De Camões às figuras de linguagem: a Literatura no Enem

Literatura. Para quem se amarra em livros, essa palavra soa como música! Já para quem não está muito habituado – ou não desenvolveu o hábito da leitura -, ela pode ser sinônimo de dificuldades, especialmente em época de prova. O fato é que, gostando ou não de ler, é importante conhecer a literatura brasileira. E, desenvolvendo formas de aproximação, ganhando intimidade com o tema, a coisa fica muito melhor!

No Enem, as questões de literatura aparecem no caderno de prova de “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”, cobrado no 1º dia da avaliação (13.11) e, normalmente, chegam a uma média de 10. O tema, é claro, também pode aparecer na redação e, também, de forma transversal nas questões de outros componentes curriculares.

Nesta edição especial de Opet Enem 2022, vamos falar sobre como se preparar para alcançar a pontuação máxima nas questões de literatura!

Quando falamos em literatura, falamos em…

Quando falamos em literatura, não estamos falando apenas em movimentos literários como o Romantismo, o Barroco ou o Modernismo. Esses movimentos, é claro, são uma parte importante do componente curricular, mas vêm acompanhados de vários outros elementos que permitem que ele seja acessado, entendido e usufruído. Assim, é preciso conhecê-los… e a todos os demais conteúdos que permitem sua compreensão!

Dito isso, podemos definir a literatura como sendo uma forma de expressão artística que se utiliza da linguagem e da expressão escrita como “matéria-prima”. Por meio das palavras, enfim, o artista – no caso, o escritor – expressa e transmite ideias, provocando uma resposta estética (ou seja, um “sentir”) de quem lê.

A literatura não abrange apenas os “clássicos”, mas muitas obras. Desde os “best-sellers”, aqueles livros que vendem milhares de exemplares, a volumes de cordel, poesia, crônicas, canções, poemas etc. Um blog, por exemplo, pode trazer textos literários.

As Escolas Literárias

Ao falar dos “requisitos” para caminhar bem pelo estudo da literatura, começamos pelas escolas literárias brasileiras, que são o item que mais se destaca – e mais desafia – os estudantes.

A literatura brasileira é formada por vários períodos/escolas, distribuídos entre o Brasil Colonial, o Brasil Império e a República, que devem ser conhecidos. São eles:

Era Colonial

. Quinhentismo (1500-1601)

. Barroco (1601 – 1768)

. Arcadismo (1768 – 1808)

Era Nacional

. Romantismo (1836 – 1881)

1ª Fase – Nacionalismo e indianismo

2ª Fase – Egocentrismo e pessimismo

3ª Fase – Liberdade

. Realismo (1881 – 1893)

. Naturalismo (1881 – 1893)

. Parnasianismo (1881 – 1893)

. Simbolismo (1893 – 1910)

. Pré-Modernismo (1910 – 1922)

. Modernismo (1922 – 1950)

1ª Fase – Busca pela renovação estética e maior radicalismo

2ª Fase – Foco em temáticas nacionalistas

3ª Fase – Marcada por inovações linguísticas e mais experimentações artísticas

. Pós-Modernismo (1950 – até hoje)

Para conhecer suas características, principais autores e obras, o melhor caminho é o dos livros didáticos e dos resumos. E, em especial no caso das escolas literárias mais recentes – cuja compreensão linguística é mais direta –, a leitura dos próprios livros.

No caso dos resumos, é interessante não apenas lê-los, mas estudar e produzir os próprios resumos. Isso fortalece a compreensão e a fixação dos conteúdos.

Nesta etapa final de preparação, sugerimos, ainda buscas por vídeos (em plataformas como Youtube e Vimeo) e por podcasts com apresentações e discussões sobre cada escola. Muitas vezes, essas produções trazem dados e análises importantes sobre os períodos históricos e os contextos de produção. Assim, a eles!

Mas, o que mais cai no Enem?

Uma análise das edições anteriores do Enem mostra que, no caso dos períodos/escolas literárias, há temas que se destacam pela frequência – as famosas “figurinhas carimbadas” da prova. São eles o Romantismo, o Modernismo e a literatura brasileira atual.

E os autores? Entre os autores mais referenciados nas questões do Enem estão Álvares de Azevedo, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Ferreira Gullar, Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto, José de Alencar, José Saramago, Luís Fernando Veríssimo, Machado de Assis, Manuel Bandeira,  Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Rubem Braga e Vinícius de Moraes.

E o que mais é importante saber?

Como observamos na abertura deste texto, para conhecer a literatura, é preciso entendê-la. Perceber em que contexto as obras foram produzidas, por que pessoas e utilizando que tipos de recursos. O conhecimento desses elementos permite uma compreensão mais profunda do próprio significado das obras.

E quais são eles?

Focamos as funções e as figuras de linguagem, que sempre frequentam o Enem.

As funções de linguagem se conectam à finalidade do texto. São seis:

. Referencial ou denotativa: o foco, aqui, reside na informação. Uma notícia em um portal informativo, por exemplo, deve dar prioridade aos fatos a que se refere.

. Emotiva ou expressiva: o foco é estético, ou seja, se liga ao expressar uma emoção e ao senti-la. Ela se conecta a depoimentos, relatos, narrativas, e é carregada de sinais de pontuação associados à emotividade, como exclamações e reticências.

. Função poética: nela, o autor aproxima a própria linguagem, o código utilizado, de uma preocupação estética. Ela envolve a ideia e, também, a forma de expressão da ideia por meio de rimas, sonoridades, trocadilhos e referências indiretas.

. Função fática: nela, o autor/emissor que confirma se está sendo ouvido pelo interlocutor.

. Função conativa ou apelativa: aqui, a linguagem é usada para convencer, influenciar e guiar o interlocutor. Ela aparece, por exemplo, na publicidade (“Compre!”) e nos discursos políticos (“Vote em mim porque…”).

. Metalinguística: você vai a uma gramática para entender os usos do “por que”, ou a um dicionário para conhecer o significado de uma palavra. Nesses livros, você vai encontrar a linguagem cumprindo uma finalidade metalinguística, ou seja, explicando a si mesma!

E as figuras de linguagem? Elas são recursos de comunicação utilizados para dar mais cor ou força às palavras e à linguagem. Por meio delas, é possível amplificar o que se está expressando por meio. São dezenas e abrangem, entre outras, a antonomásia, catacrese, comparação, metáfora, metonímia, onomatopeia, personificação (prosopopeia) e sinestesia.

É literatura? É Opet INspira!

Na plataforma educacional Opet INspira, os estudantes parceiros Opet encontram uma infinidade de objetos de estudo, dos próprios livros a vídeos que se aprofundam no tema. O acesso é muito fácil e os conteúdos são de alta qualidade. Você ainda não é parceiro? Então, entre em contato conosco!

O Enem e as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)

Pare por um instante e faça um exercício mental: imagine como seria o mundo sem as tecnologias recentes de comunicação, que abrangem a internet e todas as mudanças que vieram com ela. Seria complicado, né?

Complicado e diferente em muitos aspectos, a começar pela questão dos limites da própria comunicação. E com várias diferenças relação aos estudos, notícias, compras, cálculos, entretenimento, medicina, indústria, operações bancárias e muitas coisas mais.

Diferente, inclusive, em relação às pessoas, que foram e são profundamente moldadas por essas incríveis tecnologias. Um processo que começou há pouco mais de cem anos com o rádio e o cinema, ganhou os lares com as tevês e chegou às pontas dos dedos das pessoas com a internet e os smartphones.

As TIC na Educação

A educação, é claro, percebeu e acompanhou todas essas mudanças. E estabeleceu um universo temático próprio para estudá-las, o das “Tecnologias da Informação e Comunicação” (TIC), que foca os meios de comunicação, com ênfase nos digitais (que mais nos afetam hoje em dia). E o Enem, que participa diretamente dessa evolução educacional, sabiamente decidiu incluí-lo na avaliação.

Os temas ligados às TIC aparecem como parte da área do conhecimento (e do caderno de prova) de “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”, junto com os componentes curriculares de Língua Portuguesa, Literatura, Artes, Educação Física e Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol). Neste ano, aliás, a avaliação dessa área do conhecimento acontece no primeiro dia de prova, em 13 de novembro.

Distanciamento crítico

As Tecnologias de Informação e Comunicação estão em boa parte das coisas que fazemos. Esta matéria, por exemplo: você só a está lendo porque há internet e há um ambiente de publicação, o blog da Editora Opet. E é justamente essa proximidade o elemento mais desafiador: para que possamos estudar as TIC – e ficar prontos para o Enem –, é preciso estabelecer um distanciamento crítico em relação a elas. E perceber, por exemplo, como essas tecnologias nos influenciam em coisas boas e em coisas não tão boas assim. Um bom meio de se fazer isso é conhecer seus limites.

Como as TIC aparecem no ENEM?

Os temas ligados às TIC podem ser cobrados de forma direta, ou seja, como perguntas específicas, ou, então, de modo transversal, no contexto de outros componentes curriculares do caderno de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. E, até mesmo, na redação.

Tomando como ponto de partida a Competência Específica 07 da área de Linguagens e suas Tecnologias da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio, podemos entender qual o foco das questões associadas às TIC no Enem. Os organizadores da prova, fundamentalmente, querem saber se os candidatos conseguem perceber essas tecnologias a partir de uma visão crítica, ética e estética. Observar e debater, por exemplo, seu impacto social e a importância de fenômenos comunicacionais recentes como os relacionados à difusão de informações e às fake news.

O que estudar?

Nos últimos anos, alguns assuntos relacionados às TIC se destacaram mundialmente. O mais óbvio deles é, justamente, a ética no manejo dessas tecnologias e seu uso político. Assim, procure notícias e artigos que foquem, por exemplo, a temática das fake news(o que são, formas de difusão e como combatê-las). Examine, também, a internet a partir de seu uso ético e legal.

Outros temas interessantes:

  • Sociedade da informação (conceito, impacto cultural)
  • Relação entre internet e consumo (marketing, publicidade, limites)
  • Infância (uso dos recursos digitais)
  • Adolescência (usos, relação com as redes sociais)
  • Impacto sociocultural (influenciadores, costumes, virais etc.)
  • Educação (importância, impacto, potencial e limites do ensino remoto e do ensino híbrido)
  • Lazer (jogos e desenvolvimento cognitivo, criatividade, saúde)
  • Liberdade e responsabilidades na rede (direitos e limites legais)
  • Acesso às novas tecnologias (aspectos legais, meios digitais e cidadania)
  • TIC e mercado de trabalho (tendências, o mercado das TIC no Brasil e no mundo)

Como estudar?

Os temas acima relacionados “frequentam” quase que diariamente os portais de notícias. Assim, acesse esses portais e examine as notícias. Em alguns deles, há editorias exclusivas de Tecnologia e Mundo Digital bem interessantes. É legal, também, acompanhar sites específicos que trabalham com os aspectos sociais e educacionais relacionados à internet e às novas tecnologias.

Vamos indicar alguns desses sites:

Por fim: pratique a prova… com provas!

Essa regra “de ouro” vale para tudo o que se relaciona ao Enem. No site do Inep, você vai encontrar as provas e os gabaritos de todas as edições da avaliação. Lá, poderá acessar os cadernos de “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”, ler e responder as questões específicas associadas às “Tecnologias da Informação e Comunicação”. E, é claro, conferir os gabaritos. Fique atento às presenças direta e transversal (ou seja, em questões de outros componentes curriculares) dos temas relacionados às TIC. E boa avaliação!

Combinação perfeita! A Química e o Enem

A Química está em tudo: no ar que respiramos, nos alimentos, nos produtos que usamos, no meio ambiente e nas estrelas. Ela já era percebida pelos gregos, com filósofos como Demócrito, e também pelos árabes e pelos chineses. E, a partir do século 18, virou ciência. Na mesma época, começou a fazer parte dos currículos escolares. E, no século 21, está no Enem!

Nesta edição do Opet Enem 2022, vamos tratar da Química: como este componente curricular aparece na prova – e como você deve se preparar para arrasar! A combinação perfeita. Confira!

Química: onde ela aparece no Enem?

Antes de mais nada, é preciso localizar a Química dentro do Enem. O componente faz parte da área do conhecimento de “Ciências da Natureza e suas Tecnologias”, junto com Biologia e Física. Aparece no 2º dia de prova (neste ano, 20 de novembro), em um caderno com um total de 45 questões. Delas, 15 são de Química.

E quais são os assuntos mais pedidos nas questões de Química?

Examinando as edições anteriores do Enem – você pode fazer isto acessando o site do Inep, que organiza a prova (CLIQUE AQUI) –, podemos conhecer os temas ou assuntos mais pedidos do componente de Química. São eles:

  • Moléculas
  • Química orgânica (cadeias de Carbono)
  • Química inorgânica (ácidos, bases, sais e óxidos)
  • Soluções e concentrações
  • Estequiometria (cálculo de reagentes e produtos de uma reação química)
  • Termoquímica (calor e energia nas reações químicas)
  • Poluição ambiental (tema apresentado de forma transversal, em perguntas relacionadas a fatos ou fenômenos históricos)
  • Radioatividade. 

A Química mais perto: como estudar?

A Química é um componente curricular formado, inicialmente, por conceitos fundamentais – como os de matéria, energia, substância, corpo, objeto e sistema, assim como os que explicam as partículas atômicas e suas relações e os elementos químicos.

Para avançar pela Química, é preciso conhecê-los a fundo, tendo-os na ponta da língua! E isso é algo que você consegue focando nos livros didáticos e, também, em conteúdos digitais relevantes.

No Youtube, por exemplo, existem vídeos e canais excelente sobre Química em língua portuguesa. Nossa sugestão é acessar o canal YOUTUBE EDU – plataforma lançada pelo Google em 2013 em parceria com a Fundação Lemann – e pesquisar diretamente pelos conteúdos de Química. Eles são produzidos por professores e têm a curadoria de especialistas.

Uma Química mais dinâmica

Dominando os conceitos fundamentais, você vai avançar para a parte mais “dinâmica” do componente, associado aos cálculos, combinações e seus resultados. Atenção especial à Química Orgânica, associada ao carbono e suas cadeias – petróleo, plásticos, combustíveis, seres vivos… tudo isto está ligado ao carbono!

Para isso, o primeiro caminho também é o dos livros didáticos, que trazem os elementos fundamentais para o entendimento do tema. E os vídeos também dão uma bela força.

A “reação química” dos estudos, porém, não para por aí: trabalhe, também, com simuladores de experiências e outros recursos digitais, como os disponíveis em aplicativos. Um belo exemplo são as tabelas periódicas interativas – algumas, repletas de conteúdos extras -, disponíveis em formato Android e IOS. Muitos desses apps são gratuitos.

Lembrando sempre que os estudantes de escolas e redes de ensino parceiras da Editora Opet têm acesso a uma série de recursos de estudo na plataforma educacional Opet INspira, como simuladores, vídeos, quizzes, apresentações e até uma tabela periódica repleta de informações adicionais. É acessar e estudar!

Dica certa: resolver exercícios

Esta dica, na verdade, vale para todos os componentes curriculares. Para a Química, igualmente! Acesse as provas e gabaritos do Enem, resolva as questões e verifique seu grau de acerto. Se você errou uma questão, vá ao gabarito e interprete a resposta certa. Mais do que focar na própria resposta, é importante que você perceba o caminho associado a ela – isto, para uma avaliação como o Enem, que trabalha com a TEORIA DA RESPOSTA AO ITEM, é essencial.

Outra dica: além de responder às questões do Enem, responda, também, às questões de Química dos vestibulares. Muitas vezes, seu nível de exigência é ainda maior que o do Enem, o que faz com que você se prepare ainda mais. Mas, onde encontrar?

A seguir, reunimos os endereços de algumas instituições que disponibilizam suas provas e gabaritos dos anos anteriores para consulta e realização de exercícios. Como as provas são completas, você vai precisar selecionar o componente de Matemática. Vá ao seu buscador preferido, digite “questões vestibular” mais o nome da instituição:

  • INSPER
  • Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)
  • PUC-MG
  • UERJ
  • UFSC
  • USP
  • UTFPR

Bons estudos… e boa prova!

Inglês, Espanhol: como se preparar para a prova de idioma estrangeiro do Enem?

How are you? Hola, ¿qué tal? O inglês e o espanhol são, respectivamente, o primeiro e o quarto idiomas mais falados no mundo, com cerca de 1,8 bilhões de falantes. Eles têm enorme valor em relação aos campos científico, literário e de negócios. No caso do espanhol, há, ainda, um diferencial geográfico, na medida em que, na América do Sul, nove países o têm como idioma oficial – deles, sete fazem divisa com o Brasil.

Assim, conhecer suficientemente ao menos um dos dois idiomas é estratégico, e a educação brasileira reconhece isso. Tanto que, desde 2010, ou seja, há onze edições (caminhando para a décima segunda) do Enem, os participantes também respondem a questões associadas ao conhecimento da língua inglesa ou da língua espanhola.

Como aparecem as questões?

As questões de língua inglesa e de língua espanhola aparecem no primeiro dia de prova, dentro do caderno de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Elas são em número de cinco, para um total de 45 questões.

No caderno, elas vêm em modo duplicado – ou seja, cinco de inglês e cinco de espanhol. O candidato deverá responder apenas às questões do idioma que escolheu e indicou na inscrição. Se, na inscrição, ele deixou a opção em aberto – ou seja, se não indicou o idioma –, deverá responder às questões de inglês, conforme determinado no regulamento do Enem.

Para responder bem, é preciso ser fluente no idioma?

Não. Mas, é preciso conhecer os elementos básicos do idioma escolhido: leitura, interpretação e compreensão dos textos, tirinhas e charges, domínio dos significados das palavras e das regras, assim como a identificação da função do texto.

Em outras palavras: ao ler a questão, é preciso compreender o que está sendo pedido para buscar a resposta correta.

Inglês ou espanhol: qual o mais fácil?

Ambos os idiomas têm particularidades e, é claro, dificuldades. No caso do espanhol, por sua proximidade em relação à língua portuguesa, normalmente ele é considerado mais “fácil”. É preciso, porém, ficar muito atento, especialmente em relação a elementos como os chamados falsos cognatos, ou seja, àquelas palavras compartilhadas pelos dois idiomas e que têm significados bem diferentes. É o caso, por exemplo, de “cachorro”, que, em espanhol, é usado para certos filhotes de mamíferos – em espanhol, nosso “cachorro” é “perro”.

É nos falsos cognatos, aliás, que mora uma das principais chances de “pegadinha” nas questões da língua espanhola. Fique atento!

Como reforçar o estudo? Comece pela música

Os dois idiomas estrangeiros do Enem estão muito presentes na cultura pop, especialmente o inglês. Em anos recentes, com ritmos como o “raguetón” (reggaeton), porém, hits em espanhol ficaram cada vez mais comuns. Uma forma de “afiar” o estudo dos idiomas é complementá-los com a escuta/leitura e a tradução de músicas. Por exemplo: escolha uma música de que você gosta e mãos à obra! E o legal é que o significado dessas músicas não se limita à tradução pura e simples das letras, mas ao entendimento do contexto.

Outa dica é assistir a filmes e séries em inglês ou espanhol optando por legendas no próprio idioma: inglês, com legendas em inglês; espanhol, com legendas em espanhol. Você vai escutando, lendo, cruzando informações, interpretando e fortalecendo suas habilidades!

Dicionário na mão

Ao ler ou escutar um texto em um idioma estrangeiro, normalmente trabalhamos com conhecimentos que já detemos e, também, com interpretações de contexto, que muitas vezes “dão conta” de garantir a compreensão da mensagem, mesmo que não entendamos todos os seus componentes.

Ainda assim, é bem legal conhecer os termos e seus significados – quanto mais, melhor! Para isso, faça uso de bons dicionários.

No caso da língua espanhola, nossa sugestão é o Dicionário da Real Academia Espanhola, disponível em https://dle.rae.es/ – lá, além das palavras, você pode encontrar tira-dúvidas.

No caso da língua inglesa, sugerimos o Dicionário da universidade de Cambridge, disponível em https://dictionary.cambridge.org/pt/.

Escolher dicionários espanhol-português e inglês-português facilita as coisas; optar por dicionários espanhol-espanhol e inglês-inglês exige uma compreensão um pouco maior do idioma, mas fortalece o processo de preparação. Nossa sugestão: use os dois tipos de dicionários!

Quizzes, vídeos, jogos e outros recursos digitais

A internet oferece muitas opções gratuitas de aplicativos para o aprendizado de idiomas. Nossa sugestão é de que você baixe um deles e comece a “brincar” nas horas vagas. Boa parte dos apps trabalha com quizzes, que envolvem e estimulam. Esses programas também fornecem scores, feedbacks e indicam as razões dos erros.

 Uma “santa lição”: refazer as questões das edições anteriores

No site oficial do Enem (clique aqui), você encontra as provas e os gabaritos de todas as provas anteriores do exame. Assim, acesse, escolha o ano e vá aos cadernos de prova. As questões de idioma estão no caderno de prova do primeiro dia. Nossa sugestão: vá primeiro às provas e, depois, confira suas respostas nos gabaritos que também estão disponíveis no site do Enem.

 

Outubro Rosa… para a vida inteira!

Um pequeno guia sobre o câncer de mama, a prevenção e o Outubro Rosa

Neste domingo, dia 01º de outubro, o mundo inicia as ações e as comemorações de 2023 do Outubro Rosa, iniciativa que reúne milhões de pessoas para a conscientização, a prevenção e o tratamento do câncer de mama. Um mês que funciona como um grande difusor de informações sobre esse tipo de câncer e, também, sobre a saúde geral das mulheres. Neste artigo, vamos trazer dados relevantes sobre o câncer de mama e o Outubro Rosa, com indicação de outras fontes informativas.

Quando falamos em câncer

Quando falamos em câncer, estamos falando de um termo genérico que engloba mais de cem tipos de doenças associadas ao crescimento desordenado – e muitas vezes, acelerado – de células. Nesse processo reprodutivo, essas células podem formar tumores (massas celulares anômalas, ou seja, que não seguem as regras normais) que, por sua vez, podem invadir tecidos adjacentes ou, mesmo, outros órgãos do corpo.

Quando os tumores têm uma taxa de crescimento persistente e que ultrapassa a taxa de crescimento dos tecidos normais, eles são chamados de “neoplasias”.

As neoplasias se dividem em benignas e malignas. As neoplasias benignas tendem a se desenvolver como massas teciduais de crescimento lento e expansivo; elas normalmente comprimem os tecidos adjacentes, sem infiltrá-los. São “fechadas”, isto é, circunscritas e com limites bem definidos.

Já as neoplasias malignas se caracterizam pelo crescimento rápido e invasivo; elas também por se disseminar para outras regiões do corpo por meio de vasos sanguíneos ou linfáticos, surgindo como novas lesões em outras partes do corpo – um processo conhecido como metástase.

Esse tipo de neoplasia é chamado de câncer.

Os diferentes tipos de câncer correspondem aos tipos de células que podem ser afetados pela doença – carcinomas, por exemplo, estão associados aos tecidos epiteliais, como a pele e as mucosas; se surgem em tecidos conjuntivos (como ossos, músculos e cartilagens), são chamados sarcomas.

Quais as causas do câncer?

Mas, o que causa os diferentes tipos de câncer? Os mecanismos que “disparam” a reprodução desordenada de células são estudados há décadas por cientistas em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Hoje, sabe-se que há uma série de fatores envolvidos, como os genéticos, os ambientais e os associados aos hábitos. Esses fatores podem interagir, determinando o aparecimento da doença. Os cientistas perceberam, porém, que entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas – mudanças ambientais, poluição, hábitos e comportamentos. Esses fatores modificam a estrutura genética (DNA) das células, “redesenhando” seu metabolismo.

O câncer de mama

Segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o câncer de mama é segundo tipo de neoplasia maligna que mais afeta mulheres no Brasil, ficando atrás, somente, do câncer de pele não melanoma.

De acordo com uma estimativa do Observatório Global do Câncer (Globocan/OMS), a estimativa para os anos de 2020/2022 seria de 66 mil novos casos de câncer de mama no país. Segundo ainda a Globocan, o risco cumulativo de uma pessoa ter e de falecer de câncer de mama no Brasil é, respectivamente, de 6,3% (ter) e de 1,6% (falecer).

Causas e prevenção

Os fatores de risco ao câncer de mama acompanham os fatores gerais da doença. Estão ligados a questões genéticas, ambientais e aos hábitos da mulher. Chegamos, assim, à prevenção, que permite atuar em relação às causas mais prevalente, isto é, às principais. Como prevenir o aparecimento do câncer de mama?

  • Cultivando hábitos alimentares saudáveis: incluindo na dieta mais vegetais, mais frutas e alimentos orgânicos; e reduzindo o consumo de alimentos ultraprocessados (que deveriam ser abandonados), carne vermelha, bebidas alcoólicas, queijos e leite gordurosos etc. Em excesso (consumo habitual), gorduras e produtos artificiais como corantes e conservantes desencadeiam processos inflamatórios no organismo, que predispõem ao aparecimento do câncer.
  • Não fumando ou parando de fumar. O cigarro é um fator de risco importante para o aparecimento de diferentes tipos de câncer. O fumo passivo também é um fator de risco.
  • Realizando atividades físicas regulares. A prática regular de atividades físicas de diferentes tipos e intensidades – acompanhada de um parecer médico prévio e com a supervisão de um especialista – é especialmente indicada para a manutenção e o cultivo da saúde. Com consequências importantes sobre a prevenção do câncer.
  • Buscando reduzir o estresse. Esse é um dos fatores de combate mais difícil. No entanto, é possível combater o estresse com atividades que envolvam a tranquilização da mente (como a meditação, técnicas de respiração, caminhadas na natureza, passatempos, arte, leitura e participação em grupos de pessoas).
  • Tomar consciência da saúde das mamas, incorporando à rotina os exames diagnósticos. Segundo o INCA, “a orientação é de que a mulher observe e palpe suas mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem necessidade de aprender uma técnica de autoexame ou de seguir uma periodicidade regular e fixa, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias suspeitas.

 O Outubro Rosa

A ideia de se promover de um mês voltado à atenção para as causas, prevenção e tratamento do câncer de mama – e da saúde global das mulheres – surgiu nos Estados Unidos nos anos de 1990.

Seus primórdios nascem de uma iniciativa da Fundação Susan G. Komen for the Cure: na primeira edição da “Corrida pela Cura”, na cidade de Nova Iorque, os participantes receberam um laço rosa como “lembrete” para a importância dos cuidados e da prevenção. Desde então, a corrida é realizada anualmente, dentro de uma programação que se ampliou para várias partes do mundo.

A ideia de um “Outubro Rosa” ganhou forma oficialmente em 1997, também nos Estados Unidos, graças à ação de duas cidades – Yuba e Lodi, ambas na Califórnia – contra o câncer de mama. Elas lançaram ações, decoraram vários locais com laços rosa e batizaram a programação de Outubro Rosa. E a ideia pegou!

No Brasil, o movimento chegou em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera (monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista), na cidade de São Paulo, foi iluminado em rosa. Nos anos seguintes, vários outros monumentos brasileiros – como o Cristo Redentor (Rio de Janeiro), a estufa do Jardim Botânico (Curitiba), o Palácio do Planalto (Brasília) e o Teatro Amazonas (Manaus) – também passaram a ser iluminados em outubro. E a campanha passou a receber o apoio do poder público, de hospitais e de entidades da organização civil.

Os resultados do Outubro Rosa

O principal resultado do Outubro Rosa reside, exatamente, naquilo a que ele se propõe: levar informação, prevenção e cuidados sobre o câncer de mama para mulheres e para a toda a sociedade. Desmistificando a doença, combatendo os constrangimentos da mulher em relação a falar do próprio corpo… e salvando vidas!

Para saber mais

Indicamos algumas fontes confiáveis de informação sobre o câncer de mama, sua prevenção e tratamento. Confira!

Opet Enem 2022 – Para ir bem na prova!

Um mapa dos Objetos de Conhecimento

Dentro da série Opet Enem 2022, na semana passada, investigamos a Matriz de Referência do Enem, documento do Inep (organizador do Enem), que estabelece os princípios e os parâmetros da avaliação. O objetivo da Matriz é fazer com que, nas provas, os candidatos mostrem seu grau de proficiência em relação aos conhecimentos, competências e habilidades associados à educação.

Esses princípios e parâmetros ganham forma nas próprias questões e na redação, que, por sua vez, têm como base os componentes curriculares (as “disciplinas”) e seus temas, os objetos do conhecimento.

Mas, que objetos são esses?

A própria Matriz indica, dentro das quatro áreas do conhecimento (“Linguagem, Códigos e suas Tecnologias”, “Matemática e suas Tecnologias”, “Ciências da Natureza e suas Tecnologias” e “Ciências Humanas e suas Tecnologias”), os objetos de conhecimento de interesse do Enem.

Ou seja: conhecendo a Matriz, os candidatos conhecem, também, os temas que norteiam toda a prova e a redação. E isso, é claro, ajuda bastante em relação à preparação. Nós fomos à Matriz e trazemos esses objetos por área do conhecimento. Vamos a eles!

Área 1: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

No Enem, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias aparece no primeiro dia de prova (13 de novembro). São 45 questões de múltipla escolha e textos longos que envolvem Língua Portuguesa, Literatura, Artes, Educação Física, Inglês/Espanhol e Tecnologias da Informação e Comunicação. Os objetos do conhecimento cobrados nesse conjunto são os seguintes:

  1. Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação.
  2. Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade.
  3. Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania.
  4. Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos.
  5. Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos.
  6. Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: gêneros e usos em língua portuguesa.
  7. Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua (norma culta e variação linguística).
  8. Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação.

Área 2: Ciências Humanas e suas Tecnologias

A área do conhecimento Ciências Humanas e suas Tecnologias também aparece no primeiro dia de prova do Enem, com 45 questões. Ela envolve os componentes curriculares de História, Geografia, Sociologia e Filosofia, que, na prova, se desdobram nos seguintes temas:

  1. Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade: foco, aqui, na constituição da sociedade brasileira, seus grupos formadores (indígenas, africanos, portugueses, imigrantes), história, contribuição cultural e conflitos, no passado e na realidade atual.
  2. Formas de organização social, movimentos sociais, pensamento político e ação do Estado: o foco, neste item, reside nas formas de organização das sociedades, em temas como a construção do conceito de cidadania e seu desenvolvimento, formas de democracia, organização social e revoluções, a organização do Estado brasileiro, a independência do Brasil, os processos revolucionários do século XX, o totalitarismo, as Guerras Mundiais e a Guerra Fria, a vida e os desafios das cidades.
  3. Características e transformações das estruturas produtivas: foco no trabalho e em seus aspectos histórico, identitário, coletivo e cidadão; histórico e formas de organização do trabalho e da produção, a organização histórica da economia brasileira e os ciclos econômicos, a revolução industrial e a industrialização brasileira, as cidades e as metrópoles da era industrial, as transformações da indústria no século XX, globalização e novas tecnologias, novas tecnologias de comunicação e seu impacto sobre a humanidade, desenvolvimento agrícola no Brasil, modelos da agricultura em nosso país.
  4. Os domínios naturais e a relação do ser humano com o ambiente: foco na relação entre as sociedades e a natureza, em temas como o domínio e a exploração do espaço natural pelas civilizações, impacto ambiental das atividades econômicas, a água e suas questões (conservação, crise hídrica), os oceanos, aquecimento global e a nova ordem ambiental, leis ambientais, manejo e sustentabilidade, morfologia da Terra, aos climas e os biomas brasileiros,
  5. Representação espacial: representação espacial e projeções cartográficas, mapas e novas tecnologias aplicadas à cartografia.

Área 3: Ciências da Natureza e suas Tecnologias

A área do conhecimento Ciências da Natureza e suas Tecnologias, que aparece no segundo dia de provas (20 de novembro) também com 45 questões, abrange os componentes curriculares de Física, Química e Biologia. Por componente, os temas são os seguintes:

  1. Física: Conhecimentos básicos e fundamentais; o movimento, o equilíbrio e a descoberta de leis físicas; energia, trabalho e potência; a Mecânica e o funcionamento do Universo; fenômenos elétricos e magnéticos; oscilações, ondas, óptica e radiação; o calor e os fenômenos térmicos.
  2. Química: Transformações químicas; representação das transformações químicas; materiais, suas propriedades e usos; água; transformações químicas e energia; dinâmica das transformações químicas; transformação química e equilíbrio; compostos de carbono; relações da Química com as tecnologias; a sociedade e o meio ambiente, energias químicas no cotidiano.
  3. Biologia: Moléculas, células e tecidos; hereditariedade e diversidade da vida; identidade dos seres vivos; ecologia e ciências ambientais; origem e evolução da vida; qualidade de vida das populações humanas.

Área 4: Matemática e suas Tecnologias

As 45 questões de Matemática e suas Tecnologias, apresentadas aos candidatos no segundo dia de prova, trabalham com os seguintes temas:

  1. Conhecimentos numéricos: conceito e tipos de números, operações, percentuais, elementos fundamentais de matemática financeira, contagem, proporções e grandezas.
  2. Conhecimentos geométricos: figuras geométricas planas e espaciais; grandezas, unidades de medida e escalas; ângulos; simetrias de figuras planas ou espaciais; triângulos; circunferências; trigonometria do ângulo agudo.
  3. Conhecimentos de estatística e probabilidade: representação e análise de dados; medidas de tendência central; desvios e variância; probabilidade.
  4. Conhecimentos algébricos: gráficos e funções; funções algébricas; equações e inequações; relações no ciclo trigonométrico e funções trigonométricas.
  5. Conhecimentos algébricos e geométricos: plano cartesiano; retas; circunferências; paralelismo e perpendicularidade; sistemas de equações.

Com base nesses objetos do conhecimento, você pode examinar o seu plano de estudos e verificar se ele está abrangendo todos os temas cobrados no Enem. Para conhecer a Matriz de Referência do Enem, clique aqui.

Dica de ouro: com seus materiais didáticos e ferramentas educacionais digitais, a Editora Opet oferece a base para a melhor preparação ao Enem.

Caminhos e Vivências 2023: um grande sucesso… ainda melhor!

A Coleção Caminhos e Vivências, voltada aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, é um dos grandes sucessos editoriais da Editora Opet na educação pública. Presente no dia a dia de milhares de estudantes e professores de todo o país, ela participa da construção de uma educação humana, cidadã e transformadora. 

No início do ano letivo de 2023, a coleção chegará aos parceiros Opet da rede pública (selo Sefe) reformulada, atualizada e ampliada, graças a um trabalho cuidadoso que envolveu autores, pedagogos, editores, revisores, ilustradores, iconógrafos, designers, artistas gráficos e diretores de arte. Uma grande coleção, ainda melhor!

Uma expansão digital

A Coleção Caminhos e Vivências ganhou uma importante expansão no universo digital, em conexão com a plataforma educacional Opet INspira.

“A coleção Caminhos e Vivências é um material didático de referência”, explica a coordenadora do projeto, Eloiza Jaguelte Silva. Por quê? Por conta de sua concepção teórico-metodológica.

“Ela foi elaborada a partir de uma estrutura geral única, que contempla os conceitos articuladores de cultura, cidadania, trabalho, tempo e espaço, e também temas articuladores bimestrais. Oferece uma perspectiva interdisciplinar que é própria da melhor educação”, explica.

A reformulação fortalece, por exemplo, o trabalho de alunos e professores no universo digital“A Caminhos e Vivências ganhou um reforço importante em relação à inserção de objetos educacionais digitais, que poderão ser acessados por meio da plataforma educacional Opet INspira”, conta Eloiza.

Esses objetos educacionais digitais (OEDs) são de vários tipos – vídeos, imagens, jogos, quizzes etc. – e funcionam como uma expansão da própria coleção.

Partindo das habilidades digitais dos estudantes, eles estimulam, engajam, fortalecem e adensam o processo de ensino e aprendizagem. E, é claro, fornecem recursos para o trabalho docente.

“Esses objetos podem ser acessados via plataforma ou, então, diretamente do livro via QR Code. Basta apontar o smartphone e digitar os dados de acesso”, conta Eloiza.

Uma expansão editorial

Exemplos dos conteúdos internos da Coleção: à esquerda, do livro de Língua Portuguesa do 1º ano (1º bimestre); à direita, do livro do Professor de Geografia do 1º ano (1º bimestre).

A coleção também foi atualizada em relação às informações, textos e imagens – e terá novas capas. “Essa atualização gráfica, imagética, também é importante em relação à atração e ao engajamento dos estudantes, além, é claro, de favorecer a aprendizagem. Nesse aspecto, é um material novo, que, com certeza, vai chamar a atenção dos estudantes”, afirma o gerente editorial da Editora Opet, Jardiel Loretto Filho.

A coleção também terá novidades em relação à organização e distribuição dos volumes? Sim. “Teremos livros de Arte e de Educação Física para aluno e professor, em volumes separados, mas com a mesma concepção dos livros integrados. E, no caso do Caderno de Atividades Casa-Escola, além do já disponível, de Língua Portuguesa, também passaremos a oferecer o Matemática”, conta Eloiza.

Toda a atualização da Coleção, destaca, contou com o apoio de duas grandes especialistas brasileiras em educação, as professoras doutoras Oralda Adur de Souza e Carmen Gabardo. Elas atuam nesse projeto desde sua primeira edição, como responsáveis pela concepção e organização estrutural da obra, direcionamento para as autorias, leitura crítica dos materiais e garantia da manutenção da estrutura pedagógica.

“Cabe também uma referência especial à nossa editora Ross Mary Vieira, especialista da Educação Infantil”, destaca Eloiza. “Ela também trabalha nesse projeto desde a primeira edição, contribuindo muito com seu conhecimento e agregando valor às produções.”

Quer saber mais sobre a Coleção Caminhos e Vivências 2023? Então, entre em contato conosco!

TDAH, hiperatividade e escola: caminhos para acolher, aprender, ensinar e crescer

Dados médicos internacionais dão conta de que entre 3% e 5% da população global sofrem com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade – TDAH. Um mal de origem neurobiológica, de causas genéticas, que surge na infância e, muitas vezes, afeta a pessoa ao longo de toda a vida. Felizmente, ao longo das últimas décadas, o TDAH se tornou mais conhecido pela sociedade, que passou a trabalhar no sentido de buscar tratamentos, inclusão, direitos e educação aos portadores.

No campo da educação, por exemplo, há todo um movimento no sentido de se incluir crianças e adolescentes portadores de TDAH. E um cuidado muito grande em relação a como atuar para garantir uma educação de qualidade, com reflexos positivos sobre o coletivo, isto é, sobre o conjunto de estudantes portadores e não portadores.

Pensemos, por exemplo, na hiperatividade que caracteriza muitas das crianças com TDAH. Vale observar que nem todas elas são hiperativas; este, porém, é um sintoma bastante comum, capaz de impactar o ambiente escolar.

Como fazer para que ele não prejudique o próprio estudante hiperativo?

Como fazer para que não afete a dinâmica de aprendizagem de toda a turma?

Como, enfim, encontrar o método adequado para o trabalho pedagógico?

É exatamente sobre isso que vamos tratar neste artigo, que é uma breve aproximação a um tema complexo e relevante.

O estudante hiperativo precisa se movimentar para aprender

Uma maneira intuitiva de se trabalhar com a hiperatividade é direcionar o trabalho para atividades educacionais, culturais e de aprendizagem que tenham a mesma dinâmica, o mesmo ritmo. É muito comum, inclusive, que as questões de comportamento com que os professores lidam ao ensinar as crianças com hiperatividade diminuam drasticamente quando as atividades propostas permitem que as crianças se mantenham em movimento.

Na medida em que a inquietude e a impulsividade não são apenas motoras, mas também verbais, é interessante trabalhar com atividades comunicacionais, com comunicação verbal.

Pensando em um padrão de atividades alinhadas ao comportamento dos estudantes que possuem o tipo de TDAH com hiperatividade, logo nos lembramos das metodologias ativas. Vamos a elas!

 

Metodologias ativas são grandes aliadas para a harmonia de uma sala diversa

Muito se tem falado a respeito dessas metodologias que, apesar de distintas no modo de estruturar as aulas, seguem o conceito de colocar o estudante no centro do seu processo de ensino-aprendizagem. O caminho é o de se priorizar a prática, o fazer, a ação, em uma abordagem ativa e protagonista diante do conhecimento.

Essas práticas de ensino são excelentes para garantir que tanto as crianças/estudantes com hiperatividade associada ao TDAH quanto os que não sofrem com o transtorno possam atuar juntos e se desenvolver plenamente. A ideia é fazer com que os modos distintos de funcionamento cerebral atuem juntos e não sejam prejudicados na educação.

 

Lembre-se: TDAH não é transtorno de aprendizagem

É importante destacar que o TDAH, seja ele do tipo predominantemente desatento, hiperativo ou misto, não é um transtorno de aprendizagem. Trata-se de um transtorno do neurodesenvolvimento causado por uma menor produção de dopamina na região do córtex pré-frontal. Como consequência desse fenômeno, as funções executivas do indivíduo são prejudicadas – afinal, tais funções são justamente reguladas por essa área do cérebro.

Isso significa que habilidades de controle da impulsividade, planejamento em longo prazo, atenção em assuntos que não são de interesse pessoal, noção de tempo, entre outras, serão mais difíceis para esse estudante.

Não há, portanto, nenhuma relação com a capacidade de aprendizado. Pelo contrário: portadores de TDAH, normalmente, são pessoas com um grande potencial criativo.

A criatividade natural dos TDAHs também é fruto dessa menor produção de dopamina, pois, além das habilidades citadas acima, o controle de estímulos e de pensamentos é outra característica pela qual a região do córtex pré-frontal é responsável.

No entanto, como mencionamos, tudo que é de responsabilidade dessa região acaba funcionando de forma diferente, e com o fluxo de pensamentos não seria diferente.

 

Mais pensamentos, mais criatividade

O menor filtro de estímulos que resulta em um maior fluxo de pensamentos é um fator que implica – normalmente – um potencial criativo aumentado para esses indivíduos.

Inclusive, a metodologia ativa “Aprendizagem Baseada em Problemas” é uma ótima abordagem para as aulas: normalmente, as atividades desafiadoras captam a atenção desses estudantes. E, nesse caso, engajar aqueles com TDAH é fundamental, pois o fluxo de pensamentos que leva a ideias inovadoras é o mesmo que torna a atenção difusa, algo prejudicial quando é necessário focar em algo.

 

Um ambiente propício

Se, por um lado, os estudantes hiperativos são muito criativos em função do fluxo de pensamentos, por outro se distraem facilmente. Com vários pensamentos indo e vindo, podem acabar “perdidos” em um emaranhado de ideias.

Por isso, criar um ambiente propício para esse modo de funcionamento cerebral é essencial para o desenvolvimento e aprendizado. E nada melhor do que um ambiente em que a comunicação, a mão na massa e a colaboração mútua entre os colegas sejam estimulados para “fertilizar” essas ideias, colocando-as em prática.

Com a “Aprendizagem Baseada em Problemas”, assim como outras metodologias ativas, por exemplo, a “Aprendizagem Baseada em Projetos”, a “Educação Maker” e o “STEM”, é possível criar esse ambiente e ajudar o estudante hiperativo a sair do campo das ideias, transformando-as em soluções únicas.

 

Cuidados extras com estudantes que possuem comorbidades

Um adendo importante é em relação às possíveis comorbidades que os estudantes podem possuir com o TDAH. É muito comum, por exemplo, que o indivíduo com esse transtorno tenha também dislexia ou discalculia – estes, sim, transtornos de aprendizagem.

Se, por acaso, o TDAH tiver alguma participação no mau desempenho escolar, o problema pode ter relação com os sintomas de desatenção que fazem a criança muitas vezes “sonhar acordada” ou com a hiperatividade que a torna inquieta, impedindo-a de prestar atenção. No entanto, a dificuldade de aprender nunca está relacionada, de forma primária, ao transtorno.

E, claro, é ainda mais provável que a dificuldade de aprendizagem esteja relacionada a uma comorbidade. Mas, fique atento para não confundir erros de desatenção na escrita com a dislexia. A dislexia possui sintomas bem característicos e demanda intervenções específicas. Aqui, vale uma conversa com os familiares e com o psicopedagogo da escola para um trabalho específico.

 

Os recursos da plataforma educacional Opet INspira

Recursos educacionais de alta qualidade, capazes de fornecer elementos para o trabalho docente em diferentes contextos – inclusive, no do TDAH –, são fundamentais para o sucesso da educação.

No campo dos recursos digitais, a plataforma educacional digital Opet INspira, da Editora Opet, oferece um acervo extraordinário: são recursos como áudios, imagens, vídeos e histórias infantis ilustradas para trabalhar com contação de histórias, leitura e até teatro. Essas atividades lúdicas são excelentes para engajar e trabalhar a criatividade das crianças que possuem TDAH.

A plataforma também oferece jogos online, quizzes educacionais e ferramentas de gamificação – um estímulo fantástico para o professor criar projetos que estimulem a comunicação e o movimento dos estudantes hiperativos.

Sem contar que a plataforma Opet INspira possui um menu de acessibilidade que permite adaptar várias funções conforme a necessidade do estudante, algo fundamental se a criança ou adolescente com hiperatividade possui comorbidades. A plataforma, aliás, é uma das mais acessíveis do Brasil!

 

Para ir mais longe:

Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) – site oficial da instituição fundada em 1999 para divulgar informações, capacitar profissionais e colocar em discussão o TDAH.

História agora: os temas mais pedidos e como estudar para o Enem!

História. Um componente curricular encantador, com seus muitos tempos, personagens, episódios e, principalmente, com suas muitas questões, que se refletem em nosso dia a dia. No Enem, as questões de História – normalmente, entre 10 e 15 – aparecem no primeiro dia de prova (neste ano, 13 de novembro), no caderno de 45 questões da área de Ciências Humanas e suas Tecnologias, junto com as de Geografia, Filosofia e Sociologia.

Neste artigo, vamos descobrir quais são os temas normalmente mais pedidos na prova de História, que, certamente, estarão nas questões deste ano. E vamos dar dicas de estudo também. Antes de começar, porém, vale a pena dividir o componente curricular em seus temas principais. Vamos lá!

 

Os temas da História

Podemos pensar na História como um componente repleto de recortes temporais e regionais. Parte-se de visões mais abrangentes em termos de regiões e períodos para se chegar ao aqui e agora, relacionado às nossas próprias questões. Assim, pense nos “grandes temas” que se comunicam: História Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. E, dentro de cada um deles, recupere aqueles que você viu de forma mais intensa durante o Ensino Fundamental – em especial, no Ensino Médio. Entre eles: Grécia e Roma, o Feudalismo, o nascimento dos Estados Modernos, as Navegações e as conquistas coloniais, as revoluções (americana, francesa e russa), o Brasil colonial, a Independência, a Escravidão e sua abolição, a Guerra do Paraguai, a República Velha, a industrialização do Brasil, a Era Vargas, o regime militar e a redemocratização, o Brasil democrático.

 

Uma visão ampla

Como já observamos, a prova de História, que está dentro do caderno de Ciências Humanas e suas Tecnologias, abrange algo entre 10 e 15 questões. Como elas pertencem a uma mesma grande área, podem vir “mescladas”, em termos temáticos, aos componentes de Geografia, Filosofia e Sociologia. Assim, fique atento e pense em termos mais amplos e integrados. E, é claro, pense criticamente.

Normalmente, as questões vêm acompanhadas de textos e imagens de apoio que dão suporte para a compreensão do que está sendo perguntado. É nesses textos e imagens que você vai se focar para localizar termos-chave, assim como datas especiais. Leia bem e marque o que se destacar!

 

De olho no que está sendo pedido

Com o passar dos anos, as questões de História do Enem perderam um pouco seu caráter interpretativo e deram mais força aos conteúdos em si. Assim, é importante ter na ponta da língua os principais conceitos relacionados ao tema e, também, as datas e os períodos de passagem que funcionam como “marcadores históricos” – como a passagem do feudalismo para o mundo moderno, a Independência do Brasil etc.

 

Isso é História: o que mais caiu até hoje

Fazendo um retrospecto de 1998 até 2021 – ou seja, da primeira à mais recente edição do Enem –, encontramos alguns temas “carimbados”, que costumam ser mais pedidos. É lógico que, pela abrangência do componente curricular, são muitas as possibilidades – mas, podemos arriscar circunscrevê-las em um universo mais restrito. Vamos lá.

Entre os temas mais pedidos estão os de História do Brasil, abrangendo todos os períodos, do Brasil Colônia à volta da democracia. Ela, aliás, ocupa boa parte das questões da prova de História.

O fato de estarmos comemorando o bicentenário de nossa Independência poderia, em tese, indicar um interesse extra pelo tema, em suas associações ao Brasil colonial, à consolidação do território, à escravidão e ao sistema econômico, à Guerra do Paraguai e à República em seus vários “capítulos” (República Velha, Era Vargas, redemocratização, regime militar, volta da democracia etc.). A mesma questão temporal poderia ser associada a outro tema importante: a Semana de Arte Moderna de 1922, que completou cem anos em 2022.

Em termos de História Geral, podemos esperar questões ligadas a gregos (origem da Filosofia, leis e democracia etc.) e romanos (períodos históricos, conquistas militares, expansão e declínio), ao sistema feudal (origem, declínio, relação com as Cruzadas, aspectos econômicos), à Idade Moderna e seus aspectos (Renascimento, nascimento das cidades modernas, Reforma e Contrarreforma, revolução científica etc.). Em termos de História Contemporânea, foco em temas como as revoluções, as guerras mundiais, a Guerra Fria, a corrida espacial e os novos cenários que se desenharam a partir do fim da União Soviética (expansão da China, União Europeia, Brexit etc.).

 

E como estudar História?

Em se tratando de Enem, o caminho mais interessante para o estudo é a resolução de questões. As questões de História de todas as edições do Enem estão disponíveis no portal do Inep – CLIQUE AQUI.

Além disso, você pode fortalecer seus estudos acessando portais focados no estudo da História – como o do Café História, o do Laboratório de História Pública da UFSC e o arquivo da antiga Revista de História da Biblioteca Nacional.

 

Foco, bons estudos… e vamos fazer História no Enem!

 

Para fazer uma redação fabulosa: em busca dos temas!

Todos os anos, desde que sua primeira edição, em 1998, o Enem desafia os candidatos com temas de redação instigantes. São assuntos ligados às questões da sociedade brasileira em um contexto nacional e global. Nossos problemas, problemas do mundo. Como toda boa avaliação, eles exigem dos candidatos capacidade analítica e argumentativa e, também, uma visão ampla de mundo.

E – fique atento – “ valem ouro” em termos de pontuação: mais exatamente, 20% do valor total da prova! Ou seja, não dá para “esquecer” ou reduzir a importância da redação.

E tem mais: os temas típicos da redação do Enem vão além da própria redação. É que eles também podem aparecer, de forma transversal, nas questões das quatro áreas do conhecimento cobradas na avaliação: Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Então, é preciso ficar antenado e, na medida do possível, antecipar-se em relação ao que pode ser pedido – e é exatamente isto que vamos fazer agora.

 

O futuro… no passado

A preparação do Enem, como você sabe, é cercada de cuidados para impedir vazamentos de provas e fraudes. Assim, não é possível saber, por antecipação, qual será o tema da redação da avaliação deste ano. Podemos, porém, fazer uma investigação e chegar ao universo temático de que, muito provavelmente, sairá a redação de 2022. Para isso, apelamos à inteligência, pesquisa e até a uma “arqueologia” do próprio Enem.

Começamos olhando para o passado, para os 24 temas de redação propostos até hoje pela organização do Enem. Vamos conhecê-los ano a ano:

 

1998 – “Viver e aprender.”

1999 – “Cidadania e participação social.”

2000 – “Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional”.

2001 – “Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?”

2002 – “O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?”

2003 – “A violência na sociedade Brasileira: como mudar as regras desse jogo.”

2004 – “Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação.”

2005 – “O trabalho infantil na sociedade Brasileira.”

2006 – “O poder de transformação da leitura.”

2007 – “O desafio de se conviver com as diferenças.”

2008 – “Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar.”

2009 – “O indivíduo frente à ética nacional.”

2010 – “O trabalho na construção da dignidade humana.”

2011 – “Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado.”

2012 – “Movimento Imigratório para o Brasil no século XXI.”

2013 – “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil.”

2014 – “Publicidade infantil em questão no Brasil.”

2015 – “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira.”

2016 (1ª aplicação) – “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil.”

2016 (2ª aplicação) – “Caminhos para combater o racismo no Brasil.”

2017 – “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil.”

2018 – “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet.”

2019 – “Democratização do acesso ao cinema no Brasil.”

2020 – “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira.”

2021 – “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil.”

 

(*) – Você encontra as redações de todas as edições do Enem, com seus textos motivadores – que são os textos, charges e imagens usados para contextualizar os temas – no site do Inep. Para acessar as redações, vá ao ano que você deseja investigar e clique na prova do primeiro dia. A redação aparece logo após a questão 45.

 

A cidadania no centro do universo

A despeito de a quantidade de temas ser grande (são 25 redações em 24 anos de Enem), podemos observar que eles giram ao redor de um grande tema norteador: a cidadania.

Assim, é importante, por princípio, ficar muito atento a todos os temas relacionados à cidadania no Brasil e no mundo atual. Mas, quais são eles? Vamos trabalhar por partes, focando o passado do próprio Enem e as questões atuais.

 

Os temas que o Enem já pediu

Analisando o que foi pedido nas edições anteriores do exame, podemos “recortar” um pouco mais esse universo temático. Chegamos, então, aos seguintes temas, com algumas de suas especializações:

. Cultura (cinema, artes plásticas, tevê)

. Cultura digital (ética, produção e consumo de informações, ética, liberdade, fake news)

. Direitos (do consumidor, ao registro civil, ao trabalho)

. Educação (educação digital, ensino híbrido, recuperação no pós-pandemia)

. Gênero (igualdade, desigualdades, violência contra a mulher)

. Inclusão (social, racial, religiosa, de pessoas com deficiências, cotas)

. Infância e adolescência (direitos, desafios)

. Meio ambiente (Amazônia e outros biomas, água, oceanos, extinção, manejo e conservação)

. Política (voto, participação popular, ética, corrupção, democracia)

. Racismo

. Religiões e liberdade religiosa

. Saúde pública (vacinas, epidemias, doenças emergentes, saúde mental, SUS)

. Segurança pública (violência, liberação/restrição das armas)

. Trabalho (desemprego, trabalho e novas tecnologias)

 

Os temas do Brasil e do mundo em 2022

Com esse menu em mãos, podemos compará-lo com os grandes temas do Brasil e do mundo no ano de 2022. Em primeiro lugar, percebemos a qualidade do time de planejadores das provas do Enem: a maioria dos temas das redações anteriores poderia ser replicada na edição deste ano sem qualquer problema!

Mesmo assim, é possível sugerir alguns temas que, em nossa avaliação, podem ser a “bola da vez” na redação deste ano.

É preciso ficar atento à questão ambiental, em especial por conta do crescimento global e local do número de desastres associados a secas, incêndios, tufões, inundações e ao efeito estufa. A questão ambiental se desdobra em outros temas, como a agricultura e suas práticas, os cuidados com a água, a preservação e a extinção de espécies, a poluição, as energias e os oceanos.

No campo dos direitos civis, são “quentes” temas como os associados às liberdades individuais, à igualdade/desigualdade entre homens e mulheres, liberdade de credo e diversidade religiosa, o direito à educação e a proteção da infância e da adolescência.

No campo da política, é possível pensar, por exemplo, em termos de representatividade de homens e mulheres, em sistemas e ideologias políticas, na tripartição e em conflitos entre os poderes.

Há, ainda, temas que estão especialmente conectados ao ano de 2022, associados à geopolítica (guerra da Ucrânia, conflitos EUA-China na Ásia), ao bicentenário da independência do Brasil, à segurança alimentar, à tecnologia (com a chegada da internet 5-G ao Brasil) e à nova “corrida espacial”, com a volta à Lua a chegada de empresas privadas à disputa.

 

E onde se informar?

Informar-se sobre todos esses temas poderia ser uma tarefa gigantesca. Afinal, são muitos assuntos. Além disso, por seu teor, eles merecem uma análise mais aprofundada, mais informações. A vantagem é que contamos com uma imprensa forte, que oferece informações e análises abalizadas e diferentes pontos de vista.

O caminho, assim, passa por uma leitura diária das notícias – para isso, busque várias fontes confiáveis, que tenham, inclusive, visões de mundo próprias. Reserve meia hora por dia para visitar esses sites, focando nas manchetes, nos textos e, também, nas análises. E não deixe de acompanhar as editorias de Política, Meio Ambiente, Política Internacional, Sociedade, Ciência e Tecnologia.

Também é possível encontrar informações e análises de qualidade em rádios noticiosas, livros, podcasts, quadrinhos e documentários – só fique atento à qualidade desses materiais. Nada de estudar por fake news, hein! Trazemos algumas sugestões de fontes (em ordem alfabética):

 

  • Agências oficiais de notícias

Agencia Brasil – https://agenciabrasil.ebc.com.br/

Agência de Notícias do Senado Federal- https://www12.senado.leg.br/noticias

Portal da Câmara dos Deputados – https://www.camara.leg.br/noticias

 

  • Atualidades/Brasil/Mundo/Cultura/Ciência:

Band News – https://bandnewstv.band.uol.com.br/

BBC Brasil – https://www.bbc.com/portuguese

Deutsche Welle – https://www.dw.com/pt-br/not%C3%ADcias/s-7111

Estadão – https://www.estadao.com.br/

Folha de S. Paulo – https://www.folha.uol.com.br/

G1/Globo – https://g1.globo.com/

R7 (Record) – https://www.r7.com/

Rádio CBN – https://cbn.globoradio.globo.com/

 

  • Ciência e Tecnologia:

Agência Fapesp – https://agencia.fapesp.br/inicial/

Agência Fiocruz – https://agencia.fiocruz.br/

Jornal da USP – https://jornal.usp.br/

 

  • Economia

Agência de Notícias da Indústria – https://noticias.portaldaindustria.com.br/

 

  • História:

Café História – https://www.cafehistoria.com.br/

 

  • Meio Ambiente:

Ambiente Brasil – https://noticias.ambientebrasil.com.br/

Blog “Mar sem Fim” – https://marsemfim.com.br/

O Eco – https://oeco.org.br/

 

Dica de ouro: textos motivadores

Use todos esses materiais para construir seus próprios “textos motivadores”, semelhantes aos usados na prova do Enem. Como? Pegue um tema: desmatamento na Amazônia, por exemplo. Depois, vá aos portais de notícias e “recorte” três notícias ou análises do problema. A partir da sua leitura e dos argumentos utilizados, discorra sobre um tema como este: “‘Redescobrir’ a Amazônia: caminhos para a transformação da maior floresta tropical do planeta em um ambiente de sustentabilidade a ganhos socioambientais.” E treine: pesquise, leia e escreva!