Para saber mais: Educação Montessoriana

Para muita gente, a primeira imagem que vem à mente quando falamos em Educação Montessoriana é a de móveis feitos sob medida para as crianças, assim como brinquedos e materiais para atividades. E essa é uma associação perfeitamente válida: afinal, o ambiente é um fator fundamental para esse método educacional criado pela médica e educadora italiana Maria Montessori (1870-1952) e seus colaboradores. Neste artigo, vamos trazer algumas informações sobre esse importante e revolucionário método de ensino. O tema, evidentemente, vai bem mais longe e pode ser conhecido em detalhes – no final, selecionamos algumas sugestões de leitura.

Para começar, poderíamos pensar na educação da segunda metade do século XIX, quando Maria Montessori começou a trabalhar com crianças. Naquela época, quase um século após a Revolução Francesa, a educação havia avançado bastante em relação aos séculos anteriores. Ainda assim, havia muito por descobrir e por avançar, e Maria Montessori contribuiu muito para este processo.

No método montessoriano, tudo é pensado com foco na autonomia do indivíduo. Desde os conceitos fundamentais até a maneira como o ambiente é preparado, os brinquedos e as práticas educacionais devem contribuir para um ensino autodirigido, a aprendizagem prática e o jogo colaborativo. O foco não é apenas transmitir conhecimentos, mas guiar o aprendizado e nutrir na criança o desejo natural que ela tem por conhecimento, compreensão e respeito.

Sala de aula montessoriana: em cada canto, um aprendizado 

No método montessoriano, toda intenção de ensino deve ser traduzida nos móveis, brinquedos, jogos e demais elementos que compõem o ambiente. Tanto a atuação do professor quanto a disposição dos objetos precisam direcionar as crianças para a aprendizagem.

Em uma sala de aula montessoriana, veremos pouca interferência do professor. Nela, as crianças têm total liberdade para fazer escolhas criativas no seu processo de aprendizado. Isso não quer dizer que o educador não tenha um papel ativo no ensino das crianças, mas apenas que isto é feito de maneira intencional e estratégica. 

A criança e sua habilidade natural de identificar o conhecimento 

Para ficar mais fácil de compreender, pense em um videogame. Quando estamos jogando, boa parte das ações e decisões que tomamos são baseadas nos elementos que estão na tela, certo? Na Educação Montessoriana, ocorre algo semelhante: como o ambiente não é um mero coadjuvante, o docente deve construí-lo para oferecer pistas aos estudantes sobre o que deve ser feito. 

Segundo Maria Montessori, o desenvolvimento e a aprendizagem ocorrem por fases. Então, considerando cada fase e o que a criança precisa em cada uma delas, o professor deve criar um cenário com as atividades adequadas à idade. E por que isso? Nesse método, a menor intervenção do educador ocorre em função da ideia de que, sendo cada fase naturalmente propícia para aprendizados específicos, a busca por eles é igualmente natural. 

Então, quando inseridas no ambiente adequado, as crianças são levadas a fazer as escolhas inerentes à fase em que estão. 

Interesses naturais das crianças alinhados à proposta de ensino 

É por isso que cada material de uma sala de aula montessoriana precisa estar relacionado a um aspecto do desenvolvimento infantil. A disposição dos elementos deve criar uma combinação entre os interesses naturais da criança e o conhecimento que o professor quer compartilhar/estimular. 

O impulso de investigar o ambiente é despertado quando a criança se depara com atividades práticas e multissensoriais que estimulam a exploração do mundo e priorizam a experiência própria, tudo no seu ritmo. 

Fases do desenvolvimento e prática montessoriana 

Mas, afinal, como se aplica todo esse conceito? 

O método criado por Maria Montessori está ancorado nas fases de desenvolvimento, que ela chamou de “Planos de Desenvolvimento”. Segundo a sua pedagogia, a cada plano as crianças buscam naturalmente por uma nova fase de independência em relação aos adultos.

Primeiro Plano de Desenvolvimento e a Primeira Infância (0 a 6 anos) 

Aprender como o mundo funciona para entender como funcionar nele e, assim, alcançar independência física em relação aos adulto. Esses são os dois objetivos que as crianças têm na primeira fase de vida. 

Estímulos diversos são experimentados pela primeira vez nesse período. Tudo é novo e as crianças tentam absorver essa “enormidade” de coisas. Maria Montessori, percebendo a capacidade que o cérebro infantil tem de se transformar a cada informação, chamou a mente dos pequenos de “mente absorvente”. 

O desenvolvimento físico também ocorre de forma intensa aqui. Mas, considerando a tendência natural para se tornar independente, uma frase que traduz bem a necessidade do indivíduo é algo comumente dito pelas crianças: “Me ajuda a fazer sozinho”. Ou seja: elas querem aprender – e não que alguém faça – e “aprenda” – por elas. 

Os chamados “períodos sensíveis” – ciclos em que a criança direciona seus interesses, atenção e esforços para uma área do desenvolvimento – guiam esse plano. Existem ciclos para os sentidos, o movimento, a linguagem, a escrita e a matemática. E tudo isso será melhor vivenciado se o indivíduo puder explorar cada um deles com liberdade.

Como criar um ambiente adequado para o desenvolvimento na Primeira Infância 

Considerando a fase da Primeira Infância, a sala de aula montessoriana deve: 

● apresentar materiais montessorianos;

● favorecer que as crianças escolham o que e como estudar;

● trabalhar currículo multidisciplinar, ou seja, vários temas e disciplinas por diferentes perspectivas ao mesmo tempo;

● propiciar liberdade para que escolham onde desejam ficar;

● não diferenciar momentos de estudo de momentos de lazer;

● permitir a avaliação por meio da observação e de registros.

Materiais montessorianos para a sala de aula 

Para que o docente consiga estimular os sentidos, habilidades e aprendizados dessa fase da vida, é fundamental escolher os materiais adequados. Os estímulos sensoriais são elementos muito importantes no método montessoriano. 

Os jogos e as brincadeiras, assim como os livros e tudo que envolve imaginação, criatividade e investigação, também são fundamentais para promover esse tipo de ensino. 

Além dos objetos físicos, os recursos digitais podem ser utilizados e adaptados ao método. A Opet INspira, plataforma de objetos educacionais da Editora Opet, por exemplo, disponibiliza uma variedade de ferramentas e recursos educacionais digitais que podem ajudar muito. 

Para ir mais longe

As indicações de leitura a seguir não pretendem fazer um aprofundamento acadêmico em relação ao método montessoriano, mas aproximar ainda mais o leitor do tema e inspirá-lo a outras pesquisas.

“Montessori: o que ler e em que ordem” – artigo de Gabriel Salomão (doutor em Letras pela USP e especialista no método montessoriano) sobre as obras da educadora italiana. Uma introdução interessante à leitura de Maria Montessori.

“Maria Montessori: feminista, cientista e educadora” – Biografia de Maria Montessori no portal MultiRio, da Prefeitura do Rio de Janeiro.

“O método de ensino com o qual estudaram os criadores da Amazon, do Google e da Wikipedia” – Matéria da rede britânica BBC, em português, que aborda o êxito da Educação Montessoriana.

“Não, o método Montessori não é ‘aprender brincando’” – Matéria do jornal espanhol El País, em português, sobre os diferenciais do método montessoriano.

Reforço escolar: conheça as indicações e os benefícios desse recurso pedagógico

Aulas adaptadas, ensino focado em temas específicos, uso de novas metodologias, materiais pedagógicos diferenciados e práticas que respeitam o ritmo de aprendizagem de cada um.

Tudo isso é possível nas aulas de reforço escolar, uma vez que o número reduzido de estudantes permite a entrega de um ensino mais individual e personalizado. 

O reforço escolar é uma ferramenta essencial para promover inclusão e acessibilidade, melhorar o desempenho escolar e garantir a fixação de conteúdos mais complexos. Esse recurso contribui ainda para aumentar a autonomia nos estudos. 

Visto no passado como algo vergonhoso, hoje a realidade é outra. Cada vez mais o reforço vem sendo utilizado para uma série de situações. Entenda melhor a seguir. 

Baixo desempenho não é a única razão para o reforço escolar 

O baixo desempenho em alguma disciplina é o principal motivo que leva os responsáveis a buscar o reforço escolar. No entanto, é importante ter em mente que essa não é a única razão para propor esse recurso.  

Muitas vezes, por exemplo, o estudante até entende o conteúdo, mas não tem segurança quanto ao aprendizado. Isso pode fazer com que ele não vá bem em provas ou apresentações. Como não tem segurança do seu aprendizado, acaba deixando de responder por medo de errar. 

Número reduzido de estudantes facilita um ensino mais personalizado 

Além disso, nas aulas de reforço a quantidade de estudantes é menor. É possível que o professor dê mais atenção a uma criança por vez e ainda desenvolva cronogramas e estilos de atividades adaptadas às necessidades específicas de cada uma delas. 

Práticas de estudo ajudam no desenvolvimento da autonomia 

Normalmente, algumas das práticas que os professores do reforço escolar utilizam para criar um sistema de ensino mais adaptado aos estudantes envolvem esquemas de estudos, como listas, resumos, mapas mentais, entre outras estratégias. 

Então, outro benefício desse recurso é garantir a oportunidade de desenvolver mais autonomia nos estudos.

Mais atenção a estudantes com deficiência ou transtornos de aprendizagem 

Além disso, alguns estudantes precisam das aulas de reforço escolar por terem alguma deficiência que dificulta o aprendizado ou ainda algum transtorno de aprendizagem, como TDAH, dislexia, discalculia e outros. 

Nesse caso, é ainda mais importante adotar estratégias inclusivas que considerem as especificidades de cada caso. 

É comum que essas aulas sejam feitas em parceria com um psicopedagogo. Normalmente, os pais ou responsáveis das crianças que fazem tratamento com esse profissional são orientados a informar os professores sobre os avanços e vice-versa. 

Atualmente, temos muitas estratégias e materiais que contribuem bastante para o processo de ensino-aprendizagem dessas crianças. 

Material para reforço escolar

Não apenas os métodos e práticas de ensino são adaptados no reforço escolar, mas também o material usado. O tipo de material varia de acordo com a idade do estudante e a metodologia adotada, mas, de um modo geral, nas aulas de reforço o professor consegue ter mais tempo e liberdade para levar outras abordagens para as aulas. 

Brincadeiras, jogos, histórias, leituras, cantigas e atividades on-line são algumas das soluções pedagógicas que podem ajudar nesse sentido. Quizzes e atividades gamificadas também são boas práticas. 

Reforço escolar on-line

Dependendo da situação e da idade do estudante, o professor pode sugerir ainda que o reforço escolar seja feito a distância. 

Existem muitas metodologias altamente eficazes quando o assunto é ensino a distância. O professor consegue, por exemplo, criar roteiros de estudo e trilhas de aprendizagem e também propor atividades que demandem pesquisa, investigação e elaboração de projetos. 

Vídeo e áudios são recursos que complementam essa estratégia de estudo a distância. Com a metodologia adequada e uma boa curadoria dos materiais digitais, o resultado do reforço on-line será tão satisfatório quanto o presencial. 

Como saber se há a necessidade do reforço escolar

Um diálogo constante do professor com o estudante é a melhor maneira de saber se realmente é preciso propor o reforço escolar. O professor poderá indicar esse recurso com base em alguns comportamentos do estudante:

● desorganização;

● atrasos ou não entrega de atividades;

● pouca ou nenhuma participação nas aulas;

● falta de interesse por determinada disciplina;

● falta de confiança quando perguntado sobre algum tema abordado;

● esquecimento do conteúdo.

Impactos da falta de reforço escolar 

Quando uma criança com dificuldade em determinada disciplina não recebe o auxílio necessário, isso reflete diretamente em seu futuro. Boa parte do conteúdo do ensino básico serve como base para estudos de áreas específicas. São temas que são introduzidos de forma básica para que sejam aprimorados ou complementados posteriormente em sua formação. 

Porém, um estudante que já tem dificuldade em aprender os assuntos introdutórios terá ainda mais dificuldade nas próximas etapas. Como consequência, naturalmente perderá o interesse pelos estudos. Mais do que isso, à medida que o estudante perde o interesse em aprender ou encontra empecilhos, até mesmo o seu desenvolvimento após a escola fica comprometido, como a vida acadêmica e a profissional.

O reforço escolar é fundamental para que os estudantes recebam uma formação mais completa, que impactará de forma positiva o futuro deles. 

Construindo as aulas do reforço escolar 

Na Opet INspira, plataforma educacional de recursos digitais desenvolvida pela Editora Opet, o professor encontra diversas ferramentas pedagógicas digitais que funcionam muito bem para as aulas de reforço, sejam elas presenciais, a distância ou híbridas. 

Há diversos materiais didáticos, livros paradidáticos e objetos educacionais digitais, como vídeos, áudios, apresentações, quizzes, bancos de imagens e histórias infantis. Todos esses recursos possibilitam a elaboração de aulas totalmente adaptadas às necessidades de cada estudante, sejam elas relacionadas a desempenho ou insegurança em relação ao próprio aprendizado. 

Além disso, as tecnologias educacionais digitais permitem criar estratégias inclusivas para crianças com deficiência ou transtornos de aprendizagem. 

Na plataforma Opet INspira, o professor encontra um Menu de Acessibilidade que dá acesso a funções personalizadas, como teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto, contraste, entre outras.

Opet INspira e os recursos para construção de aulas  

Além de todas as ferramentas citadas, também estão disponíveis conteúdos para desenvolver avaliações, sequências didáticas, trilhas de aprendizagem e roteiros de estudo. 

A Opet INspira tem um grande acervo de recursos, que está em constante atualização para que o professor o utilize e consiga proporcionar uma aprendizagem eficaz

Uso da plataforma Opet INspira cresce 32% em três meses!

Nos últimos três meses, o número de horas de utilização da plataforma educacional Opet INspira por estudantes, professores, familiares e gestores cresceu 32% – quase um terço a mais em relação ao número do final do primeiro semestre!

“Em média, tivemos cerca de 57 mil acessos por mês nesse período”, explica Luciano Rocha, coordenador de Tecnologias Educacionais da Editora Opet. Entre os recursos mais utilizados por professores, estudantes, familiares e gestores estão os livros digitalizados das coleções da Editora, as aulas em vídeo para o Ensino Médio e os jogos educacionais, especialmente para os segmentos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental – Anos Iniciais.

Na avaliação de Luciano, esse crescimento significativo pode ser relacionado a fatores como o amadurecimento do uso dos recursos digitais na educação e a evolução da plataforma, que é atualizada constantemente em relação aos conteúdos e à estrutura. “A plataforma Opet INspira está cada vez mais completa e robusta. E isso estimula seu uso, o que gera um ciclo virtuoso”, explica.

Um exemplo desse fortalecimento da plataforma é a migração, feita recentemente, de toda a sua infraestrutura para uma arquitetura de servidores em nuvem, que oferece muito mais agilidade e capacidade de uso dos recursos. “Com essa nova configuração, nossa plataforma se tornou altamente escalável. Em termos técnicos, isso significa que a capacidade de processamento dos servidores aumenta de acordo com a demanda. Quanto mais gente usa, mais gente é atendida, sem falhas ou oscilações”, conta Luciano.

Outra medida decisiva foi a integração da plataforma com as ferramentas Google Workspace for Education, que alavancou o uso dos recursos durante o período de ensino remoto. “Eu diria que esse é, sem dúvida, um dos pontos mais fortes da plataforma educacional Opet INspira. A integração reuniu em um único ambiente a riqueza e a qualidade dos conteúdos educacionais da Editora Opet com o poder, facilidade e versatilidade das ferramentas e recursos de organização e compartilhamento Google.” O que, aliás, garante o bom uso da plataforma em qualquer contexto de aprendizagem – presencial, remoto ou híbrido.

Luciano Rocha, coordenador de Tecnologias Educacionais da Editora Opet.

Sob medida – A migração para a nuvem trouxe outra vantagem estratégica: a possibilidade de desenvolvimento de ferramentas analíticas mais poderosas, que vão detalhar o uso das ferramentas e o consumo dos conteúdos. “Essas ferramentas vão oferecer parâmetros mais precisos para a nossa equipe de produção editorial. Como, por exemplo, os recursos mais demandados, as eventuais carências e as preferências dos usuários – isso nos permitirá ajustar a plataforma para um uso cada vez mais orgânico, amigável e integrado ao trabalho de cada escola ou rede parceira.”

O sucesso da plataforma não se deve apenas, porém, aos avanços tecnológicos. Ela se deve, especialmente, às pessoas que humanizam o processo da educação digital. “Nesse trabalho, temos o envolvimento de toda a equipe técnica e editorial. E, também, o apoio da nossa equipe pedagógica, dos assessores e supervisores regionais que, diariamente, estão em contato com nossos parceiros. E da equipe comercial, que percebe e repassa as demandas do mercado educacional.”

O que vem por aí – Nos próximos meses, os usuários da plataforma terão acesso a novos conteúdos, ferramentas e recursos que prometem acelerar ainda mais o número de acessos. Essas novidades, que serão detalhadas em futuras reportagens, incluem, por exemplo, uma tabela periódica e um sistema solar interativos, a Agenda INspira – um aplicativo que facilitará a comunicação entre a escola e familiares, principalmente das crianças da Educação Infantil – e um sistema de avaliação integrado a um amplo banco de questões. “Além disso, estamos trabalhando no desenvolvimento dos livros digitais interativos, que serão um recurso extraordinário em relação à aprendizagem”, garante Luciano.

Uma introdução à Educação Midiática

Quando falamos em Educação Midiática, é comum que o termo seja associado aos canais digitais, que estão tão presentes em nossa vida. No entanto, a educação midiática não se limita à internet e às mídias eletrônicas. O termo “mídia”, no sentido de meio de comunicação, é anterior às tecnologias digitais, e se refere a todas as plataformas comunicacionais – o que inclui livros, transmissões radiofônicas e jornais, por exemplo.

Vale observar que a expressão “Educação Midiática” não aparece nas normas da educação brasileira. O termo, porém, é muito útil em termos instrumentais, para a compreensão de um campo de conhecimentos cada vez mais importante e necessário.

É fato que a ampliação dos canais de comunicação no meio digital acelerou o debate e até mesmo a aplicação escolar da Educação Midiática. Porém, é importante ter em mente que o assunto aqui não tem a ver apenas com a mídia de onde vem a informação, mas, também, com a natureza dessa informação e a fala em si. Esse, aliás, é o grande objetivo da Educação Midiática: formar pessoas capazes de lidar não apenas com as tecnologias de comunicação, mas de perceber a qualidade, o sentido e o objetivo das informações transmitidas. Algo que é muito importante, especialmente em um tempo em que há tantas informações disponíveis.

Assim, a Educação Midiática deve abranger todos os aspectos da vida. Tem a ver com analisar tudo o que é dito. Isso pode incluir desde o grupo de WhatsApp da família até as notícias da TV, os artigos de jornais e posts em uma página do Instagram. 

Importância da Educação Midiática 

O objetivo da Educação Midiática é educar cidadãos capazes de analisar, interpretar e compreender o que está sendo dito. O olhar crítico é fundamental: afinal, as pessoas não podem se deixar levar por informações falsas ou discursos de ódio, por exemplo. 

Olhar crítico é a base da Educação Midiática 

A criticidade está diretamente ligada ao sucesso, às capacidades cognitivas e a ações assertivas. Essa é uma habilidade que pode e deve ser aprendida, exercitada e utilizada em qualquer situação. 

A democratização dos canais de comunicação exige atenção redobrada a respeito do conteúdo 

A democratização e a acessibilidade ampla aos canais de comunicação – algo positivo – permitiram que as pessoas pudessem criar e compartilhar informações. Se, antes, era preciso dispor de muitos recursos para criar um meio de comunicação – como um jornal ou uma rádio, por exemplo –, hoje qualquer pessoa que tenha acesso às tecnologias digitais pode criar seu próprio canal de vídeo, podcasts, blog, rede social, site ou livro digital. Um poder gigantesco!

Não podemos fechar os olhos, no entanto, para os riscos associados a essa conquista. E o maior deles reside, justamente, no poder de manipulação da informação: as novas mídias também são responsáveis pela disseminação de notícias falsas, distorcidas ou mal intencionadas, que podem gerar danos a pessoas e à sociedade. Como resolver esse problema? Por meio da educação midiática, que permite ao receptor da informação avaliar a sua confiabilidade. O tema é amplo, mas permite alguns recortes.

Fato ou opinião? É preciso saber diferenciar 

Muitas pessoas estão apenas opinando sobre algo, com base apenas na parte que elas conhecem ou com base na própria experiência. Há, ainda, as tão faladas “Fake News”, que são notícias falsas criadas para prejudicar alguém ou manipular as pessoas a pensarem sobre algo. Algumas fake news são facilmente detectáveis – outras, porém, são mais sofisticadas e merecem ainda mais cuidado.

A situação se complica diante da velocidade da informação, característica desse tipo de mídia. A informação é produzida, publicada e, em poucos instantes, acaba disseminada por pessoas que leram o conteúdo. Sem nem checar o dado, muitas pessoas o compartilham em suas redes e grupos – disseminando uma informação falsa e, muitas vezes, potencialmente perigosa! 

Como a Educação Midiática pode ser trabalhada na escola 

Primeiro, é importante destacar que esse tema pode ser abordado em qualquer idade. Esse processo tem início a partir do momento em que a criança sai para o mundo e inicia o contato com os colegas, os professores, recursos audiovisuais e midiáticos. 

Educação Midiática desde sempre

A Educação Midiática é fundamental para a alfabetização, mas deve vir antes da alfabetização, já na Educação Infantil. E isso porque, em nossa época, as crianças pequenas já são expostas a milhões de informações. Associadas, por exemplo, ao consumo, na publicidade. Cada faixa etária, por certo, deve merecer uma abordagem compatível ao seu grau de desenvolvimento cognitivo.

Hoje em dia, ser alfabetizado envolve, mais do que ler e interpretar. É preciso saber encontrar uma informação, decodificar os textos em vários formatos e linguagens e ter senso crítico para buscar a origem, a natureza e a intenção de qualquer publicação. Só assim é possível saber se o conteúdo é confiável e pode ser reproduzido. 

A abordagem deve ser interdisciplinar 

Além disso, é um assunto interdisciplinar, visto que o aprendizado adquirido aqui pode e deve ser aplicado em todas as áreas da vida. Como já citamos, isso tem a ver com a análise crítica da informação. Isso quer dizer que não basta abordar elementos específicos das mídias, como os recursos, verbetes e outros. 

Quando falamos de ela ser interdisciplinar, estamos nos referindo à necessidade de ser abordada em todos os componentes curriculares. É possível combater fake News, por exemplo, em aulas de Química, Biologia, Matemática e História. Da mesma forma, todas essas componentes curriculares possuem métodos e caminhos que ensinam uma pessoa a ser mais crítica, atenta e metódica na análise de qualquer informação.

Propor atividades em que o estudante possa produzir conteúdo, entrar em contato com as mídias e pesquisar, ou seja, ministrar aulas utilizando os recursos de mídias, é crucial para a Educação Midiática. 

Educação Midiática no Brasil 

O programa Educamídia, do Instituto Palavra Aberta, é uma das principais iniciativas voltadas para professores no campo da Educação Midiática. Ele possui três pilares – ler, escrever e participar. Trata-se de um excelente guia para implantar os elementos da Educação Midiática na escola. 

1 – Ler, o primeiro pilar, é a habilidade que deve ser trabalhada para estimular no discente a capacidade de filtrar, ler de forma crítica e dar sentido ao grande fluxo de informações que chegam todos os dias. 

Aqui entra leitura crítica de absolutamente todo tipo de informação, como imagens, posts, vídeos, memes, rótulos, notícias e artigos. 

A ideia é garantir que o indivíduo seja capaz de distinguir fato de opinião. Entender a intenção por trás da notícia, reconhecer os clickbaits (títulos polêmicos, criados apenas para chamar a atenção) e outros. 

2 – Escrever é o segundo pilar. Ele é a etapa que prevê atividades em que o estudante será o produtor do conteúdo. A ideia é garantir que ele saiba utilizar e se comunicar por meio de diversas linguagens. 

3 – Já no terceiro pilar, o “participar”, o foco está em entender temas como inclusão, empatia, diálogo, discriminação, discurso de ódio e outros. Sempre considerando o contexto midiático. 

Nesse pilar entram os temas relacionados à cidadania digital. O papel da Educação Midiática é justamente formar um cidadão capaz de analisar de forma crítica tudo o que chega até ele.

É necessário saber de onde vem, no que está embasado, qual objetivo de uma manchete, o motivo de um assunto ter sido abordado de determinada maneira.

Educação Midiática na BNCC 

Na BNCC, a “Cultura Digital” é apresentada como uma das competências gerais. Então, para trabalhar a Educação Midiática nesse contexto tecnológico, a BNCC propõe que o professor aplique atividades, utilizando as ferramentas digitais, de modo que os estudantes sejam capazes de: “Compreender, utilizar e criar tecnologias de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e receber exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva” (BNCC, 2018).

Opet INspira e os recursos para a Educação Midiática

Além de utilizar os conteúdos presentes na BNCC e no programa Educamídia, o professor também precisa de ferramentas, especialmente as digitais, para implementar esse tema em sala de aula. 

Por isso, na Opet INspira, plataforma educacional de objetos educacionais da Editora Opet, há diversos recursos tecnológicos e conteúdos disponíveis aos educadores – eles são objeto de uma curadoria cuidadosa que garante a veracidade das informações. 

Há ferramentas para que os estudantes possam produzir o próprio podcasts, por exemplo. Vídeos, áudios, jogos e livros também são recursos que possibilitam a aplicação de atividades em que é necessário ter criticidade para receber as informações. 

E, para facilitar as aulas, o professor encontra na plataforma Opet INspira, ferramentas como roteiros de estudos e trilhas de aprendizagem. Dessa forma, fica muito mais fácil criar e disponibilizar as atividades. 

Quer saber mais sobre Educação Midiática? Então, assista agora a live que realizamos em parceria com o Instituto Palavra Viva! Acesse: 

Educação Infantil e Alimentação Saudável

A infância é um período tremendamente rico em oportunidades de aprendizagem. É um momento em que o cérebro das crianças está em pleno desenvolvimento, com o nascimento de uma quantidade enorme de conexões neurais. Um excelente momento, por exemplo, para apresentá-las a uma alimentação saudável. Respeitando, é claro, o momento vivido.
O uso de ferramentas e recursos lúdicos, como jogos e brincadeiras, é um bom caminho para ajudar as crianças a aprenderem sobre alimentação saudável. Brincando, elas aprendem e trabalham internamente com informações que serão preciosas para o resto da vida – com muita saúde!
Pensando nisso, selecionamos algumas atividades relacionadas à aquisição de bons hábitos alimentares que podem ser levadas para a Educação Infantil:

Escolhas saudáveis versus escolhas prejudiciais
Esse jogo ajudará a criança a ter percepção sobre quais são, realmente, os alimentos saudáveis. Para aplicá-lo, é necessário imprimir imagens de alimentos saudáveis e não saudáveis. Essas imagens devem ser recortadas para que as crianças possam classificá-las. Na sequência, é hora de explicar para as crianças o porquê de esses alimentos estarem em uma categoria ou outra.

O saco da adivinhação
Essa é uma atividade excelente para aumentar o reconhecimento e a consciência das crianças sobre os diferentes vegetais comestíveis. Basta colocar alguns vegetais – como pepino, batata, couve-flor, brócolis – em um saco de plástico escuro ou pano que será fechado. Daí, usando as mãos para perceber formas e texturas, as crianças vão tentar identificar os vegetais que estão dentro do saco. Mesmo que elas não os conheçam, é uma oportunidade excelente de apresentá-los, destacando seu caráter saudável.

Um cartão por semana
Crie vários cartões com imagens de diferentes alimentos e, no início de cada semana, embaralhe todos eles, tirando apenas um para que a sala possa saber mais sobre este alimento específico. Aqui, a criança também pode participar contando se ela conhece, come, gosta ou não gosta do alimento sorteado.
Esses cartões também podem conter letras em vez de imagens de alimentos saudáveis. Dessa forma, a discussão não precisa ser em torno de uma comida, mas sobre alimentos que começam com a letra do cartão sorteado.

Identifique o estranho
Para esse jogo, o professor deve criar séries com nomes de vegetais usados na alimentação; em cada série, que pode ser de quatro palavras, são incluídos três vegetais e uma palavra “estranha” (um não alimento), como por exemplo “cenoura, batata, gato, cebola”.
A ideia dessa atividade é que as crianças identifiquem nessas séries o termo que não se refere a um alimento.
Para tornar o jogo ainda mais desafiador, use nas séries uma palavra estranha que também seja um alimento, mas não de origem vegetal. Por exemplo, “aipo, pimentão, cenoura, iogurte”. E então, pergunte às crianças por que a palavra estranha não pertence ao resto do grupo.

Crie uma “pessoa vegetal”
Essa atividade pode ser feita, inclusive, após a brincadeira do saco de vegetais. Aqui, as crianças vão utilizar um vegetal para criar um boneco. Elas podem furar, colocar palitos e personalizar o vegetal. Isso as ajudará a entrar em contato com as características do alimento, como formas, cores, cheiros e texturas.

Excursões
As excursões a locais como sítios, hortas fazendas, mercados de alimentos, supermercados, padarias ou açougues são divertidas e educativas. É importante, no entanto, ter em mente qual exatamente é o objetivo que você quer alcançar, ou seja, sobre qual tema gostaria que as crianças aprendessem. Após a excursão, pode-se aplicar, por exemplo, atividades como discussões, desenhos e até a degustação de alimentos (respeitando, sempre, os protocolos sanitários).

Tenha um dia de degustação temática
Fazer um dia de degustação de diferentes tipos de alimentos saudáveis é outro tipo de atividade que ajuda as crianças a aprenderem mais sobre alimentação saudável.
Pode-se ter um dia, por exemplo, para apresentar os diversos tipos de maçã, como as verdes, as vermelhas e as com texturas diferentes. Além disso, a degustação pode ser completada com maçãs secas, purê de maçã e maçãs enlatadas, ou seja, alimentos feitos a partir de maçãs.

Aprendendo sobre comida em diferentes culturas
Essa atividade segue a mesma linha da anterior, mas aqui, em vez de um dia temático a respeito de um único alimento, a ideia é fazer duas temáticas relacionadas à alimentação em diferentes culturas ou sobre datas comemorativas. E o que não falta no Brasil são opções de temas relacionados à cultura, não é mesmo?
O professor pode propor, por exemplo, celebrar a comida mineira, nordestina ou do norte do país. Também é possível levar para as aulas ingredientes da cultura indígena, que tanto influenciam a nossa alimentação até hoje.
Sem contar que datas como Páscoa, Festa Junina e Natal também são ótimos pontos de partida para trabalhar essa degustação temática.

Plante uma horta
Se tiver espaço na escola, fazer uma horta é um tipo de atividade que ajuda muito. A partir dela, as crianças vão aprender sobre as hortaliças, plantas e ervas, bem como sobre a melhor maneira de cultivá-las. A abordagem temática também é uma boa opção aqui. Que tal propor uma horta apenas de temperos ou de plantas específicas?

Músicas, livros e desenhos animados que mostrem alimentos saudáveis
Leve para as aulas histórias e canções que falem sobre alimentos. Quando se trata dos vídeos, por exemplo, não é necessário nem que o tema abordado seja específico sobre boa alimentação, apenas que tenham situações em que as frutas e os vegetais apareçam.

Encontre ideias e recursos para a criação de atividades lúdicas sobre alimentação saudável para a Educação Infantil
A alimentação saudável é um tema muito importante. Assim, você encontrará muitas opções de atividades, até mesmo modelos prontos para downloads em sites oficiais como o do Ministério da Educação – MEC.
O site da “Biblioteca Visual em Saúde (BVS), da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), é um fantástico repositório de informações sobre alimentação e saúde, com aplicabilidade em educação. Acesse www.bvsalud.org.

Acesse recursos digitais para aplicar aulas lúdicas sobre alimentação saudável
Os parceiros da Editora Opet têm acesso, ainda, aos recursos da plataforma educacional Opet INspira, que oferece conteúdos de alta qualidade e ferramentas para o desenvolvimento de aulas vibrantes. Com a Opet INspira, o professor consegue, por exemplo, criar trilhas de aprendizagem e disponibilizar roteiros de estudo!
Recursos como os quizzes permitem, por exemplo, a aplicação de aulas gamificadas ou gincanas. Já os jogos on-line são uma alternativa para que as crianças aprendam brincando.
Há ainda opções de imagens, vídeos e histórias infantis que aumentam as possibilidades lúdicas. Sem contar os livros paradidáticos, que contêm opções de atividades e recursos como cartões, calendários e diários.

“Que livro incrível!”: como estimular a leitura entre crianças e adolescentes?

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a habilidade de leitura é definida como a “capacidade de entender, usar e refletir sobre textos escritos de modo a conquistar objetivos, desenvolver conhecimento e potencial e participar da sociedade”. 

No Brasil, segundo uma pesquisa da própria OCDE, existe uma diferença gritante em relação ao nível de leitura entre pessoas de diferentes classes sociais – quanto menos favorecida é a família, menor o acesso aos livros e à leitura. Um problema estrutural dos mais sérios, que prejudica o desenvolvimento social do Brasil há muito tempo. Uma das formas de reverter esse quadro está no estímulo à leitura – e a escola pode desempenhar um papel-chave neste contexto.

Como melhorar os hábitos e habilidades relacionadas à leitura 

Neste artigo, vamos focar em coisas que podemos fazer na sala de aula para melhorar fortalecer os hábitos e a cultura leitora em nosso país. Essas práticas também podem ser colocadas em prática pelas famílias!

Como estimular o hábito da leitura em crianças e adolescentes?

A seguir, trazemos algumas sugestões de como professores podem estimular os estudantes a amar a leitura e como os familiares podem ajudar no processo. Tudo começa na associação da leitura com algo especial: agradável, divertido, enriquecedor e precioso!

Estimule a socialização por meio da leitura

Crie clubes do livro, grupos de leitura e círculos de literatura presenciais e no ambiente digital. A interação a partir da leitura aumenta muito a compreensão em relação às histórias e torna o processo mais agradável, especialmente entre leitores recentes. 

Conhecendo as bibliotecas locais

Levar os estudantes até as bibliotecas públicas da cidade, mostrando a riqueza dos acervos e dos lugares, é uma excelente maneira de estimular neles o gosto pela leitura. 

As crianças vão se encantar, por exemplo, com livros repletos de imagens e com gibis. Já os mais velhos podem se interessar por gêneros específicos e próprios para a sua faixa etária, como romances policiais, contos, crônicas ou ficção científica. 

Vamos ao teatro?

Que tal transformar os livros em roteiros de peças teatrais? Essa é uma maneira divertida e inteligente de unir a sala toda em um projeto. Cada um fica responsável por uma parte: alguns estudantes podem cuidar do próprio roteiro, com a supervisão do professor, enquanto outros ficam responsáveis pelos cenários, iluminação, guarda-roupa e interpretação.  

Leia para as crianças antes de dormir 

As crianças adoram histórias! Por meio delas, podem adentrar um mundo mágico onde tudo é possível. Então, que tal ler uma história antes de as crianças dormirem? O Brasil tem uma tradição fantástica de autores de livros infantis, com nomes como Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Ziraldo e Lygia Bojunga. Isso, sem contar as fábulas, histórias do folclore e até textos sobre a nossa História adaptados ao público infanto-juvenil. Há muitas opções!

Proponha debates em sala de aula

Para os estudantes mais velhos, também é possível inserir os livros em discussões sobre temas atuais. Ao associar os assuntos da vida cotidiana às histórias, os discentes se identificam com os personagens e passam a se interessar cada vez mais pela leitura. 

Filmes e livros 

Estimular o hábito da leitura em adolescentes que nunca tiveram contato com o universo dos livros é desafiador. Uma maneira de fazer isso é propor a leitura de livros que viraram filmes. Como citamos, todos gostam de boas histórias, mas conhecer histórias por meio da leitura é mais desafiador do que por meio de filmes. Os filmes são mais fáceis de acompanhar e exigem menos capacidade de interpretar textos. Então, é comum que muitos jovens prefiram essa linguagem. 

Ao propor a leitura de um livro associado a um filme de que os estudantes já gostam, a resistência pode ser menor. Após a leitura, converse, por exemplo, sobre as semelhanças e diferenças entre a história do filme e do livro. Tente abordar o porquê das diferenças e até mesmo as alterações na personalidade e características dos personagens.

Opet INspira e o compromisso com a qualidade do nível de leitura 

A Opet INspira, plataforma digital de objetos educacionais da Editora Opet, disponibiliza uma variedade de ferramentas e recursos que contribuem para o estímulo dos hábitos de leitura. 

A partir dela, os professores podem fazer trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos que podem ser compartilhados inclusive com as famílias para que estas possam acompanhar a evolução dos pequenos.

Há opções de histórias infantis e também de livros paradidáticos sobre muitos temas que, além de estimular a leitura e ensinar sobre assuntos relacionados à fase atual da criança, contam com ideias de atividades que podem ser executadas a partir das histórias lidas. 

Escola: espaço da diversidade cultural

Indígenas, negros, portugueses, imigrantes vindos de outros países da Europa, do Oriente Médio de da Ásia. Em pouco mais de 500 anos, do período colonial ao século 21, o Brasil se tornou um local de encontro de culturas. A partir dessa confluência – nem sempre pacífica, é verdade –, o país construiu uma cultura nacional e também culturas regionais poderosas e coloridas. Um universo que, por sua importância, pode e deve ser mais conhecido e trabalhado pelas escolas, até para que possamos conhecer nossas questões e desafios.

Tratar da diversidade cultural nas aulas é essencial para o entendimento da nossa História, identidade e sociedade. Mais do que isso: garante a habilidade de dialogar com pessoas de diferentes culturas, algo tão comum no mundo globalizado em que vivemos. 

Por isso, é fundamental que, além da diversidade cultural na escola expressa pelos estudantes e profissionais, ela também seja manifestada por meio de aulas, atividades e conscientização sobre o tema.

Algumas definições

Antes de falar especificamente da diversidade cultural nas escolas e a maneira de trabalhar com o tema, é importante entendermos o que ela significa. 

Confira os conceitos de cultura e diversidade – e saiba como eles conversam entre si! 

O que é cultura? O que é diversidade? 

O conceito de cultura é muito amplo – na verdade, ele abarca uma infinidade de conceitos estabelecidos por ciências como a Antropologia. Neste artigo, vamos tratar de cultura a partir da ideia do antropólogo Edward B. Tylor (1832-1917), que é considerado o primeiro cientista a tratar do tema. Segundo ele, cultura é “todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”.

Apesar de não ser uma unanimidade, esse conceito é um dos mais utilizados e funciona como um bom ponto de partida para pensar a cultura no contexto da diversidade. Mas, antes, é necessário definir o conceito de diversidade. 

Diversidade é uma palavra utilizada para denominar algo que é diverso, variado, plural e “diferente”. Ela engloba todos os elementos que apresentam múltiplos aspectos e se diferenciam entre si. 

Entendendo a diversidade cultural

Somando as ideias de cultura e diversidade, podemos chegar a uma ideia de diversidade cultural. O termo se refere ao conjunto de elementos culturais observados em pessoas que estão inseridas e convivendo em um mesmo espaço. Um ambiente diverso culturalmente é aquele onde pessoas possuem diferentes costumes, hábitos sociais, religiões e crenças.

Globalização e a diversidade cultural 

O Brasil é um país culturalmente diverso. Mais do que isso, é um país inserido em um mundo globalizado. E a globalização é outro elemento que exemplifica bem a diversidade cultural. Atualmente, pessoas de diferentes lugares do mundo se conectam por meio da internet, dos transportes, de interesses comuns, de estudos e do trabalho presencial ou remoto. O resultado disso é a troca, cada vez mais comum, entre culturas. Com seus ganhos e, é claro, com suas tensões e estranhamentos também.

Diversidade cultural: a realidade do futuro 

Visto que vivemos em um país diverso por natureza e que o mundo caminha para aproximar cada vez mais as pessoas, é importante trabalhar esse tema em sala de aula. 

Aprender a lidar com as diferenças, ter empatia e respeito são fatores essenciais para o sucesso no mundo que está se formando. Cada vez mais, as trocas de saberes e a socialização entre pessoas culturalmente distintas, com olhares diversos, será uma constante. Não saber lidar com isso pode ser um grande problema em todos os aspectos da vida. 

Importância de implantar a diversidade cultural nas escolas

O convívio com a diversidade cultural é um elemento fundamental para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. Em um país como o Brasil, com a globalização, é cada vez mais comum a necessidade de conviver com pessoas de diferentes culturas. Reconhecer, reconhecer-se e trocar experiências e visões de mundo. Vamos conhecer os principais motivos para ensinar a criança a conviver com a diversidade cultural?

Boas relações interpessoais 

A familiaridade e o conhecimento sobre diversas culturas garantem uma melhor relação interpessoal, já que se torna comum a ideia de que existem formas distintas de pensar, sentir, viver e agir. 

Entender o outro e a si mesmo 

Com a diversidade cultural no Brasil, certamente cada criança tem familiares e conhecidos de diferentes locais do país e até de outros países. Então, além de entender o outro, a abordagem da diversidade cultural contribui para que o estudante conheça a própria história e compreenda suas raízes. 

Estimular a compreensão dessa diversidade de culturas desde a infância garante indivíduos mais consistentes sobre si mesmos, bem como mais empáticos e livres de preconceitos quando o assunto é o próximo. 

Habilidades cognitivas, emocionais e sociais

A convivência e a consciência da diversidade cultural ajudam os estudantes a desenvolver: 

● Maior capacidade de adaptação; 

● Habilidades sociais;

● Comunicação;

● Inteligência;

● Criatividade;

● Habilidade de resolução de problemas. 

Afinal, em um espaço com tanta riqueza de pensamento, opiniões e visões de mundo, não faltarão estímulos para o desenvolvimento integral do indivíduo. 

Inteligência Emocional 

A inteligência emocional é outro aspecto beneficiado. Uma educação voltada para o respeito às diferenças desenvolve na criança a capacidade de lidar com pontos de vista opostos aos seus e de se adaptar com mais facilidade a novas situações.

Portanto, adotar a diversidade cultural como tema nas atividades de várias disciplinas é crucial para garantir o pleno desenvolvimento da criança.

Como implantar a diversidade cultural na escola

O Brasil é culturalmente riquíssimo. Esse patrimônio merece ser conhecido e vivido em toda a sua amplitude. Mas, como levar isso para a sala de aula? Esses são alguns temas importantes, que podem e devem ser explorados em uma perspectiva plural:

● História do Brasil;

● Manifestações religiosas; 

● Culinária;

● Tradições;

● Música;

● Festas típicas;

● Manifestações artísticas;

● Lendas;

● Gírias;

● Expressões regionais e outros elementos.

Métodos para ensinar sobre diversidade cultural nas aulas

As metodologias ativas são boas ferramentas para trabalhar esses temas. 

Elas permitem maior interação. Podemos destacar, por exemplo, a Aprendizagem Baseada em Projetos, que garante um aprendizado por meio de pesquisa, investigação, debates entre os estudantes e, enfim, a construção do projeto. 

Rodas de conversa e apresentações também são ótimas ferramentas. Principalmente para tratar de arte, lendas e costumes. 

Tecnologia aliada à diversidade cultural 

A tecnologia também é uma grande aliada na promoção da diversidade cultural na escola. Até porque o cenário de globalização pede também habilidades de uso da tecnologia como ferramenta para a comunicação. 

Letramento digital, gêneros digitais, cyberbullying e outros temas relacionados a Internet, comunicação e diversidade são primordiais nesse contexto. 

Contação de histórias, leitura, filmes e desenhos animados 

Contar histórias que envolvem o nosso folclore é uma forma de abordar e de discutir aspectos regionais e a diversidade. A leitura infantil também é uma ferramenta para trabalhar as lendas. Ela também permite a inserção da diversidade por meio de personagens de etnias, nacionalidades e costumes diversos. O livro infantil “Malala”, por exemplo, é um bom exemplo. 

O mesmo ocorre com os recursos audiovisuais. Eles aproximam a criança dos personagens com características culturais distintas. 

Teatro ou teatro de fantoches

Promover atividades de representação é outra maneira de aproximar os estudantes de personagens diferentes culturalmente ou que fazem parte do nosso folclore. 

Comemorações de datas típicas 

Festa Junina, Dia do Folclore, Carnaval e outras datas como essas são excelentes para abordar a diversidade a partir de atividades como decoração, culinária, danças e músicas. 

Utilize materiais confiáveis na construção de atividades para trabalhar a diversidade cultural na escola 

Como o tema diversidade cultural envolve elementos históricos, religiosos, artísticos e sociais, é importante verificar a veracidade e a forma de abordagem dos conteúdos, que, como já apontamos, deve ser plural. Essa curadoria deve ser feita com todo cuidado, apelando a fontes reconhecidas e a materiais publicados por instituições como o MEC, universidades e a UNESCO.

Plataformas de objetos educacionais como a plataforma da Editora Opet, a Opet INspira, também são fontes excelentes e confiáveis. 

Opet INspira e a diversidade cultural nas escolas 

Na Opet INspira, além de um rico acervo de materiais didáticos, é possível encontrar ainda materiais como:

● Áudios;

● Vídeos;

● Livros infantis;

● Jogos on-line;

● Quizzes para criar gincanas;

● Coleções paradidáticas;

● Livros baseados nas orientações da BNCC, com planos, atividades e exercícios dos mais variados temas. 

Na plataforma Opet INspira, o professor tem acesso muitos conteúdos, que, em muitos casos, podem ser adaptados para uma abordagem ainda mais rica e culturalmente diversa. É a tecnologia a serviço da educação… e de um país culturalmente diverso e receptivo!

 

Sete de Setembro com conhecimento!

O Brasil está de aniversário! Vamos aproveitar este momento tão especial para saber um pouco mais sobre o nosso país? Confira dicas fantásticas de sites que trazem documentos, imagens e referências da nossa história:

Arquivo Nacional – Nele, você encontra exposições virtuais com um rico acervo imagético da história brasileira.

História da Educação e da Infância – Nesse acervo da Fundação Carlos Chagas, você acessa textos, imagens e pesquisas sobre a infância e a educação

Brasiliana Fotográfica Digital – Disponibiliza fotografias com enorme valor histórico, artístico e cultural para o Brasil. A página é uma parceria entre a Fundação Biblioteca Nacional e o Instituto Moreira Salles. 

Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) – O site pertence à Fundação Getúlio Vargas e reúne arquivos pessoais, entrevistas, artigos e verbetes do Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro (DHBB). Um prato cheio sobre o Brasil contemporâneo!

Gostou desse passeio digital? Nós somos a Editora Opet: educação que aproxima da história!

 

Coordenador pedagógico: que figura importante!

O coordenador pedagógico é um profissional de extrema importância para as escolas. Sua rotina de trabalho abrange, por exemplo, transitar entre os diversos espaços e profissionais escolares, conectando-os. Esse profissional deve ter um olhar global da situação, pois sua atuação é estratégica. Ele transita entre diversos grupos, espaços e setores para assegurar a fluidez da comunicação. 

Algumas vezes, no entanto, será exigido dele uma ação mais focada nos processos de ensino-aprendizagem, para que possam orientar adequadamente os envolvidos na formação das crianças.

Nas reuniões pedagógicas, por exemplo, ele apresenta planejamentos de aulas e atividades, indica novas práticas de ensino e solicita resultados de medidas já introduzidas no processo educativo. Também propõe o uso de materiais didáticos impressos, recursos tecnológicos e projetos formativos.

Com os professores, analisa aspectos educacionais dos estudantes de cada turma. Leva determinadas questões aos responsáveis e os auxilia quando necessário.

Por fim, analisa, com o diretor escolar, caminhos e soluções viáveis às questões da escola!

A relação entre coordenador pedagógico, professores e estudantes

Para ilustrar esse processo, podemos pensar no recente cenário da pandemia. Com a impossibilidade de manter as aulas presenciais, o ensino remoto passou a ser o padrão. Então, ficou a cargo do coordenador pedagógico (principalmente) apresentar novas práticas de ensino, sugerir atividades, viabilizar recursos e manter a comunicação entre a equipe.

É claro que o professor tem ação fundamental em todo o processo, mas como sua rotina é voltada fundamentalmente para a sala de aula, ele muitas vezes não possui tempo hábil para pesquisar novas técnicas, buscar recursos inovadores, marcar reuniões e manter uma comunicação diária com os responsáveis.

No entanto, o professor possui um papel crucial para a atuação do coordenador pedagógico: o de identificar e transmitir possíveis dificuldades e potencialidades dos estudantes, e também a maneira como cada criança aprende melhor. Assim, o coordenador pode auxiliá-lo com soluções de diversas naturezas.

O papel do professor na atuação do coordenador pedagógico

Suponhamos que na turma de um determinado professor haja alunos com transtornos de aprendizagem. Não há dúvida que ele é perfeitamente capaz de definir estratégias de ensino e aplicar métodos e práticas pedagógicas. No entanto, ao levar isso para o coordenador pedagógico, ele poderá buscar por possibilidades que o docente ainda não explorou, pesquisar as últimas descobertas científicas sobre o assunto, as novidades relacionadas aos jogos e brincadeiras e até propor palestras formativas sobre o assunto. É um processo de aprendizado compartilhado!

O mesmo ocorre se o professor tiver crianças com alguma deficiência física. É responsabilidade do coordenador implantar adaptações nos materiais pedagógicos, na estrutura da sala e atender as demais demandas associadas.

Podemos pensar ainda na realidade pós-pandemia. Nesse contexto, o papel do coordenador é cuidar para que todos os procedimentos sejam seguidos, adaptando o espaço, o tempo e as aulas conforme as necessidades. E, ainda, caberá a ele auxiliar pais e docentes no processo.

Coordenador pedagógico e a família ou responsáveis dos estudantes

Sabemos que um bom relacionamento entre escola e família é vital para o bom desempenho do aluno. Por isso, o contato com os familiares também faz parte das atribuições do coordenador pedagógico!

Nesse sentido, o coordenador deve manter os familiares informados sobre o comportamento e o desenvolvimento da criança, indicar como eles podem contribuir com o processo de aprendizagem, comunicar as práticas educacionais aplicadas na escola e marcar reuniões.

Planejamento, acompanhamento e realização de eventos também são atribuição desse profissional. Assim como a confecção de relatórios gerenciais, contratação e treinamento de professores.

Coordenador pedagógico e gestor escolar

Podemos pensar no coordenador pedagógico como um maestro. Ele é o responsável pela harmonia entre as partes envolvidas no cotidiano escolar e, também, por direcionar os movimentos educacionais. 

Já ao gestor ou diretor cabe assegurar que as ações pedagógicas estejam de acordo com o que foi definido pelo projeto político-pedagógico (PPP). Ele ajuda a fazer com que corpo docente trabalhe dentro do universo gerado pelo PPP.

Também cabe ao diretor pedagógico viabilizar as ações propostas pelo coordenador, como eventos, medidas de inclusão, recursos digitais e ferramentas pedagógicas, novas práticas de ensino e treinamentos ou formações para os docentes.

Como o coordenador contribui no processo de ensino-aprendizagem

Concluímos, então, que o papel do coordenador pedagógico está alicerçado em três bases: articuladora, transformadora e formadora.

Ela é articuladora ao criar condições para o trabalho dos professores e para a boa comunicação entre todos os integrantes da comunidade escolar. E é transformadora na medida em que motiva questionamentos e reflexões no docente.

Por fim, é formadora quando o coordenador pedagógico propõe ações de formação e orientação, seja de sua parte ou promovendo eventos com outros profissionais capacitados.

Ação formadora do coordenador pedagógico e práticas pedagógicas inovadoras

A educação se adapta às mudanças sociais e evolui. Algumas vezes, essas mudanças ocorrem “aos saltos”, como a que aconteceu com a implantação da educação remota durante a pandemia de Covid-19. Foi muito intenso e desafiador!

O fato é que muitas práticas de ensino, antigas, já não são mais suficientes para engajar o estudante atual. Não é à toa que cada vez mais debate-se sobre metodologias ativas, gamificação de aulas, uso de tecnologias digitais no ensino tradicional ou inclusivo, educação baseada em projetos ou problemas.

Essas e várias outras propostas implicam aulas mais dinâmicas, em detrimento das antigas aulas “passivas”, nas quais as crianças apenas escutavam. A ideia é que os educandos possam colocar a mão na massa, ou seja, aprendam a fazer, e estejam no centro do processo educacional.

Muitas delas também preconizam o uso de tecnologias e disciplinas voltadas para Ciências e Engenharias, como a chamada metodologia STEM. Que aliás, tem um viés prático bem importante! Afinal, a tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia, seja no trabalho ou na vida pessoal. 

Nesse contexto, é papel do coordenador pedagógico levar informações, formações e recursos que permitam a aplicação de tais práticas.

Encontre bons materiais para auxiliar a formação do corpo docente 

Antes de buscar conteúdo para orientação e formação dos professores, é crucial averiguar com a equipe quais são os assuntos de interesse. Essa informação, aliada a possíveis problemas e pedidos que chegam à gestão, servirá como base para a escolha de temas. 

Priorizar formações curtas e específicas evita desperdício de tempo e o desinteresse dos professores. Se o coordenador não tiver o conhecimento necessário para uma formação específica, é importante que ele procure outros educadores com mais experiência.

E, por fim, a escolha dos materiais e conteúdo deve ser feita com cuidado. É essencial que todas as fontes sejam confiáveis e as referências bibliográficas tenham qualidade. Artigos científicos, vídeos de eventos educacionais, livros e materiais disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC) são ótimas bases para pesquisa. Plataformas educacionais, como a Opet INspira, também são boas opções. 

Opet INspira 

A Opet INspira é a plataforma de objetos educacionais da Editora Opet. Nela, o coordenador pedagógico encontrará uma série de materiais didáticos, vídeos, apresentações, recursos digitais, jogos e áudios. 

Ela também permite ao docente criar trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos para facilitar o processo. Sem contar que são disponibilizados, pela Opet INspira, tutoriais em formato de vídeo e PDF que auxiliam e orientam na utilização dos recursos disponíveis.

A plataforma conta com tudo o que o coordenador pedagógico precisa para orientar os professores, propor novas práticas e garantir o bom desempenho das crianças!

Fortaleza: o sucesso de uma grande parceria

Nos últimos anos, Fortaleza, município parceiro da Editora Opet desde 2013, deu um salto de qualidade na educação pública. Investiu em planejamento, na formação continuada dos professores e na alfabetização dos estudantes na idade certa. E alcançou bons resultados: entre 2012 e 2018, o município saltou 81 posições no ranking cearense de alfabetização. E, entre 2011 e 2019, cresceu 48% no Ideb, que passou de 4,2 para 6,2 na 4ª série/5º ano e de 3,5 para 5,2 na 8ª série/9º ano. Em relação à alfabetização na idade certa, o crescimento também foi significativo: se, em 2012, pouco mais de 50% das crianças conseguiam ler e escrever até os sete anos, em 2019 este percentual saltou para 94,4%, segundo os dados mais recentes do Sistema de Avaliação da Educação Básica, o Saeb. Um dos melhores índices do Brasil.

Com o selo educacional Sefe, a Editora Opet atende os professores e os estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental (Anos Iniciais), uma etapa essencial da alfabetização, e da Educação Infantil. A parceria abrange os materiais didáticos, as ferramentas educacionais digitais, o assessoramento e o acompanhamento pedagógico. E ela ficou ainda mais forte durante a pandemia, com o uso intensivo, pelos professores, estudantes e familiares, dos recursos educacionais digitais oferecidos pela Editora Opet – a plataforma educacional Opet INspira (sistema de gestão da aprendizagem) e as ferramentas Google Workspace for Education. Ambos os sistemas, aliás, trabalham integrados, o que torna a educação digital ainda mais próxima.

“Em Fortaleza, vemos que os professores e os gestores acreditam que a educação não pode parar, e este é um grande diferencial”, avalia Cliciane Élen Augusto, gerente pedagógica da Editora Opet.

Ela esteve na capital cearense recentemente para uma série de visitas e reuniões técnicas presenciais com a equipe da secretaria de Educação e, também, com o time do escritório da Editora em Fortaleza. O entusiasmo que encontramos aqui nos contagia. Essa sinergia e essa energia vêm de uma gestão comprometida com a educação. Elas são nossas também e funcionam como uma motivação constante”, acrescenta.

Encontro em Fortaleza: os gestores Osvaldo e Danuta com a gerente pedagógica Cliciane e o supervisor regional Glaylson.

Aproximação – “Essa visita foi importante para acompanhar presencialmente o resultado dos trabalhos desenvolvidos pelo município dentro da educação digital, sobre o acolhimento emocional aos professores e estudantes e, também, para conversar sobre os próximos passos”, observa Cliciane. Depois de três semestres de educação remota, segundo as informações mais recentes divulgadas pela prefeitura, a rede municipal de ensino de Fortaleza deve passar a adotar o modelo de ensino híbrido a partir do dia 08 de setembro.

Cliciane destaca o contato com os gestores e as conversas sobre o que foi adquirido, em termos de conhecimentos, com o período de ensino remoto. “A professora Danuta Sena, gerente da célula de formação de professores, e o professor Osvaldo Negreiros Filho, coordenador do Ensino Fundamental da secretaria, destacaram a importância da formação continuada dos professores de Fortaleza para o desenvolvimento das habilidades virtuais”, explica.

“E eles têm todo o nosso apoio. Em primeiro lugar, porque a educação virtual oferece muitas formas diferentes de ensinar. E, em segundo lugar, porque mesmo com o futuro retorno das atividades presenciais, os ganhos da educação digital vão permanecer. O importante é extrair o melhor de todos esses recursos para fortalecer o processo de ensino-aprendizagem.”

O fato é que, mesmo que no futuro as aulas online deixem de ocorrer ou sejam reduzidas, há muitos outros processos que seguirão no pós-pandemia, como as reuniões virtuais, as pesquisas e o uso do acervo de objetos de aprendizagem da plataforma educacional Opet INspira.

Segundo Cliciane, com as ferramentas digitais em constante aprimoramento e com a equipe pedagógica da Editora avançando cada vez mais em relação a novos conhecimentos, a parceria será aprimorada. “Temos muito a oferecer e, também, muito a aprender com o trabalho dos professores e gestores de Fortaleza.”

O supervisor regional da Editora Opet para o Ceará, Glaylson Rodrigues, acompanhou Cliciane nos encontros com os gestores em Fortaleza. Junto com sua equipe, ele é o responsável por atender mais diretamente as demandas do município. “A presença da nossa gerente, a Cliciane, foi importante para aprofundar a discussão das ações futuras com os gestores de Fortaleza. Isso nos aproxima ainda mais”, avalia.

Segundo Glaylson, a parceria entre Fortaleza e a Editora Opet caminha para um modelo de trabalho cada vez personalizado, que é como deve ser uma boa parceria educacional. “Nós estamos em um processo constante de imersão na secretaria de Educação de Fortaleza, focando suas questões e o atendimento aos professores e aos gestores. Como contrapartida, temos um engajamento cada vez maior de toda a equipe.” E, sem dúvida, uma educação cada vez mais significativa.