Educação Física: lúdica e inclusiva!

Assessora pedagógica responsável pelas formações da Editora fala sobre as novas práticas nesse componente curricular tão importante. Confira!

A escola desempenha um papel importante no processo de conhecimento e desenvolvimento corpo-mente. No Brasil, a Educação Física é um componente curricular obrigatório da Educação Básica desde 1996, quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação determinou que ela deve estar presente na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

Chegamos, então, a uma questão importante: como fazer com que a Educação Física leve as crianças e os adolescentes a conhecerem e a valorizar o próprio corpo, a saúde e os momentos compartilhados? A resposta começa na escola e no corpo docente: é essencial que professoras e professores encontrem formas de compreender as preocupações, aproximar e motivar os jovens. Uma transformação que se inicia na formação docente.

Milena Nichel é a assessora pedagógica da Editora Opet responsável pelo trabalho com professoras e professores de Educação Física de todo o país, em implantações e formações. Graduada em Educação Física, ela é apaixonada pelo trabalho e considera que o seu componente curricular é um protagonista dentro da escola.

Milena, à esquerda, com professoras durante uma formação antes da pandemia. A busca por recursos e a troca de experiências são constantes nos encontros com os professores de Educação Física.

“As aulas de Educação Física são responsáveis, em grande parte, pelo desemparedamento das crianças e dos jovens. Por romper os limites da sala de aula e encontrar o mundo!”, observa.

“Nas aulas, as e os estudantes deixam a posição sentada, que é comum, e assumem outras posições. Alongam-se, descobrem possibilidades e aproveitem ao máximo essas vivências e experiências em termos teóricos e práticos. Vale lembrar, aliás, que todas essas vivências e experiências são conhecimentos desenvolvidos pela humanidade ao longo do tempo”, analisa Milena.

As formações pedagógicas são momentos de muita animação, que se reflete nas aulas de Educação Física.

Sem receios – Sobre o “fantasma” que ainda ronda as cabeças de alguns estudantes quando o assunto é a Educação Física – o medo da competição, da própria falta de habilidade esportiva e do julgamento dos outros –, Milena afirma que é um tema importante e que deve ser levado em conta pelos docentes. E que há formas de reduzir e mesmo de eliminar esses receios.

“A Educação Física mudou muito nas últimas décadas, quando o cenário formado pelo chamado ‘quarteto mágico’ – futebol, handebol, vôlei e basquete – foi ampliado para outras possibilidades”, explica.

Se, até então, a Educação Física se relacionava a aspectos como a desportivização e a competitividade, hoje as possibilidades vão muito além, e se conectam, principalmente, ao desenvolvimento integral do estudante.

Cruzamento entre Educação Física e Arte: quando os componentes curriculares dialogam, as aulas ficam mais interessantes e os resultados, poderosos.

“Com a Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, de 2018, tivemos um grande avanço. A Base propõe seis unidades temáticas a serem trabalhadas nas aulas: brincadeiras e jogos, esportes, ginásticas, danças e lutas e aventuras. A partir delas, as possibilidades de trabalho dos professores são muito grandes. Podemos esmiuçar cada tema e oferecer uma infinidade de conteúdos que proporcionem experiências e conhecimentos para crianças e jovens”, explica.

Em ação – Essas seis unidades e suas múltiplas possibilidades formam a base do trabalho de Milena com os professores das escolas públicas e privadas parceiras da Editora Opet. Lembrando que esse trabalho não implica apenas um “levar conhecimentos”, mas, sobretudo, uma troca de experiências e saberes, uma reflexão e uma reconstrução de conhecimentos. Algo que tem enorme valor, muito mais em um país tão grande e tão rico culturalmente como o Brasil.

“Nós trabalhamos a Educação Física a partir dos materiais didáticos da Editora, ou seja, em conexão com a proposta pedagógica, e também a partir da BNCC e de outras referências. E ampliamos as possibilidades em conjunto com os docentes de cada escola ou município conveniado, de acordo com as necessidades e com os saberes de cada um dos parceiros”, explica Milena.

Desemparedar e proporcionar experiências corporais são expressões-chave nas aulas de Educação Física.

Ao traçar um histórico das formações pedagógicas, Milena reforça o fato de que elas são, sempre, uma via de mão dupla, isto é, de conhecimento e aprendizado construídos conjuntamente. Algo que ganha ainda mais força na percepção de que as e os professores de Educação Física são apaixonados pelo que fazem.

E o que eles mais querem? Segundo Milena, eles se interessam muito por novas práticas que possam enriquecer seus planejamentos e seu trabalho com crianças e adolescentes. “Vejo como muito importante, também, o apoio dos gestores às aulas de Educação Física”, observa.

O reconhecimento do valor desse componente curricular, afinal, é fundamental para a vida e para o desenvolvimento das crianças. “Cada vez mais, as pessoas devem se conscientizar de o quanto o movimento é importante: ele não só é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, mas pode salvar vidas!”, garante.

Para a assessora pedagógica da Editora Opet, a Educação Física tem muito a oferecer aos demais componentes curriculares. “Se as e os professores de outros componentes adotassem as estratégias pedagógicas da Educação Física – que incluem o desemparedar, o lúdico, os jogos e o movimento –, os processos de ensino e aprendizagem poderiam ganhar em eficácia”, analisa. A aproximação e o foco transdisciplinar e interdisciplinar, aliás, fazem parte da filosofia de trabalho da Editora: eles estão nas coleções, nos planejamentos, nas formações e na vivência de sala de aula.

Saúde na escola e na vida – Milena destaca os muitos benefícios da Educação Física para a saúde. “As aulas de Educação Física, como outras atividades, ocasionam uma liberação hormonal muito benéfica.” Dopamina, endorfina, adrenalina e serotonina estão sempre presentes nas aulas, trazendo bem estar para as crianças e para os adolescentes. É um verdadeiro “prazer em conhecer” o próprio corpo e suas possibilidades, sempre com muita ludicidade.

“Ser corpo é a realidade da vida neste mundo. O corpo somos nós, nossa identidade como manifestação de vida. O motor de toda a educação, enfim, é o lúdico – e, nisto, a Educação Física dá um show!”, decreta.

A gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto, destaca a importância das formações pedagógicas para o fortalecimento das aulas de Educação Física:

“No trabalho de formação continuada com as e os professores de Educação Física, é possível pensar e planejar os momentos com os estudantes, garantindo espaços de aprendizagem que desenvolvam o respeito às diferenças, cooperação, solidariedade e criticidade. É importante considerar que essa criança se desenvolve de maneira integral – em termos físicos e mentais.”

“Joy!”: municípios investem no ensino da Língua Inglesa

Momentos digitais da formação em Roncador (PR).

Você já ouviu falar na expressão “língua franca”? Língua franca é um idioma compartilhado por pessoas de diferentes países: uma língua única, que possibilita o diálogo, a realização de negócios, o trabalho conjunto, o estudo e o desenvolvimento de pesquisas. No século 21, o Inglês é a língua franca. E sua importância, que já era enorme nas últimas décadas, cresceu ainda mais com a aceleração dos meios e dos contatos digitais.

No Brasil, o ensino de Inglês ainda encontra muitos obstáculos. Ao mesmo tempo, porém, há muitas iniciativas para reverter esse quadro e criar diferenciais. Na área pública, por exemplo, já são muitas as redes municipais que estão investindo no ensino da Língua Inglesa para além da exigência legal, que prevê o componente curricular obrigatório apenas nos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano).

É o caso das redes municipais de ensino de Colombo e Roncador, no Paraná, que neste ano aderiram à Coleção “Joy!, da Editora Opet. Escrita pela professora Vera Rauta, uma grande especialista no ensino do Inglês, a coleção tem como foco os estudantes dos Anos Iniciais, de 1º a 5º ano, e também os professores de Inglês, que têm acesso a recursos e insights para o ensino.

Professora Vera Rauta com os professores de Inglês de Colombo (PR).

Colombo – Situado na região metropolitana de Curitiba, Colombo é um dos maiores municípios paranaenses, com 250 mil habitantes e uma economia vibrante. Lá, na semana passada, a coleção “Joy!” foi oficialmente apresentada aos professores da rede municipal de ensino. Os docentes participaram de uma formação especial, de implantação, com a própria Vera Rauta. Neste ano, a rede municipal passa a adotar os materiais didáticos e ferramentas da Editora Opet para o ensino do Inglês nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano).

“Consideramos a chegada da coleção um avanço”, avalia a professora Luciane Dala Valle, diretora do departamento de Educação da secretaria municipal de Educação de Colombo. “Em primeiro lugar, porque conseguimos atender os Anos Iniciais do Ensino Fundamental com um material de qualidade, que vem ao encontro das expectativas do município. E, em segundo lugar, porque trazer novos materiais também significa garantir um novo olhar para o professor. Estamos oportunizando novas possibilidades e ampliando os conhecimentos, principalmente pela formação que acompanha a chegada dos materiais”, observa. “Sempre de olho nos resultados que esse material, que esse trabalho, podem trazer para a vida dos nossos alunos.”

A implantação animou os professores. “Sentimos que os materiais foram bem aceitos. É uma coleção de qualidade. Além disso, a formação feita pela professora Vera Rauta, a autora da coleção, foi excelente”, conta Luciane. “Ela conseguiu passar aos profissionais as diversas possibilidades de uso, esclareceu questionamentos, foi atenciosa ao extremo e acreditamos que estes encontros presenciais foram fundamentais para o sucesso da implantação.”

A professora Vera Rauta agradeceu aos professores e aos gestores pela receptividade. “Sentimos que todos estavam ansiosos pela possibilidade de acesso à coleção e por conhecer as atividades e a metodologia. Uma das professoras, por exemplo, me disse que ia aplicar tudo o que estava sendo transmitido durante a formação. Não poderia ter sido melhor!”, observou.

Professores e gestores de Roncador (PR).

Inglês em Roncador – Localizado na região central-oeste do Paraná, o município de Roncador possui uma grande presença imigrante, principalmente ucraniana, e uma forte interculturalidade. Lá, a atual gestão também optou por implantar o Inglês nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A implantação aconteceu nesta semana, e a apresentação dos materiais contou com a presença do secretário municipal de Educação, professor Edson Gonçalves de Oliveira.

“Nosso principal objetivo, ao ofertar a língua inglesa no Ensino Fundamental, foi possibilitar e fortalecer as diferenças culturais presentes em sala de aula e fora dela”, explica a professora Lenise Suski de Souza (foto), coordenadora pedagógica. Segundo ela, a implantação realizada pela própria autora dos materiais foi algo muito importante. “Para os professores, ter a formação com a professora Vera foi algo maravilhoso”, avalia.  

No caso de Roncador, a professora Vera Rauta destaca a estratégia de investimentos em educação da atual gestão. “Ao implantar o Inglês do 1º ao 5º ano, os gestores se anteciparam ao que exige a lei. Roncador é uma cidade em pleno desenvolvimento, e este investimento mostra um compromisso com a sociedade e com a cidadania dos estudantes.”

Vera observa que, nas implantações e nas formações, o trabalho da Editora se diferencia por equilibrar teoria e prática. “Nós seguimos o planejamento e as diretrizes da Editora para os demais componentes curriculares. Eles somam a coerência da proposta, uma boa comunicação, a percepção do momento atual, as tendências e um uso amplo de recursos digitais”, observa.

Quanto ao uso da tecnologia, ela destaca tanto a plataforma educacional Opet INspira, que oferece milhares de conteúdos originais e de alta qualidade, quanto a parceria da Editora com as ferramentas Google Workspace for Education, que garante a “entrega” dos conteúdos, assim como uma comunicação digital de alta qualidade. “Esses recursos apoiam fortemente o trabalho dos professores, com reflexos sobre a aprendizagem.

“Ô, abre alas, que eu quero passar!”: o carnaval chega à sala de aula!

Pandeiro, cuíca, ritmo, fantasia, alegria… o carnaval é uma das festas mais ricas e complexas da cultura brasileira. E não apenas pelas cores, pela dispersão geográfica, irreverência ou criatividade: na verdade, o carnaval tem uma história muito antiga, mais antiga que a própria fundação do Brasil. Além disso, ele reúne e harmoniza elementos dos três grupos humanos formadores da nossa sociedade: indígenas, africanos e europeus.
Em outras palavras: uma festa tão importante é, também, um “prato cheio” para a educação! Assumindo o espírito carnavalesco, é possível compartilhar muitos conhecimentos com os alunos. Da Educação Infantil ao Ensino Médio, todos vão se divertir… e aprender!

“Confete, pedacinho colorido de saudade…”: memórias de carnaval

Um bom início de trabalho sobre o carnaval pode envolver as memórias das pessoas. Assim, pergunte aos alunos sobre como eles e suas famílias vivenciam a festa. E não há problema se, por acaso, alguns eles não tiverem essas memórias por questões relacionadas à religião, por exemplo, ou apenas por não gostar da festa. Essa é uma boa oportunidade, inclusive, de trabalhar a diversidade, assim como o respeito e o acolhimento às diferentes opiniões.
Em relação às memórias carnavalescas, elas podem se estender à família, aos pais ou avós, por exemplo. Vale lembrar ainda que, em várias regiões do país, as festas carnavalescas estão fortemente relacionadas à cultura local – caso, por exemplo, dos maracatus e do frevo em Pernambuco -, o que dá ainda mais cor às discussões.

Como tudo começou

As origens do carnaval ser situam em um passado muito remoto. A festa, incorporada pela cristandade europeia há muitos séculos, na Idade Média, tem elementos ainda mais antigos. Há quem afirme, por exemplo, que uma festa semelhante, caracterizada pela inversão de valores (com o rei se vestindo de servo e o servo de rei, por exemplo), teria surgido na Babilônia há milhares de anos.

Dito isso, podemos passar ao “resgate histórico” do carnaval:

1. Apresente uma linha do tempo sobre a História do carnaval. Mostre aos discentes como a festa chegou ao Brasil em meados do século XVII, sob influência das festas da Europa. Aqui, dependendo do nível de ensino, você pode até detalhar as origens psicossociais da festa, mostrando, por exemplo, as ideias de inversão e catarse (a este respeito, vale a pena conhecer a teoria da carnavalização de Mikhail Bakhtin).
2. Mostre imagens e vídeos de personagens famosos do nosso carnaval, como o rei momo, pierrô e colombina, que têm origem europeia. As influências, aqui, são muitas, do teatro italiano à corte francesa de Luís XIV, passando pelos bailes de máscaras de Veneza… é muita coisa interessante!
3. Também é importante contar que, no século XVII, foram criados os primeiros blocos de carnaval, mas que eles só se popularizaram no século XX.
4. Mostre ainda a origem das fantasias, que, assim como a decoração dos carros, ocorria de forma espontânea. Essa “improvisação” deu origem aos famosos carros alegóricos que temos atualmente.
5. Leve áudios de marchinhas para apresentar o gênero e mostrar que esse estilo musical contribuiu grandemente para a aceitação popular. Leve materiais para apresentar a primeira escola de samba, criada em 1928 no Rio de Janeiro – era a “Deixa Falar”, que, mais tarde, virou “Estácio de Sá”.
6. E, por fim, não deixe de mencionar como se deu o surgimento e as primeiras competições das escolas de samba em São Paulo e no Rio de Janeiro. E que, em outras regiões do país, se mantiveram os tradicionais carnavais de rua, com blocos e agremiações.

Os carnavais pelo Brasil

É possível que muitos alunos observem que, em sua região, em sua cidade, não existe carnaval. Isso não invalida a ideia de apresentar a festa em toda a sua grandeza, até mesmo porque em nosso país – e no mundo – há muitos carnavais. Dos bailes de salão aos trios elétricos, dos concursos de fantasias aos maracatus, são muitas as possibilidades! Vamos examinar por região do Brasil:
● Carnaval na região Sul: No Sul, principalmente em Florianópolis e em outras cidades litorâneas, há uma grande mistura de elementos, como desfiles de escolas de samba, clubes, blocos de rua e festas com DJs.
● Carnaval na região Sudeste: Desfiles das escolas de samba nos sambódromos Anhembi e Marquês de Sapucaí que são transmitidas na TV. Também há blocos de rua e festas particulares em clubes. Tudo com muita música, samba e marchinhas de carnaval.
● Carnaval na região Centro-Oeste: É em Goiás que ocorre uma das principais festas do Centro-Oeste. Há marchinhas, shows de várias bandas e desfiles de escolas de samba.
● Carnaval na região Nordeste: Temos variadas formas de comemorar o carnaval no Nordeste. Na Bahia tem os trio-elétricos e mais de 150 blocos organizados. O famoso carnaval de rua atrai cerca de 2 milhões de pessoas.
Muito além dos bonecos, o carnaval de Olinda, assim como o de Recife, se destaca pelas manifestações de dança e música. Em ambos, temos o Frevo e o Maracatu (uma mistura das culturas africana, portuguesa e indígena). Além é claro, dos blocos de rua.
● Carnaval na região Norte: Outro ponto interessante de levar para a sala de aula é o fato das festas no Norte estarem ligadas ao folclore. Em Manaus na mesma época acontece a Festa do Boi (Boi-Bumbá) e o aniversário da cidade.
São três dias de festa onde o público dança coreografias únicas ao som das tradicionais músicas de influência indígena e veste os tururis (abadás).

Como apresentar o carnaval e seus elementos?

Depois de apresentar a História do carnaval e suas diferentes manifestações no Brasil, é hora de aplicar atividades que coloquem os estudantes em um contato maior com o assunto.
Como essa festa tão marcante da cultura brasileira é formada por blocos, desfiles de escolas de samba, fantasias, músicas, marchinhas, danças, fantasias, personagens como a colombina e muito mais, é fácil perceber que este grupo de elementos não se encaixam em uma única disciplina, certo?
Inclusive, já mencionamos anteriormente que é possível trabalhar aspectos históricos, artísticos e da linguagem utilizando o carnaval como pano de fundo.
Mas, mais importante do que trabalhar em cada uma dessas disciplinas, deve-se trabalhar de forma interdisciplinar. Desse modo, ele não será estudado a partir de uma único componente curricular, mas de vários e em diálogo.
Então, ao explicar o tema e aplicar as atividades, tenha em mente trabalhar o carnaval de maneira a explorar diferentes temas, sempre em contexto.
Pensando nisso, algumas das formas de ensinar e aplicar atividades são:

Ideias para apresentar o tema carnaval

● Apresentação de imagens e vídeos.
● Sugestões de artigos, livros, sites, vídeos e músicas.
● Pergunte aos estudantes o que eles sabem sobre a festa a partir de um bate-papo.
● Leve áudios e letras de músicas, samba-enredo e marchinhas de carnaval para que além de ouvir e conhecer, os estudantes também possam analisar a letra e seus significados. Aqui é possível trabalhar linguagem, musicalidade e História.

Atividades para trabalhar o carnaval em sala de aula

● Solicitar a montagem de uma linha do tempo da História do carnaval e sua evolução.
● Propor a apresentação e grupos sobre o carnaval em cada região a partir de fotos e vídeos da festa.
● Propor atividades que envolvam dança, assim, além de aplicar danças e coreografias típicas do carnaval, também é possível trabalhar a coordenação motora e a linguagem corporal.
● Aplicar atividades que envolvam a construção de máscaras e fantasias, de modo a trabalhar também a coordenação motora e a criatividade. Uma boa ideia é criar e imprimir máscaras de carnaval para serem coloridas pelos discentes. Utilize também recortes, tecidos, glitter, purpurina, lantejoulas e afins.
● Peça às crianças que criem murais e painéis decorativos sobre o carnaval.
● Tire um dia para montar uma oficina de desenho e pintura.
● Crie exposições que mostram os trabalhos criados.
● Abordar a musicalidade por meio de sambas, batuques e demais aspectos musicais do carnaval.
● Estimular estudos da Língua Portuguesa por meio de sambas-enredos famosos do carnaval carioca; apresentação do gênero marchinhas – por exemplo, “Ó abre alas”; Maracatu e Afoxé (manifestação cultural da Bahia que une música e religião).
● Proponha desfiles em algum espaço escolar mais amplo.
● Promova uma comemoração e peça aos estudantes que decorem a escola.

Seja por meio de histórias, vídeos, músicas, apresentações, desfiles improvisados, oficinas de pintura, o mais importante é que os estudantes conheçam a riqueza cultural brasileira.
Ao trazer ritmos e grupos específicos de cada região, por exemplo, é possível trabalhar aspectos como diversidade e religião. Ainda sobre o carnaval brasileiro de norte a sul, é fundamental trazer a festa do Norte como pauta. A festa do Boi e a maneira como ela ocorre, juntamente com o carnaval, é uma das expressões mais ricas que temos no Brasil. Ainda mais por ter tanta influência indígena.
Ritmos, marchinhas e instrumentos, além de remeter à disciplina de Arte e História, são excelentes para trabalhar aspectos linguísticos e, mais uma vez, regionais. E as oficinas, além de tornar a aula mais dinâmica, também estimula criatividade, socialização e coordenação motora, assim como as danças e coreografias.
Então, como você vai apresentar a História, os símbolos, os ritmos, os personagens e a diversidade cultura contida nisso nas suas aulas? Opções não faltam, mas o mais importante, trabalhe de forma interdisciplinar!

Como aproximar família e escola?

Quando o assunto é promover educação de qualidade, família e escola caminham juntas. Essa frase é uma velha conhecida dos professores, estudantes, gestores e famílias parceiras da Editora Opet. Nós, da Editora Opet, acreditamos firmemente nisso e baseamos essa crença em estudos científicos internacionais que demonstram o sucesso da “dobradinha” família-escola.

Os ambientes da família e da escola, é claro, são distintos: cada um tem suas características e seus modos de interação. Eles, porém, são complementares e se reforçam mutuamente. Vamos saber mais a respeito.

 

O papel da escola na formação do estudante

O trabalho escolar é mais centrado na formação acadêmica, intelectual e cognitiva. Em resumo, o foco maior está na transmissão dos conhecimentos acumulados ao longo da história humana. Ainda sobre o foco educacional da escola, não podemos deixar de mencionar o foco na aplicação de atividades que ajudem o indivíduo no desenvolvimento de competências e habilidades cruciais para a vida em sociedade, ainda mais na sociedade atual, que está em constante mudança.

Além do conhecimento científico e desenvolvimento de habilidades e competências, há uma preocupação em suprir algumas necessidades do âmbito pessoal, especialmente aquelas relacionadas à socialização.

Nesse aspecto pessoal, podemos dizer que a escola amplia o que vem do ambiente domiciliar.

Na maioria dos casos, até o início da vida escolar, as crianças só tiveram contato com os membros da família e um grupo restrito que se estendia a familiares e amigos, a eventos sociais e à comunidade em torno do local de moradia – vizinhos, por exemplo.

Então, a escola representa um importante avanço no que se refere a experiências e habilidades sociais. Nesse espaço, as crianças começam a construir sua própria rede de amigos e comunidade.

Mas, é preciso mais do que isso para forjar a personalidade e garantir o desenvolvimento integral desse indivíduo. E o que falta na escola precisa ser complementado pela família.

 

O papel da família na formação do indivíduo

A família, além de anteceder e de dar continuidade ao trabalho dos educadores, atua no estabelecimento de valores e princípios. Também é no espaço familiar, o qual ainda é o local mais importante para criança, que o estudante deve receber segurança, acolhimento, orientação e apoio.

A compreensão do mundo, dos acontecimentos na escola, do valor do conhecimento também deve partir da família. A família tem um importante papel em auxiliar o indivíduo a fazer uma leitura correta do mundo, já que, no início da vida, tudo é muito novo para ele.

Isso vai desde trabalhar boas maneiras e respeito até dar assistência no desenvolvimento de habilidades socioemocionais que vão ajudá-lo a lidar com os demais, com os desafios e com as próprias emoções.

Em última instância, esse trabalho também é uma maneira de reforçar ensinamentos do professor, bem como o respeito e a admiração por ele.

 

Como fortalecer a parceria entre escola e família?

É papel dos professores e dos gestores incentivar e criar estratégias para encorajar a participação da família na educação das crianças e adolescentes. São eles que vão “quebrar o gelo”, abrir as portas, criar um fluxo de comunicação clara e contínua. Quanto mais acolherem, mais serão acolhidos e “integrados” pela família. Isso, aliás, gera pertencimento – temos, então, uma “comunidade escolar” na mais profunda acepção do termo! Mas, como chegar nesse grau de integração? Vamos descobrir:

 Ofereça dicas básicas para a participação ativa da família

Indique algumas ações que a família pode executar para participar da vida escolar. Esse é o primeiro passo, serve para começar a introduzir a ideia de educação compartilhada entre escola e família. A família deve ser estimulada a:

  • Perguntar sobre o dia na escola;
  • Auxiliar no dever de casa;
  • Transmitir segurança para que a criança informe possíveis problemas, bullying ou dificuldades com determinados conteúdos;
  • Incentivar o gosto pelo estudo, incorporando na criança ou adolescente um tom de curiosidade e espírito investigativo;
  • Elogiar as conquistas escolares;
  • Com respeito e carinho, mostrar o erro e o caminho para o estudante conseguir resolver determinada atividade;
  • Participar dos eventos escolares – reuniões, feiras, festas, apresentações.

  Informe sobre estruturas básicas de ensino e ambiente físico da escola

  • Mantenha a família informada sobre o conteúdo do Projeto Político Pedagógico (PPP), os objetivos e em qual etapa dele o ensino das crianças está.
  • Apresente o espaço físico da instituição onde ocorre cada atividade para que a família se sinta parte do processo. Dessa forma, ela passa a ter ainda mais zelo e vontade de participar.
  • Torne a família parte ativa dos processos de ensino da sala de aula.
  • Faça reuniões para apresentar feedbacks e, em caso de o estudante apresentar dificuldade no desempenho escolar, informar a situação, o que está sendo feito e como a família pode contribuir para ajudar.
  • Marque encontros individuais quando houver a necessidade de abordar assuntos relacionados a dúvidas por parte da família. Esse contato mais próximo e personalizado ajuda a aumentar a confiança na escola e fortalecer vínculos.

Comunique-se bem!

Facilite a comunicação e o acesso da família aos professores e gestores, sob pena de “desistência” da família. A comunicação deve ser rápida, assertiva e ajustada aos referenciais culturais das famílias. Há diversas formas de estabelecer uma comunicação. Por exemplo:

  • Recados em agendas;
  • Blogs e sites;
  • E-mail;
  • Redes sociais.

Por meio desses recursos, é possível informar, comunicar e aproximar das diferentes formas apresentadas a seguir.

Aproxime, encante e instigue!

O povo brasileiro é, por excelência, um apaixonado pela aproximação, pelo contato social. E é justamente aí que reside uma excelente tática de aproximação. Com um bom planejamento, a escola poder transformar encontros que normalmente são vistos como “burocráticos” ou “aborrecidos” em eventos de que as pessoas querem participar – momentos de comunhão pela educação. Vamos pensar em alguns tipos de eventos que podem ser promovidos na escola:

  • Encontros, palestras e seminários: além de repassar informações e conhecimentos importantes sobre educação, desenvolvimento infantil e temas relacionados, esse tipo de encontro permite um contato com todo o corpo docente e demais responsáveis. Cria-se, assim, um senso de comunidade.
  • Festas típicas: Festa Junina, eventos folclóricos, Carnaval, Natal e demais datas comemorativas não podem faltar. Além de serem datas que todos amam, são bons momentos para o engajamento e a valorização das pessoas e de suas habilidades.
  • Feiras: Feiras do Livro e de Ciências, por exemplo, são maneiras de ampliar a interação e de fazer os estudantes brilharem em apresentações e rodas de conversa.
  • Festivais: estruturar festivais também contribui para aproximar, ao mesmo tempo em que garante diversão e conhecimento. Podemos citar vários temas, mas o Festival Cultural é uma temática poderosa para que os participantes possam se conhecer em um nível diferente. É um momento que se pode propor que cada criança fale um pouco sobre a origem da família, em qual Estado os familiares nasceram, quais hábitos culturais fazem parte dessa região do país, entre outros aspectos.

 

Use a tecnologia para aproximar

A tecnologia é uma das ferramentas-chave para a estruturação de um arsenal de ações de aproximação entre escola e família. Além dos canais de mensagens instantânea, das redes sociais, sites, blogs e aplicativos, também é possível criar um ambiente virtual de ensino para organizar e disponibilizar tudo o que envolve as atividades escolares.

Com recursos como a Opet INspira, plataforma educacional de recursos digitais desenvolvida pela Editora Opet, por exemplo, esse ambiente pode ser acessado pelos professores, estudantes e famílias. Entre os conteúdos disponibilizados estão atividades para casa, projetos em andamento e documentos institucionais de interesse da família.

Tem ainda como criar roteiro de estudos e trilhas de aprendizagem para orientar e guiar o discente na execução de trabalhos, atividades, projetos e apresentação.

Outro recurso tecnológico que pode ser utilizado no ensino e disponibilizado nesse espaço são os jogos educativos, livros de histórias e qualquer material de apoio.

Tudo isso pode ser acessado pelos estudantes na hora de realizar as atividades e pelos responsáveis para acompanharem o desempenho e organizarem a rotina dos pequenos.

Fato é que como a tecnologia possui “vários braços”, é possível utilizá-la para se fazer presente e estabelecer um relacionamento com a família de diversas formas.

Bullying na escola: sinais, consequências e intervenção

“Bullying” é uma palavra que assusta só de a gente ouvir. E assusta porque está ligada a sofrimento e preocupação. Sofrimento de quem é alvo, sofrimento de quem provoca, preocupação dos familiares e dos professores em resolver o problema e proteger as pessoas afetadas.
A solução passa, é claro, pelos cuidados em relação à situação concreta, ao caso de bullying que já está acontecendo. E passa, também, pela implementação de estratégias preventivas. Que fortaleçam a empatia, a diversidade, o acolhimento e a convivência pacífica. Um movimento que deve nascer na família e na escola, tendo como meta a sociedade e a vida de cada um!

Um problema grave e desafiador

Muitas vezes, casos de bullying terminam com a mudança escolar do estudante que sofre as agressões, ou seja, com uma ruptura em relação ao ambiente em que ocorre a opressão. Isso, claro, após várias medidas ineficazes, como a suspensão do agressor. Funciona? Para a situação imediata, sim. Mas, infelizmente, não resolve o problema.
Esse cenário nos traz uma conclusão pouco animadora: muitas escolas ainda não estão preparadas para lidar com situações de bullying no ambiente educacional, que acaba se firmando como algo “corriqueiro” ou mesmo como parte de uma “cultura” – um erro muito sério.
Além dos perigos imediatos do bullying na escola, temos muitas consequências que permanecem. Traumas sofridos por estudantes vítimas de bullying costumam culminar em baixo rendimento escolar, baixa autoestima, sofrimento psicológico e até em morte. Por isso, é fundamental, que responsáveis e educadores fiquem atentos aos sinais que as crianças e os adolescentes dão, pois os efeitos psicológicos do bullying na escola são muito fortes.

Conhecendo o problema

É fundamental conhecer o oponente ou o desafio que se vai enfrentar para, assim, superá-lo. Isso, é claro, ocorre com o bullying. O termo tem origem na língua inglesa e deriva da palavra “bully”, que significa “valentão”. É usado para identificar a prática de atos violentos de ordem física ou emocional, intencionais e repetidos, contra uma pessoa.
As práticas que caracterizam o bullying podem partir de uma criança ou adolescente, mas, normalmente, partem de duplas ou até de grupos. Ou seja, além dos atos, o fato de ser praticado por mais de um indivíduo faz com que a vítima se sinta ainda mais fragilizada diante das intimidações, humilhações e maus-tratos.
Ele se manifesta em ambientes presenciais, como a escola, e também no cenário digital – em ambos os casos, de modo insidioso e cruel.
Via de regra, as vítimas de bullying possuem um perfil específico. Quem mais sofre bullying são aqueles estudantes considerados “frágeis”. Essa ideia de fragilidade se sustenta na possibilidade de comparação e de diferenciação. Há vários marcadores – os mais comuns são:
● Renda;
● Orientação sexual;
● Religião;
● Origem geográfica ou étnica;
● Aparência;
● Timidez e baixa autoestima;
● Transtornos como os do espectro TDAH;
● Destaques positivos, como em relação a notas ou comportamento.

Tipos de bullying quanto à materialidade

Quando falamos em “materialidade”, estamos nos referindo à forma como o bullying acontece, como ele se manifesta. Alguns tipos de bullying, como veremos, deixam sinais físicos na própria vítima; outros, não – o dano, porém, é semelhante:
1. Físico: aproximadamente 3% dos jovens sofrem bullying físico, tipo que envolve atos violentos direcionados ao corpo, como chutes, rasteiras e outras agressões.
2. Verbal: o mais comum, no entanto, é o bullying verbal, que, como informa a Revista Saúde, é relatado por 13% dos estudantes.
3. Escrito: as ofensas e ameaças, nesse caso, acontecem por meio de mensagens escritas e desenhos em papéis ou riscados em paredes, carteiras etc., normalmente anônimos.
4. De dano material: cerca de 5% dos estudantes informaram sofrer um tipo de bullying que se manifesta por danos, subtração ou destruição de seus materiais, brinquedos, roupas ou outros objetos de uso.
5. Cyberbullying: na era digital, o bullying migrou para as redes sociais e para as caixas de e-mail. Como os jovens estão muito imersos nesse universo – e como ele alcança um número extraordinário de pessoas –, seu potencial lesivo é especialmente alto.

Tipos de bullying quanto à interação psicológica

Os tipos de bullying também variam segundo a forma como a vítima é atacada:
1. Moral: difamar alguém – xingando, ofendendo, rebaixando moralmente, atribuindo falsamente erros ou desvios ou destacando maldosamente características físicas e de comportamento – constitui o que chamamos de bullying moral;
2. Social: o bullying social é aquele em que as pessoas agredidas são ostensivamente excluídas, ignoradas ou “sabotadas” por seus pares.
3. Psicológico: temos, também o bullying psicológico, que, como informa o Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva, é aquele que “não envolve confronto físico, uma vez que a vítima constantemente sofre intimidações ou chantagens, além de ser frequentemente alvo de calúnias e boatos, bem como de perseguições no que diz respeito à orientação sexual, religião ou peso. É um grande fomentador do desenvolvimento de transtornos psicológicos, pois toca em pontos muito específicos, criando gatilhos”.

Impactos do bullying no longo prazo

O bullying muitas vezes tem consequências sérias sobre a vida de quem é vítima. E isso ocorre porque a infância é uma fase em que a criança está em pleno desenvolvimento cognitivo. Os acontecimentos desse período são a base das estruturas psíquicas que se seguirão para a adolescência e a vida adulta.
Logo, ao sofrer bullying, essa estrutura, que ainda está em formação, é afetada. E, não sendo ela formada da maneira adequada, pode, no futuro, gerar sentimentos como:
● Baixa capacidade de enfrentar situações desafiadoras;
● Resposta passiva a qualquer ataque;
● Dificuldade em confiar nas pessoas;
● Alimentação de uma visão negativa de si mesmo;
● Percepção de que a agressividade responsiva – geradora de bullying – é um caminho aceitável de interação.

Identificando sinais de bullying

Crianças que sofrem bullying podem apresentar várias mudanças de comportamento, bem como a recusa em ir para a escola. Além disso, os sinais mais comuns em crianças que sofrem bullying são:
● Dor de estômago;
● Dor de cabeça;
● Falta de apetite;
● Gagueira;
● Hiperatividade;
● Náuseas;
● Tensão muscular.

Sinais psicológicos de que um estudante pode estar sofrendo bullying na escola:
● Baixa concentração;
● Desinteresse repentino;
● Redução de desempenho em diversas atividades;
● Agressividade;
● Desobediência;
● Dificuldades nas relações interpessoais;
● Hipersensibilidade;
● Impaciência;
● Insegurança;
● Introversão súbita;
● Medo ou choro excessivo;
● Pesadelos e terror noturno;
● Baixa autoestima;
● Tristeza que pode evoluir para depressão;
● Níveis elevados de ansiedade, o que é compreensível, já que a escola passa a ser um meio hostil;
● Sintomas psicossomáticos, queixas físicas sem causa orgânica, mas associadas à ansiedade e ao estresse.

Como combater o bullying de forma efetiva?

A promoção das competências socioemocionais, como auto­estima, empatia e tolerância à frustração, é um importante aliado, já que podem ajudar tanto no combate quanto na prevenção do bullying escolar.
Nesse contexto, escola e família devem trabalhar juntas. Entenda!
Segundo a Car­ti­lha Bullying, do Conselho Nacional de Justiça, a escola é corresponsável nos casos de violência. Por isso, cabe a ela acionar os familiares, bem como o Conselho Tutelar e os órgãos de defesa da criança e do adolescente, se for o caso.
Os educadores precisam estar preparados para ir além dessas medidas. Isso passa por implementar planos de contingência com participação de todos: funcionários, alunos e comunidade escolar. O que envolve:

● Capacitar funcionários e orientar pais;
● Explicar aos alunos;
● Estar presente no recreio;
● Discutir soluções e ouvir a vítima;
● Acionar autoridades.

O papel da família

Primeiro de tudo, para a criança contar à família o que acontece com ela, é preciso que ela se sinta segura para fazer isso. Então, criar um ambiente de acolhimento no lar é fundamental para que os responsáveis tenham uma relação transparente com os pequenos.
Dito isso, alguns cuidados devem ser tomados quando a criança contar o ocorrido:
● Não incentivar a mesma reação; a ideia é quebrar o ciclo de violência e evitar novas atitudes agressivas.
● Mostrar equilíbrio em ouvir e falar sobre o assunto.
● Tomar cuidado para não minimizar ou supervalorizar os fatos.
● Não pressionar a criança ou fazer perguntas muito diretas. Deixe-a falar livremente e, posteriormente, leve as informações para os educadores – assim, eles poderão tomar as medidas cabíveis.
● Evitar colocar a criança na posição de coitada/frágil demais, isso pode prejudicar sua autoestima no espaço escolar. Em vez disso, mostre a ela como criar mecanismos para superar a situação e evitar novos casos como esses.
● Mostrar à criança que o bullying é algo errado e preocupante, mas que tem solução.

Materiais de apoio para ensinar sobre o bullying na escola: uma parceria com a Opet INspira

O bullying na escola causa sérios prejuízos a quem sofre a violência. Indica, ainda, questões que precisam ser resolvidas em algum aspecto da vida do agressor. E isso porque quem agride também está mergulhado em uma situação séria de desequilíbrio e sofrimento – praticar bullying não é normal, muito pelo contrário!
Deve-se investigar, então: quais são os motivadores de quem pratica o bullying? O que esse jovem quer demonstrar? O que ele deve aprender em relação à convivência e ao acolhimento? Como acolhê-lo, enfim, para que ele “baixe as armas” em relação a pessoas que ele considera mais fracas e merecedoras de seus ataques?
O fato é que o bullying deve combatido previamente, a partir da construção de uma cultura de paz e convivência. Por meio da inserção de atividades que visem a conscientização e a empatia entre os estudantes, bem como a observação contínua dos professores. E, por fim, é importante ter em mente a melhor maneira de combater o bullying é prevenir que ele aconteça.
As atividades e demais práticas propostas aqui podem ser implantadas em um cenário em que se deseja combater e eliminar uma situação de bullying já existente. Mas, aplicá-las antes de surgir um caso desse na escola é a melhor garantia de um ambiente seguro aos estudantes.
A Editora Opet, responsável pela Opet INspira, plataforma de objetos educacionais, possui uma série de livros no catálogo Sefe que fornecem uma grande contribuição aos educadores nessa missão de construir uma escola segura, empática e livre de violência.
Para usar nossos materiais, é preciso que a escola tenha um login de acesso. Dessa forma, além dos materiais, é possível encontrar ainda diversos materiais e ferramentas digitais para o desenvolvimento de várias das atividades lúdicas indicadas aqui.
Temos uma série de ferramentas inclusivas, graças ao nosso menu com funcionalidades de acessibilidade e que facilitam o desenvolvimento de projetos e outros tipos de trabalho em grupo. Isso é algo muito importante para criar uma cultura escolar pautada no respeito e na diversidade de pessoas e pensamentos, bem como no desenvolvimento de habilidades sociais.
Juntos, vamos combater o bullying na escola!

Educar para Competências e habilidades

“Competência”: eis aí uma palavra poderosa. Quando percebemos que alguém é competente ou quando sentimos que somos competentes para fazer alguma coisa, ficamos satisfeitos. E, quando percebemos a incompetência – a nossa ou a dos outros –, ficamos irritados ou assustados. E isso porque, em muitas situações, ter competência é vital.

Mas, se alguém pedisse para você definir “competência”, você saberia fazer isso?

 Fácil: em termos gerais, competência é a capacidade de fazer alguma coisa ou desempenhar plenamente uma função. É algo que se aprende, que é desenvolvido por meio de estudo e, principalmente, pela prática. E que, muitas vezes, precisa ser alimentado e atualizado.

A escola é um dos melhores ambientes para o desenvolvimento de competências. É lá que os estudantes vão conhecer, aprender, exercitar, errar e acertar, com apoio dos professores. É lá que eles terão suas competências avaliadas em um ambiente seguro e especialmente estabelecido para isto. E é lá, também, que elas serão associadas às habilidades.

A BNCC e as Competências

Publicada em 1997, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) colocou as competências “no mapa”, fazendo com que elas assumissem sua merecida importância no contexto da educação. Esse documento, que possui um caráter normativo e estruturante, passou a focar uma aprendizagem menos “conteudista” e mais focada na formação das crianças e adolescentes para os contextos da vida em sociedade.

Então, confira as possibilidades de um ensino por competências aliado ainda ao desenvolvimento de habilidades. Antes de adentrar na aplicação desse modelo de ensino, porém, é preciso avançar nos conceitos de competências e habilidades. Então, vamos lá!

 O que são competências?

Ao procurarmos o termo competência no Dicionário Aurélio, vamos nos deparar com três definições:

  • Faculdade concedida por lei a um funcionário, juiz ou tribunal para apreciar e julgar certos pleitos ou questões.
  • Qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa; capacidade, habilidade, aptidão, idoneidade.
  • Oposição, conflito, luta.

 

Quando falamos sobre competência no contexto escolar, bem como no da BNCC, o nosso foco deve ser a seguinte definição:

Competência no contexto escolar: qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa; capacidade, habilidade, aptidão, idoneidade.

Então, fica claro que educar por competências significa ir além da transmissão de conhecimentos acumulados – é, principalmente, conectar estes conhecimentos à razão e ao fazer.

 A importância de desenvolver competências

Quando falamos em desenvolver competências, a ideia é garantir que o estudante seja capaz de utilizar os conhecimentos para resolver problemas. É isso que o torna capaz de atuar em sociedade.

Não podemos nos ater à educação por competências no sentido profissional. É claro que esse setor da vida é essencial. Em um cenário em que, devido ao rápido avanço tecnológico, as coisas mudam rapidamente, ensinar competências relacionadas a eventos que vão enfrentar na carreira é primordial.

Desenvolvimento de competências: um modo de educar para a vida

Porém, a educação baseada em competências vai mais longe: ela tem a ver com ajudar o estudante a desenvolver habilidades que o tornem capaz de conduzir todas as áreas de sua vida com sucesso.

Afinal, nossos relacionamentos pessoais, nossa capacidade de gerenciar emoções e projetos de estudo, por exemplo, estão tão ligados às competências que desenvolvemos como às nossas possibilidades profissionais.

Há pouco, falamos sobre as habilidades. E, aqui, entra outro elemento importante da educação por competências. Podemos dizer que o ato de tornar o indivíduo capaz de “apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa” está fundamentado no desenvolvimento de habilidades.

Podemos dizer, então, que essa é uma maneira de educar para a vida.

Então não há educação por competências sem educação focada no desenvolvimento de habilidades.

Para ficar mais claro a relação entre os termos, vamos ao conceito de habilidades. 

O que são habilidades e como elas se relaciona com as competências?

Competência significa desenvolver no estudante a capacidade de saber que sabe e, sabendo disso, saber ainda utilizar seus conhecimentos aliados aos recursos e ferramentas disponíveis para solucionar qualquer questão que lhe vier à mão.

Já as habilidades são tudo aquilo que um indivíduo sabe fazer. Se sabemos ler e escrever, podemos dizer que temos habilidades de linguagem. Nós, educadores, temos ainda a habilidade de ensinar, sabemos como funciona o cérebro humano e, com base nisto, criamos estratégias para facilitar ao estudante a compreensão do conteúdo.

Mas, para aplicar essa habilidade, é preciso desenvolvermos outras e outras, como manusear ferramentas, utilizar aplicativos, etc.

Adquirimos uma habilidade à medida que dominamos um processo. Então, esse termo se refere à aplicação prática de algo que sabemos fazer. Por fim, a competência vem quando essas habilidades são utilizadas e unificadas em prol de uma situação que precisa ser alterada.

 Ensino por competências a partir da Base Nacional Comum Curricular – BNCC

Você se lembra que falamos sobre a BNCC ajudar os educadores no processo de educar com foco em desenvolver nos discentes as competências?

Pois bem, esse documento, que estabelece os tipos de aprendizagens que devem ser ensinadas e em qual fase do ensino fazer isso, define que competências, no âmbito educacional, são a:

Capacidade de mobilizar habilidades, atitudes, recursos, valores e conhecimentos para solucionar problemas e diversas outras demandas da vida cotidiana e, futuramente, do trabalho.

E informa que as 10 competências gerais para serem trabalhadas na escolha e que precisam ser desenvolvidas nos estudantes da educação básica são:

  1. Conhecimento
  2. Pensamento científico, crítico e criativo.
  3. Repertório cultural.
  4. Comunicação.
  5. Cultura digital.
  6. Trabalho e projeto de vida.
  7. Argumentação.
  8. Autoconhecimento e autocuidado.
  9. Empatia e cooperação.
  10. Responsabilidade e cidadania.

Esses 10 elementos citados pela BNCC podem ser resumidos na definição que citamos acima: “Qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa; capacidade, habilidade, aptidão, idoneidade”.

Acontece que essa frase precisou ser destrinchada em 10 elementos para que as competências pudessem ser trabalhadas em níveis. Todas são trabalhadas em todas as etapas, mas em níveis de compreensão distintos.

 Competências e Ensino Médio

Além das competências gerais, existem também as competências específicas de cada área de conhecimento. No Ensino Médio, a área de Linguagem e suas Tecnologias demanda, por exemplo, o desenvolvimento de uma competência específica.

Veja a seguir o que diz a BNCC sobre isso:

Compreender as línguas como fenômeno geopolítico, histórico, cultural, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades e vivenciando-as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza”.

Perceba que não basta desenvolver uma habilidade em linguagem. É preciso que, ao saber sobre os processos de linguagem, o estudante saiba compreendê-los dentro de um contexto geopolítico, histórico, cultural, social, etc.

É essa competência que o tornará apto para aplicar suas habilidades de linguagem em função de uma alteração de contexto, de resolução de problemas.

 Ensino Médio: fase de consolidação e preparo

O desenvolvimento de competências é especialmente importante no Ensino Médio, pois é nele que se concretizam todas as demais competências trabalhadas até esta etapa da Educação Básica.

Mas, mais do que isso, sendo essa a última etapa escolar, trata-se também de um momento em que, de fato, o estudante está indo para esse mundo que falamos durante o artigo. Um mundo em constante mudança, onde todas as suas relações pessoais, acadêmicas ou de trabalho dependem das competências desenvolvidas até então.

 A BNCC, o novo Ensino Médio e as Competências

A BNCC indica as competências importantes para cada área do ensino. As competências são gerais, aquelas comuns a todas as fases, e específicas, voltadas ao Ensino Médio.

As competências específicas para o Ensino Médio referem-se às 4 áreas da BNCC. São elas:

  • Linguagens e suas Tecnologias.
  • Matemática e suas Tecnologias.
  • Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
  • Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

 

Mas, a coisa não fica por aí. As competências no Ensino Médio também precisam abarcar elementos como:

  • Protagonismo do estudante.
  • Mundo do trabalho.

Ou seja, elas também ajudam o discente em relação aos acontecimentos do presente, às situações que estão acontecendo no “agora”, como o vestibular e o ENEM, eventos que costumam tirar o sono de muitos jovens.

Percebe como o desenvolvimento dessas competências no Ensino Médio possui uma natureza distinta das demais fases?

 Desenvolvimento de competências e Educação Ativa: entenda a relação

Fato é que, seja no Ensino Médio, seja no Fundamental I ou II, o ensino orientado a competências convida o estudante a deixar sua posição passiva nas aulas e adotar uma postura ativa.

E, nisso, temos contribuído bastante. Nossos materiais e recursos são construídos para ajudar os educadores na elaboração de aulas em que se utilizam as metodologias ativas.

Tais métodos envolvem desenvolvimento de projetos, pesquisas, uso de tecnologias e aplicativos. Além disso, nossos livros didáticos e paradidáticos estão repletos de sugestões de atividades que seguem a mesma linha: deixar o discente ser protagonista do próprio aprendizado.

 Opet INspira: conheça nosso acervo de recursos educacionais digitais para um ensino orientado a competências

Na plataforma educacional Opet Inspira, os educadores encontram um acervo de conteúdos para criar suas aulas. Entre as ferramentas disponibilizadas estão:

  • Material didático.
  • Objetos educacionais digitais como vídeos, áudios e apresentações.
  •  
  • Banco de imagens.
  • Histórias infantis.

Tais ferramentas são fundamentais para que os estudantes utilizem suas habilidades a fim de resolver problemas e, consequentemente, desenvolver as competências que citamos acima e que a BNCC tanto valoriza.

 Recursos para professores que querem ajudar os estudantes no desenvolvimento de competências:

A Opet INspira, plataforma de recursos educacionais, disponibiliza aos professores recursos como:

  • Ferramentas para aulas inclusivas, como teclas de navegação, leitor de página, funções para alterar o tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto, contraste, entre outros.
  • Conteúdos que auxiliam no desenvolvimento de avaliações, sequências didáticas, trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos.
  • Tutoriais em formato de vídeo e PDF.

A Opet INspira está em constante atualização para garantir que o docente cumpra seu compromisso com a aprendizagem ativa, um ensino capaz de desenvolver nos estudantes as competências necessárias para todos os aspectos de sua vida.

“Pé na estrada, olho na tela”: o início das formações pedagógicas de 2022

Formações pedagógicas de 2022 seguem à risca as normas de distanciamento.

A Editora Opet retomou nesta semana a programação de formações pedagógicas presenciais em várias regiões do país, nas redes pública e privada. Os assessores já estão em trânsito para os primeiros encontros formativos do ano com professores e gestores com aqueles parceiros que optaram pelo modelo presencial.

Como reforça a gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto, a empresa e equipe estão totalmente atentas à pandemia e os possíveis cenários futuros. “Nossos assessores estão imunizados com as duas doses de vacina e, em alguns casos, com a dose de reforço”, explica. A equipe também está recebendo os cuidados preventivos necessários nos deslocamentos para as cidades ondem acontecem as formações.

“Além disso, os encontros presenciais nas escolas estão seguindo rigorosamente as regras sanitárias, com distanciamento físico, máscaras, face-shields e álcool em gel. E nem poderia ser diferente: como educadores, temos uma responsabilidade muito grande em relação às pessoas e ao coletivo.”

Cliciane observa que, para além de todos os cuidados relativos às formações presenciais, a Editora também está 100% preparada para o atendimento digital. “Neste ano – e esta é uma realidade que veio para ficar –, vamos pensar e trabalhar em termos de ensino híbrido nas formações pedagógicas, com possibilidade de uso exclusivo dos meios digitais. Isso, é claro, depende do diálogo com cada escola privada ou rede de ensino. E, também, do próprio perfil da pandemia com a variante Ômicron”, avalia.

Formações online são um caminho fantástico para o trabalho com os professores.

Ao longo dos anos de 2020 e 2021, a Editora investiu em meios digitais (como a plataforma educacional Opet INspira e a parceria com o Google Workspace for Education) e desenvolveu uma expertise profunda em relação à sua utilização. E compartilhou isso com os parceiros públicos e privados, com excelentes resultados em termos de aprendizagem e de construção de uma cultura digital. “Neste ano, vamos reunir todos esses recursos, todo esse arsenal de conhecimentos, para oferecer aos nossos parceiros uma educação humana, protagonista e com todas as habilidades para lidar com os recursos presenciais e digitais”, garante Cliciane.

Para saber mais sobre o ensino híbrido, escute a edição mais recente do OpetCast, o podcast da Editora Opet.

O que revela a “Nuvem de palavras” criada pelos familiares dos estudantes parceiros Opet?

Amor, empatia, aprendizado, respeito, conhecimento, interação, compreensão, participação, atenção: estas foram as palavras mais citadas pelas famílias dos estudantes das escolas parceiras públicas e privadas da Editora Opet nas avaliações dos Encontros com Familiares (EFAM) realizados ao longo de 2021. Elas aparecem na “nuvem de palavras” gerada digitalmente a partir das avaliações, que você confere em primeira mão na imagem acima. Para a Editora Opet, essas palavras mostram o quanto vale a pena investir na aproximação entre família e escola. O quanto vale a pena, enfim, estar ao lado de pessoas que pensam dessa forma. Saiba por que nesta reportagem especial:

Um dos maiores “segredos” do sucesso do trabalho educacional da Editora Opet reside na aproximação em relação às famílias dos estudantes. Essa busca pelo contato, esse acolhimento, fazem parte da nossa filosofia de trabalho, dos nossos princípios como educadores. E fazem parte porque acreditamos que a educação mais completa, a educação plena, é possível quando escola e família trabalham juntas. E não é só uma crença: estudos internacionais mostram que essa parceria é fundamental para o sucesso da educação. Nossa experiência de muitos anos também confirma isso.

Essa aproximação passa por todo um trabalho que envolve a formação de professores e gestores para o trabalho com as famílias, por Coleções Paradidáticas e, especialmente, pelos Encontros com Familiares, os chamados “EFAM”, que a Editora Opet promove nas redes municipais e nas escolas privadas parceiras. Esses encontros, que ao longo do ano passado foram realizados virtualmente com participação massiva das famílias – alguns deles reuniram 8 mil pessoas! –, conectam mães, pais, avós, tias, tios e outras pessoas responsáveis pelos estudantes para debater temas de interesse. São momentos de troca, diálogo e reflexão acerca do papel na família em relação à educação, valores, deveres e direitos nas relações familiares.

EFAM em formato virtual realizado com famílias em Maringá (PR) em 2021.

Após cada encontro, os participantes são convidados a avaliar o momento, indicando, em um formulário digital, uma palavra-chave que sintetize o sentimento gerado ou, então, o tema ou aspecto do EFAM que consideram o mais importante. “A participação nessa avaliação não é obrigatória, mas, ainda assim, foi muito grande em 2021. E nos trouxe uma devolutiva que é essencial para o nosso trabalho”, observa Cliciane Élen Augusto (foto), gerente pedagógica da Editora.

Cliciane Élen Augusto, gerente pedagógica da Editora Opet.

As palavras que aparecem com maior destaque na “nuvem” são as mais citadas nas avaliações. Em 2021, o termo mais citado foi “Amor”, seguido de perto por “Empatia”, “Aprendizado”, “Respeito”, “Interação” e “Responsabilidade”. Ao todo, mais de quarenta termos foram assinalados pelos familiares.

Palavras-força – “As palavras que mais apareceram são muito fortes e significativas, tanto nas relações humanas quanto na educação”, observa Cliciane. “E elas estão no centro do nosso trabalho, das nossas coleções. Ou seja, vêm confirmar o direcionamento que é dado pela Editora para a relação família-escola”, avalia Cliciane. “A nuvem de palavras, enfim, diz muito sobre o momento das famílias e das escolas, e nos auxilia no planejamento das nossas ações.”

Calendário – A Editora retomará os EFAM em fevereiro, após o início do semestre e a acolhida dos estudantes e das famílias pelas escolas. “Temos certeza de que as famílias vão se engajar. Elas sabem que, quando estão presentes, quando participam da parceria, a educação se fortalece”, diz Cliciane. “Assim, desde já, sejam bem-vindas!”.  

Como despertar o Protagonismo?

Admirável mundo novo: recursos e práticas que instigam e geram protagonismo

“Eureka!”: essa palavra, que significa “Descobri!”, foi exclamada há 23 séculos pelo matemático grego Arquimedes de Siracusa. Desde então, ela simboliza a alegria da descoberta e, principalmente, o protagonismo de quem quer aprender. E é justamente sobre esse protagonismo, esse envolvimento verdadeiro do estudante no processo de ensino-aprendizagem, que vamos tratar.
Como, afinal, antigos e novos recursos, especialmente os digitais, podem tornar os estudantes os protagonistas do conhecimento? Qual o papel do professor nesse processo? Vamos saber mais focando algumas possibilidades.

 

Sala de aula invertida

A sala de aula invertida não é, exatamente, um recurso educacional recente. Ele, porém, ganhou força e muitas possibilidades com a chegada da internet. A ideia é interessante: a partir de premissas e instruções transmitidas pelo professor, levar o estudante a desvendar e a se aprofundar na pesquisa de temas em casa, e a mostrar na escola suas descobertas, dúvidas e caminhos de pesquisa.
Temos, aqui, um investimento direto no protagonismo do estudante. Ele, é claro, não irá a campo, para a pesquisa, sem orientações prévias dadas pelo professor (O que se deseja? Como fazer?). No entanto, terá a oportunidade de desenvolver os próprios caminhos de pesquisa; aprenderá a perguntar e a se perguntar sobre os assuntos; ganhará conhecimentos ampliados sobre um determinado tema. E poderá até expô-los digitalmente, em um blog ou uma página de rede social. Exemplos? Investigar e explicar o ciclo da água, o surgimento das cidades modernas, a escravidão no Brasil etc.
Em síntese – quando o estudante se depara com a necessidade de aprender algo novo, nos moldes da sala de aula invertida ele trabalha com os seguintes elementos:
● Habilidades de pesquisa.
● Capacidade de fazer boas perguntas.
● Raciocínio lógico.
● Discernimento (em relação à qualidade e à veracidade do material encontrado).
● Gestão de tempo e da atenção.

Nesse processo, cabe ao professor orientar, receber e auxiliar o estudante na “entrega” de suas descobertas e conclusões. Nas orientações, por exemplo, ele pode e deve trabalhar com temas da educação midiática, como a checagem de informações e a escolha de fontes confiáveis. E também pode estimulá-lo a apresentar esses conhecimentos a partir de suas próprias habilidades digitais, em recursos que vão do TikTok aos podcasts. Vamos ampliar essa discussão a seguir.

 

Novas práticas e a ampliação das possibilidades de ensino-aprendizagem

Como vimos, a sala de aula invertida é interessante, especialmente, por seu “chamado ao protagonismo”. Ao colocar o estudante no papel de investigador, o professor estimula o desenvolvimento de habilidades de grande importância para a própria humanidade.
Além da sala de aula invertida, porém, há outros recursos – digitais ou não – que podem fazer com que as aulas brilhem e o aprendizado seja prazeroso e significativo! Vamos conhecê-los de forma sintética:
● Aprendizagem baseada em problemas: ao utilizar a estratégia do ensino por meio de problemas, o educador propõe um problema do mundo real, considerando o nível de conhecimento da turma e o conteúdo estudando, para que os discentes possam analisar e encontrar uma solução. Por exemplo: a partir de informações prévias, os estudantes podem propor soluções para a conservação dos recursos hídricos de uma cidade ou região.
● Aprendizagem baseada em projetos: o projeto pode ou não ser uma continuação do ensino por problemas. Nele, o docente propõe também um problema desafiador, que estimule a imaginação e, a partir disso, os estudantes desenvolvem um projeto que solucione tal questão.
Em ambos os casos, é possível trazer outras táticas instigantes de envolvimento e participação dos estudantes. Entre elas, estão:
● Robótica.
● Gamificação (uso dos conceitos dos jogos em atividades no ambiente físico, como etapas, pontuações, prêmios, avatares e desafios).
● STEM (projetos que unam conceitos de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática para solucionar problemas).
● Representações tridimensionais.
● Fotografia.
● Atividades audiovisuais como podcasts; vídeos ou publicações em sites e blogs.
Um modelo híbrido de ensino, a distância ou de sala de aula invertida aplicado em conjunto com metodologias como problemas e projetos, conduz o estudante para o desenvolvimento de habilidades como:
● Debater ideias.
● Fazer previsões.
● Planejar.
● Experimentar.
● Coletar e analisar dados.
● Tirar conclusões.
● Comunicar ideias e descobertas.
● Desenvolver projetos.

 

Protagonismo e as novas tecnologias

Nas últimas décadas, as tecnologias digitais entraram na vida das pessoas. Se, antes, elas estavam restritas aos laboratórios e às instalações militares, hoje estão nas nossas mãos. E são extremamente poderosas: um único smartphone de 2022, por exemplo, possui mais tecnologia que os computadores usados pela NASA para colocar os primeiros seres humanos na Lua, há pouco mais de cinquenta anos!
A aceleração tecnológica, é claro, também chegou à educação. Algo que, no caso da Educação Básica, ganhou tração e visibilidade nos últimos dois anos e meio, com a pandemia da Covid-19. Boa parte dos professores, que utilizava as tecnologias digitais de forma comum – para trocar mensagens, acessar redes sociais e se informar –, mergulhou em usos até então inéditos, no planejamento e desenvolvimento de aulas. Foi um avanço civilizatório, que acabou incorporado ao dia-a-dia da educação.
A Editora Opet viveu ativamente esse processo, aprendendo e se antecipando em muitas situações: desenvolveu a plataforma educacional Opet INspira, um recurso poderoso, amigável e integrado às coleções e às suas propostas didático-pedagógicas, e firmou uma parceria estratégica com a Google Workspace for Education para o pleno desenvolvimento das aulas online.
Esse sistema de aulas remotas – que inclui, também, as formações pedagógicas feitas com professores das redes pública e privada de todo o país, assim como os encontros com familiares (os chamados EFAM’s) e gestores – contempla milhares de pessoas. Além disso, investiga permanentemente novas formas de educar, buscando somar estas inovações a um olhar humano, protagonista e inclusivo.
Na plataforma, há opções de materiais para atividades online, a distância e híbridas. Entre os recursos estão materiais didáticos digitalizados e objetos educacionais como vídeos, áudios, apresentações, quizzes, banco de imagens, jogos, simuladores e histórias infantis. Essas ferramentas também permitem a elaboração de aulas inclusivas – afinal, as tecnologias digitais ampliam as possibilidades nesse sentido também.

Juntos pela educação: o início das formações pedagógicas de 2022!

Formações pedagógicas online geram grande engajamento dos professores.

A Editora Opet está iniciando as formações pedagógicas do ano letivo de 2022! Os primeiros encontros acontecem nos próximos dias em escolas privadas e redes de ensino públicas parcerias no Ceará, Rio Grande do Norte, São Paulo e Paraná. A partir daí, seguem por todo o ano.

As formações pedagógicas são uma etapa fundamental da parceria entre a Editora Opet e as escolas. Elas envolvem toda a equipe pedagógica da Editora – formadores, supervisores e gerência – e fornecem uma “bússola” para o trabalho dos professores e gestores com os materiais didáticos e ferramentas digitais ao longo de todo o ano. 

“As formações pedagógicas têm uma importância extraordinária”, resume a gerente pedagógica da Editora, Cliciane Élen Augusto. Além de seu caráter instrumental, para o trabalho com os recursos educacionais, elas aproximam as equipes, fortalecem o diálogo e abrem espaço para esclarecer dúvidas e trocar experiências. São momentos perfeitos, enfim, para o desenvolvimento conjunto do ano letivo. Eles também fazem com que o serviço prestado pela Editora seja sempre original, exclusivo e adequado à realidade de cada parceiro.

Formações são um momentos de fortalecer os laços entre a Editora e os parceiros e, principalmente, de oferecer serviços originais e adequados a cada realidade escolar.

Cliciane observa que o planejamento e a preparação desses momentos, que foram realizados nos últimos meses do ano passado, envolveram muito estudo, dos temas do momento da educação às demandas específicas de cada parceiro.

Modelos e possibilidades – A coordenadora pedagógica da Editora, Silneia Chiquetto, explica que, em 2022, as formações serão realizadas nos modelos presencial, online e híbrido. O modelo a ser utilizado é planejado com cada cliente de acordo com suas demandas. 

“Temos parceiros, por exemplo, que já optaram pelas formações online, que mostraram excelentes resultados nos últimos dois anos. Elas, aliás, se mostram mais sustentáveis e geram um engajamento expressivo dos participantes – cada um no seu ambiente, mas todos juntos.” A tendência, porém, é de construção de um modelo híbrido, que alterne momentos presenciais e online, síncronos e assíncronos, observa Silneia.

O impacto dos meios e da cultura digital nas formações, lembra ela, foi tão grande que mesmo as formações presenciais passarão incorporar seus elementos. “E vamos fazer isso de forma amigável, adotando meios de que os parceiros e de que professores dispõem, como smartphones e desktops.” 

De volta aos encontros – Cliciane Élen destaca a animação da equipe com o início das formações. “Evoluímos e aprendemos muito durante os últimos dois anos, o que nos prepara para os desafios de tempo e espaço que podemos encontrar.

A gerente pedagógica reforça as aprendizagens da equipe, que hoje é híbrida: ou seja, os profissionais da Editora têm a possibilidade de atuar e atender de maneira síncrona, assíncrona e presencial.  

Todas as ações presenciais, reforça Cliciane, serão acompanhadas das medidas de segurança sanitária e respeito aos protocolos estabelecidos pelas autoridades de Saúde.