Podcasts na educação: por que são tão interessantes?

Você já parou para pensar por que os podcasts são tão interessantes? Podemos arriscar algumas possibilidades de resposta. Para começar, eles somam o passado e o presente de uma forma bem atraente.

Como assim? Explicamos:

1) Os áudios, que são a base dos podcasts, têm sua origem no rádio, uma tecnologia avançada, mas relativamente antiga (as primeiras rádios surgiram há cerca de cem anos) e que é muito querida pelas pessoas. É difícil encontrar, enfim, quem não goste de ouvir um bom programa de rádio!

2) Soma-se a isso a popularização das tecnologias digitais, que tornaram o consumo dos áudios muito mais fácil! Agora, imagine poder escutar seu programa favorito de rádio em qualquer lugar, no momento que desejar, acessando a partir de seu smartphone. Pensou? Pois bem: essa é a lógica dos podcasts!

3) Os podcasts, porém, têm algo diferente: muitas vezes, eles são produzidos com foco em determinados temas ou assuntos de interesse, como História, novelas, Física, cinema, mistérios ou livros. Isso torna a escuta ainda mais interessante, até mesmo porque os produtores destes conteúdos são especialistas nos assuntos.

(*) – Ah, vale observar que muitos podcasts nascem das chamadas “mídias tradicionais”, como as próprias rádios, tevês ou portais de notícias; um número ainda maior, porém, é produzido por pessoas sem vínculo com o jornalismo, mas que conhecem os assuntos e querem se comunicar.

Pois bem: essa soma de fatores tornou os podcasts populares, especialmente nos últimos dez anos, quando eles “passaram a frequentar” diferentes plataformas digitais e, assim, ampliaram as possibilidades de acesso pelo público.

Aliás, pesquisas (como a realizada pela Associação Brasileira de Podcasters – ABPod) apontam o Brasil como um dos grandes mercados globais de podcasts. Produzimos e ouvimos muito! Há, evidentemente, podcasts de baixa qualidade, mas há muitos que são fantásticos e merecem ser ouvidos.

Uma boa seleção e curadoria de podcasts é um bom caminho, por exemplo, para que os professores ampliem seu rol de possibilidades de trabalho e engajamento dos estudantes. Eles trazem informação e podem ser analisados e debatidos em sala de aula ou, então, em estratégias pedagógicas como a de sala de aula invertida.

 

Criando e usando podcasts na educação!

As tecnologias digitais recentes facilitaram muito a produção audiovisual pelas pessoas. Hoje em dia, não é preciso ter uma emissora de rádio ou um estúdio de tevê para criar e lançar conteúdos. Isso, é claro, significa liberdade – mas implica grande responsabilidade também.

A ideia de produzir podcasts e videocasts pode e deve ser levada para o contexto da educação. Há, nela, diferentes possibilidades: de aprender, debater e construir junto aos estudantes. Muitas vezes, eles dominam as novas tecnologias com muito mais agilidade e estão “por dentro” das últimas novidades tecnológicas – e isso ajuda muito em um contexto de construção coletiva do conhecimento! O próprio processo de produção de um objeto de mídia como esse, que pede organização, planejamento, fontes, divisão de tarefas e prazo, é um ganho em termos educacionais.

As vantagens, enfim, são para quem produz e para quem ouve ou assiste. Então, que tal levar os podcasts para a sala de aula?

 

Podcasts como recurso de ensino

Apesar de os podcasts serem quase sempre associados à mídia de áudio, podemos classificá-los em três formatos:

Primeiro, temos o formato tradicional, o modelo que foi o primeiro a popularizar essa mídia. É o podcast de áudio.

Em seguida, temos o podcast de vídeo, que se refere aos formatos gravados a partir da combinação de ferramentas digitais de áudio e vídeo, podendo ser disponibilizados nos dois formatos de plataformas.

Por fim, temos os podcasts mistos, que articulam arquivos de áudio e vídeo para oferecer mais conteúdos. Normalmente, nesses casos, ocorre uma combinação de mídias, como fonte de áudio, arquivos de imagem, animações e sequências de vídeo.

 

Variedade de recursos resulta em diversidade de conteúdo e objetivos

Considerando a amplitude de recursos digitais envolvidos nos podcasts, esse formato de mídia oferece um “mundo de oportunidades” para o trabalho em sala de aula.

Isso é ainda mais evidente quando pensamos no contexto atual: de uma sociedade em movimento, que passa por constantes transformações, em função, principalmente, das tecnologias digitais, que estão em constante atualização.

 

Demandas que podem ser supridas a partir dos podcasts

Dentre as soluções oferecidas pelos podcasts, estão:

  • A necessidade de aplicar aulas com conteúdos que ajudem os estudantes a desenvolverem e a ampliar o uso de habilidades tecnológicas;
  • A importância de ensinar habilidades socioemocionais e a capacidade de aprender a aprender. Isso porque lidar com tantas transformações, mesmo tendo nascido em um cenário tão dinâmico, gera pressões e a necessidade de aprender a lidar com elas de forma saudável;
  • O foco em habilidades de socialização, empatia e autoconhecimento. É preciso saber se relacionar, já que os ambientes estão cada vez mais diversos. É preciso, também, saber diferenciar fato de opinião, verdade de Fake News, e caminhar com ética pelo universo digital;
  • A valorização do conceito de inteligências múltiplas devido ao surgimento de um cenário em que a resolução de problemas exige soluções cada vez mais complexas.

 

Cultivando habilidades

A criação de podcasts permite desenvolver habilidades como:

  • Competências escritas, já que é preciso elaborar o roteiro do programa, desenvolver habilidades de argumentação, capacidade de defender as próprias ideias;
  • Habilidades orais como entonação da voz, dicção e desenvoltura nas conversas e debates;
  • Competências digitais: aprendem a usar softwares de edição de vídeo, de áudio e de design, entre outros.

 

O valor do conteúdo

Até agora, falamos essencialmente sobre os conhecimentos e as demandas gerados pelas interações com as novas tecnologias digitais. Para além deles, porém, há um outro elemento central quando o assunto é educação: estamos falando dos temas que serão trabalhados. Os temas educacionais e culturais podem ser produzidos e disponibilizados em diferentes formatos de mídias.

Os caminhos, evidentemente, são muitos, e se relacionam com o nível de ensino contemplado, com o planejamento de cada professor e com os materiais didáticos utilizados. No caso dos parceiros da Editora Opet, os docentes encontram, no sistema de ensino, os recursos necessários ao trabalho. A partir dos livros, dos objetos de estudo e das ferramentas digitais, é possível ir mais longe no planejamento dos podcasts!

 

Podcasts e inclusão

Usando recursos como podcasts e videocasts, os professores também podem fortalecer a inclusão. Isso porque esses recursos podem ser modulados para atender estudantes com diferentes deficiências. Pensando no alcance da Internet, o primeiro elemento de inclusão que surge é a possibilidade de o educador criar e disponibilizar uma variedade de conhecimentos para os estudantes.

 

Personalização do conteúdo

Como a variedade de recursos digitais utilizados na execução do material é gigantesca, o professor consegue aplicar recursos visuais ou de áudio para diversos fins. Eles podem ser utilizados, por exemplo, para:

  • Tornar a apresentação mais cativante;
  • Criar estruturas visuais que facilitem o entendimento do tema;
  • Com o uso de estratégias de cores, formas e legendas, ampliar o acesso por estudantes com diferentes tipos de deficiências.

Lembrando que, do ponto de vista técnico, a execução e a distribuição dos podcasts nas plataformas, sejam públicas ou da própria instituição educacional, são relativamente simples. Uma delas, por exemplo, é a plataforma Anchor, associada ao Spotyfy e que permite a publicação gratuita de conteúdos. Outra, é claro, é o Youtube.

 

Atividades envolvidas na execução dos programas atendem a BNCC

Tanto as diretrizes da competência 4 quanto da competência 5 da BNCC são contempladas nesse ecossistema formado em torno do uso dos podcasts como recurso educacional.  Veja o que cada uma indica!

Competência 4:

Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo“.

Competência 5:

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva“.

Descubra as soluções da Opet INspira

A plataforma educacional Opet INspira da Editora Opet oferece um arsenal de ferramentas para estudantes e professores. São recursos que podem colaborar com a estruturação de podcasts e videocasts. Vamos conhecer alguns deles?

  • Acervo de conteúdos para desenvolver aulas, inclusive na modalidade híbrida;
  • Objetos educacionais digitais como: vídeos, áudios, apresentações, quizzes, banco de imagens e histórias infantis;
  • Ferramentas de acessibilidade como: teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto e contraste.

 

Para que o professor consiga disponibilizar seus conteúdos em diferentes formatos de mídias aos estudantes, a plataforma oferece ferramentas como:

  • Sequências didáticas;
  • Trilhas de aprendizagem;
  • Roteiros de estudos.

 

OpetCast: o canal de podcasts da Editora Opet!

A Editora Opet possui um canal de podcasts na plataforma Soundcloud. Lá, você vai encontrar dezenas de episódios com foco em educação, realizados por especialistas no assunto. Os temas abrangem vários aspectos desse universo, do trabalho editorial ao marketing escolar, da cultura digital às novas formas de educar. Confira agora CLICANDO AQUI!