diretoria educacional, respondendo pelo Colégio Opet e fazendo a ponte com a Editora. A professora Cliciane Élen, que era coordenadora pedagógica, assumiu a gerência pedagógica. Não houve qualquer mudança em relação às demais posições – a equipe segue a mesma, assim como a filosofia de trabalho e o calendário de formação e assessoramento pedagógico dos docentes.

O que a ida da professora Caren Helpa representa dentro da nova configuração do Colégio?

Cristina – A professora Caren é uma pessoa muito focada na formação de professores e, também, uma pesquisadora em inovação. Ela vai para o Colégio Opet com esse propósito. E, a partir do momento em que os primeiros frutos forem colhidos – e eles serão –, a Editora também vai usufruir desses estudos, práticas e pesquisas. Como diretora educacional, a Caren será o elemento de ligação conosco. A proposta da Editora é levar esses ganhos para as escolas conveniadas e criar uma rede de escolas conveniadas Opet. Sempre respeitando a marca e a identidade de cada escola, mas uma rede em termos de metodologia de trabalho.

Estudos para os ambientes do novo Colégio Opet. Projeto vai transformar o Colégio em um dos espaços educacionais mais inovadores de Curitiba.

Quais os passos para a transformação do Colégio Opet na nova escola?

Cristina – Em breve, O Colégio vai passar por uma avaliação da proposta pedagógica. Em seguida, vamos fazer um estudo para a adequação física porque queremos que o ambiente seja o “terceiro educador”. Para isso, vamos transformar o espaço, aproveitando a estrutura maravilhosa de que dispomos. E o que vai mudar? Vamos fazer com que as atuais instalações do Colégio no Bom Retiro – o chamado Bloco I –, que hoje também abrigam alguns cursos superiores, abriguem apenas as atividades do Colégio. Com isso, teremos muitos espaços com formatos diferentes, salas-ambiente para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e outras coisas nesta linha. Mais importante do que as mudanças físicas, porém, é a equipe que vai ser construída.

Como o novo Colégio Opet vai influenciar o trabalho da Editora? O que podemos aprender e oferecer aos nossos parceiros?

Cristina – Nosso trabalho vai mudar. Quanto mais você qualifica os professores, mais exigentes eles ficam e isso é muito bom. É uma via de mão dupla: você leva os livros ao Colégio e ele nos devolve questões, vivências e informações. E, como proposta, queremos abrir a escola para o mercado e mostrar que, em Curitiba, temos um grande centro de formação de professores. Que vá além, inclusive, da formação continuada dos nossos professores. Para que professores e gestores de outras escolas, não parceiras, também possam participar.

Todas essas mudanças começam em 2019?

Cristina – Com certeza! Na verdade, planejamos e iniciamos as mudanças há mais de seis meses. Todos os colaboradores no Colégio já foram informados e já começamos a migração dos cursos de Administração e Contábeis do Bloco 01 para o Campus Rebouças. Além disso, o Bloco II, que fica ao lado do Colégio, será transformado em Escola Jurídica. Assim, o Campus Rebouças receberá todos os cursos superiores do Centro Universitário UniOpet. Esses cursos passam a ser divididos em escolas – Escola de Negócios, de Gastronomia, de Bem-Estar, de Comunicação, entre outras, o que vai dar mais dinâmica e aproveitamento.

Como o projeto do novo Colégio Opet afeta a Cidade Mirim, que é o grande projeto pedagógico do atual Colégio Opet?

Cristina – Atualmente, a Cidade Mirim tem um projeto muito focado na cidadania, que será mantido, mas com um alinhamento em relação ao dia-a-dia da escola. Hoje, o projeto é muito pontual em suas ações e em seu público, e a proposta é de que seja mais amplo. A Cidade Mirim, hoje, está muito focada nos estudantes do primeiro ao quinto anos do Ensino Fundamental, e nós queremos que ela alcance todos, da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Editora Opet: atenção total aos materiais da Educação Infantil

Uma das grandes preocupações da educação diz respeito à Primeira Infância. Como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil merece atenção para garantir que a criança, desde seus primeiros momentos na escola, possa se desenvolver plenamente em todas as dimensões. No caso da Editora Opet, essa preocupação se espelha na elaboração de materiais didáticos de alta qualidade, capazes de participar desse processo e de colaborar com o trabalho de professores e gestores.

Para conhecer um pouco mais a respeito dos materiais didáticos da Editora Opet para a Educação Infantil, conversamos com Ross Mary Capriotti Strano Vieira, editora pedagógica na gerência Editorial da empresa. Ela falou, por exemplo, sobre como as coleções são atualizadas e quais seus fundamentos. Uma entrevista útil para se compreender a complexidade e a beleza envolvidas na produção de um sistema de ensino. Confira!

Entrevista a Rodrigo Wolff Apolloni

Quais são as nossas coleções, as coleções que produzimos para a Educação Infantil?

Ross Mary – Nós temos duas coleções para a Educação Infantil na Editora. Uma chama-se “Encantos da Infância”, que é voltada ao segmento privado, e a outra chama-se “Entrelinhas para Você”, voltada ao segmento público. Elas abrangem todos os anos da Educação Infantil, de um a cinco anos e onze meses, e seguem os mesmos fundamentos teórico-metodológicos e filosóficos da Editora Opet.

A Editora Opet tem um compromisso com a atualização, renovação e mesmo reescrita dos materiais, de modo a mantê-los sempre relevantes e adequados ao momento. Por que processos as coleções voltadas à Educação Infantil passaram ou vêm passando recentemente?

Ross Mary –  Recentemente, o material dos níveis “Infantil I” e “Infantil II”, que era anual, passou a ser semestral. Essa mudança atendeu uma solicitação dos nossos clientes, dos parceiros que utilizam os materiais, para facilitar a logística e o trabalho em sala de aula. Assim, o último trabalho foi a semestralização desses materiais.  Os demais níveis, 3, 4 e 5, já eram semestrais e foram mantidos assim. Uma outra atualização importante foi um mapeamento dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento presentes nas duas coleções em relação aos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento presentes na BNCC, a Base Nacional Comum Curricular. A equipe Editorial tem participado de estudos, encontros e palestras, principalmente na área da Educação Infantil, relacionados à BNCC. Desde que foram realizados os primeiros estudos, nós estamos participando das discussões. Em função disso, nossos materiais estão atualizados. A cada ano fazemos uma revisão, sempre de acordo com o que é proposto pelo MEC.

Nós podemos afirmar que, dentro do cenário dos sistemas de ensino no Brasil, nossos materiais da Educação Infantil estão entre os mais atualizados?

Ross Mary – Com certeza. Justamente por conta desse estudo frequente, constante, que nosso Editorial faz em conjunto com a gerência Pedagógica. As propostas estão, de fato, bem atualizadas.

Esse é um processo que envolve muitas pessoas e muito tempo…

Ross Mary – Nós podemos dizer que são várias pessoas, desde o autor do material, que é consultado para qualquer modificação, passando pelo editor – que, no caso da Educação Infantil, sou eu -, pela diagramação, pela análise de língua e pela iconografia. Ou seja: todo o processo de produção de um material acaba sendo incorporado em uma revisão de materiais já existentes. Às vezes, uma simples operação – a troca de uma palavra, por exemplo – impacta em toda uma cadeia de desenvolvimento. E nós não podemos deixar escapar nada, nenhuma etapa. É, enfim, um processo cuidadoso, que deve atender aos parâmetros de qualidade que temos dentro da empresa.

Quais são, em termos instrumentais, as características das duas coleções?

Ross Mary – As duas coleções são similares no sentido de seguirem os mesmos parâmetros teórico-metodológicos e filosóficos. O que acontece é que são atividades e sugestões de vivências diferentes em cada coleção. Ambas as coleções, porém, estão pautadas nos eixos propostos pela BNCC, que são brincadeiras e interações – os dois eixos de trabalho para o segmento. As duas coleções também respeitam os princípios éticos, políticos e estéticos propostos tanto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais quanto pela BNCC. As duas coleções contribuem para assegurar os direitos de aprendizagem e desenvolvimento propostos por estes documentos. Elas promovem, também, a indissociabilidade do cuidar e educar – que já é uma conquista da Educação Infantil, mas que precisa ser sempre afirmada para que isso aconteça de fato. As duas coleções também estão estruturadas com base nos campos de experiência propostos pela BNCC e, além disso, elas apresentam as propostas de aprendizagem em consonância com os objetivos de aprendizagem propostos pela BNCC.

No site da Editora Opet, os interessados podem ter acesso às características dos materiais para a Educação Infantil. Mesmo assim, as pessoas interessadas podem entrar em contato com você para esclarecer dúvidas?

Ross Mary – Com certeza! Nós estamos sempre abertos para esclarecer dúvidas, receber sugestões e críticas. Essa troca, que já acontece no dia-a-dia das escolas, durante as formações pedagógicas e no assessoramento, é muito importante. Contem conosco!

 

Prêmio Ação Destaque: o reconhecimento do trabalho dos professores e gestores

Nas próximas quarta, quinta e sexta-feira (17 a 19), dentro do VI Seminário Nacional de Gestores, o Sefe realiza a etapa final e a premiação do 8º Prêmio Ação Destaque, dirigido a professores e gestores parceiros da Editora Opet na área pública. O prêmio espelha a qualidade das nossas parcerias e, principalmente, nosso respeito ao trabalho dos professores e gestores. Para falar sobre o Prêmio, conversamos com uma de suas idealizadoras, a gestora pedagógica da Editora Opet, Caren Helpa. Confira!

Entrevista a Rodrigo Wolff Apolloni

Quando surgiu e qual foi a ideia que deu origem ao Prêmio Ação Destaque?

Caren – A ideia surgiu no ano de 2010. Foi uma iniciativa da equipe de assessores do Sefe – na época, éramos somente seis, para os quase trinta que temos hoje – e  tínhamos uma inquietação em relação ao trabalho que os professores realizavam nas escolas. A gente conhecia esse trabalho nas formações e durante as visitas às escolas, víamos trabalhos de muita qualidade e queríamos que eles pudessem ser divulgados. Então, em uma roda de conversa, imaginamos fazer um evento em que esses professores pudessem vir a Curitiba para contar suas práticas. Então, o prêmio veio de uma ideia muito simples, inicialmente muito pequena – a primeira edição foi para sessenta pessoas -, com a perspectiva de divulgar boas práticas. Depois, ao longo do tempo, fomos ampliando, transformando aquela ideia inicial em um concurso, com uma premiação, que ganhou corpo e se tornou mais relevante até chegar ao modelo que temos hoje, de enaltecer, divulgar, reconhecer e valorizar a prática de professores e gestores.

Na edição de 2018, quantas e quais são as categorias do Prêmio Ação Destaque?

Caren – Nós temos onze categorias que contemplam todos os materiais que compõem o Sefe: desde a Educação Infantil até o 9º Ano do Ensino Fundamental, acrescido dos componentes curriculares Arte, Educação Física e Inglês, e o material de Educação Ambiental [a Coleção Meu Ambiente, produzida em parceria com a Fundação O Boticário de Proteção à Natureza] que ganhou uma categoria especial pelo nosso desejo de mobilizar este trabalho nas escolas. Além dessas onze categorias, temos a categoria “Sefe Indica”, que não é prevista no regulamento, mas que tem a intenção de divulgar um trabalho que extrapola aquilo que pensamos em  termos de educação. Então, quando há um trabalho muito singular, muito significativo e que a gente acha que pode ser transposto a outros contextos escolares, dizemos que o “Sefe indica” – a gente indica e recomenda aquela prática. No total, então, o prêmio contempla doze categorias.

Como funciona a avaliação dos trabalhos?

Caren – Temos uma equipe de pareceristas formada pela equipe de assessoria do departamento pedagógico e por autores das coleções. Cada trabalho é avaliado por dois profissionais e, destas duas avaliações, tiramos uma média. Os trabalhos que têm as maiores pontuações tornam-se finalistas. E eles também devem atender os critérios previstos no regulamento: contemplar inicialmente a relação com o material, a nossa prática teórico-metodológica e, depois, o impacto do trabalho sobre a comunidade, a transformação que ele desencadeou. Esses são alguns dos critérios de avaliação.

Como você vê o olhar dos professores e dos gestores para o Prêmio Ação Destaque?

Caren – Sobretudo, eles veem como um reconhecimento. Em todas as edições do Prêmio Ação Destaque eles verbalizam isso. Que o maior ganho, além da aprendizagem das crianças – o primeiro foco do que fazemos -, é o reconhecimento do seu trabalho, porque muitas vezes eles não se sentem reconhecidos ou não vislumbram o potencial deste trabalho. Ao participar do Prêmio e do Seminário, eles se sentem reconhecidos, ficam sensibilizados, instigados, inclusive, a pensar em outros projetos e outras ações.

De que forma os trabalhos finalistas e premiados refluem sobre o nosso próprio trabalho? De que forma eles nos inspiram?

Caren – De muitas maneiras! Em uma primeira instância, eles materializam aquilo que vivenciamos nas formações. Então, como equipe, esse é o primeiro ganho. A gente vê nos trabalhos aquilo que trabalhamos nas formações. O professor consegue fazer essa transposição didática. Em segundo lugar, serve como inspiração para outros professores. O que nós percebemos historicamente: um município tem um professor finalista; quando ele vem a Curitiba e vivencia esse momento do Seminário, ele inspira e incentiva outros professores. Ele vai lá e diz “Gente, é possível! Eu fui, me apresentei e as pessoas vieram perguntar do meu trabalho!” – então, isso serve como inspiração. E, no ano seguinte, aquele mesmo município inscreve vários trabalhos porque as pessoas se sensibilizaram. Então, de fato, é uma prática social que se repensa e se refaz a partir dos professores finalistas.

Qual o grau de inspiração dos trabalhos finalistas deste ano?

Caren – A gente diz que é cada vez mais difícil avaliar. Isso porque os trabalhos estão vindo cada vez mais contextualizados, mais qualificados, mais embasados teoricamente, mais perto daquilo que a gente pensa em termos de educação. Então, é cada vez mais difícil avaliar, mas a cada ano é mais inspirador. A gente acredita na educação e em seu poder transformador. O Prêmio reforça nosso encantamento pelo trabalho.

 

Carmen Gabardo fala sobre diretrizes teórico-pedagógicas da Editora Opet

Ao longo dos anos, a professora Carmen Lucia Gabardo – pedagoga, mestre em Administração de Sistemas Educacionais pela PUCRS e doutora em Letras e Estudos Linguísticos pela UFPR – se destacou como pensadora e como defensora de uma educação mais cidadã, crítica e capaz de transformar a sociedade. Uma parte importante dessa trajetória foi feita em parceria conosco: primeiro, no início do século 21, com a Base Editorial, que daria origem ao Sefe; depois, com o próprio Sefe e, a partir de 2015, com a Editora Opet, que congrega os selos educacionais Sefe (para a área pública) e Opet Soluções Educacionais (para a área privada). Junto com os colaboradores dos setores pedagógico e editorial, Carmen participa ativamente da construção e da materialização dos princípios filosóficos que norteiam a assessoria pedagógica e os materiais didáticos e da Editora Opet. Uma profissional, enfim, que conhece como poucos os princípios que nos movem na educação.

Nesta entrevista exclusiva, ela falou sobre as Diretrizes Teórico-Metodológicas da Editora Opet e do trabalho de fazer com que essas regras norteiem as coleções utilizadas por professores de escolas públicas e privadas de todo o país.

 

Editora Opet – No ano passado, a gerência pedagógica da Editora se reuniu para debater e estabelecer as Diretrizes Teórico-Metodológicas que passaram a nortear o trabalho desenvolvido com os parceiros das escolas públicas e privadas. A senhora teve um papel importante nesse processo. O que são as Diretrizes? Qual seu papel?

Carmen Gabardo –  A nossa preocupação sempre foi a de desenvolver uma filosofia, a do compromisso com a educação. E, a partir do momento em que você explicita o tipo de formação que se quer, como se quer realmente atingir a população escolar e os professores, cria condições para que esse processo seja de boa qualidade. Entram aí as concepções de homem, sociedade e educação, assim como as questões da função da escola e da família – estes elementos, todos, nos conduzem a uma reflexão teórica.

Então se tem, realmente, uma política educacional que busca uma formação plena do nosso aluno para a cidadania, respeitando o que preceituam as leis maiores que regem a educação. E isso nos possibilita adequar a parte pedagógica, a tradução metodológica desses princípios, em livros para os alunos, no instrumental necessário para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.

Assim, a partir dessa concepção, que nós já tínhamos – que a Editora Opet já possuía e que o Sefe já possuía -, fizemos um entrosamento, uma explicitação, que foi materializada nas Diretrizes Teórico-Metodológicas. E, a partir delas, estamos analisando todas as obras desenvolvidas pela Editora Opet.

Quais são os princípios que norteiam as Diretrizes?

Carmen – A concepção de que o aluno é sujeito da História, que ele produz cultura, de que o ser humano, a partir do momento em que se relaciona, na interação com o outro, se faz e se vê. Assim, a própria concepção linguística é a do outro, do diálogo. Para que a gente possa realmente entender e fazer entender. Ouvir o outro, entendê-lo e trabalhar com ele no desenvolvimento das suas habilidades – do instrumental de conhecimento de que o indivíduo precisa para poder interferir na sociedade, transformando-a, quiçá para num bem comum e justo.

Essa é uma concepção baseada em Vygotsky? [Lev Vygotsky, 1896-1934, psicólogo e teórico do desenvolvimento]

Carmen – Nós temos nossa perspectiva de desenvolvimento humano pautada em Vygotsky. Claro que não negamos outras contribuições de conhecimento, mas Vygotsky foi muito feliz quando falou dessa interação e dessa mediação. E, quando falamos do aspecto linguístico, estamos falando da própria concepção bakhtiniana, porque Bakhthin [Mikhail Bakhtin, 1895-1975, filósofo da linguagem] também vai por essa razão do diálogo, da enunciação, do perceber o outro. E que esse outro realmente é reflexo histórico das condições em que vive, do entorno e com a relação com o outro.

De que forma Paulo Freire entra no DNA do nosso olhar pedagógico?

Carmen – Paulo Freire fez todas as suas pesquisas demonstrando que é a partir da percepção do outro, do mundo do outro, da forma como este outro interpreta o mundo, que podemos fazer as análises, as sínteses, as trocas. Então, é a mesma percepção de um social que se quer participativo, que não tem tantas desigualdades e que permite às possam usufruir, de fato, os bens culturais.

Ou seja: as nossas fontes, os nossos referenciais teóricos, guardam uma coerência que se reflete nas Diretrizes Teórico-Metodológicas.

Carmen – Sem dúvida!

O processo de um sistema de ensino contempla a necessidade de renovar coleções existentes e de se criar coleções novas, que atendam às mudanças no mundo. Como as Diretrizes Teórico-Metodológicas  participam desse processo?

Carmen – Você tem os conceitos estruturantes de cada disciplina, de cada área do conhecimento, e tem esses princípios filosóficos, que indicam como desenvolver determinadas formas de raciocínio e determinadas formas de aprender. Por exemplo: considere um especialista do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental, por exemplo, com conhecimento em si da disciplina. Você vai trabalhar com ele didaticamente, e essa didática é que vai se prender à Psicologia, às teorias do desenvolvimento humano, para dizer que ele precisa ter determinadas atividades que desenvolvam as formas de pensar, que estabeleçam certas relações de compreensão crítica, a própria percepção de que esse conhecimento foi construído na História pelos próprios homens e que ele está se refazendo a cada momento. Que a ciência, apesar de estar falando “cientificamente”, também passa por modificações ao longo do tempo. Então, reunimos esses elementos. Por quê? Acreditamos que o indivíduo, quando se apropria do conhecimento, consegue interpretá-lo, perceber as diferentes visões de mundo e atuar em função do bem comum.

Como se coloca uma proposta de viés humanista quanto essa em coleções que são levadas ao mercado?

Carmen – Independente de se trabalhar para escolas públicas ou privadas, o educador, que se diz e se sabe educador, tem um compromisso com o desenvolvimento humano. Então, independente do lugar de onde se vem, quando você produz um livro, este livro deve contribuir para o desenvolvimento do aluno para o bem, seja ele da escola pública ou privada. Consequentemente, o trato que se tem é absolutamente o mesmo. Os profissionais que atuam tanto na escola pública quanto na escola privada (e muitos deles ocupam as duas posições) têm um compromisso com a ciência e com a educação. Eles vão utilizar instrumentos, sejam eles produzidos por uma empresa ou não, da melhor forma. No caso de uma obra que já existia e que está sendo atualizada, como é feito o trabalho de reestruturação? Fazendo-se a análise dela em função, até, das normas educacionais que estão sendo discutidas agora, que é o caso da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelecem tantos conteúdos e tantas metodologias, tantas competências e tantas habilidades. Então, você pega uma obra e a analisa esta obra em função dos princípios filosóficos, psicológicos, pedagógicos, e daí a complementa. Porque o conteúdo está aí, mesmo com a possibilidade de alterações e mudanças que são naturais.

Como você avalia as nossas coleções hoje. E para onde caminhamos?

Carmen – As percepções são feitas partindo do que os usuários dizem, do que apontam. Então, você tem proposições de quem usa, da base. E, como tem percepções dessa base, o que é o fundamental – até mesmo porque, se oferecer a obra e não oferecer o assessoramento, a discussão e o diálogo, estará pecando –, quando você tem esse vínculo, vai vendo que as nossas obras têm tudo para chegar lá. Porque elas provocam. E o profissional arejado, crítico, consegue pegar essas obras, esses elementos, e transformá-los naquilo que é necessário. As obras, enfim, são instrumentos. As obras são vivas porque são utilizadas, e a mediação é feita pelo professor.

Formação de professores em Juazeiro do Norte movimenta mais de 300 pessoas.

A formação de professores promovida pela equipe da área pedagógica da Editora Opet movimentou a cidade de Juazeiro do Norte. Foram mais de 200 professores e diversos gestores educacionais que presenciaram um novo modelo de educação.