De Camões às figuras de linguagem: a Literatura no Enem

Literatura. Para quem se amarra em livros, essa palavra soa como música! Já para quem não está muito habituado – ou não desenvolveu o hábito da leitura -, ela pode ser sinônimo de dificuldades, especialmente em época de prova. O fato é que, gostando ou não de ler, é importante conhecer a literatura brasileira. E, desenvolvendo formas de aproximação, ganhando intimidade com o tema, a coisa fica muito melhor!

No Enem, as questões de literatura aparecem no caderno de prova de “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”, cobrado no 1º dia da avaliação (13.11) e, normalmente, chegam a uma média de 10. O tema, é claro, também pode aparecer na redação e, também, de forma transversal nas questões de outros componentes curriculares.

Nesta edição especial de Opet Enem 2022, vamos falar sobre como se preparar para alcançar a pontuação máxima nas questões de literatura!

Quando falamos em literatura, falamos em…

Quando falamos em literatura, não estamos falando apenas em movimentos literários como o Romantismo, o Barroco ou o Modernismo. Esses movimentos, é claro, são uma parte importante do componente curricular, mas vêm acompanhados de vários outros elementos que permitem que ele seja acessado, entendido e usufruído. Assim, é preciso conhecê-los… e a todos os demais conteúdos que permitem sua compreensão!

Dito isso, podemos definir a literatura como sendo uma forma de expressão artística que se utiliza da linguagem e da expressão escrita como “matéria-prima”. Por meio das palavras, enfim, o artista – no caso, o escritor – expressa e transmite ideias, provocando uma resposta estética (ou seja, um “sentir”) de quem lê.

A literatura não abrange apenas os “clássicos”, mas muitas obras. Desde os “best-sellers”, aqueles livros que vendem milhares de exemplares, a volumes de cordel, poesia, crônicas, canções, poemas etc. Um blog, por exemplo, pode trazer textos literários.

As Escolas Literárias

Ao falar dos “requisitos” para caminhar bem pelo estudo da literatura, começamos pelas escolas literárias brasileiras, que são o item que mais se destaca – e mais desafia – os estudantes.

A literatura brasileira é formada por vários períodos/escolas, distribuídos entre o Brasil Colonial, o Brasil Império e a República, que devem ser conhecidos. São eles:

Era Colonial

. Quinhentismo (1500-1601)

. Barroco (1601 – 1768)

. Arcadismo (1768 – 1808)

Era Nacional

. Romantismo (1836 – 1881)

1ª Fase – Nacionalismo e indianismo

2ª Fase – Egocentrismo e pessimismo

3ª Fase – Liberdade

. Realismo (1881 – 1893)

. Naturalismo (1881 – 1893)

. Parnasianismo (1881 – 1893)

. Simbolismo (1893 – 1910)

. Pré-Modernismo (1910 – 1922)

. Modernismo (1922 – 1950)

1ª Fase – Busca pela renovação estética e maior radicalismo

2ª Fase – Foco em temáticas nacionalistas

3ª Fase – Marcada por inovações linguísticas e mais experimentações artísticas

. Pós-Modernismo (1950 – até hoje)

Para conhecer suas características, principais autores e obras, o melhor caminho é o dos livros didáticos e dos resumos. E, em especial no caso das escolas literárias mais recentes – cuja compreensão linguística é mais direta –, a leitura dos próprios livros.

No caso dos resumos, é interessante não apenas lê-los, mas estudar e produzir os próprios resumos. Isso fortalece a compreensão e a fixação dos conteúdos.

Nesta etapa final de preparação, sugerimos, ainda buscas por vídeos (em plataformas como Youtube e Vimeo) e por podcasts com apresentações e discussões sobre cada escola. Muitas vezes, essas produções trazem dados e análises importantes sobre os períodos históricos e os contextos de produção. Assim, a eles!

Mas, o que mais cai no Enem?

Uma análise das edições anteriores do Enem mostra que, no caso dos períodos/escolas literárias, há temas que se destacam pela frequência – as famosas “figurinhas carimbadas” da prova. São eles o Romantismo, o Modernismo e a literatura brasileira atual.

E os autores? Entre os autores mais referenciados nas questões do Enem estão Álvares de Azevedo, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Ferreira Gullar, Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto, José de Alencar, José Saramago, Luís Fernando Veríssimo, Machado de Assis, Manuel Bandeira,  Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Rubem Braga e Vinícius de Moraes.

E o que mais é importante saber?

Como observamos na abertura deste texto, para conhecer a literatura, é preciso entendê-la. Perceber em que contexto as obras foram produzidas, por que pessoas e utilizando que tipos de recursos. O conhecimento desses elementos permite uma compreensão mais profunda do próprio significado das obras.

E quais são eles?

Focamos as funções e as figuras de linguagem, que sempre frequentam o Enem.

As funções de linguagem se conectam à finalidade do texto. São seis:

. Referencial ou denotativa: o foco, aqui, reside na informação. Uma notícia em um portal informativo, por exemplo, deve dar prioridade aos fatos a que se refere.

. Emotiva ou expressiva: o foco é estético, ou seja, se liga ao expressar uma emoção e ao senti-la. Ela se conecta a depoimentos, relatos, narrativas, e é carregada de sinais de pontuação associados à emotividade, como exclamações e reticências.

. Função poética: nela, o autor aproxima a própria linguagem, o código utilizado, de uma preocupação estética. Ela envolve a ideia e, também, a forma de expressão da ideia por meio de rimas, sonoridades, trocadilhos e referências indiretas.

. Função fática: nela, o autor/emissor que confirma se está sendo ouvido pelo interlocutor.

. Função conativa ou apelativa: aqui, a linguagem é usada para convencer, influenciar e guiar o interlocutor. Ela aparece, por exemplo, na publicidade (“Compre!”) e nos discursos políticos (“Vote em mim porque…”).

. Metalinguística: você vai a uma gramática para entender os usos do “por que”, ou a um dicionário para conhecer o significado de uma palavra. Nesses livros, você vai encontrar a linguagem cumprindo uma finalidade metalinguística, ou seja, explicando a si mesma!

E as figuras de linguagem? Elas são recursos de comunicação utilizados para dar mais cor ou força às palavras e à linguagem. Por meio delas, é possível amplificar o que se está expressando por meio. São dezenas e abrangem, entre outras, a antonomásia, catacrese, comparação, metáfora, metonímia, onomatopeia, personificação (prosopopeia) e sinestesia.

É literatura? É Opet INspira!

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